Cama de gato



Cap. 8 – Cama de gato

Snape, enquanto descia as escadas para sua masmorra, sentia-se tão leve que poderia jurar que estava levitando. - “Será que é assim que os fantasmas se sentem?- Pensou o bruxo com um risinho sarcástico.

Finalmente chegando às masmorras, ele entrou em seus aposentos. Dirigiu-se ao quarto e exausto pelo dia movimentado que teve, se atirou indolente sobre a cama macia... “E põe movimentado nisso” - pensou Snape com um olhar safado.
**********
Em outro canto do castelo, Hafsa se encontrava sentada em uma poltrona em seus aposentos. Perdia-se em pensamentos: “como ela nunca o tinha percebido que o bruxo era tão maravilhoso?...”. Voltando á si, ela percebeu que estava em frente à janela contemplando o luar... Ela sentia-se completamente acordada quando uma idéia infame invadiu-lhe a mente...

A bruxa era uma típica sonserina. Tecia teias em volta de sua presa, e agora que encontrara sua vitima, tinha que encurrala-la. Ela queria aproveitar ao máximo aquele novo sentimento que a invadira. E se ela simplesmente agisse como se nada houvesse acontecido, ela sabia que perderia o homem que ela tanto queria. Ela tinha que te-lo novamente. Então, elaborou um plano para aquela mesma noite. Ela sabia que como Snape era agente duplo, provavelmente iria acabar se esgueirando para fora de um possível relacionamento, então estava decidida a não deixar brechas para o bruxo fugir.
********

Snape permanecia deitado em seu quarto, olhando para o teto lembrando de seu passeio noturno... Não estava mais fatigado como à algumas horas atrás, e simplesmente não conseguia dormir. Pensou em pegar uma poção do sono em seu estoque, mas estava tão maravilhoso re-lembrar, que ele simplesmente não tinha coragem de levantar da cama.

Passados alguns instantes, ele ouviu um ranger de porta. Ele não havia trancado seus aposentos... Mas nenhum aluno ousaria invadir sua privacidade. “deve ser algum elfo desavisado, talvez aquela elfa maluca chamada Wink” – pensou despreocupado.

Mas outro barulho se fez ouvir. Ele concordou consigo mesmo que aquilo já estava estranho de mais. Escutou novamente um barulho, mas dessa vez era perto da porta do quarto, que por sinal ele havia esquecido apenas encostada. – Pesou apertando o punho da varinha.

- GRAURRR...

Snape simplesmente não acredita no que está vendo... Ele estava sonhando... Sim, com certeza, ele estava sonhando.

Ele fechou os olhos descrentes por alguns instantes... Mas quando abriu-os novamente, a leoa não havia sumido... Pelo contrário, a felina se aproximara de sua cama, e já estava subindo pelo lado esquerdo. Ele sentia o peso das patas abaixando o colchão. “Meu Mérlim- pensou- ela está subindo na cama!”

A leoa já estava com as quatro patas sobre a cama, e olha para Snape como se ele fosse um delicioso petisco...

Snape ficara branco. Ele ainda não sabia exatamente se de nervosismo ou se de medo... – Ele realmente ainda não havia tido tempo para se acostumar com àquelas aparições de Hafsa em forma felina.

A leoa parou em cima de Snape e olhou-o dentro dos olhos, ela se divertia com o estado de extremo nervosismo no qual o bruxo se encontrava... Então decidiu diminuir a tortura e começou a tomar formas humanas...

Snape observa atentamente a transformação... Então, ele ficou extremamente surpreso com o que viu após a transformação:

“Não, não é possível” – pensou o bruxo enquanto piscava novamente os olhos com força – “Não, isso é real também” – pensou ele - Hafsa estava inteiramente vestida com uma roupa negra... Com uma capa longa e preta... Com botões pretos... Com calças também negras... Uma roupa muito, mas muito parecida com as roupas que ele mesmo vestia... “Mas espere aí...” – bruxo levantara o tronco um pouco apoiado nos cotovelos – “ERA uma roupa dele.” – Pensou surpreso.

- Assustado? – Perguntou Hafsa sarcasticamente, e tão próxima de seu rosto a ponto de ele poder sentir o calor que emanava da respiração da mulher.

- N –Não... – Disse Snape gaguejando, sem saber se era pelo efeito da respiração quente tão perto de si, ou pelo fato de ele nunca ter reparado o quanto as roupas dele eram tão sexys. Pareciam estar mais justas... Provavelmente a moça fez um feitiço para as roupas vestirem perfeitamente em seu corpo. Bem, na verdade não vestia perfeitamente a mulher, pois esse tipo de roupa deveria ser usada com um pouco mais de folga. No entanto, ela parecia estar embalada a vácuo... Todas as curvas de seu corpo estavam desenhadas pela roupa escura...

- Mas parece... – Disse a bruxa cortando o raciocínio de Snape e se aproximando da boca dele.

- Cl- claro... que não... Apenas um pouco... exci...surpreso. Afinal, não é sempre que aparece uma... leoa em meu quarto e pula em cima de... mim.. – disse o bruxo. Ele instintivamente começou a colocar a mão por baixo da longa capa preta e toca-la nos joelhos.

- Reconhece a roupa? – perguntou Hafsa em tom de deboche enquanto beijava o pescoço de Severus.

- Sua bruxinha sórdida – disse Snape se contendo e tentando parecer irritado – você me roubou novamente?

- Fiz alguns ajustes... Mas acho que você não vai se importar já que tem mais três iguais a essa... – disse a bruxa agora, beijando a orelha dele.

- Claro que me importo... – disse Snape com um olhar estranho. – Hafsa não entendeu a estranha atitude de Snape, e ficou sem saber o que fazer. Até que o bruxo dirigiu-se a ela novamente:

- Me importo muito! – Os olhos do Bruxão brilhavam excitados – Tire-a já! – Disse Snape lentamente enquanto rolava na cama de modo a ficar sobre Hafsa.
Um sorrisinho brincou nos lábios da Mulher. Ele havia entrado no jogo.

- Realmente... – Disse Hafsa perto do ouvido dele quase deixando o homem maluco com isso - Está dando pra notar que você se importa... – completou ela com um sorrisinho malicioso enquanto roçava suas coxas no volume na calça do morcegão.

Snape, num impulso começou a abrir os botões da roupa que ela estava vestindo. No entanto foi impelido por Hafsa, que afastou indolente as mãos de Snape.

Ele não entendeu a ação da bruxa. Ela o repelira. Ele sentou-se, e olhou para ela tentando decifrar as intenções da bruxa...

Hafsa havia pego a própria varinha. Murmurou um “Accio” e mais alguma coisa... Mais bruxa falara tão baixo que ele não conseguiu captar a palavra.

Então, observando a curiosidade do bruxo, ela mostrou um lenço negro seguro entre as pontas dos dedos. Snape começou a compreender o que a bruxinha pretendia.

Ela fez um sinal para que ele se virasse, coisa que ele atendeu prontamente. Ela colocou as mãos nos ombros do bruxão fazendo um gesto para que este se abaixasse um pouco.

Ela finalmente colocou a venda sobre os olhos do homem.


- Sua bruxinha sórdida! – disse o homem vendado, e ainda abaixado, de costas para Hafsa. Ele sentiu a respiração dela perto de sua nuca. Sentiu o calor dos lábios dela em seu pescoço. Ela o estava beijando. E ele realmente estava adorando essa situação.

- Eu sei que você está adorando isso... – disse Hafsa abrindo os botões de Snape ... Ele gemeu baixo, ela estava abrindo os botões com os dentes.

Com os dentes?- pensou o bruxo

Snape não agüentou e arrancou a venda.

Hafsa está transformada em leoa, e arrancava um por um seus botões com as poderosas mandíbulas... Vendo que Snape tirara a venda, ela agora colocou-se em posição de ataque. Os olhos de Leoa mostravam um brilho letal e mortal.

E pela segunda vez Snape ficou branco, porém, dessa vez ele tinha certeza que era por medo.

GRAURRR!!!! – rugiu a felina ameaçadoramente. E com um golpe de pata ela fez Snape cair sentado para fora da cama.

Ouch! – Grunhiu Snape

Hafsa voltou a forma humana novamente, e olhou divertida para o bruxo.

- Você quer me matar?!!! – Perguntou Snape em uma mistura de fúria, desejo e medo.

-Levante-se. – disse Hafsa calmamente.

Você poderia ter me matado, sabia?!!! – gritou Snape. Ele já havia perdido toda a calma que tanto resguardava.

- Levante-se! A-G-O-R-A! – falou Hafsa novamente.

Snape obedeceu, mas se levantou resmungando. Não estava acostumado a ser mandado, mas havia deixado sua varinha longe, e não queria testar se a bruxa era capaz de se transformar antes que ele pudesse alcançar a cômoda em que havia deixado a varinha...

Ele notou então que o rosto de Hafsa mudara incrivelmente... Ela tinha um sorriso estranho nos lábios.

“Estranho” – pensou ele – e então percebeu que o estrago das garras da leoa em sua roupas fora tão grande, que agora eram apenas uma pilha de trapos no chão. E que ele se encontrava quase nu, a não ser por alguns farrapos pendurados em seus braços, pernas e pescoço.

Ele não podia deixar aquilo impune. Tomou a varinha da mão da bruxa, e num sussurro quase inaudível ele disse:

- Accio varinha! – A voz do bruxo estava gélida – Então ele murmurou um novo feitiço que atirou Hafsa contra a parede. Ela estava tão abobalhada que não pode reagir. E viu abobada o bruxo lançar logo em seguida outro feitiço para deixá-la paralisada.

Snape se dirigiu-se a Hafsa com um brilho estranho no olhar... Aproximou-se, até quase encostar os lábios nos dela. Ela, sem conseguir conter soltou um leve gemido. Ele então ele se abaixou até ficar com os olhos na altura da barriga da mulher... Colocou as mãos por dentro da roupa negra que era dele, e que a bruxa estava vestindo naquele momento, e começou a subir as mãos lentamente, porém com força, fazendo os botões estourarem um a um. E ele continuou o ritual até chegar ao último botão, logo abaixo do queijo da bruxinha... Quando finalmente desatou o último botão da camisa, Snape afastou-se um pouco e contemplou o maravilhoso corpo da bruxa animaga. Seu olhar era a descrição do sentimento de desejo.

Ele aproximou-se e beijou delicadamente os seios da amada... Deixando Hafsa mais excitada do que já estava.

Mas Snape parou e continuou a desabotoar os inúmeros botões das vestes de Hafsa. Beijava cada parte que despia... E assim foram-se todas as peças que a cobriam. Até que, finalmente, ele a despiu-a totalmente.

O morcegão tomou distância novamente para contemplar a visão arrasadora que se encontra à sua frente antes de começar a beijá-la calorosamente outra vez.

A bruxa sentia literalmente a animação de Severus. E correspondeu imediatamente ao beijo que ele lhe aplicara. Ela ainda estava com os braços presos à parede, e sentindo-se segura pelo feitiço que a grudara no local ela levantou as pernas e entrelaçou o bruxo direcionado-o para dentro de si.

Snape sentiu-se completo novamente, ele finalmente se sentia amado, era um sentimento estranho para ele, e por isso maravilhoso.

O professor de poções realmente sabia como deixá-la louca. O tempo do feitiço que Snape havia lançado na mulher, e que a prendia na parede, encerrou-se, mas nenhum dos dois percebeu o fato... Estão muito ocupados se amando de uma forma como nunca tinham feito em suas vidas... Eles se completavam.

A bruxa colocou os pés no chão novamente, e Snape finalmente jogou-se para o lado após o ápice. Ele e ela... Lado a lado deitaram na cama de Snape se admirando, como se esse momento fosse infinito... Eles realmente queriam que aquele momento nunca acabasse, pois, se sentiam estranhamente felizes quando estavam juntos... Sentiam que realmente completavam um ao outro em todos os sentidos.

Snape sentia-se confortado... Como se antes estivesse faltando alguma coisa dentro de si, e agora esse espaço estivesse sido preenchido por completo. Instintivamente, ele passou a se perguntar se ela sentia a mesma coisa por ele. Ele admirava o corpo da bela bruxa, que pertencida apenas a ele naquela noite... Desejava silenciosamente que aquela noite não acabasse nunca, pois sabia que no outro dia ele acordaria para os problemas, mara a dura vida de agente duplo que corria perigo de ser morto à todo instante...

Snape acariciava os cabelos de Hafsa com delicadeza enquanto a bruxinha descansava a cabeça em seu peito.

- Snape – sussurrou Hafsa colocando a cabeça sobre o peito do morcegão.

- Sim? – perguntou Snape com calma e rouquidão.

- Eu te amo... – disse Hafsa debruçando-se sobre o peito do homem e olhando nos olhos negros do professor de poções.

- Eu sei... – respondeu Severus indolentemente com uma voz rouca. Esboçava um leve sorriso no canto dos lábios, feliz por saber que seu amor era correspondido.

- Como assim eu sei? – perguntou a bruxa sentando-se na cama de súbito – Eu digo que te amo e você me responde “Eu sei”?

- É – responde Snape com um sorriso sarcástico surgindo em seus lábios.

- Ora seu morcegão caduco... – falou Hafsa quase em um sussurro com um olhar cínico desenhado no rosto para Snape – Não tem mais medo do perigo?

- Não tenho medo de uma gatinha manhosa... E, além disso, você não me achou nem um pouco caduco há alguns minutos atrás... – disse Snape contendo uma gargalhada. Ele não sabia quando eles haviam ganhado tanta intimidade um com o outro. Ele sentia-se conversando com a Hafsa amiga de escola novamente. Só que agora, ele fazia amor com ela. Fazia o que sempre sonhara fazer com a amiga nos tempos de escola.

- Mas bem que você gostou de saber que eu te correspondia, não é? – disse Hafsa com um sorriso irônico.

- Você é um tanto convencida não é? – diz Snape sarcasticamente enquanto olhava para a bruxa com desejo.

- Tanto quanto você morcegão, mas vai...Vai mentir que você nunca me amou... Pensa que eu não sei que você me ama desde os tempos de escola?... – disse bruxa convencida deitada agora sobre um travesseiro e olhando para Snape com um sorriso sarcástico.

- Sua bruxinha sórdida... – disse Snape enquanto debruçava-se sobre a bruxa para beijá-la com desejo.

- Bruxinha sórdida... da... qual... você não... consegue... se livrar, não é mesmo? – Disse a mulher entre os beijos calorosos que recebia.

Snape virou-se e rolou para cima dela novamente. Dizendo:

- Ou será... que é você... que não consegue ficar longe de mim... – Falou o bruxão lentamente enquanto beijava o pescoço de moça – Minha gatinha perversa...

E num momento instintivo Hafsa mordeu de leve o lábio inferior do mestre de poções. E soltou um leve rugido.

- Grrrau...























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