A curiosidade matou dois gatos

A curiosidade matou dois gatos



Cap 7 – A curiosidade matou dois gatos

- Harry, acho que mudei de idéia cara – Disse o garoto ruivo com um leve tom de preocupação na voz.

- Cala boca Ron! – Falou Harry mais ríspido do que gostaria.

Eles já haviam andado várias vezes durante a noite no castelo, mas nunca (se é que isso fosse possível) eles haviam corrido tanto risco. Umbridge a alta inquisitora, e agora diretora de Hogwarts, espreitava só esperando uma nova falha de Harry para que pudesse expulsa-lo da escola.

Ele já havia provocado a ira da bruxa bubonídea, e as conseqüências foram terríveis. Dumbledore fora expulso da escola, e ele tinha as costas da mão marcada por desafiar a bruxa.

Mas Harry sentia que algo muito importante seria revelado naquela ‘saidinha’ de Snape. Depois de ter invadido a penseira e de ter visto a pior lembrança de Snape, ele não pôde deixar de sentir muita pena do professor. Por isso estava decidido a encontrar algum motivo muito forte para voltar a odiar o professor de poções. Ele e o amigo caminhavam cobertos pela capa da invisibilidade. Porém já estavam muito altos, e por isso a capa não cobria totalmente os pés dos garotos. Eles sabiam para onde deveriam ir. Para fora do castelo.

- Harry, eu realmente acho que deveríamos voltar... Filtch agora tem aprovação de Umbridge para açoitar – disse o garoto entre uma engolida seca.

Harry parou instantaneamente e olhou para o amigo.

- Ron, se você não quiser vir, tudo bem. Mas eu vou, eu preciso saber o que ele anda aprontando. – Disse Harry calmamente.


- Ai... – disse Ron pesaroso e pensando que deveria ter apoiado Mione quando pode – Eu vou ficar com você Harry...

- Então vamos, e em silêncio – disse Harry baixinho.

Harry vira seu pai maltratar Snape. Precisava desesperadamente de um motivo para continuar odiando o professor. Ele andava rapidamente, pois Ron demorara muito tempo para tirar o uniforme e se trocar. O professor já havia saído há uns bons 15 minutos, mas ele não desistiria. Ele viu quando o professor saiu e caminhou para a orla da floresta. Ele iria atrás do professor, e faria um feitiço para identificar pegadas. Estava tudo planejado.

Não estava tarde ainda, mas os corredores já estavam vazios quando os garotos ganharam os corredores. Umbridge determinara que logo após o jantar todos os alunos deveriam voltar aos seus dormitórios, estipulando assim um toque de recolher mais cedo do que o antigo.

Eles andavam pelos corredores desertos, Harry sentia calafrios na espinha. O castelo nunca havia lhe dado tanto medo. Ron tremia tanto que Harry podia sentir a capa da invisibilidade vibrar. Eles ganharam o primeiro lance de escadas, o segundo. Andaram por mais um corredor, e desceram mais dois lances de escada. Nunca o percurso até a porta principal foi tão longo.

Desceram o ultimo lance de escada. Ron fungava alto em suas costas. Quando ao virar o corredor em direção à porta Harry avistou a gata sarnenta de Filtch.

Harry assustou-se e parou de supetão fazendo com que a cabeça de Ron batesse em cheio em sua nuca, produzindo um barulho que ecoou nos corredores desertos.

A gata ouriçou-se de felicidade, e miou alto para chamar o dono. Ron se atrapalhou e bambeou para traz, caindo pesadamente no chão de pedra. A capa já não os cobria mais. E Filtch foi mais veloz do que nunca dessa vez. Ele parou em frente aos garotos. Suas bochechas tremiam de felicidade. Finalmente ele poderia açoitar um aluno em sua sala.

Ele abaixou-se. Harry só teve tempo de esconder a capa no bolso da calça. E agarrou nas orelhas dos garotos dizendo:

- É agora que eu vou leva-los para a diretora! Nossa amada inquisitora ficará tão feliz ao ver meu excelente trabalho! – disse o bruxo velho apaixonadamente.

Os garotos caminhavam resignados para a sala da diretora, quando passando pela porta principal viram algo muito estranho. Snape entrava sorrateiramente pela porta.

- Droga! – sussurram os dois garotos em coro pensando se a situação poderia ficar pior do que se encontrava.

Filtch, ao ver o professor teve um espasmo de alegria. Ele tinha certeza que quando contasse ao professor que iria açoitar os alunos, este iria parabenisa-lo, afinal Snape odiava os garotos tanto quanto ele.

Ele dirigiu-se ao professor, que agora notara a movimentação estranha e virara para o lado de fora com se estivesse avisando à alguém sobre o ocorrido.

Harry observava com curiosidade. Com quem seria que Snape estava falando, deveria ser a pessoa que mandou-lhe o bilhete, e essa pessoa certamente pertencia ao castelo, mas qual teria sido o assunto cuja particularidade era tão grande que necessitava um encontro na floresta proibida? – A cabeça de Harry fervilhava, quando finalmente ele avistou uma cabeleira castanha despontar na porta atrás de Snape. Era a pretendente ao cargo de ‘Trato com Criaturas Mágicas’. Eles deviam estar tramando algo para tirar Hagrid – pensou Harry venenosamente.

Agora seu ódio pelo professor havia ganho novo fôlego. Ele não sabia o assunto da conversa, mas concluiu que ambos só podiam estar tramando contra seu amigo meio-gigante.

Snape olhou para o rosto tão odiado do intrometido do Potter. “O que esse garoto imbecil estaria fazendo fora do dormitório depois do toque de recolher?” – pensou o bruxão. “Será que ele não tem cérebro? Não sabe que sua idiotice já causou a expulsão de Dumbledore? Que mais ele quer? Todos ficam defendendo esse cabeça de vento, pra depois esse idiota ficar desperdiçando o esforço de todos fazendo burrices!” – Pensou Snape nervoso.

Filtch iria leva-los até a diretora. Ela, no mínimo, iria mandar açoita-lo. Mas poderia acontecer o pior: ela poderia decidir por expulsar o moleque. A cabeça de Snape rodava em probabilidades. Ele teria que convencer Filtch a não levar o problema para a diretora... Mas como?

Uma voz feminina sedosa se fez ouvir. Era Hafsa. Ela provavelmente percebeu a gravidade da situação e falou:

- Bom trabalho senhor Filtch. Não se pode deixar esses demônios vagando por ai à noite não é mesmo?

- Sim senhorita! Mas agora essas pestes vão pagar. Vou leva-los até a diretora! – Disse o velhote com um tom de adulação à jovem bruxa. A beleza da mulher enfeitiçava os olhos do bruxo aborto.

- Sabe senhor Filtch, - disse a bruxa manhosamente - eu acho que ouvi a madame Umbridge dizer outro dia que estava estipulando o horário de reclusão mais cedo para os alunos, pois ela gosta de se recolher mais cedo. Acho que não seria bom acorda-la. E também, acredito que ela iria duvidar de sua eficiência se o senhor comunicasse à ela sobre os garotos. Afinal, se eles não estão em seus dormitórios, a culpa só poderá recair nos ombros do senhor, que tem obrigação de garantir que eles não saiam depois do horário.

- Sim senhorita – Filtch engolira em seco e cogitava as opções: Ele acordaria a bruxa só por causa de dois moleques. E iria mostrar que era ineficiente por ter permitido que eles saíssem depois do toque de recolher. Não, ele não poderia fazer isso. Mas o que fazer então?
Snape percebeu o quanto sua amada reservava da alma Sonserina. Ela era dissimulada! E esta era uma característica que ele admirava tanto! Ele olhou para a mulher com cara de satisfação. Sabia o que tinha que fazer. Então dirigiu-se à Filtch.

Bem senhor Filtch. Nos guardaremos seu segredo. Eu particularmente sei como Potter despreza regras. E sei que ele merece uma punição. Então, que tal coloca-los para lustrar os troféus? Tenho certeza que será uma tarefa de extremo desagrado para eles. E pode contar com meu sigilo, e com o da senhorita Fareeda também.

- Sim senhor – Disse Filtch com o ânimo recobrado. – Garotos, desta vez vocês se safaram do açoite, mas da próxima vocês verão – Disse o velho com satisfação. – Agora já para a sala de troféus! Vocês vão lustra-los, mas sem o uso de magia – Disse malignamente.

- Bem, vou para meu dormitório – disse Fareeda.

Snape aceno com uma breve reverencia. Ele decidira acompanhar o bruxo aborto para ter certeza que nada mais iria acontecer de errado com os dois moleques cérebros de ostra.

Filtch andava na frente, Harry e Ron logo atrás, e snape farfalhava a capa atrás dos garotos.

Snape acompanhava-os, ele se sentia diferente, as paredes do castelo ainda eram as mesmas, mas, dessa vez elas pareciam mais convidativas, ele se sentia de uma maneira como nunca tinha se sentido em toda sua vida. Pela primeira vez em muitos anos ele sentia-se feliz...

Quando percebeu já estava no andar da sala de troféus. Observou com satisfação os garotos Potter e Weasley começarem a lustrar os troféus.

Sua noite estava perfeita. Até parecia um sonho. Ele esteve co uma mulher, e Potter e Weasley foram pegos por Filch e estavam sendo obrigados e lustrar troféus. Seria um sonho? Era bom demais pra ser verdade. Não resistiu, teria que provocar um pouco o garoto.

- Ora, ora... Espero que agora, o famoso senhor Potter aprenda a lição: Não se deve perambular pelo castelo depois do toque de recolher – disse Snape, com um discreto sorriso e um olhar cinicamente sarcástico.

- Isso não é da sua conta – Resmunga Potter pra si mesmo.

- Falou alguma coisa, senhor Potter? – Disse Snape aproximando do garoto. Ele tentou lançar o olhar mais ameaçador possível. Ele não conseguiria ser tão assustador aquela noite, ele sentia-se tão leve, que nem de Potter conseguia sentir raiva...

- Não, ele falou comigo professor – Diz Rony Weasley, tentando tirar o amigo de uma enrascada.

- Não me lembro de ter perguntado alguma coisa ao senhor... Senhor Weasley. – Diz Snape com um olhar suficientemente gélido para deixar o garoto tremendo por uma semana. Snape deu um sorriso interno, e pensou: Parece que estou atuando bem... Afinal nem com a presença desse cabeça-oca eu consigo ficar irritado...

- Bom... Seja lá o que for... Tenho certeza que o senhor Filch terá prazer em escutar. Tenham uma boa noite com os troféus, senhores. – Disse Snape, com uma expressão debochada para Potter – O bruxão saiu girando nos calcanhares, e fazendo a capa esvoaçar atrás de si.

- Que ótimo! – resmunga Potter

- Melhor é impossível – concorda o amigo.

- Silêncio!!! – Disse Filtch rabugento

- Sim, senhor Filch – falam em coro os dois rapazes.
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A partir deste cap. Esta fic esta sendo co-escrita pela JuliaR

Oi Ju.
Bom, eu disse que iria aumentar o cap. 7.
Eu estava lendo o livro (ordem da fênix) novamente. E percebi que Filtch já tinha a aprovação de Umbridge para açoitar, e ele faria isso sem pestanejar se tivesse a oportunidade. Então e tive que re-elaborar esse cap. E foi inevitável colocar o Snape e a Hafsa para livrar a cara de Harry. Espero que vc não fique chateada, mas foi necessário.
Quanto ao seu cap., com essas mudanças no 7, eu acredito que ficará ainda mais coerente, pq como vc viu, a Hafsa saiu antes para ir aprontar.
^^’ ahsuahsuhaushuas.
Não vou mudar o que vc escreveu, apenas mexerei nos tempos verbais.
Bjokas!






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