A espera de Voldemort




A espera de Voldemort





Era uma floresta sombria. Até mesmo os animais silvestres evitavam chegar próximo à sua orla, pois o instinto de sobrevivência sempre fala mais alto. Porém nos últimos meses, ao farfalhar das folhas das árvores centenárias que ali estavam, figuras encapuzadas de negro faziam o que parecia ser turnos de vigília.
Independente de toda veneração que os comensais da morte tinham por Lord Voldemort, nenhum sequer imaginava o que se passava pela cabeça de seu mestre. Alguns como Bellatriz Lestrange, Lúcio Malfoy e Severo Snape sempre tiveram alguns privilégios, más há algum tempo Voldemort já não tinha a mesma confiança em seus servos. Lúcio estava trancafiado em Azkaban a mais de um ano devido ao fiasco da operação que o mesmo comandava no Ministério da Magia para recuperar a profecia. Bella estava chegando a um nível de insanidade que poderia causar problemas em operações mais sigilosas. E Snape, bem, Snape sempre foi uma incógnita. Mesmo suportando todas as torturas a que foi submetido, permaneceu fiel à sua versão que somente ficou em Hogwarts devido às ordens de Voldemort para que espionasse Dumbledore. Porém esta era uma questão obscura para Tom. A cabeça de Severo era um livro fechado para ele. Voldemort não acreditava que Severo era tão bom em oclumência, pois até mesmo Dumbledore às vezes tinha dificuldades de barrar as invasões dele. Seria um poder oculto que Snape possuía e usava sem saber?
Todos esses pensamentos passavam por sua cabeça enquanto estava sentado em seu trono. Como fortaleza, Voldemort se “apropriou” de um castelo abandonado no meio das árvores centenárias. Diziam as lendas que aquele castelo era muito próspero e de convivência pacífica. Porém uma maldição foi lançada sobre os moradores, e eles definharam aos poucos até que não sobrou viva alma no castelo. Durante todo o período que os moradores morriam, uma tristeza enorme acometia a floresta e seus habitantes deixando-a sombria e perigosa. A indicação do castelo foi feito por um comensal novato que há pouco tempo tinha se juntado a Voldemort. Foi ele quem mostrou ao seu mestre a localização do castelo.

A escuridão dentro da sala do trono só era quebrada pelo tremeluzir de chamas azuis que pairavam próximas ao teto. Tudo naquela sala inspirava terror, talvez devido todo sentimento negativo que emanava de Voldemort. Haviam mais duas pessoas paradas em um canto. As duas estavam encapuzadas e permaneciam imóveis aguardando ordens de Voldemort.
- Bella – sibilou Voldemort – Já faz muito tempo que eles foram?
- Sim Milorde. Respondeu Bella de modo servil.
- Más então já deveriam ter voltado, você não acha Rabicho?
- Acredito que sim Milorde – gaguejou Rabicho. Ele já havia recebido a Cruciatos algumas horas antes, pois não soube responder quando Voldemort perguntou por Nagini.
Voldemort estava mostrando uma crescente preocupação com Nagini que nenhum de seus servos compreendia, afinal era apenas uma cobra, mas então, para que tanta preocupação?
No início do ano durante uma reunião com Bella e Snape, Voldemort sentiu uma dor tão forte que chegou a pensar que um dos seus servos o havia amaldiçoado, porém ele mesmo achou que não podia ser. Mandou que Bella saísse e que Snape preparasse uma poção revigorante. Quando Snape saiu, Voldemort começou a andar pela sala do trono com o pensamento fixo em apenas uma coisa: o seu maior segredo, ou melhor, os seus maiores segredos.
- O que será que aconteceu? – pensava – não há ninguém que saiba dos horcruxes e muito menos consiga passar por minhas barreiras. Será que Dumbledore... Não! Este é meu segredo mais íntimo. Nem mesmos os meus comensais mais próximos sabem o que é isto.
Ouviu-se uma batida na porta e Snape entrou trazendo um cálice cheio até a borda.
- Sua poção Milorde.
- Aproxime-se Severo. Gostaria de fazer umas perguntas.
- Pois não Milorde. – Disse Snape fazendo uma pequena reverência.
- Dumbledore! Gostaria de saber o que ele anda fazendo.
- Bem Milorde, praticamente ele fica em Hogwarts. Parece que está planejando um esquema de segurança para o seu aluno preferido, o Potter.

Voldemort continuou em silêncio enquanto fixava seus olhos nos de Snape.

- Você tem certeza que é só Severo? Não está escondendo nada? – Disse Voldemort apontando um dedo longo e branco para Snape que se manteve impassível.
- Claro que não mestre, como conseguiria ocultar alguma coisa do maior Legilimens que o mundo já conheceu? – Respondeu de forma fria.
- Cuidado Severo. Às vezes acho que você não diz a verdade, e se eu descobrir que você me enganou, acho que o melhor a fazer é você cometer o suicídio, pois será muito menos doloroso do que eu farei. Pode ir Severo.



Voldemort continuava sentado em seu trono quando viu que um vulto rastejava pelo chão em sua direção. Nagini chegou sibilando alguma coisa que apenas ele compreendia. Após alguns segundos ele levantou e disse a Rabicho e Bella:

- Eles chegaram. Bella traga Narcisa até aqui. Rabicho chame Nott. Pelo que Nagini me informou Severo está muito ferido.









Já havia escurecido quando estalos provenientes de bruxos aparatando quebraram o silêncio da floresta. Todos pareciam extremamente cansados, mas havia dois que pareciam que nunca conseguiriam sair de onde estavam. Severo Snape estava com um grande ferimento no ombro causado por Bicuço. Parecia que seu braço estava para cair. Já Draco Malfoy estava mais pálido que o normal , tremia convulsivamente e parecia que estava em choque. Enquanto Amico e Aleto ajudavam Snape, Greyback ia empurrando Draco por uma trilha tortuosa. Quando eles passavam por uma clareira ouviram a voz de Snape.
- Vamos parar um pouco. Preciso descansar.
- Olhe Snape, não sei se é uma boa idéia – a voz de Aleto deixa transparecer medo. – Está certo que você liquidou Dumbledore, mas não seria uma boa idéia deixar o Lord das Trevas esperando mais.
- Aleto está certa Snape – disse Amico – nós ainda não sabemos o que vai acontecer. Você matou Dumbledore, mas esta era a missão de Draco. Não sabemos qual será a reação do Mestre.

Ao ouvir isto Draco começou tremer mais ainda e caiu de joelhos colocando as mãos no rosto.

- Caso vocês não tenham observado eu estou ferido, se continuar assim não conseguirei chegar ao castelo. São só alguns minutos.

O tom de súplica de Snape não passou despercebido por Greyback.
- Ora, ora! – rosnou Greyback – O que está preocupando você Snape? Com certeza você receberá todas as honras do Lord das Trevas.
- Não é isto que está em jogo Greyback. É a minha vida. Não ache que me arrisquei matando Dumbledore para morrer logo depois. Não sou igual à Bella que tem como objetivo de vida ser a favorita do mestre.
- OK Snape. Pararemos um pouco, pois o mérito é todo seu – riu desdenhosamente Aleto. – Más serão apenas alguns minutos, nada mais.

Enquanto Aleto e Amico sentavam encostados em uma árvore e Greyback sentava um pouco mais afastado, Snape chamou Draco um pouco mais para longe. Observando que estavam a uma boa distância sacou a varinha e conjurou um frasco contendo uma poção escarlate e sentou-se. Draco ficou em pé olhando para seu antigo mestre sem entender seu comportamento. Foi quando Draco já pensava em sair que Snape disse:

- Sente-se Draco. Tenho que conversar com você um pouco.
- Não tenho nada para conversar com você Severo. Você arruinou tudo. Eu deveria ter matado Dumbledore, a missão era minha. – Disse as últimas palavras num tom mais alto do que seria sensato.
- Cale-se seu tolo!? Você acha que realmente conseguiria matar Alvo? Ah sim. Com certeza você achou que sim, pois os Malfoys sempre foram “bruxos de fibra” – Snape colocou todo desprezo que ainda podia colocar nas palavras ditas. Draco olhava para ele num esgar de fúria enquanto Snape bebia calmamente o conteúdo do frasco que havia conjurado.
- Não vou ficar aqui sendo humilhado por você, Severo. Acho que já estou devidamente enrascado.
- É justamente por isso que pedi para pararmos um pouco e estamos mais afastados dos outros. Sente-se, temos que conversar rápido e discretamente.

Draco sentou-se lentamente a sua frente observando o ferimento no ombro de seu professor.

- O que aconteceu com seu com seu ombro?
- Foi aquele hipogrifo maldito de Hagrid, mas isto não vem ao caso. Temos que ser rápidos. O Lorde das Trevas não ficará nada satisfeito com sua atuação Draco. A missão era sua e você devia tê-la completado. Você...
- Eu ia matar o velhote Severo – interrompeu Draco – se estes palhaços não tivessem atrapalhado...
- Você estaria lá até agora Draco. Agora escute o que vou te dizer: primeiro, independente do que acontecer perante o Lorde, não dê motivos para que ele te mate. Não sabemos qual será sua reação. Você entendeu? - Draco assentiu com um meneio de cabeça.
- Segundo, quero que você saiba que estarei do seu lado, mesmo que não demonstre isto.

Desta vez Draco olhou para seu professor com certa surpresa. De onde Snape estava tirando todo este sentimentalismo? Nem de longe estava parecendo com o temido professor Severo Snape, Diretor da casa de Sonserina. Mas sua surpresa acabou assim que Draco ouviu passos que se aproximavam pelas suas costas. Quando olhou viu que era Greyback aproximando.

- Vamos Snape, seu tempo acabou. O mestre já deve estar impaciente para saber das boas novas.
- Já estou pronto Greyback – disse Snape usando o seu tom mais frio e letal – Draco me ajude a levantar.
- Snape, Snape, Snape... Acho que você não deveria ser tão..., “Cordial” com o filhote de Veela.
- O que você quer dizer com isto? – Perguntou Draco.
- Quero dizer, seu grande saco de merda de dragão, é que bom será para você se o mestre permitir que você continue vivo depois do segundo fiasco consecutivo da família Malfoy.
- Seu lobisomem desgraçado, quem você acha que é para criticar um Malfoy?
- Quieto Draco – disse Snape segurando o braço de Draco ao mesmo tempo em que tinha em seu rosto uma expressão de extrema dor. Seu ferimento estava piorando rapidamente. “Maldito hipogrifo”, pensou ele. – E quanto a você Greyback, seria melhor que ficasse calado se não quiser morrer por aqui mesmo.
- Escute aqui Snape, você acha que seria páreo pra mim estando ferido deste jeito? – disse Greyback dando risadas que mais pareciam latidos – Só não te estraçalho agora, pois o mestre vai querer conversar com você, más depois disto estarei a sua disposição. - Após uma curta reverência Greyback deu as costas aos dois e saiu caminhando calmamente.
- Vamos embora Draco. Não se esqueça o que falei..., mas antes execute o encantamento de cura que lhe ensinei. Não estou suportando a dor no meu braço.
- Qual encantamento Severo? O de cicatrização?

Snape apenas confirmou com a cabeça. Draco começou a pronunciar o mesmo encantamento que Snape usou nele no banheiro da Murta que Geme quando Harry Potter usou o Sectusempra durante o ano. Parecia mais um cântico. Imediatamente o ferimento começou a fechar.

- Agora já podemos ir. Vamos.






Voldemort já estava impaciente quando Rabicho entrou na sala do trono dizendo que Snape e os outros estavam aguardando e pediam permissão para entrar.

- Rabicho, me diga uma coisa, devo matá-lo ou torturá-lo? – Perguntou Voldemort fazendo um gesto com a varinha de forma que Rabicho ficou suspenso no ar e tentando não gritar devido à dor que estava sentindo. Mais um gesto de varinha, Rabicho caiu ofegante no chão. Os olhos estavam úmidos de lágrimas que insistiam em vir a tona devido à dor que estava sentindo.
- Perdão Milorde, isto não vai se repetir. – disse Rabicho fazendo uma meia reverência e caminhando rapidamente até a porta do aposento.
Em um canto da sala, Bella segurava Narcisa firmemente com uma expressão de louca satisfação. Ver o mestre torturar Rabicho era uma de suas diversões preferidas. Narcisa permanecia calada e com o rosto banhado de lágrimas. Ela tinha medo de qual seria o resultado de tudo aquilo. Será que Draco havia conseguido? Bella deixou escapar que Severo estava junto. Se isto fosse verdade Draco estava vivo, pois Severo cumpriu o Voto Perpétuo.


Voldemort já estava sentado quando Rabicho entrou trazendo Severo, Draco e os outros. Ao ver Draco, Narcisa tentou correr até ele, mas Bella impediu. Ao ver esta reação de Narcisa, Voldemort deu um pequeno sorriso.
Ao olhar para o grupo à sua frente, observou um a um. Demorou um pouco mais em Snape. Por fim perguntou:
- Onde estão os outros?
- Mortos ou presos, Milorde – respondeu Aleto.
- Não interessa. E agora... qual foi o resultado da missão Lobo?

Snape tremeu levemente. Um pouco do tremor foi devido ao ferimento que mesmo depois do encantamento de Draco volta a doer e resto foi devido ao Lorde das Trevas ter perguntado diretamente para Greyback.

- Dumbledore está morto Milorde.

Uma risada fria e aguda encheu a sala. Os olhos vermelhos de Voldemort brilhavam intensamente quando ele falou:

- Então, o velhote amante de trouxas e sangues-ruins está morto! Enfim, menos uma pedra no meu caminho para a conquista do mundo mágico. Suponho que deva parabenizá-lo Draco? - Draco estava tremendo muito, o que Voldemort não deixou de perceber. - Ora Draco, por que está tão... nervoso? Você deveria estar eufórico.
- Não foi Draco quem lançou a maldição, mestre. Foi Snape. – disse Amico.
- Repita Amico. – sussurrou Voldemort venenosamente. Ao notar a expressão de seu amo, Nagini começou a rastejar excitada pela sala. Amico começou a explicar:
- Quando chegamos na torre, Draco havia retirado a varinha de Dumbledore e conversava com ele. Draco estava muito nervoso. Dumbledore parecia muito mal, não sei o que estava acontecendo com ele. Greyback tentou atacar o velho mas nós impedimos. Sabíamos que era Draco quem deveria fazer o serviço. Antes tínhamos lançado uma barreira das trevas com identificador pela Marca Negra. Isto impediu que os membros da Ordem da Fênix conseguissem chegar até a torre. Continuamos a incentivar Draco, porém ele não parecia capaz de fazer. Foi quando Snape chegou à torre. Dumbledore ainda suplicou, mas Snape lançou a Avada Kedrava. Depois disto fugimos. – terminou Amico dando um passo para trás.

Voldemort ficou em silêncio durante alguns minutos. Nagini continuava muito excitada.

- Nagini, acalme-se. – A cobra parou de circular. – Rabicho, Lobo, Nott, Amico e Aleto, saiam da sala.
Os cinco fizeram uma reverência e saíram.
- Então Draco, muito bom o seu plano com os armários. Desta forma você conseguiu plantar meus Comensais em Hogwarts.
- Obrigado Milorde. – Draco tentou ao máximo dar um tom de voz calmo a sua voz arrastada.
- Porém, era você que deveria ter matado Dumbledore.
- Milorde, escute, por favor. – implorou Draco – eu teria matado Dumbledore se os outros não tivessem chegado. E ...
- Cale-se! – Sibilou Voldemort.

Narcisa tremia convulsivamente e tentava se aproximar de seu filho, porém Bella estava segurando seu braço firmemente. Bella também tinha uma expressão tensa no rosto. Apesar do fracasso de Draco, ele ainda era seu sobrinho. Voldemort começou a andar pela sala.

- Sabe Draco, - falou em voz baixa – com isto você só confirma um fato do qual já desconfiava. O fato de que os Malfoys são um bando de bruxos frouxos.

Snape continuava, na medida do possível porque seu ferimento estava doendo muito, com uma expressão impassível.

- Mas Milorde, por favor, eu já expliquei. Se os outros...
- Crucio!!! – Bradou Voldemort.

Os gritos de Draco encheram a sala. Seus olhos reviravam nas órbitas. Era como se mil lâminas em brasa estivessem retalhando sua carne. Seus gritos só pararam quando Voldemort suspendeu a maldição.

- Por favor Milorde, poupe meu filho. – pediu chorando Narcisa. – Ele é apenas uma criança.
- Cale-se Narcisa. Seu filho teve a melhor oportunidade possível para ter um lugar de destaque ao meu lado e ainda quem sabe, livrar um pouco a cara de Lucio e conseguisse que eu o tirasse de Azkaban. Mas não. Na momento certo, Draco fraquejou. - Snape olha a cena preocupado com Draco. A interrupção de Narcisa poderia causar a morte do filho.
- Por favor Milorde, me dê outra chance para que eu possa provar que não sou fraco...
- Isto mesmo mestre – interrompeu Narcisa – dê outra chance para Draco...
- Crucio. – falou Voldemort.

Draco fechou os olhos esperando mais uma vez pela dor. Mas para ele o que aconteceu foi pior. Os gritos de Narcisa atingiram seus ouvidos de uma forma tão dolorida que Draco começou a chorar e berrar. Quando começou a avançar de encontro a Voldemort, Snape segurou seu ombro impedindo seu avanço.

- Pare!!! – gritou Draco – deixe-a em paz. Se alguém tem culpa esse alguém sou eu. Mate-me

Voldemort suspendeu a maldição. Narcisa estava ajoelhada aos pés de Bella com a respiração entrecortada e Snape ainda segurava Draco.

- Matar você Draco? – Perguntou Voldemort – Acho que isto seria muito pouco. Mas se isto faz você sentir-se melhor, o seu desejo será atendido. Avada Kedrava!!!

Draco fechou os olhos e só percebia que uma estranha luminosidade verde. Foi quando um grito encheu toda sala. O estranho para Draco foi que o grito não foi de sua mãe, mas de Bellatriz. Sem entender o porquê daquilo abriu os olhos. O que viu o deixou transtornado e sem ação, Narcisa estava caída no chão, os olhos estranhamente vidrados enquanto Bella soluçava ao seu lado.

- Por que ela Milorde, a culpa é toda de Draco. Ele não conseguiu finalizar a missão. Ele é que deveria morrer. Por que minha irmã Milorde? – Gritava Bella com o rosto banhado por suas lágrimas.
- Ora Bella, deixe de lado todo este sentimentalismo. Isto é por ela ter dado à luz a uma criatura tão fraca como este fedelho. Agora, se você não tiver nada de interessante para dizer, saia. Isto se não quiser o mesmo fim de Narcisa.
- Como deseja, “Milorde”. – Bella fez uma reverência e começou a andar para a saída.
- E Bella, mande Rabicho e Vallabh virem aqui.

Draco ainda estava olhando para a mãe. Ao ouvir a porta batendo pareceu que estava saindo de um transe. Severo Snape ainda estava do seu lado com um olhar que deixava transparecer susto e perplexidade. Quando olhou para frente, viu Voldemort sentado em seu trono. O olhar viperino dele estava fixo em Draco como se estivesse à espera de alguma reação.

- Seu canalha desgraçado. – berrou Draco – por que matou ela? Bastava que tivesse me matado.
- Cale-se seu idiota, pois você deveria agradecer a Lord Voldemort por ainda estar poupando sua vida. – falou Voldemort – Considere-se salvo por algum tempo por dois motivos: em parte seu plano funcionou e que eu ainda tenho planos para você.
- Sua víbora maldita...

Um raio flamejante saiu da varinha de Voldemort atingindo Draco em cheio. Enquanto Draco estava paralisado no chão a porta abriu. Por ela entraram Rabicho e outro comensal. Vallabh Jawnehru era um homem alto e moreno. Seus olhos negros pareciam dois abismos, sem brilho e sentimento algum. Os cabelos negros e lisos presos em um rabo que chegava ao meio das costas.

- Nos chamou Milorde? – perguntou Jawnehru após fazer uma reverência suntuosa.
- Rabicho, leve o garoto Malfoy para as masmorras e tranque-o muito bem. Não se esqueça de pegar a varinha dele.
- Como deseja, Milorde. – Rabicho agarrou a gola das vestes de Draco com sua mão prateada e saiu da sala arrastando-o pelo chão.
- Por que tão calado Severo? Você merece todo o mérito da missão. Meus parabéns! – Disse sarcasticamente Voldemort.
- Obrigado Milorde. – Snape fez um pequeno meneio de cabeça. – Por favor Milorde, gostaria de remover o corpo de Narcisa para outro lugar.
- Ah... claro Severo. Esqueci que você à tinha em... “alta estima”.

Snape nada disse após o comentário de Voldemort. Com um gesto de varinha fez o corpo de Narcisa flutuar e já estava na porta quando Voldemort o chamou:

- E Severo, não se preocupe. O voto perpétuo que você fez com Narcisa está anulado. Não demore, pois ainda quero conversar sobre a morte de Dumbledore com você e Jawnehru.
- Como desejar Milorde.



Ao andar pelos os corredores do castelo os pensamentos de Severo Snape estavam a todo vapor. Como o Lorde das Trevas descobriu sobre o voto? E agora, o que ele faria? Pelo menos Draco ainda estava vivo. Más por quanto tempo?

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