NORUEGUESES



AVISO:

Desculpem a demora para postar. Entre trabalho em demasia, computador pifado, arquivos perdidos com o enguiço do PC e outras coisas mais, aqui está mais um capítulo.

Aguardo, é claro, coments, na esperança que vocês não tenham desistido da fic. Já estou escrevendo “Lembranças do Velho Malfoy”.

Obrigado pela compreensão.

Pamela Black é responsável pela entrevista" de Harry à revista "Charmed". Eu só editei e acrescentei algumas coisas, mas o mérito é todo dela e eventuais erros são de minha responsabilidade. Beijo, Pam!

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CAPÍTULO 5

“Charmed”, a mais nova revista bruxa feminina de língua inglesa, já era um sucesso em seu segundo número. No terceiro, a reportagem assinada por Pamela Black, com Harry Potter, sem sombra de dúvida turbinou a publicação nos Estados Unidos e na Inglaterra:


Mesmo deixando o campo desacordado, Harry Potter sabia que seria aclamado herói depois da apanhada histórica que havia realizado. O estádio explodiu de emoção após a espetacular captura do pomo, em que pese a preocupação de todos, vendo o ídolo sair do campo deitado numa maca mágica flutuante, assistido pela Doutora Hermione Weasley.

Do estádio o Eleito foi direto para o Hospital St. Mungus, onde a curandeira dos Cannons e da seleção inglesa, depois de tratar de suas fraturas (braço direito e clavícula esquerda), proibiu terminantemente a presença de qualquer pessoa que não fosse da família ou amigo intimo.

Depois de muita negociação e recomendações, a Dra. Granger gentilmente liberou minha entrada para uma entrevista exclusiva com Harry Potter. O fato dessa repórter ter se preocupado com Harry Potter e não apenas com a sua carreira, após o episódio do “Potter 500” parece ter pesado na decisão da jovem curandeira.

E , convenhamos, seria desperdício demais não ter uma palavra do herói depois de uma partida espetacular como aquela. A minha sorte era que Draco Malfoy pensava o mesmo, e foi com a ajuda dele que consegui passar a tarde ao lado de Potter e sua esposa.

- Não sou hipócrita. A publicidade em torno da partida será ótima para os nsegócios, Srta. Black – disse com franqueza o jovem presidente das Organizações Potter-Malfoy, que também é proprietário e presidente do time de quadribol dos Chudley Cannons, além de sócio de Harry Potter.


Potter, diferentemente do que todos pensavam, parecia em ótimo estado. Com um sorriso radiante no rosto, estava sendo mimado pela esposa, que não saía de seu lado um minuto sequer.

Esse sorriso no rosto é pela vitória ou por estar sendo tão paparicado? “Você acreditaria se eu dissesse que é pelos dois motivos?”, ele me devolve com uma pergunta. Sim, eu acreditaria, na verdade qualquer um acreditaria. A garota é linda, e o trata com tanto amor, que é difícil pensar em um motivo melhor para aquele sorriso.

Mas e quanto à vitória, foi uma apanhada espetacular. Como se sente? Pergunto me sentando em uma cadeira ao lado da cama. “Foi mesmo, eu tenho que admitir. Mas antes de fechar minha mão no pomo eu cheguei a pensar que não ia conseguir. Muita gente diz que sou o melhor e tal, mas nessas horas a gente só pensa que se errar, de herói podemos virar vilão, e se ser herói já é difícil, imagina vilão!”, ele fala sorrindo.

Potter nunca gostou do título de “herói” que lhe foi posto e sabia do que estava falando. Muitas vezes passou de bonzinho a bandido, e viu rostos com sorrisos transformarem-se em caras viradas para ele com desprezo. Já recebeu a visita de todos seus companheiros? O senhor Malfoy está bem animado com essa partida. “Sim, eu sei. Ele já esteve aqui, e já me falou o quanto vamos lucrar com tudo isso. Parte do time está espalhada pelo mundo, jogando as eliminatórias por suas seleções, mas mandaram cartões desejando melhoras. Quando a Mione me liberar (ele lança um olhar para a amiga) e eles voltarem, talvez façamos uma festa!”, conta animado.

Harry, como gosta de ser chamado se mostra muito receptivo, e isso me incentiva para as próximas perguntas. Muita gente ainda acha sua amizade com o senhor Malfoy estranha. É amizade mesmo ou só negócios? Ele pensa um pouco antes de responder, olha para sua mulher, que está sentada ao seu lado na cama, segurando sua mão. “É, estranho isso, não é mesmo? Se me dissessem na época de Hogwarts, que eu seria amigo de Draco Malfoy, eu riria da cara dessa pessoa e diria que ela estava doida. Mas é verdade sim, somos amigos agora. Nossas diferenças foram postas de lado. Ele mudou, eu mudei. E hoje somos grandes amigos.”

Ouvindo-o dizer isso nem parece muito estranho, pois eu mesma já me sentia amiga dele. Se há uma coisa verdadeira, das muitas que ouvimos dizer sobre Harry Potter, é a insuspeita facilidade que ele tem de fazer as pessoas gostarem dele, de o admirarem. Sem falar, como brincam seus amigos, que as mulheres parecem querer protegê-lo!

Essas diferenças que você mencionou, pode-se dizer que a maioria delas se devia à Voldemort? Pergunto um pouco apreensiva, não sabia até onde o rapaz me daria liberdade para tocar em assuntos que não fossem sobre o jogo. “Olha, você é a primeira repórter que me pergunta de Voldemort, dizendo seu nome sem gaguejar”. Ele faz graça. Eu sorrio para ele, “O medo de um nome aumenta o medo da coisa em si”, já ouviu isso Harry? Ele sorri: “Sim, já ouvi falar sim! Um mago muito sábio, grande amigo meu, sempre diz isso, e ele tem razão, sabia?” Ah sim, eu sei. Por isso eu falo sem gaguejar! Mas, o senhor já me enrolou demais, quais eram as suas diferenças com Draco Malfoy? Eu não o deixo me envolver naqueles olhos verdes. Quero minha resposta! “Mione, se você não fosse medibruxa seria uma repórter igual a senhorita Black aqui. E se ela fosse medibruxa seria igual a você. Você duas não deixam passar nada!”. Todos nós gargalhamos. Eu e Hermione nos olhamos automaticamente como que procurando semelhanças.

“É difícil falar das minhas diferenças com o Draco. Elas na verdade não eram nossas, não diretamente. Eu não quero falar muito sobre isso sem ele estar presente, pois seria desonesto da minha parte, mas posso dizer sem medo de que Draco se zangue, que ele sofria influências muito grandes. Muitos falam que ele se redimiu, que não se redimiu, que só começou a fazer as coisas que queria, da forma que achava certo. Claro que quando éramos jovens tínhamos nossas diferenças. Ele nunca se conformou com o fato de que eu era melhor do que ele no quadribol, mas acho que agora Draco superou isso. Bom, agora sim ele vai se zangar!”, Harry afirma sorrindo.

Alguém já escreveu em alguma publicação que ele é engaçado e divertido? Talvez tenham escrito, mas no meio de tanta baboseira é difícil lembrar. Pois bem, ele é engraçado! Durante a tarde toda que passei ali (sim, o que seria apenas uma hora se estendeu pela tarde toda! Mesmo com olhares reprovadores da Dra. Granger) eu dei muita risada e me diverti. Quando saí de lá parecia que estava fazendo uma visita para um velho amigo.

Sua amizade com o senhor Malfoy chegou a abalar sua amizade com Rony Weasley? “Abalar não. No começo todos ficaram desconfiados, não só o Rony, mas era uma coisa natural, devido ao nosso histórico nada pacifico. Mas depois que ficou claro que ele estava sendo sincero foi tudo tranqüilo”. Nem um pouco de ciúme? Harry olha para as moças, “Não, minha amizade com o Rony vai além disso. Nós estamos juntos desde sempre. Ele é meu irmão (como se ele já não tivesse muitos! - comenta.) e sabe o quanto é importante para mim. Por isso não teve nem um pouco de ciúme. Não em relação ao Draco. Mas, quanto à Gina...”


Cada olhar que o casal Potter troca entre si transmite amor. Parece meloso dizer isso, mas eu não estaria sendo verdadeira se não escrevesse. Quando olho para os dois, não consigo deixar de pensar em um conto de fadas. Foi um conto de fadas que se tornou realidade, Senhora Potter? Ela se espanta em constatar que a pergunta é para ela. “Ainda não, Harry ainda tem que me levar para o campo num cavalo branco. Aí sim, poderia dizer que seria um conto de fadas que se transformou em realidade”, ela brinca. “Gina, eu não sei andar a cavalo”. “Viu? Acho melhor dizer que é quase um conto de fadas”, ela diz marota.

Conto de fadas ou não, essa história até agora já teve muitos finais felizes. Harry liquidou Voldemort, tornou-se um grande astro do Quadribol e se casou com a mulher que tanto ama. Quando virão as crianças? “Que crianças?”, ele pergunta. As de vocês. Quando vocês terão um filho? Ele olha para a ruiva ao seu lado. “Não sei. Quando?”, pergunta a ela. “Ei, a pergunta foi para você”, ela devolve. “Bom, por mim já teríamos uns dois já, mas a Gina acha que esta muito cedo”, eu olho para ela, para ver se é isso mesmo. “É, quero esperar mais uns dois anos pelo menos, acabamos de nos casar, ainda estamos curtindo”, ela responde. “E depois, temos a nossa carreira no quadribol”.

Bom, com cavalos brancos ou não, realmente é um conto de fadas. Com final feliz!

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Artigo de Marla Donovan no “Profeta Esportivo”

Ah, nada como um dia atrás do outro, como costumam dizer os mais sábios dentre os trouxas! Três dias atrás, numa recepção oferecida pelos jornalistas da Grã Bretanha aos jornalistas da Alemanha, um simpático repórter deste país, quando foi apresentado a mim, saudou-me feliz, dizendo que eu era a jornalista galesa que havia “inventado Harry Potter”. Sim, leitores. Fui acusada de inventar Harry Potter!

Encarando a coisa toda com senso de humor, e estranhando o fato dos alemães também possuírem tal qualidade, disse ao meu interlocutor que Harry Potter não precisava ser inventado. Perguntei também ao alegre representante da imprensa germânica se ele não havia assistido pela TV Bruxa do seu país as últimas partidas dos Cannons. “Mergulho Potter” realizou façanhas que poucos escritores poderiam ter exagerado ou inventado. E, sinceramente, não tenho tanto talento para a invenção de fatos, situações e jogadas.

Nesse momento, o citado repórter dever estar pensando se alguém realmente precisa inventar Harry Potter. Pois vejamos:

Após duas horas de um jogo duríssimo, Potter realizou mais um dos seus vôos espetaculares. Mesmo tendo recebido um balaço violentíssimo de Mathias Mittermayer, capitão do selecionado alemão quando estava prestes a pegar o pomo de ouro, outro balaço demolidor, dessa vez disparado por Günter Weiss o atingiu no braço direito esticado. Pode-se ver pelas imagens da TV Bruxa a seqüência assustadora do choque e do braço de Potter se quebrando. Ainda assim, demonstrando uma garra e um sangue frio impressionantes, o apanhador da Inglaterra bloqueou a apanhadora adversária e, manobrando a vassoura apenas com as pernas e com os quadris, pois a essa altura já havia ferido o ombro esquerdo e o braço direito, mergulhou no vazio, pulando da vassoura a dois metros do chão, para ficar com o pomo! Eu quase acompanhei meu colega Lino Jordan nas estrofes do “Potter Laranja”, rap que os auto-falantes do estádio passaram a tocar assim que a partida foi encerrada. Desconfio que Draco Malfoy estivesse por trás da inusitada, mas merecida homenagem ao seu sócio. Foi eletrizante e espetacular!

Tão eletrizante e tão espetacular que não haveria ficção capaz de inventar algo assim. E, eu, uma mera jornalista de quadribol, não teria talento para inventar algo que, ainda como dizem os trouxas, demonstra que a é a vida quem imita a arte e não o contrário. Harry Potter, meu caro colunista alemão, não precisa ser inventado, embora a esta altura, esta jornalista desconfie que muitos alemães gostariam de “desinventá-lo.

Do jornal alemão “Zauberer Zeitung”:

A partida de quadribol disputada ontem em Chudley, Inglaterra, entre Inglaterra e Alemanha teve um nome: Harry Potter. Quem ainda duvidava da qualidade do excepcional apanhador e artilheiro, ontem teve que reconhecer o talento desse jovem, herói do mundo mágico e, aos vinte e um anos, um dos maiores talentos já vistos sobrevoando os céus da Europa.

A partida seguia bastante equilibrada, com uma ligeira vantagem para o selecionado alemão, conseqüência da performance dos dois batedores (Weiss e Mittermayer, estatísticas do jogo na página 4) e da boa partida que vinham fazendo os artilheiros, notadamente Hansen. Acontece que, com pouco mais de duas horas de jogo, Harry Potter executou uma apanhada soberba. Apesar de ter recebido dois balaços demolidores, o rapaz, parecendo de aço, apanhou o pomo de ouro, conseguindo bloquear a apanhadora Valéria Hoeness com o corpo (mesmo estando com o ombro e o braço feridos) e, numa manobra arriscada e emocionante, atirando-se da vassoura a dois metros do chão (veja a seqüência de fotos na página 5), com a mão esquerda, apanhou a bolinha dourada

O placar de duzentos e setenta a cento e vinte em favor da Inglaterra premiou, mais do que o desempenho dos seus companheiros, a coragem, o sangue-frio e a audácia deste jogador inglês, de quem, este jornal tem certeza, ouviremos falar muito nos próximos anos.
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Entrevista coletiva dada ao fim da partida pelo batedor e capitão da Alemanha, Mathias Mittermayer:

- O que você acha que faltou para a Alemanha ganhar o jogo, Mittermayer?

- Não faltou absolutamente nada. Realizamos uma de nossas melhores partidas dos últimos tempos. Mas... Ninguém poderia esperar uma apanhada como aquela.

- Você acertou Potter em cheio, não é mesmo?

- Não me lembro de ter acertado um balaço com tanta força em algum jogador. O Günter (Weiss) também o acertou... O garoto é sobre-humano!
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- Nossa! – gargalhou Rony junto à cama de Harry – Ele é sobre-humano!

- Pare de encher o Harry, Rony! – ralhou Hermione, dando um beijo no rosto do amigo e outro nos lábios do esposo – Aquela jornalista já passou muito tempo com ele...

- Ela é legal! – disseram animados, Harry e Gina, quase ao mesmo tempo.

- Ela é sim – concordou Hermione – É que... – a curandeira hesitou.

- O que preocupa a minha medibruxa grávida preferida? – perguntou Harry de bom humor.

– Bom... – hesitou a jovem novamente.

- Mione, você está me assustando! – falou Gina, preocupada.

- O Harry não vai jogar contra a Noruega – respondeu de uma vez a curandeira.

- O que? – boquiabriram-se Harry, Gina e Rony
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- Vamos lá, Harry! – tentava animá-lo Draco Malfoy.

Angelina Johnson, seu noivo Jorge, além de Fred, Hermione e Gina estavam no quarto de Harry naquele momento. Todo o bom humor do dia anterior se desmanchara rapidamente.

- Mas, Mione... – tentou argumentar Harry novamente.

- Eu já expliquei para você – disse Hermione com ar de contrariedade – Aquela Poção Para Dormir Sem Sonhar, que você tomou durante um bom tempo, deixou os seus ossos mais frágeis do que o normal. Ela tem esse efeito colateral se tomada em excesso. Você poderia jogar na quarta-feira, mas uma nova contusão seria muito arriscada para a sua saúde e para a sua carreira. E você é o jogador mais visado pelos balaços dos adversários no momento.

- É isso aí, “Harryzinho-ossos-frágeis” – caçoou Jorge, recebendo um olhar mortífero da irmã e uma dolorosa cotovelada de Angelina

- Fique aí bonzinho e ponha os ossinhos no lugar – emendou Fred – Nós vamos apostar muito dinheiro na revanche contra a Alemanha e queremos você inteiro. Sem falar, que a nossa irmãzinha é muito novinha pra ficar viúva... Ai!

Gina havia lhe acertado um chute na canela, que melhorou um pouco o humor de Harry. A esposa e Angelina despediram-se (Gina com um grande beijo em Harry, que rendeu assobios dos gêmeos) e se retiraram, pois iriam treinar à tarde. Após a partida das jogadoras, Fred e Jorge, mais sérios, tentaram, sem muito sucesso, animar Harry, assim como Draco, que chegou pouco depois da saída das garotas.

- Eu realmente sinto muito, Harry – disse Hermione, consolando-o.

A curandeira o examinava atentamente e fazia com que o amigo bebesse uma série de poções.

Havia sido a primeira a chegar até ele, após a sensacional captura do pomo. Na verdade, poucos segundos antes de Gina, mas apenas porque a ruiva estava a vários metros de distância e a mais de treze metros de altura no momento da apanhada. Se a ruiva não estivesse tão preocupada com Harry, teria rido à beça da “entrada triunfal” de Hermione no campo de jogo.

As Organizações Potter-Malfoy, associadas às Gemialidades Weasleys, vinham desenvolvendo em caráter experimental uma pequena prancha voadora, menor do que aquelas que os trouxas usam para surfar, mas maiores do que um skate. Havia sido uma idéia maluca de Fred Weasley, que teve a inspiração vendo uma história em quadrinho trouxa de um dos filhos de Toni M’Bea.

Como o Departamento de Transportes Mágicos do Ministério da Magia da Grã-Bretanha era muito mais rigoroso com qualquer veículo mágico que não fosse uma vassoura (o lobby dos fabricantes era muito poderoso), haviam recebido autorização para produzir apenas algumas dezenas de pranchas em caráter experimental.

Quando Malfoy e Rony deram a peça de presente para Hermione, com dispositivos de segurança anti-quedas, para que ela não se cansasse em demasia durante os jogos, além de ralhar com os dois (“Pelo amor de Deus! Eu estou grávida, não aleijada!”), a jovem havia tido um acesso de risos, lembrando-se de um dos super-heróis favoritos da sua infância. A prancha virou uma peça esquecida na área técnica que ocupava junto com o treinador do selecionado e com Dell Walker, o afetado preparador físico, que também fazia questão de acompanhar as partidas.

Entretanto, quando viu seu amigo caindo da vassoura, do lado oposto ao campo de jogo em que estava, não pensou duas vezes: Sentou-se graciosamente na prancha e rumou veloz para acudi-lo.

- O Surfista Prateado! – disse Harry, caindo na risada, quando lhe contaram, no hospital, sobre a aventura de Hermione e o objeto voador.

- Foi irado! – disseram Daniel e Owen, filhos de Toni e Helga.

Aos poucos, a imagem de Hermione voando numa prancha, como o Surfista Prateado, perdeu a graça e Harry voltou a ostentar o ar sorumbático das últimas horas. Provavelmente sairia no dia seguinte. Apesar de já estar muito bem, a amiga parecia reticente em liberá-lo do hospital, temendo, talvez, de maneira irracional, que o obrigassem a jogar à força.

Eram cinco horas da tarde de terça-feira. Dali a vinte e seis horas o selecionado inglês voltaria a campo para enfrentar a Noruega, país que já vivera no passado melhores dias no quadribol. Elenya Friedsen, veterana goleira, atuando há anos nos Estado Unidos, capitã da equipe, era hoje a sua melhor jogadora. Seus artilheiros Grieg, Flo e Nilda Nansen eram jovens e ainda pouco experientes. Mortensen e Amundsen, batedores experimentados, mas menos eficientes do que os alemães. E contavam com o talento de Edvard Undset, apanhador que atuava na competitiva Liga Italiana.

A leitura das páginas do Profeta Esportivo deixou Harry ainda mais irritado. Como não havia treinado na segunda feira à tarde, todos deduziram que não jogaria. Além das insinuações veladas de que ele estaria fazendo corpo mole, de que não possuía condições atléticas para disputar uma Copa Mundial, ou de que estava exigindo para si próprio e para esposa o mesmo tratamento privilegiado que possuía nos Cannons, o jornal trazia também as declarações confiantes dos torcedores e jogadores da Noruega, dando a entender que a Inglaterra resumia-se a “Mergulho Potter”.

“Bem, vocês viram o jogo contra a Alemanha...” – disse o técnico norueguês ao jornal – “Vocês acham que sem o Potter eles teriam vencido aquele jogo?”

“Ninguém consegue prever uma apanhada como aquela” – teorizou a capitã Friedsen – “Mas certamente estaremos preparadas para o jogo das artilheiras inglesas”

- Ainda abatido, Harry? – perguntou Hermione. Todos já haviam se retirado e a amiga passava naquela hora para examiná-lo e ministrar as poções que deveriam recuperar a sua estrutura óssea.

- Um pouco – admitiu o apanhador da Inglaterra – E você? Não vai para casa?

- Rony vai passar aqui pra gente ir junto. De carro. Ele está louco para dirigir, mas eu ainda sou a motorista da casa – explicou a amiga – E é claro que a Gina virá para passar a noite com você. Nada de farras noturnas, hein? – brincou a curandeira – Mas, o que mais aflige você, Harry? –perguntou por fim Hermione, que conhecia o amigo tão bem como a ela própria.

- Ah, Mione, os noruegueses estão agindo como se o time da Inglaterra fosse formado por um bando de retardados de vassouras! Eu adoraria fechar a boca deles.

- Você não pode nem pensar em jogar. Mas eu tenho uma idéia...
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Toni M’Bea aproximou-se do campo de jogo do Chudley Cannons, aonde o selecionado inglês acabara de treinar. Não havia sido um bom treino. Os olheiros noruegueses, ridiculamente disfarçados, com chapéus e óculos escuros (numa tarde fria e cinzenta), mal escondiam a sua satisfação. E Toni não poderia culpá-los.

O trabalho de proteção dos batedores à apanhadora havia sido lamentável. As três artilheiras, amarradas a um sistema de jogo excessivamente defensivo, limitaram-se a trocar passes, sem lançamentos longos ou trabalho de infiltração. Na opinião do veterano batedor ugandense, Jerry White estava limitando em demasia o jogo das garotas. Gina não conseguia ser exuberante como era jogando nos Cannons. E não era por causa da falta da companhia de Harry ou de Toledo. Toni já a havia visto em ação, jogando na Itália, num time bem pior do que a seleção inglesa, e a sua performance havia sido soberba.

Faltava à garota a confiança que Vera Ivanova transmitia aos jogadores e um sistema de jogo que a deixasse a vontade para driblar e marcar gols, o que a ruiva sabia fazer muito bem.

- Eu sei que fui uma meleca! – desabafou ela, quando viu que o amigo estava à beira do campo.

- Você está ouvindo o White em demasia – disse o africano.

Como Gina encarava o capitão dos Cannons, aparentemente sem entender o que ele havia dito, Toni explicou:

- Gina, eu sei que você é uma grande jogadora.

- Acho que não sou tão boa assim sem os lançamentos do Harry – confessou a ruiva.

- Isso é o que os idiotas da imprensa dizem. Acredite, garota, você é quase tão boa quanto o Harry na posição de artilheira.

- Então por que eu não estou jogando nada? – perguntou a garota, à beira das lágrimas.

Alguns torcedores e jornalistas, pareciam subitamente interessados na conversa. Toni puxou Gina pelo braço até um local mais discreto e sinalizou para Angelina Johnson e Cátia Bell, que se dirigiam para o vestiário, para segui-los.

- Eu gosto do White – disse o africano, como se aquela conversa fosse uma traição ao treinador da seleção da Inglaterra – Ele é um bom sujeito e bastante esforçado, mas o que ele está fazendo não está ajudando.

- Você sugere que a gente faça tudo diferente do que treinamos? – perguntou Angelina.

- Não exatamente – explicou o batedor – A tática defensiva dele me parece boa, mas vocês devem ser mais vocês mesmas. Vocês devem improvisar mais nas fintas e arremessos. Os noruegueses são razoáveis, mas o jogo deles é bem tradicional. Artilheiros velozes, batedores duros, boa goleira, apanhador rápido, mas nada além disso. Eles não possuem artilheiras habilidosas como vocês três. O jogo de artilharia é que vai decidir a partida.

- Mas, o que podemos fazer? – indagou Cátia Bell.

- Façam um treino entre vocês. Ensaiem jogadas que possam surpreender os adversários. Eles acham que Harry é o único inglês que sabe fazer arremessos longos. Mas eu já vi Angelina e Gina marcarem gols em tiros de longe. Aposto que eles não esperam por isso.

- É! – disse Gina mais animada – É uma boa idéia! O que estamos esperando, garotas?
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No dia anterior Gina se dirigira ao quarto de Harry no St. Mungus mais cansada do que o habitual, mas era a primeira vez desde o final do jogo contra a Alemanha que a ruiva parecia de bom humor. Ela contara para o esposo a conversa que havia tido com Toni e como ficara mais duas horas no campo de jogo treinando com Angelina e Cátia as jogadas que executariam durante a partida.

A única grande “regalia” que ele e a esposa supostamente possuíam, diferentemente do que alguns jornalistas sensacionalistas diziam, era o direito de ficarem juntos nas concentrações, ou agora, o direito da ruiva passar a noite com ele no hospital, pois não confiava em nenhuma enfermeira para cuidar do “seu homem”. Molly e Arthur estiveram presentes na segunda-feira, mas a confusão que a visita do ministro causara havia sido tão grande que ficou acertado que Harry iria até a Residência Ministerial na primeira oportunidade, e sem avisar a imprensa.

O apanhador contou para Gina a idéia de Hermione para elevar a moral da seleção e esta achou que a amiga mais uma vez tivera uma grande idéia. Para quem dizia sempre que nada conhecia do mais popular esporte bruxo, a curandeira estava se tornando bastante perspicaz no assunto.

Quando, perto da hora da partida, na quarta-feira, o selecionado inglês recebia as últimas instruções de Jerry White, Harry entrou no vestiário, fugindo de uma multidão de jornalistas, com gravadores, microfones e máquinas de fotografia em riste.

- Oi, pessoal – disse um pouco tímido.

A maioria da equipe parecia surpresa com a presença do jogador. Thompson inclusive, o encarava de maneira quase hostil.

- Certo. Você vai jogar – brincou Wilson, sempre de bom humor – Sem ofensas, Chang – desculpou-se o batedor, olhando com um ar maroto na direção de Cho Chang, que jogaria no lugar de Harry.

- Não – negou Harry – Hermione me mataria.

- E eu o mataria depois – acrescentou Gina, arrancando risos dos jogadores.

- Eu só vim desejar boa sorte e dizer que tenho confiança em vocês.

Como nenhum jogador ou o treinador disse qualquer coisa em resposta, Harry continuou:

- Aqueles noruegueses, e até muita gente na Inglaterra, acham que vocês são um bando de idiotas montados em vassouras – afirmou o jovem, agora mais seguro de si. Ele se sentia de novo como quando era o capitão do time de sua casa em Hogwarts – Mas eu sei que vocês sabem jogar bem e não precisam de mim para ganhar daqueles vikings idiotas. Eu confio em vocês! – afirmou, quase gritando, sendo cumprimentado por todo o time, que saiu para o campo de jogo muito mais confiante. Até mesmo Darius Thompson, que todos sabiam não morrer de amores por Harry.

Gina lhe deu um beijo antes de seguir os demais. Ficando para trás, Jerry White olhava impressionado para o seu apanhador titular.

- Foi muito decente o que você fez, Potter – disse o treinador, parecendo bastante emocionado - Acho que você será um grande técnico um dia.

- Ahn, não foi nada – respondeu Harry sem jeito.

Andando na direção de Cho Chang, que arrumava a luva de apanhadora, prestes a entrar em campo, o apanhador titular disse para a garota oriental:

- Faça o que você sabe fazer melhor. Movimente-se bem. Não confie muito nos nossos batedores – acrescentou a última frase bem baixo, evitando que Thompson e Wilson o ouvisse. E, dando um tapinha amistoso no ombro da jogadora, acrescentou: - Eu sei que você vai pegar o pomo.

Harry ainda ficou algum tempo na porta do vestiário, vendo o time se perfilar atrás de Angelina, á espera do momento em que orquestra bruxa começaria a tocar os hinos nacionais. Estava triste por não entrar em campo, mas ficou bastante satisfeito quando viu que os jogadores, após a execução do hino inglês, acenavam para ele, parecendo agora mais seguros do que estavam minutos atrás.
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Harry preferia de longe estar jogando a assistir uma partida de quadribol. Seus nervos quase o matavam nessa situação. Viu a capitã inglesa, Angelina Johnson, cumprimentar a capitã norueguesa, Friedsen, uma mulher alta, de cabelos loiros muito curtos, e teve a nítida impressão que os noruegueses estavam confiantes demais. E parecendo muito imponentes com seus uniformes vermelhos e azuis, em contraste com a Inglaterra, que jogava toda de branco, à exceção de Rony que usava uma chamativa roupa azul de goleiro. A maioria do do selecionado visitante era formada por jogadores altos e fortes. Mesmo as únicas moças do time, a capitã Friedsen e a artilheira Nansen, eram bem mais altas do que Gina e Cátia. Só Angelina era da altura das jogadoras norueguesas.

- COMEÇA A PARTIDA! – anunciou Lino Jordan, através dos auto-falantes do estádio e também ao vivo para toda a Inglaterra pela Rádio Bruxa e pela TV Bruxa – OS NORUEGUESES NO ATAQUE! FLO RECEBE UM PASSE LONGO DE NANSEN. SEEEEEEEEEENSACIONAL DEFESA DE RONY WEALSLEY!

O time visitante possuía artilheiros rápidos, embora Harry desconfiasse que não fossem tão bons em dribles e infiltrações como as garotas inglesas. Rony realizou realmente uma grande defesa, desviando com o pé direito a goles. No ataque seguinte, de novo o artilheiro Flo, alto e encorpado, arremessou com violência para uma nova defesa de Rony. A torcida começou a gritar o seu nome.

Do lado de Harry, no camarote adquirido pelos M’Bea, Daniel e Owen vibravam e imitavam os gestos de Rony, com os braços abertos, parecendo cobrir todos os três aros.

No seu primeiro ataque, a Inglaterra marcou um grande gol. Angelina e Gina tabelaram em velocidade, Gina escapou de um balaço, fintou a goleira e marcou os primeiros dez pontos do jogo.

- AÍ, GININHA! – gritou Lino – DEZ PONTOS PARA A INGLATERRA!

- MUITA HABILIDADE DE GINA POTTER – comentou Marla Donovan. – ELA ESTÁ PROVANDO QUE NÃO DEPENDE APENAS DO ESPOSO PARA JOGAR BEM!

Rony realizou mais uma defesa particularmente difícil, esticando-se todo e desviando a goles com a ponta das luvas. Novos gritos de “Weasley!”, “Weasley!” partiram da torcida inglesa.

- LÁ VAI CÁTIA BELL! DRIBLOU GRIEG! AÍ, GAROTA! PASSOU PARA ANGELINA! GOOOOOOOL DA INGLATERRA! ANGELINA JOHNSON! QUE JOGADA DAS ARTILHEIRAS INGLESAS!

- É a minha garota! – vibrou Jorge Weasley, acenando para a noiva, que contornava os aros e socava o ar, gesto que era a sua marca registrada. O ruivo ocupava com os irmãos, a cunhada Fleur e Olívio Wood um camarote ao lado daquele em que estavam Harry e os M’Bea.

- GOOOOOOOOOOOOL DE CÁTIA BELL! – narrou Lino Jordan – UMA JOGADA QUE PASSOU PELAS TRÊS ARTILHEIRAS, CAROS OUVINTES E TELESPECTADORES! QUE PASSE DE GINA POTTER PARA CÁTIA BELL!

- POR ENQUANTO OS BATEDORES NORUEGUESES E OS ARTILHEIROS DO TIME NÃO ESTÃO CONSEGUINDO PARAR A ARTILHARIA INGLESA – constatou Marla.

- BALAÇO DE AMUNDSEN DESARMA CÁTIA BELL! – lamentou Lino – FLO COM A GOLES! PASSE PARA NANSEN! VAI MARCAR! NÃO MARCA!! ELA NÃO MARCA!!!! – gritou a plenos pulmões “A Voz” – OUTRA DEFESA SEEEEEEENSACIONAL DE RONY WEASLEY!!! O PAREDÃO RUIVO! A MURALHA RUIVA!!!

- IMPRESSINANTE! – comentou Marla – DEFENDEU UMA GOLES ATIRADA A QUEIMA ROUPA! LÁ VAI A INGLATERRA!

- GINA POTTER DESVIA-SE DE UM BALAÇO! ARREMESSA DE LONGE! QUE BOMBA! A GOLEIRA FRIEDSEN REBATE! ANGELINA NO REBOTE! É GOOOOOOOOOOOL! ANGELINA SOCOU A GOLES PARA DENTRO DO ARO CENTRAL! GOL ESPETACULAR DA INGLATERRA!

Harry estava rouco de tanto gritar. Aplaudiu entusiasmado a jogada da capitã da Inglaterra. No rebote da goleira dinamarquesa, Angelina socou a goles como se fosse uma bola de vôlei, uma jogada, que no quadribol, exigia força e reflexos rápidos.

A Inglaterra continuava goleando. Gina marcou três gols quase que em seguida e Cátia mais outro e outro. Passados oitenta e quatro minutos de jogo, o treinador do time visitante já havia solicitado tempo, mas Inglaterra continuava a golear impiedosamente. As artilheiras inglesas estavam arrasando na partida. O placar apontava cento e quarenta a trinta e a torcia local cantava enlouquecida. Undset, o apanhador da Noruega vasculhava o campo em busca do pomo, que poderia salvar a partida para a sua seleção.

Cho Chang, seguindo o conselho de Harry, procurava se movimentar com rapidez para fugir dos batedores adversários. Amundsen, o mais forte dos dois batedores, e que parecia o mais malvado deles, atirava balaços na direção da garota, aparentemente para amedrontá-la, pois nem ele nem seu companheiro estavam sendo muito felizes nos balaços disparados na direção das artilheiras.

- ARREMESSO DE LONGE DE GINA! GOOOOOOOOL DA INGLATERRA! GINA POTTER! ESSA ELA APRENDEU COM O MARIDÃO HARRY ! DÁ-LHE GININHA!!! – cantou Lino feliz!

- OS APANHADORES VIRAM O POMO! – alertou Marla.

- CHANG E UNDSET PERSEGUEM O POMO!!! VAI, CHANG!

Harry e a maioria do estádio prendeu a respiração. Um pomo muito veloz deslocou-se na direção dos aros da Noruega. Undset estava mais próximo. E Harry ficou feliz em constatar que o apanhador do time visitante não tinha os reflexos excepcionais que ele tinha. O pomo desviou-se para a esquerda, enganando o jogador. Chang, que vinha um pouco atrás esticou o braço quase por reflexo e apanhou a bolinha. A torcida explodiu. Harry pulava abraçado a Toni e Helga. Daniel e Owen dançavam e socavam o ar. No camarote ao lado, Os Weasleys e Olívio faziam uma grande algazarra.

Do lado oposto, na tribuna de honra do estádio, Draco Malfoy mandava o protocolo às favas e fazia gestos nada amistosos para alguns bruxos noruegueses.

- CHANG APANHOU O POMO!!!!! – berrou Lino Jordan – A INGLATERRA VENCE POR TREZENTOS A TRINTA!!!!
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Mais tarde, em meio à tumultuada entrevista coletiva concedida pelo selecionado inglês, Harry acompanhava de longe o bombardeio de perguntas, principalmente destinadas a Gina, Rony e Cho, que eram os mais solicitados. O jogador estava contente com o sucesso dos companheiros da seleção e de sua esposa, e, principalmente, por não ser neste dia o principal alvo dos jornalistas. Era bom, pelo menos uma vez na vida, não ficar em evidência. O rapaz sorria feliz, bastante afastado da área de entrevistas, com mais um beijo que Gina lhe jogava, enquanto Cho explicava como havia apanhado o pomo que parecia nas mãos do apanhador adversário e Rony tentava explicar uma das suas muitas defesas espetaculares. Aquele era o terceiro ou quarto beijo enviado pela ruiva. Que deixavam Harry ligeiramente fora da realidade. Imaginando seriamente que aqueles beijos sugeridos seriam apenas uma promessa bastante interessante para mais tarde. Para uma comemoração a dois.

- Como você se sente, sendo o segundo jogador da sua própria casa, Potter?

A pergunta e a voz desagradável que a havia formulado trouxeram o jovem de volta à Terra. Mas não por muito tempo. A entrevista coletiva estava se encerrando e Gina caminhava finalmente na sua direção. Abraçando carinhosamente a esposa, virou-se para Dan Carter. Aquele boçal não o tiraria do sério num dia como aquele, quando estava tão orgulhoso da garota que amava.

- Eu me sinto muito bem, Carter. E ficarei bem melhor mais tarde. Comemorando com a minha esposa o fato dela ser a melhor jogadora da nossa casa. Pode escrever isso no seu jornaleco.

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