Ilusão ou desencontro?

Ilusão ou desencontro?



Neste cap contém idéias da maravilhosa Anne!
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Dedicado à ela que sempre me ilumina e não me deixa desistir disso aqui.
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Snape acordou e tateou a cama. Estava vazia. Ele cogitou de tudo ter sido apenas um sonho. No entanto, ao apalpar a cama ele notou que os lençóis estavam úmidos da noite anterior. Hafsa deveria ter saído no meio da noite Ele se regozijou lembrando de seus momentos íntimos com a bruxa. Para um homem que à pouco não havia tido contato intimo com uma mulher, ele ganhara terreno rapidamente. Na verdade, vertiginosamente. Três vezes em uma noite não era para qualquer um. – pensou ele com um sorriso brincando nos lábios.

Levantou-se calmamente,e vestiu-se para o café da manhã seguido da primeira aula do dia.

Rapidamente alcançou o salão principal. Observou seus integrantes. Torcendo o nariz ele direcionou-se para o lado da nova diretora. A mulher era enjoada e insuportável! E Minerva estrategicamente havia deixado a cadeira ao lado da diretora vaga. Amaldiçoando a colega professora, ele caminhou e tomou seu lugar ao lado da inquisitora cara de sapo.

- Bom dia – disse a velhaca com uma repulsiva voz melosa.

Snape travou a mandíbula e colocando o guardanapo de tecido no colo ele respondeu mal humorado:

- Bom dia.

- Professor, o senhor nunca chega à esse horário para o café. Na verdade, eu sempre notei que o senhor é sempre muito pontual. – disse a bruxa como quem não quer nada. – Aconteceu algo? - perguntou ela enxerida.

Snape empertigou-se. Nem mesmo Dumbledore havia tido caduquice o suficiente para se intrometer desse jeito na vida dele

- Senhora, creio que não lhe devo satisfação da minha vida fora das salas de aula. – Disse ele com uma falsa calma.

Snape mirava obstinado o próprio prato, dessa forma não pode ver o sorrisinho meigo junto aos olhos arregalados de fúria que a bruaca esboçou ao ouvir sua resposta.

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Mais tarde, ao terminar o café da manha, Snape dirigiu-se à sua sala de poções. Andava entre alguns alunos, desviava por corredores vazios... Severo nunca gostou da multidão que se acotovelava pelos corredores principais.

Andava displicente, sua capa enfunando. Ele apurou os ouvidos. Sabia que estava sendo seguido desde o salão principal. Porém, mantinha a imparcialidade. Era um espião, e sabia muito bem quem o seguia. O cheiro de seu perseguidor ainda estava impregnado em seus poros. Era um delicioso cheiro de canela.

Estacou de repente no corredor.

- Hafsa. Pode parar de me seguir? – Disse ele sem olhar para traz.

- Oi Severo. Você não sabe brincar mesmo. – Disse Hafsa saindo de trás de uma grande armadura, aparentemente chateada por ter sua posição revelada.

- O que quer? – Perguntou o bruxo virando-se nos calcanhares para observar a bela bruxinha à suas costas.

- Severo, nem todos são interesseiros como você. Não passou por sua cabeça que eu estivesse apenas querendo te ver depois do que houve ontem a noite? – Disse ela manhosa.

- Errr... Não! – Disse ele com uma sobrancelha desafiadora levantada.

- O-o que? – Perguntou ela com um sorriso aturdido.

- Não se faça de boba. Você não é uma grifinoria. – Disse ele simplesmente.

- Então quer dizer que eu não posso ter lhe procurado apenas por que senti sua falta?

- Exato minha querida – disse ele se aproximando - Diga Hafsa, sem enrolação. O que quer?

A bruxa esboçou um olhar magoado muito convincente, porém, o disfarce caiu quando ela não pode evitar o meio sorriso que curvou-se em seus lábios zombeteiramente depois de alguns segundos.

- Certo. – Disse ela.

Snape estreitou os olhos e sorriu. Ela era uma sonserina assim como ele. E por isso ele sabia que por traz de gestos amáveis sem motivos aparentes, no caso de pessoas como eles, escondia-se o interesse.

- Quando você vai voltar à ensinar oclumência à Harry? – Disse ela caminhando até o bruxo e abraçando-o.

Snape fez uma cara de quem chupou limão e comeu a casca. Então era isso que a bruxa queria desde o inicio. Bem, não era exatamente uma surpresa, já que na noite anterior ela o havia procurado justamente para tratar desse assunto. Mas ele pensou ter deixado claro que não havia mais o que conversar. Ele não iria mais ensinar ao testa rachada insolente!

Irritado ele pegou a bruxa pelos pulsos e afastou-a. E olhando-a nos olhos e disse:

- Nunca mais. Ele é um garoto nojento e intrometido. O inferno congelará antes que eu volte a ensinar oclumência à ele. – Falou secamente.

Hafsa sorriu. O homem era mesmo muito teimoso. Por alguns segundos ela sustentou os olhos negros imaginando o que o garoto Harry Potter poderia ter feito para que Snape ficasse tão bravo. Afinal, sonserinos dificilmente perdem a calma.

- Severo... Dumbledore me esclareceu que você deveria ensina-lo. Obviamente que o garoto ainda não está apto. Você precisa continuar. – Disse ela com um sorriso ameno.

Severo apertou a ponte de nariz, voltou-se para o caminho que estava à pouco seguindo e falou enquanto andava:

- Eu não devo nada a Dumbledore. O maldito garoto é um intrometido, e eu não irei fazer mais nada por ele.

A bruxinha seguiu o professor pelo corredor deserto. Cada passo que o mestre dava, era dois passos dela. Ela corria para acompanha-lo, e enquanto isso tentava dissuadi-lo.

- Vamos Snape. O garoto precisa disso. Se não fará por Dumbledore, faça por mim! – disse ela alcançando-o e pegando uma pontinha da veste do braço do bruxo.

Ao ouvir essas palavras, Snape estacou, e por pouco Hafsa não topou com o bruxo. Ele permaneceu de costas para ela. A raiva contra o garoto o consumia. E selvagemente ele lembrou-se dos motivos por ter virado comensal. Como a bruxa poderia cobrar algo por ela? Ele havia abdicado da própria vida por causa dela. Ele havia deixado se consumir pelo mal apenas por que ela não teve coragem de ama-lo no passado. Então sentindo o leve puxão em suas vestes, ele apenas gelou seu corpo e disse para o corredor vazio à sua frente:

- Se eu soubesse que o preço pelo que me deu ontem a noite seria esse, eu teria recusado seus favores. – Falou ele friamente.

O ódio o consumia. Mas subitamente ele percebeu a asneira que havia dito à ela. Ele percebeu que não sentia mais o pequeno puxão em suas vestes. Votou o corpo para observa-la. Estava disposto à pedir desculpas.

Ela o olhava estagnada. Não havia sinal que iria chorar, muito menos que estava brava ou zangada. Ela tinha o semblante calmo. Ele tenteou falar algo, mas subitamente um tapa cortou o ar desferido direto para o lado esquerdo de seu rosto. Ao mesmo tempo, ele viu o rosto da mulher ser marcado opor finas linhas de expressão. Ela envelhecera alguns anos. Ele não entendeu. A mulher apenas envelhecia quando usava os poderes de sua raça ‘gênio’. Ele sentia seu rosto queimar. Tocou o lugar do tapa e sentiu-o quente. Olhou novamente para ela. Ele não estava zangado. Sabia que merecia até mais que um tapa pelo que havia dito. Não conseguiu articular o pedido de desculpas que ela obviamente esperava.

Ela possuía um desesperador semblante de calma e compreensão. Então antes que pudesse absorver as atitudes dela, a moça quebrou o silencio:

- Pena que meus serviços de ontem não o agradaram o suficiente para que o senhor pudesse me pagar com algumas de suas preciosas aulas para meu afilhado. Mas não se preocupe. Se lhe agradaram pelo menos um pouco, você poderá passar quando quiser nos meus aposentos. Desde que, é claro, esteja com os galeões necessários para pagar o preço de... Como você disse mesmo? Ah sim: Pelo preço de meus ‘favores’ – A ultima palavra foi dita com uma carga excepcional de amargura.

Dito isso, ele observou a mulher afastando-se à passadas larga na direção oposta à que ele seguia anteriormente.

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Severo dirigiu-se à primeira aula do dia extremamente desorientado. Ainda sentia o rosto queimar. Sabia que o tapa deveria ter deixado uma bela marca em seu rosto, por isso limitou-se à ficar em sua mesa com a cortina de cabelos caídas à face para esconder a marca até poder ir à enfermaria retira-la.

Seu cérebro fervilhava à cada segundo. Ao falar, mulher tinha a frieza dos integrantes da sonserina nos olhos, mas ele sabia por experiência própria, que por traz de todo o gelo, o coração da mulher deveria estar fervilhando fúria.

Ele pensou em milhares de formas para retratar-se com a bruxa. Mas Severo nunca aprendeu a pedir desculpas. Era difícil para ele, sempre fora, assumir os próprios erros.

Sofria.

Passou a manhã descontando suas frustrações nos alunos. Não era imparcial. Estava amargurado. As lembranças que Harry quase terminara de ver o no outro dia o massacrava, e o impedia de cumprir com a obrigação de ensina-lo a oclumência. Era como se o garoto resguardasse a arrogância do padrinho, e do pai. Vivia do passado. Não se orgulhava disso. Era amargo por isso. Mas o sentimento de revolta da juventude não passara em 18 anos, e não era agora que passaria.

Estava condenado à nunca ser feliz?

Foi para enfermaria com essa pergunta martelando-lhe a cabeça. Madame Ponfrey examinou a marca vermelha de todas as formas. Tentou diversos feitiços, pomadas, poções. Nada tirava a marca vermelha de uma mão com cinco longos dedos do rosto do professor.

A Medibruxa perguntou-lhe o que causara tão peculiar ferimento. Severo olhou-a impiedoso e disse mordaz.

- Será que a senhorita esta ficando cega? Acho que é obvio o que me feriu! – disse ele apontando para a marca com cinco dedos.

A medibruxa empertigou-se e disse:

- O senhor me entendeu. Eu quis dizer que tipo de magia esta impregnada nesse golpe. Por que obviamente não é nenhuma azaração bruxa. Alias, a magia que foi usada contra o senhor não trem nenhum traço de magia da bruxa. Parece algo de uma raça exótica. E se eu não conhecesse magia dos elfos eu poderia arriscar que o senhor havia levado um tapa de um deles. Mas obviamente é algo mais poderoso. Eu testei os feitiços e pomadas mais potentes. Até mesmo uma pasta com lagrimas de fênix, mas nada adiantou.

Snape olhou para a curandeira.

Merlin, Hafsa queria mesmo feri-lo. Para usar os poderes de sua raça... Ele realmente notara uma ou duas linha de expressão no rosto da bruxa. Mas no momento ele estava muito estupefato para poder ligar os fatos.

- Você é mesmo uma medibruxa incompetente! – Disse ele descontando a raiva na velha curandeira.

- Quer saber professor? Espero que essa marca fique por muito tempo em seu rosto! Por que quem quer que tenha provocado-a no senhor, certamente estava com razão! – Disse ela devolvendo o desaforo e indo para o interior da enfermaria e abandonando o paciente.

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Hafsa dirigiu-se aos seus aposentos. O homem à machucara profundamente. Fora como uma facada invisível desferida diretamente em seu coração.

Mordeu os lábios. Era um reflexo de seus tempos de juventude. Parou na frente do espelho e viu os novos cortes da idade marcados em sua testa.

Ela não tencionara usar a magia de sua raça. Mas quando atacou o professor suas entranhas berravam para faze-lo pagar pelo que havia dito. Dessa forma, instintivamente seus poderes foram liberados.

Olhou-se no espelho. Se antes aparentava estar entre os 17 e 18 anos, agora certamente sua idade biológica girava em torno dos 22 anos. Examinou meticulosamente. Havia crescido alguns centímetros também. E seus seios pareciam maiores. Saíra finalmente da adolescência. Suspirou para a imagem refletida. Não chorava. Não se permitia chorar por um imbecil. Sim. Severo era um grandessíssimo de um imbecil! – Gritou seu cérebro. E ela agarrou um vidro de perfume da penteadeira e atirou contra a parede, fazendo com que ele se espatifasse.

Arrancou o vestido, colocou uma calça e uma blusinha de couro de Dragão, e dirigiu-se para fora do castelo. Teria muitos afazeres como ajudante de Hagrid. Agora ela auxiliava-o como guarda caças, um trabalho masculino, mas que ela conseguia cumprir meticulosamente bem.

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Na ocasião à primeira refeição publica de Hafsa depois do incidente com Severo, muitos alunos, dentre eles o ‘trio de ouro’, notara a diferença de idade biológica. Hermione, em particular, fora a que mais se surpreendeu com a mudança, e passou a pesquisar sobre envelhecimento instantâneo. Para a menina, havia algo de estranho com Hafsa, e ela iria descobrir. Agora a bruxa não parecia mais uma adolescente como eles. Parecia que instantaneamente havia envelhecido alguns anos.

Por outro lado, Snape andava sempre com a cortina de cabelo caída sobre a face esquerda para disfarçar a marca do tapa, e junto à essa medida, ele fazia sempre um feitiço de camuflagem para tentar esconder o atestado de que havia perdido a mulher. A marca lhe ardia muito, principalmente durante a noite, quando instintivamente virava o rosto para dormir de lado. Mas a dor que sentia na face não era nem próxima da dor de perda que sentia. Algo lhe dizia, que se Hafsa se encontrasse com Sirius, provavelmente o cão sarnento ‘farejaria’ a oportunidade de roubar lhe o ‘file’.

Depois daquele dia, Severo por vezes tentou aproximar-se da bruxa. Porém, ela permanecia indiferente. Não dirigia nem se quer o olhar para o bruxo obscuro.

Ele se penitenciava pelas palavras duras que havia dito à moça. Até mesmo seu ódio por Potter apaziguara. Ele mantinha-se indiferente ao bruxinho. Não ajudava, mas também não o perturbava.

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O tempo corria vertiginosamente. Dolores Umbridge mostrava-se cada dia mais insatisfeita com Hagrid. Estava próximo o dia que ela buscaria algum motivo para expulsa-lo.

Snape observava sempre o trio de grifinórios. Alguma coisa lhe dizia que os nojentinhos iriam aprontar alguma. E apesar de ter abandonado as aulas particulares de oclumencia à Harry, ele torcia mentalmente para o imbecil do garoto Potter treinasse o que já havia aprendido.

Alguns meses se passaram, e ele sempre se pegava observando da janela da sala dos professores, Hafsa andando em pelos terrenos do castelo, realizando as tarefas cotidianas de guarda caças. Porém hoje era um dia à típico. O dia era de exames de NOMs para os alunos do sexto ano. Já era noite, e provavelmente eles estavam na torre de astronomia rabiscando suas cartas estelares, quando um tumulto tomou conta dos jardins do castelo.

Minerva McGonagall apareceu sôfrega na sala de Snape.

- Professor! – Dolores vai expulsar Hagrid!

- Minerva, nos sabíamos que isto iria acontecer. Esta nos planos de Dumbledore.

- Você não entendeu Severo! Estão usando de coerção! Acho que irão prende-lo!

Snape, que até então estivera imparcial, grunhiu em desagrado.

- Merda! Minerva, fique aqui, eu tentarei falar com aquela ignóbil. – Disse ele torcendo o nariz e caminhando para a porta. Mas antes que alcançasse o batente Minerva tocou-o no ombro e disse:

- Não. Eu sou a vice-diretora. Além disso, Potter precisa de suas aulas. Não podemos correr o risco de que expulsem você. – Disse a bruxa decidida.

Snape tenteou uma argumentação, mas a bruxa saiu a passos largos antes que ele pudesse tentar dissuadi-la. Ele agarrou uma capa, e seguiu-a até o saguão de entrada.

Perplexo ele viu o meio-gigante lutando, viu também quando a diretora aproximava-se dizendo algo à respeito de deixar Hagrid em paz, e quando logo em seguida esta foi feroz e covardemente atacada por quatro feitiços estuporantes, desferidos contra ela sem nenhuma razão aparente, e sem brechas para defesa ou contra-ataque.

Não havia mais nada à fazer. Ele engoliu em seco se segurando para não lançar uma maldição na bruxa bubonídea que ainda tentara atingir Hagrid com um feitiço antes que este fugisse desembalado com o cachorro babão pelos portões do castelo.

Correu para fora do castelo ao encontro do corpo da diretora. Fazendo o teste dos sinais vitais, ele percebeu que os batimentos cardíacos da mulher estavam perigosamente fracos.

- Enervate! – Ele disse, mas o corpo da bruxa não respondia. Tirou um lenço do bolso e transfigurou-o em maca. Colocou cuidadosamente a velha mulher sobre o objeto, e sob protestos da maldita inquisitora, ele abandonou os homens feridos por Hagrid e levou McGonagall para enfermaria. Como ele suspeitara, quatro feitiços estuporantes para uma mulher na idade de McGonagall, era algo extremamente agressivo, dessa forma, a senhora foi transferida para o instituto Mungos.

Ela fora em seu lugar para que Potter continuasse tendo aulas que à muito ele havia abandonado. Agora era apenas ele no castelo para tentar proteger Potter.

É certo que Hafsa estava lá também, mas ela ainda não conhecia o total desapego que seu afilhado possuía pelas regras, dessa forma, ela não era realmente alguém com quem se podia contar.

Severo sentia que algo muito ruim estava por vir. Iria redobrar a atenção ao maldito garoto que sobreviveu e seus amigos, que mais do que nunca aprontavam sem parar. Aquele ano, o trio de Grifinorios aprontara mais do que em todos os anos anteriores com aquela baboseira de “Armada de Dumbledore”. Foi para a cama pensando em como os controlaria agora sem Dumbledore, McGonagall, e sem o bestalhão de Hagrid (que querendo ou não exercia influência sob os garotos.).


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Os acontecimentos que vieram à seguir da expulsão de Hagrid, nunca poderiam ser previstos por Snape.

Corre-corre no castelo, mais leis idiotas da nova e imbecil diretora, as travessuras da garotada estavam cada vez mais austeras. Pirraça transformara a vida no castelo um inferno, com seus uivos gritos e traquinagens. Havia um PANTANO em um dos corredores. O zelador Filch não mais sabia quem punir, pois todos os alunos se rebelavam às ordens do velhaco, tornando impossível punir alguém, simplesmente por que todos deveriam ser punidos.

Anarquia ou revolução? Snape não saberia dizer, mas estava realmente satisfeito com a situação, afinal, os alunos vingavam Dumbledore.

Ele sempre pegava-se também observando Hafsa. Ela sempre exibia uma expressão muito feliz quando via um aluno aprontado. E fazia vistas grossas, e muitas vezes dava dicas enigmáticas para que as peças dos alunos tivessem mais impacto ainda... A bruxinha sórdida sempre gostara de ver o caos.

Ele lembrava-se de uma vez em seu período de escola, que ela o parabenizara por que ele azarara um grifinorio, causando uma breve, porém terrível, guerra de troca de feitiços e azarações no meio do salão principal. Ele lembrava-se dela dizendo com um sorriso diabólico que ele era ótimo, e que ela adorava ver o ‘circo pegar fogo’. E após isso, ela lhe tirara da confusão antes que fossem pegos e repreendidos por alguém. Haviam saído ilesos daquela confusão que ele mesmo armara.

Ele sorriu com as recordações. Mas foi interrompido pelo chamado da diretora e inquisitora babaca.

Ele adentrou a sala da diretora esboçando uma cara enfadonha.

Ao entrar ele quase não pode segurar sua surpresa numa expressão de desagrado:

O amaldiçoado! O desgraçado! O desprezível! O abominável! GAROTO QUE SOBREVIVEU! Estava preso por Umbridge. Junto à ele, os outros dois integrantes do ‘trio de ouro’ de Grifinorios, mais os dois novos integrantes da corja: Senhorita LoveGood, e o Senhor Longbooton. Todos eles bem seguros pelos braços fortes da nova palhaçada da Diretora: ‘A Brigada inquisitorial’, liderada pelo seu aluno Draco, e composta apenas por sonserinos.

Ele se recompôs e olhou para a situação. O nojentinho Potter parecia ter uma expressão desesperada no rosto. Claro – Snape pensou. – O cabeça-oca estivera aprontando mais uma vez .

Ao observar a situação, ele tinha uma impaciência com a cena. Era obvio que Potter tentara usar a lareira de Umbridge para se comunicar com alguém... Mas quem??? Ele conteve o desespero em seu peito para ouvir a diretora pedindo-lhe novamente o soro da verdade: O veritaerium. Para dar à Potter. O pedido da diretora apaziguara seu coração. Quer dizer que não o havia pego no flagra. Isso significava, que se o garoto burro tivesse tentado entrar em contato com o padrinho, a mulher ainda não sabia ao certo.

Ele suspirou e alivio contido ouvindo os desaforos de Umbridge quando ele disse que não poderia dar-lhe mais soro (ela já havia feito esse pedido, e ele fornecera à ela um vidro com água para o primeiro interrogatório à Potter, ao invés da poção verdadeira.).

Aliviado que o garoto provavelmente cumpriria uma semana de detenção com a bruxa nojenta, deixando-o em paz por algum tempo, ele acrescentou um comentário sádico para ferir o moleque, dizendo que se a bruxa quisesse, ele poderia preparar um veneno para dar ao garoto para que este confessasse, mas que provavelmente acabaria matando-o.

A bruxa não achou graça, e lhe chamara de incompetente, ameaçando despedi-lo pela falta de eficiência.

Ele ignorou à, e já ia saindo, quando Harry Potter chamou sua atenção com um comentário bem peculiar:

- Ele tem Almofadinhas!!!! – Disse o garoto com aparente desespero. Snape estacou com a mão na maçaneta.

Seu cérebro trabalhava mais rápido agora, absorvendo a informação.

Almofadinhas. Almofadinhas. Harry havia visto parte de sua lembrança. Ele vira os marotos, e como eles se auto denominavam entre si. Almofadinhas. SIRIUS!

Ele instantaneamente lembrou-se das aulas de oclumência que nunca terminara de dar à Potter. O maldito rapaz havia invadido a cabeça do Lorde das trevas outra vez, e provavelmente vira seu padrinho capturado pelo lorde.

Severo olhou para a inquisitora, que agora o cobria de perguntas. Ele simplesmente deu respostas evasivas e insultou a sanidade de Potter antes de sair.

Já no corredor, ele correu. Correu o mais que pode para chegar aos seus aposentos e pegar seu espelho de comunicação com a Ordem.

Rapidamente contatou Sírius. O cachorro velho estava na sede. Um alivio passou por seu peito. E ele descansou. Havia sido uma peça ludibriante do Lorde das trevas.

Ele prevenira Potter desse tipo de investida. Ele informara Dumbledore do Plano de Voldemort, mas não sabia quando este agiria. Pronto. Agora. Ele agira. Porém fora frustrado. Severo descobrira antes.

Agora ele não teria como se aproximar de Potter para dizer-lhe que fora alarme falso e repreende-lo. Mas o garoto estaria seguro no castelo. Umbridge estaria grudada nele como alma seca. Ele não teria como fazer a idiotice de ir até seu padrinho. Na verdade, talvez o garoto até já estivesse sabendo da farsa... Afinal, pelo que tudo indica, ele chegara à usar a lareira para se comunicar com Sirius na sede da Ordem.

Estava tudo sobre controle. Pelo menos era o que Severo Snape achava.

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