GLÓRIA!



DESCULPEM A DEMORA PARA POSTAR ESTE CAPÍTULO! TRABALHO E MAIS TRABALHO! ESTOU (DESDE JÁ!) ESPERANDO OS COMENTÁRIOS, SE VOCÊS NÃO DESISITIRAM DA FIC, É CLARO! ABRAÇOS!

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CAPÍTULO 8


Nas suas melhores roupas bruxas (Rony e Gina, pois Harry usava apenas um elegante, mais simples, conjunto de calça e blazer pretos), os jogadores ingleses esperavam pelo restante das sentenças que seriam proferidas pela Federação Européia de Quadribol, dois dias após a tumultuada partida entre Alemanha e Inglaterra. Aldridge Wilson, o melhor batedor inglês, havia recebido quatro jogos de suspensão, o que o tiraria não apenas das últimas partidas das eliminatórias como também das duas primeiras partidas da Copa Mundial de Quadribol nos Estados Unidos, caso os ingleses obtivessem a tão almejada classificação.

Pior sorte tivera Mathias Mittermayer, o famoso batedor alemão, capitão da sua seleção e também do time dos Gaviões de Heidelberg. Sua agressão gratuita a Rony Weasley com um balaço ilegal precipitara toda a confusão posterior e o tribunal da Federação Européia o punira com seis jogos internacionais e mais dois meses suspensão de qualquer partida oficial, o que o tirava não apenas do restante das eliminatórias, da maioria da Copa Mundial, caso a sua seleção se classificasse, mas também da fase decisiva da Taça Européia de Clubes, torneio no qual os Gaviões disputariam as quartas de final.

A sua carona de trasgo demonstrava irritação quando passou pelos ingleses, dispensando a estes um olhar de puro ódio. Harry, Gina e Rony não imaginavam que o alemão merecesse menos do que o que lhe foi dado pelo tribunal, portanto sustentaram o olhar até que o capitão se afastasse, consolado por cartolas de seu país e alguns jornalistas, que também lançavam olhares ressentidos para o trio de craques ingleses, como se fosse culpa deles o destempero do experiente batedor germânico.

O pior, depois da partida, não foi suportar a dor das escoriações, que nem foram tão graves assim. Apenas Cátia Bell, coitada, quebrara o nariz, atingida por um balaço jogado não se sabia por quem. Todos, inclusive Cátia receberam os cuidados competentes de Hermione, a curandeira do selecionado inglês.

A esposa de Rony e melhor amiga de Harry e Gina, contudo, tivera mais tarde uma reação surpreendente. Após cuidar do último machucado dos jogadores, ela desaparatara sem dizer uma única palavra, nem mesmo ao marido. Indiferentes aos apelos dos demais, que queriam comemorar a vitória (que seria depois contestada pelos alemães na justiça esportiva), o casal Potter e Rony foram atrás da amiga no hotel em que a equipe inglesa estava hospedada, numa área bruxa próxima da Floresta Negra.

Rony estava prestes a ralhar com a esposa, pois não era saudável uma mulher grávida praticar aparatações, mas, para surpresa do ruivo, da irmã e do cunhado, a jovem curandeira estava atirada no sofá, tendo ao que parecia, uma crise de choro incontrolável.

Rony caminhou até ela tomando-a nos braços, beijou os seus cabelos e tentou acalmá-la. “São os hormônios”, declarou o ruivo por sobre os ombros de Hermione, para Harry e Gina, apenas mexendo os lábios silenciosamente.

Quando o jovem casal preparava-se para deixar o quarto dos amigos, Hermione, como lendo o pensamento dos dois, livrou-se sem muita delicadeza do abraço de Rony e ordenou autoritária:

- Não se mexam vocês!

Espantados, os amigos realmente não se mexeram e pareciam paralisados na posição em que haviam tomado, prontos para aparatar nos próprios quartos.

- Vocês sabem a preocupação que me deram, brigando como crianças? – ela perguntou esganiçada – Eu ali no chão e vocês e aqueles alemães idiotas se atracando como um bando de trasgos! E se vocês caíssem da vassoura naquela altura? Eu não conseguia ver nada! Eu...

Subitamente a jovem começou a chorar novamente. Entre soluços só se ouvia coisas como “irresponsáveis” e “eu não sei o que faria se vocês se machucassem seriamente”.

- Ah, eu sou uma boba! – desabafou por fim a curandeira.

- A boba que amamos – disse Rony, desviando-se de um tapa da esposa.

- Mione – disse Harry de maneira carinhosa para a amiga – Está tudo bem. E depois – acrescentou com um sorriso – Temos você se alguma coisa der errada.

- Seus irresponsáveis! – disse a jovem, mas estava rindo agora. E puxou o amigo para um grande abraço.



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Uma tela magicamente ampliada mostrava mais uma vez o momento em que Harry “Mergulho” Potter, em meio ao início da confusão, quando sopapos, cotoveladas e bastonadas começaram a ser trocados, apanhara o pomo sem que ninguém percebesse. O movimento do apanhador havia sido tão rápido que foram necessários vários replays em câmera lenta para que os alemães se convencessem que o lance havia realmente ocorrido.

E como o juiz Contreras não havia ainda paralisado a partida, não havia o que contestar. A apanhada havia sido absolutamente legal e a vitória da Inglaterra por incontestáveis e impressionantes duzentos a zero.

O artilheiro Loeder, a artilheira Hadler e o batedor Weiss pegaram um jogo de suspensão cada um, deixando o escrete germânico numa situação complicada em seu grupo das Eliminatórias, com um ponto a menos do que a Inglaterra, mas com jogos de vida ou morte contra Noruega e Grécia, que também lutavam pela classificação. Os gregos haviam surpreendentemente derrotado os noruegueses e viajariam motivados para a Inglaterra para enfrentar o selecionado local.

Para piorar, o feitiço lançado da platéia contra o juiz, consistia numa das mais graves infrações cometidas num jogo de quadribol. A Alemanha perderia o mando do próximo jogo e no caso de ter que jogar as duras repescagens européias, ela teria que fazê-lo num campo neutro.

Os dirigentes alemães ainda tentaram se defender, alegando que havia partido dos torcedores ingleses o feitiço incendiário que poderia ter matado o juiz espanhol, pois o havia derrubado da vassoura. Os sucessivos replays, entretanto, não deixavam dúvidas sobre a autoria. Havia sido um jovem alemão, que a essa altura já estava detido, talvez prestes a responder na justiça bruxa do seu país, a um processo por tentativa de assassinato.

Poupado por enquanto, em razão dos ferimentos sofridos na sua queda, a carreira do juiz Pepe Contreras também estava por um fio. Era opinião unânime entre todos os jornalistas e torcedores que a sua incompetência e omissão desencadearam a curta mas violenta batalha entre alemães e ingleses.

Resumindo, a situação da Alemanha no seu grupo das Eliminatórias Européias não era nada boa. Em segundo lugar após a confirmação de sua derrota para a Inglaterra, precisava de bons resultados contra noruegueses e gregos, partidas em que jogaria desfalcada, para obter a classificação, fugindo da repescagem.

Além dos alemães suspensos, os jornalistas bruxos deste país também dirigiam olhares pouco amistosos na direção dos britânicos. Alguns murmuravam impropérios na sua língua natal, recebendo de volta gestos obscenos, discretamente feitos por Rony.

O silêncio foi pedido através dos instrumentos mágicos de som. Finalmente o tribunal anunciaria as sentenças que faltavam após as deliberações dos juízes esportivos.

- Gina Potter – anunciou um homem robusto, o presidente do júri – Uma partida de suspensão.

- Yes! – comemorou Rony baixinho. A irmã havia sido ofendida pela artilheira Hadler e havia lhe dado um soco, mas as câmeras da TV Bruxa felizmente não haviam captado a cena, apenas tendo registrado o momento em que a ruiva devolvia em inglês as ofensas recebidas em alemão.

- Rony Weasley – continuou o juiz – Absolvido.

- YES! – quase gritaram o goleiro e o técnico White, sentado a duas cadeiras dele.

- Harry Potter, Angelina Johnson e Cátia Bell. Absolvidos.

Os ingleses presentes, cartolas e jornalistas, aplaudiram as últimas sentenças, quase iniciando uma briga com os alemães.

- Ora, foi bem feito – exclamava Hermione indignada – Eles começaram a briga e ainda quebraram o nariz da Cátia. O que eles esperavam?


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Na saída do recinto do tribunal, um homem gordo, de rosto muito redondo e vermelho, discursava em alemão para uma platéia de jornalistas de seu país e de outras partes da Europa. Os casais Potter e Weasley encontraram Malfoy, que os esperava na saída. O loiro havia viajadodo até a Holanda, onde ficava a sede da Federação Européia, pois afirmava sempre que não deixaria sozinhos os seus jogadores. Todos ouviram claramente o nome Harry Potter pronunciado em meio às imprecações em alemão do homem gordo.

Como um raio, Malfoy saiu de perto dos seus jogadores e, atravessando o pequeno aglomerado de repórteres, avançou em direção ao homem mais velho de dedo em riste e gritando no idioma dele.

Mais jornalistas aproximaram-se excitados, alguns perguntando coisas para Malfoy em alemão.

- Se esse sujeito repetir o que disse aqui eu o processo! – gritava agora em inglês o loiro, completamente vermelho e transtornado – Pensando bem, eu vou processá-lo de qualquer jeito!

- O que foi que ele disse? – perguntou uma jornalista com sotaque irlandês.


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Mais tarde, uma verdadeira delegação inglesa ocupava duas mesas que haviam sido reunidas num canto discreto de um simpático café de Haia, numa área da cidade quase que completamente bruxa. O onipresente Goyle havia afastado jornalistas e curiosos, além dos inevitáveis caçadores de autógrafos. Afinal, na mesa estavam o casal Potter, Rony Weasley, Angelina Johnson, Aldridge Wilson, o treinador Jerry White, além de Toni M’Bea, que cobrira o julgamento para a TV Bruxa da Inglaterra. Hermione, Draco e George Weasley, que acompanhara a noiva Angelina, também se faziam presentes.

- Até que o resultado do julgamento não foi tão ruim – constatava White de maneira objetiva.

- Eu diria que foi ótimo, Jerry – opinou Toni – Os alemães vão reclamar muito, é claro. Não que eles tenham algum motivo, em minha opinião.

- O que aquele alemão disse que te deixou tão nervoso, Draco? – perguntou Gina.

- “Aquele alemão” é “apenas” o presidente da federação de quadribol deles – explicou Toni para a ruiva.

- Pois ele poderia ser Merlin reencarnado, que mesmo assim eu ainda teria vontade de enfiar a varinha dele no...

- O que ele disse? – cortou-o Harry – Eu ouvi o meu nome.

- A besteirada de sempre! – afirmou o loiro, afogando a raiva numa bebida quente bruxa, que fez com que saísse fumaça de suas orelhas – Potter usa feitiços ilegais. Potter é protegido dos juízes e da federação. Potter usa magia das trevas para apanhar o pomo – falou Draco, forçando um sarcástico sotaque alemão. Como havia estudado na Alemanha, conhecia o idioma.

- Mas você colocou o sujeito no devido lugar – disse Wilson com um grande sorriso.

- Ah, pode acreditar nisso, meu caro. Amanhã ele receberá uma interpelação judicial – disse Draco orgulhoso – Quero ver o sujeito repetir aquelas coisas que falou do Harry perante um júri bruxo!


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- Com uma maldição imperdoável! – respondia de maneira irônica Teddy Takinopoulos quando questionado sobre a estratégia que seria empregada pela seleção da Grécia para parar Harry Potter durante a partida do próximo sábado.

Um mês havia se passado desde a última rodada das eliminatórias. Nesse meio tempo os Cannons haviam derrotado o time português Frota de Vassouras de Braga e estava na semifinal da Liga Européia de Clubes. Harry Potter marcara duzentos pontos jogando como artilheiro nos dois jogos das quartas de final e especulava-se que o treinador White escalaria o jovem na artilharia na partida contra a Grécia, atuando Cho Chang na posição de apanhadora.

Uma boa pontuação contra os gregos poderia classificar antecipadamente a Inglaterra para o Campeonato Mundial dos Estados Unidos. Desfalcados de Gina Potter, talvez a Inglaterra apostasse todas as fichas num atraque forte, que contasse com os arremessos espetaculares e as infiltrações ousadas de Mergulho Potter.

A Grécia não possuía grande tradição no mais popular esporte dos bruxos. A presente seleção, entretanto, vinha realmente surpreendendo. Havia vencido a Inglaterra em casa, vendido caro uma derrota para a Alemanha e, surpreendentemente havia derrotado os favoritos noruegueses. O seu principal jogador, também capitão do time, era Takinopoulos, simpático e carismático artilheiro do Orgulho de Portree. O capitão grego sonhava encerrar sua brilhante carreira com uma participação na Copa do Mundo, embora mesmo os mais otimistas em seu país considerassem tal façanha quase impossível.

Na partida contra a Inglaterra, apostavam no seu trio de artilheiros, formado por Takinopoulos, Irina Mariokos e George Ameandrus. Mariokos e Ameandrus eram bons artilheiros e jogavam na competitiva liga espanhola. Mil e quinhentos bruxos gregos haviam reservado chaves de portal ou se preparavam para viajar por meios trouxas para a Inglaterra. Eram ainda aguardados, no estádio do União de Puddlemere, nas imediações de um pequeno povoado bruxo do norte da Inglaterra, mais alguns milhares de bruxos gregos que residiam no Reino Unido.



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- O que você acha da escalação de Harry Potter como artilheiro no jogo contra a Inglaterra, Toni? – perguntou Marla Donovan para Toni M’Bea no programa sobre quadribol que a prestigiada comentarista apresentava nas noites de sexta-feira na TV Bruxa.

Jerry White, embora fizesse mistério, havia escalado Harry na posição de artilheiro nos treinos que vinha realizando às portas fechadas no estádio de Puddlemere. Jornalistas que burlaram a segurança, contudo, descobriram que Cho Chang treinara no time titular e Potter atuara na posição que jogava normalmente em seu clube.

Não era exatamente uma surpresa. Aparentemente em forma de novo, o craque dos Cannons vinha demolindo as defesas adversárias na Liga Inglesa e também na Taça Européia de Clubes. Favorito para ganhar o campeonato europeu após mais de cem anos, os “laranjas” contavam com “Mergulho” Potter para realizar a tão almejada façanha.

- Me parece uma decisão sensata – disse M’Bea, presença constante na emissora desde os primeiros jogos das eliminatórias da Europa – Gina Potter não poderá jogar. Escalar Harry juntamente com Cátia e Angelina é uma ótima opção ofensiva. Até porque, aparentemente a Grécia pretende jogar no ataque. Eles precisam desesperadamente de uma vitória. Eu tenho a impressão que veremos um grande jogo com muitos gols.



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Três dias depois do comentário de Toni, milhares de extasiados torcedores ingleses berravam e pulavam ao fim da partida. A Inglaterra havia vencido a Grécia por quinhentos e vinte a duzentos e trinta após duas horas e vinte e cinco minutos de um jogo espetacular, onde os artilheiros deram o máximo de si e executaram jogadas sensacionais.

Takinopoulos, como que prevendo que a sua carreira iria acabar em breve, fez o jogo da sua vida. Fintou, marcou gols espetaculares, deu passes precisos para os seus jovens companheiros de artilharia e só não foi o melhor jogador da partida, porque Harry, Angelina e Cátia não deixaram por menos.

Entrosadíssimos, o trio inglês executou manobras que deixaram abismados os milhares de torcedores que compareceram ao campo do União. E Harry Potter mais uma vez arrasou! Marcou gols de longa distância, deu assistências para as suas companheiras, passes de costas e até marcou um gol arremessando a goles de costas para os aros.

- ELE TEM UM RADAR! HARRY POTTER NEM PRECISA OLHAR PARA OS AROS, CAROS OUVINTES E TELESPECTADORES!!! ELE SABE AONDE COLOCAR A GOLES MESMO DE COSTAS PARA O GOLEIRO!!! ELE TEM UMA TERCEIRA VISÃO!!! SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENSACIONAL!!!! EU DISSE SEEEEEEEEEEEEENSACIONAL!!! – berrou Lino Jordan.

Quando Cho Chang finalmente apanhou o pomo, os ingleses aplaudiram-na de pé, mas os gregos também aplaudiram os seus jogadores, reconhecendo, apesar da derrota, que a sua seleção fizera o possível. Teddy Takinopoulos foi ovacionado também pelo público local, pois era ídolo igualmente na Grã-Bretanha.

As máquinas dos fotógrafos bruxos espocaram os seus flashes quando Gina, suspensa da partida, entrou correndo no campo e se jogou nos braços de Harry, beijando-o com muito entusiasmo. Logo depois o casal cumprimentou o capitão grego, reconhecendo o seu esforço.

- Você joga demais, garoto – reconheceu Teddy, deixando Harry encabulado.

No final daquela tarde os aurores do Ministério da Magia na Inglaterra teriam muito trabalho para esconder do restante do país a comemoração dos bruxos.

Chamas brancas e vermelhas e várias fumaças coloridas com a inscrição “QUASE LÁ” foram vistas em vários pontos, intrigando os habitantes trouxas. Como a Alemanha havia empatado com os noruegueses em trezentos pontos, bastava uma vitória para os ingleses na última partida contra a Noruega para obter a primeira colocação no grupo e a passagem direta para a Copa Mundial. Poderiam até mesmo perder ou empatar e obter a classificação, dependendo do que ocorresse na partida entre alemães e gregos.

- Escutem só o que eu digo! – dizia um feliz e arrogante Draco Malfoy à porta do estádio do União para os jornalistas da imprensa bruxa -Inglaterra na Copa Mundial e Cannons na final da Taça Européia de Clubes! Cubro qualquer aposta!



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Na partida decisiva contra a Noruega, White preferiu escalar o trio de artilheiras que havia atuado na maior parte dos jogos eliminatórios. Harry voltaria à posição de apanhador no lugar de Cho Chang. Bernie Wolf, reserva de Aldridge Wilson, o melhor dos batedores ingleses, daria lugar a Mark Perkinson, jovem revelação do time dos Vespas de Wimborne. Embora o treinador dissesse de maneira polida que pretendia dar uma chance ao garoto, todos perceberam que Wolf havia jogado muito mal contra a Grécia e o técnico pretendia testar outras opções, já com vistas à Copa Mundial.

Os ingleses enfrentariam chuva e frio em terras norueguesas. Boatos corriam na Inglaterra que os bruxos locais fizeram feitiços para mudar o clima e prejudicar a sua seleção, mais técnica e habilidosa do que a equipe local.

- Isso é possível? – perguntou Gina.

- Não acredito – disse Hermione, cética – Feitiços de mudança de clima são difíceis e imprevisíveis. Não acho que eles conseguiriam mudar o clima de maneira que os favorecesse. E depois, há leis internacionais muito severas contra esse tipo de magia. Não é possível executá-la clandestinamente.

- A Federação Internacional de Quadribol tem fiscais para averiguar essas coisas. Anos atrás um time da Ásia foi excluído de um torneio no continente porque alguém do país fez um feitiço para chover – explicou Jerry White – Não acredito que os dinamarqueses arrisquem sua exclusão das eliminatórias.

- Eu me lembro disso! – disse Rony – Além de tudo, os caras quase inundaram a cidade. As chuvas não paravam nunca.

- É o que eu disse – reiterou Hermione – É um tipo de feitiço imprevisível.

- E está chovendo a semana inteira na maior parte do país – disse Angelina – Vamos ter que jogar na chuva e no frio. São os percalços da profissão.

Há dois dias os ingleses estavam hospedados num belo castelo nas cercanias da cidade de Moss, onde ocorreria no sábado a partida decisiva entre Inglaterra e Noruega pela última rodada das eliminatórias. Como não havia previsão de melhoria do tempo, foi organizado um treino de duas horas durante a tarde, mesmo debaixo do aguaceiro que insistia em desabar, tornando a tarde quase tão escura quanto uma noite de inverno.

Ingleses chegavam aos milhares à simpática cidade nórdica. No país inteiro não existiam mais lugares para hospedar os bruxos vindos da Inglaterra. A maioria hospedou-se em Oslo, a capital, onde havia um bairro bruxo com simpáticos hotéis e pousadas. Chaves de portais foram providenciadas para transportar os torcedores para as cercanias do estádio dos Batedores de Moss, uma das principais equipes norueguesas, que abrigaria a partida.

A Noruega estava a espera de um milagre. Precisava ganhar dos ingleses e torcer por um tropeço alemão por muitos pontos contra a Grécia. A maioria dos torcedores locais já se contentava com o segundo ou terceiro lugar no grupo, que garantiria uma vaga na repescagem das eliminatórias. Em relação ao time que havia jogado na Inglaterra, haviam mudado um dos batedores. Amundsen dera lugar a um jovem chamado Helken, maior e mais forte do que o anterior. Mas pelo que os ingleses viram do taipe do jogo contra a Alemanha, era bastante lento. Andresa Saydsen, uma jovem, e segundo diziam, promissora revelação, jogaria como artilheira no lugar de Grieg. E os noruegueses contavam com a rapidez do apanhador Undset, que vinha realizando boas partidas.

Mais humildes desde o passeio que tomaram na Inglaterra, seus jogadores e seu treinador davam declarações cautelosas, reconhecendo o talento das artilheiras adversárias e respeitando muito, mas muito mesmo, Harry Potter.

Uma foto na primeira página do mais famoso diário bruxo do país mostrava Harry marcando o gol que havia feito contra a Grécia, de costas para o aro, e embaixo uma legenda perguntava dramaticamente: “Como pará-lo?”.

- Eles não vão parar, é claro! – comentava um sorridente Rony, após um funcionário do hotel traduzir a manchete.



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Dell Walker e Hermione conseguiram de uma fábrica inglesa de tecidos bruxos o envio de sete camisas impermeáveis que os jogadores usariam sob os uniformes brancos da Inglaterra. Não haveria tempo para confeccionar uniformes com tais características. E pelo menos as camisas de mangas longas e justas, deixariam os jogadores aquecidos e secos sob as vestes molhadas.

- Você é um gênio, Mione – disse Rony, beijando a esposa.

- Ei, eu também tive a idéia! – disse Walker com um ar maroto – Não ganho beijinho?

- Vai sonhando... – retrucou Rony.

- Certo, seu ruivo ingrato, aquecimento no campo! – ordenou o preparador físico, apontando para o campo enlameado



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A princípio havia a idéia de que esse negócio de “aquecimento” era só mais uma bobagem trouxa inventada pela médica dos Cannons. Ou mais uma jogada de Draco Malfoy para promover o time. A idéia dissipou-se rapidamente quando começaram a perceber que os Cannons trucidava os adversários no início dos jogos, quando esses ainda estavam frios.

A importância do “tal do aquecimento”, como diziam os torcedores mais céticos, foi percebida pelas demais equipes rapidamente. A maioria agora contava também com preparadores físicos que ministravam a atividade antes dos treinos.

Um pequeno pomo de treino havia sido levado por Harry para o campo. Em meio à chuva fina que continuava caindo, os dinamarqueses viram abismados o apanhador inglês soltar várias vezes a bolinha dourada e apanhá-la com uma rapidez impressionante, primeiro a pé depois montado na vassoura, arrancando exclamações de espanto dos torcedores locais e aplausos alucinados dos ingleses.

Após a execução dos hinos nacionais, tempo que foi suficiente para ensopar as vestes brancas da Inglaterra e vermelhas e azuis dos noruegueses, Angelina, a capitã inglesa apertou a mão da goleira Friedsen, capitã da equipe local e a partida teve início.

- AH! QUE DROGA – reclamava momentos antes Lino Jordan, “A Voz”, o mais famoso locutor esportivo das transmissões radiofônicas e televisivas em língua inglesa, não percebendo que o microfone estava ligado e ele falava ao vivo para todo o território britânico pela Rádio Bruxa e pela TV Bruxa – QUE DROGA DE TEMPO! SEMPRE EU ENTRO NESSAS ROUBADAS POR CAUSA DA AUDIÊNCIA! E NESSE FIM DO MUNDO DESSE PAÍS...

- Lino, estamos no ar! – sussurrou Marla Donovan em pânico.

- HUM-HUM – pigarreou o locutor – BOA TARDE, AMIGOS DE TODO O REINO UNIDO! ESTAMOS AQUI NESSE “AGRADÁVEL” PAÍS COM CLIMA “LIGEIRAMENTE FRIO E ÚMIDO” PARA TRANSMITIR A ÚLTIMA PARTIDA DA INGLATERRA NAS ELIMINATÓRIAS EUROPÉIAS. A INGLATERRA COMPLETA: WEASLEY, PERKINSON, THOMPSON, BELL, JOHNSON, GINA POTTER EEEEEEEEEEEEEEEEEEE HARRY POTTER!

- HÁ MUITA EXPECTATIVA SOBRE O JOVEM BATEDOR PERKINSON E ACERCA DO RETORNO DE POTTER À POSIÇÃO DE APANHADOR – explicou objetivamente a comentarista.

- A NORUEGA JOGA COM FRIEDESEN, HELKEN, MORTENSEN, SAYDSEN, FLO, NANSEN E UNDSET!!!!

- OS NORUEGUESES DEPOSITAM MUITA ESPERANÇA NA ARTILHEIRA SAYDSEN – comentou Marla

COMEÇA A PARTIDA!!! – anunciou “A Voz” – GINA POTTER PEGA A GOLES! QUE BALAÇO DE HELKEN!!! FLO VOA EM DIREÇÃO AO ATAQUE! É ACERTADO POR THOMPSON E DEIXA CAIR A GOLES! É ISSO AÍ, GAROTO!

- A CHUVA ESTÁ AUMENTANDO! – alertou a comentarista. Lino deixou escapar um palavrão, felizmente fora do microfone.

Uma verdadeira cortina de água caía no campo naquele momento. Embora fossem apenas quatro da tarde, os refletores mágicos foram acesos. A luz era impressionante, mas a maioria dos torcedores meramente conseguia adivinhar o vulto dos jogadores. Hermione, White e Walker, vestindo roupas impermeáveis estavam inquietos na área técnica e usavam unióculos para tentar acompanhar a partida. Coimbra, o juiz português, havia interrompido o jogo por alguns momentos para lançar um feitiço impermeabilizante nos óculos especiais que usava, pois tinha também dificuldade para enxergar o andamento da partida.

- NÃO TÔ ENXERGANDO QUASE NADA! – confessou Lino, às voltas com um unióculo de alta precisão - ANGELINA COM A GOLES! É GOL DA INGLATERRA!

Demorou para a torcida identificar o apito do juiz confirmando o gol. Eles ainda comemoravam quando a Noruega empatou com Flo, provocando uma grande e desafinada cantoria da torcida local.

- ESPEREM! – gritou Lino – O JUIZ ESTÁ PARANDO JOGO! MEU MERLIN! POTTER ESTÁ NO CHÃO! O QUE ACONTECEU?

Voltando a cena no seu unióculo, Marla Donovan pode presenciar a jogada em câmera lenta. Harry Potter voando mais rápido do que uma bala em direção ao solo, num daqueles mergulhos sensacionais que costumava realizar e que lhe valera o apelido famoso. No momento em que apanhou o pomo, Helken, que o havia perseguido e lhe atirado um balaço sem acertá-lo, no desespero o atingiu com o bastão na altura das costelas, numa das faltas mais graves que existiam no quadribol. Dar bastonadas no jogador e não nos balaços. Felizmente o apanhador estava a pouco mais de um metro do solo, mas o golpe e a queda mesmo assim foram assustadores.

- AQUELE SARNENTO DO BATEDOR DINAMARQUÊS ACERTOU DE MANEIRA DESLEAL O POTTER!!! MAS NÃO ADIANTOU NADA, SEU SUJO, ASQUEROSO, FILHO DA...

- LINO! – advertiu-o Marla enquanto a TV Bruxa repassava as cenas descritas pela comentarista, captadas por uma câmera auxiliar.

- MAS A INGLATERRA GANHOU!!! – berrou o locutor, à beira das lágrimas – MESMO COM A AGRESSÃO COVARDE A POTTER, ELE APANHOU O POMO! CENTO E SESSENTA A DEZ EM DOZE MINUTOS DE JOGO!!!

Enquanto os torcedores ingleses iniciavam um verdadeiro carnaval no campo do adversário, comemorando a classificação para a Copa Mundial, Rony e Gina eram contidos com muito custo pelos demais jogadores, pelo treinador e por Dell Walker, pois pretendiam esfolar vivo o batedor norueguês que havia acertado Harry.

- Rony! Por Merlin! Me ajude aqui! O Harry quebrou duas costelas! – gritou Hermione, fazendo-se ouvir no meio da confusão.

Nervosa demais e ainda por cima grávida (alguns feitiços não são recomendados para bruxas grávidas!), Hermione não conseguia executar um feitiço de levitação, que Gina realizou imediatamente.

- Vai ficar tudo bem, querido – disse a ruivinha, pegando na mão do esposo enquanto o conduzia para longe da chuva.

Harry tinha os dentes cerrados, provavelmente sentindo muita dor, mas quando estava aconchegado no confortável vestiário do time visitante, com Hermione debruçada sobre ele, munida de instrumentos que chiavam e apitavam, o apanhador começou a rir descontroladamente.

- Pobrezinho! Deve estar delirando por causa da dor – afirmou Angelina penalizada.

A capitã da seleção, juntamente com Jerry White e Agnus Edgecomb, representante da Federação Inglesa de quadribol, acabavam de entrar no vestiário. Haviam protocolado junto às autoridades européias do esporte presentes na partida, uma representação contra o batedor Thomas Helken, prontamente acolhida. As autoridades vinham se empenhando no sentido de coibir o jogo desleal, principalmente agora, que o quadribol parecia renascer no mundo inteiro, atraindo principalmente os bruxos jovens, que se interessavam mais do que nunca pelo jogo.

E Harry não parava de rir!

- Ganhamos! – ele disse – Estamos classificados!

A declaração do apanhador foi saudada com gritos e vivas pelos demais jogadores, pelo treinador, por Walker e até pelo sisudo cartola da federação.

- Seu maluco! – disseram Gina e Hermione quase que ao mesmo tempo.

- Por pouco você não teve um pulmão perfurado! – ralhou com ele Hermione. Mas era impossível expressar com palavras como admirava aquele garoto.

Não importava o que estivesse sendo exigido de Harry Potter. Ele sempre executaria a tarefa como se a mundo dependesse dele. Fosse uma guerra ou um simples jogo de quadribol. A jovem curandeira ficava feliz de estar por perto para ajudar o amigo. Afastou carinhosamente os cabelos úmidos da sua testa e pediu para Rony e Gina ajudarem a tirar suas vestes encharcadas. Gina demorou alguns segundos para entender a mensagem, pois ocupava-se em acariciar as faces molhada do esposo, como se pudesse curá-lo apenas com o seu toque

Harry gemeu de dor, embora as poções ministradas por Hermione já começassem a fazer efeito e por conta delas já começasse a se sentir sonolento.

- Ganhamos mesmo! – ele repetiu sorridente, antes de cair num sono confortável induzido pelos remédios.



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- Aquele filho da mãe! – dizia Rony indignado ao ver na TV Bruxa a enésima reprise em câmera lenta do exato momento em que Harry apanhava o pomo e recebia a bastonada homicida (na opinião de Hermione!) do apanhador norueguês bem no meio das suas costelas, que o fez estatelar-se no gramado enlameado.

- Ele estava desesperado – tentou contemporizar Harry – A seleção dele ia perder o jogo.

- Não acredito que você esteja defendendo aquele trasgo! – ralhou Hermione, indignada.

Três dias depois da partida, Harry ainda estava na casa de Hermione e Rony, que era vizinha da sua residência. A amiga fez questão que de vigiá-lo o tempo todo, pois temia pela integridade do seu pulmão direito, que quase havia sido perfurado por uma de suas costelas. E uma internação no St. Mungus era impraticável, uma vez que todo o mundo bruxo estava atrás de Mergulho Potter, querendo abraçá-lo, agradecer-lhe ou, no caso da imprensa bruxa, arrancar a todo custo uma entrevista.

Todos os Weasleys já o haviam visitado, inclusive uma chorosa Molly, que segundo Fred e Jorge contaram, teve que ser impedida de ir até a Noruega e surrar com as mãos nuas o batedor Helken. Como era esposa do ministro da magia do Reino Unido, seus filhos tiveram que lembrá-la que esta atitude criaria uma incidente diplomático internacional.

Também compareceram os demais jogadores do selecionado, titulares e reservas, que presentearam Harry com flores, os melhores chocolates da loja “Dedosdemel” e inúmeras garrafas de cerveja amanteigada. Harry teve ainda que convencer o seu sócio Draco Malfoy a não abrir um processo contra o jogador da Noruega. O rapaz já vinha sendo execrado por todos os fãs de quadribol da Europa, até mesmo os de seu país. Ainda não havia sido julgado pelo tribunal da Federação Européia, mas ninguém imaginava que lhe fosse dada uma pena branda.

Toda a equipe dos Cannons também havia visitado o colega de time, incluindo a treinadora Vera Ivanova, que disparou uma série de palavrões em sua língua natal contra o jogador que machucara Harry, além de contar para um deliciado Rony, em detalhes, o que gostaria de fazer com o norueguês. A extração de uma parte da anatomia do jogador através do uso de magia negra seria uma das coisas mais amenas...

A euforia do time e do seu presidente não poderia ser maior. Como a Inglaterra, o Brasil, a Bulgária, o Peru, e, surpreendentemente, a equipe de Trinidad e Tobago, classificaram-se para a Copa Mundial, o time laranja teria sete dos seus jogadores no torneio, defendendo as seleções destes países. Os patrocinadores do time, que também patrocinavam os atletas, deram generosos bônus financeiros (que constavam das cláusulas dos contratos) aos Cannons, que Draco repassou aos seus jogadores.

As Organizações Potter-Malfoy pagaram um anúncio de página dupla no Profeta Diário com o título “OS CANNONS ESTARÃO NA AMÉRICA”, e embaixo o endereço e as informações da recém criada agência de Viagens PM/Cannons (“Viagens Bruxas e Trouxas”), que prometia levar os torcedores laranjas aos Estados Unidos por um preço relativamente elevado, mas fornecendo aos turistas/torcedores hospedagem em ótimos hotéis bruxos, ingressos para os jogos principais e, se o bruxo em questão tivesse mais algum tempo e dinheiro, passeios aos melhores recantos bruxos e trouxas da América. E camisas autografadas de todos os jogadores dos Cannons que jogariam na Copa Mundial pelas suas respectivas seleções. Apesar dos preços nada módicos, dois dias depois da publicação, já havia fila de espera para os pacotes turísticos-epsortivos.

E a imprensa especializada voltava a saudar Draco Malfoy como o maior gênio dos negócios aparecido no mundo bruxo em séculos.

Arthur Weasley também estava tendo muito trabalho, comandando aurores e obliviadores (bruxos que apagavam ou alteravam as memórias dos trouxas), pois, como era de se esperar, a comunidade bruxa da Inglaterra comemorou de maneira muito pouco discreta a classificação de sua seleção. Por mais que Fred e Jorge renovassem freneticamente os seus estoques, as demanda por deflagrações de luxo dos seus mais espetaculares fogos de artifício parecia infinita. Os céus da Inglaterra foram estranhamente tomados por todos os tipos de fagulhas, explosões e figuras das mais bizarras, nas cores vermelhas e brancas. Gritos desafinados do refrão do “Potter Laranja”, o rap em sua homenagem que Harry decididamente detestava, foram ouvidos em toda parte. Para piorar, os irlandeses não ficaram muito atrás.

A seleção irlandesa havia também garantido a classificação na última rodada após uma goleada espetacular sobre a Holanda, com um show de Baby Jane O’Neal. Fogos verdes (também encomendados dos Weasleys) iluminavam os céus irlandeses nos últimos dias, duplicando o trabalho dos funcionários do Ministério do Reino Unido.

A primeira aparição pública de Harry ocorreu sete dias depois da classificação inglesa. O jovem tentou adiá-la o máximo possível, pois imaginava a comoção que essa aparição causaria.

Todo o time inglês, inclusive os reservas, compareceu ao Ministério, onde seriam homenageados com um jantar oferecido pelo Ministro Weasley. Claro que o Ministro Weasley já havia cumprimentado os seus filhos, o seu genro e sua quase nora Angelina em particular. Mas Snape e outros assessores entendiam que uma cerimônia pública seria boa para mostrar aos cidadãos bruxos do Reino Unido o apoio desta administração aos jogadores e ainda capitalizar em proveito próprio um pouco a fama do selecionado, embora Arthur pessoalmente detestasse tais estratégias. Dois dias antes o Ministério também havia homenageado os irlandeses. Mas com muito menos tumulto.

Os irmãos Nebseys, Goyle e os seguranças privados que Draco sempre exigia que acompanhasse os seus jogadores, além dos funcionários do Ministério, tiveram imensa dificuldade para organizar uma entrevista coletiva com Harry Potter. Para piorar a situação, bruxos de várias publicações européias e norte-americanas juntavam-se aos inúmeros britânicos.

Com Gina ao seu lado, o jogador respondeu à maioria das perguntas, mesmo às mais cretinas, como por exemplo, se era verdade que era supersticioso e só usava cuecas lilases sob o uniforme durante as partidas.

- Não, ele não usa – apressou-se em desmentir a ruiva – Não combina com o seu tom de pele.

Em meio ao tumulto da entrevista a aos gritos histéricos de centenas de torcedores, um afobado jornalista do Profeta Esportivo chegou com as novidades.

- Potter, a Federação acabou de divulgar que você foi eleito o melhor jogador das Eliminatórias em todo o mundo. Você recebeu o Prêmio Wronski!

O prêmio mencionado pelo jornalista era uma referência a Josef Wronski, lendário apanhador polonês, inventor da manobra que levava o seu nome, que consistia em atrair o apanhador adversário rumo ao solo e depois desviar-se rapidamente. Após a disputa das eliminatórias para a Copa Mundial de Quadribol, o melhor jogador em todo o mundo recebe o cobiçado prêmio. Mas o repórter parecia ter mais novidades.

- Você ainda recebeu o Prêmio Daí, O Perigoso, por ser o jogador que mais se arriscou nas partidas.

Aplausos encheram o salão. O prêmio mencionado era dado ao jogador que mais se arriscava e se mostrava mais destemido durante a temporada. "Daí" Llewellyn, lendário jogador do time irlandês Catapultas de Caerphilly dava seu nome a um dos prêmios mas populares do quadribol britânico. Era a terceira vez que Harry ganhava essa honaria, sendo as outras vezes quando ainda jogava no time dos Trasgos. E era a primeira vez que um jogador ganhava os dois prêmios ao mesmo tempo.

Os jornais do dia seguinte estampariam fotos de Harry Potter ligeiramente embaraçado, mas inegavelmente feliz com a notícia. Tão feliz que se tornou (mais uma vez!) favorito disparado para ganhar o prêmio “Sorriso do Ano” da Revista Bruxa Semanal.

Rony, muitos anos depois, ainda o incomodaria com a história desse prêmio.

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