Em Hogwarts



Primeiro Dia



O Salão Principal continuava o mesmo de sempre. O mesmo teto enfeitiçado para parecer o céu lá fora, as mesmas quatro grandes mesas das casas e outra para os professores, a mesma porta atrás da mesa dos professores, os mesmos contadores dos pontos das casas, as mesmas velas flutuantes e a grande quantidade de alunos. Era o primeiro dia de aula, mas os primeiranistas ainda não haviam chegado ao castelo. Uma mulher colocara um banquinho de três pernas em frente à mesa dos professores, e em cima dele havia um esfarrapado e sujo chapéu.

A mulher que colocara o banquinho com o chapéu em frente à mesa parecia ser muito severa e inteligente, ela era muito rigorosa, mas também muito justa. Era a professora de transfiguração e também a diretora da Grifinória. Para ela as regras eram muito importantes e tinham que ser respeitadas por todos, não aceitava que quebrassem as regras da escola. Apesar de tudo isso ela era muito bonita, tinha longos cabelos castanhos, que antigamente costumavam ser rebeldes, secos e feios, mas agora estava liso com cacho nas pontas, o que a deixava com a aparência bem melhor.

Agora restava aguardar a chegada dos novatos, que por sinal eram muitos. Depois da derrota de Voldemort há doze anos atrás, a escola voltara a encher, e a paz finalmente reinara no mundo mágico. Tudo graças a Harry Potter, o herói que derrotara o bruxo mais temido de todos os tempos, era tão temido que as pessoas ainda não diziam seu nome. Muitos o chamavam de “Você-Sabe-Quem”, “Aquele-Que-Não-Dev-Ser-Nomeado”, e por muitos outros nomes. Mas existiam umas raras exceções, muitos poucos tinham a coragem e audácia suficientes.

Mas desde a derrota do Lord das Trevas, Harry Potter nunca mais foi visto, mas sempre havia relatos de excêntricos que diziam tê-lo visto, e muitas vezes diziam que o viam lutando contra outro bruxo, que normalmente usava uma roupa negra com uma máscara branca de caveira, porém nunca era comprovada essa “aparição”. Por causa disso muitos achavam que ele acabara se suicidando, pois não suportara o fato de ter matado alguém, ou não suportara a grande quantidade de poder que “ganhara” na batalha contra o Lord Negro.

As portas se abriram e os novatos entraram no salão. Estavam todos muito nervosos e admirados com a beleza do castelo, não paravam de olhar para o céu com poucas nuvens no teto do salão. Olhavam nervosos para a mesa dos professores e depois olharam para o chapéu em cima do banco, imaginando o que teriam que fazer. Eles se enfileiraram e ficaram defronte a mesa dos professores.

- Bem agora irá se iniciar a seleção. Silencio, por favor. – disse Minerva McGonagall, a então diretora da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e assumira desde a morte de Alvo Dumbledor, o maior diretor que Hogwarts já teve. Em questão de segundos fez-se silêncio.

Muitos dos alunos novatos tomaram um grande susto ao verem o chapéu velho de repente começar a falar em alto e bom som.


“Começa mais um ano
E novamente terei que separá-los
Em quatro casas distintas:
Grifinória, criada pelo grande Grodric
para os de grande coragem e lealdade
Corvinal, feita pela esperta Rowena
para os de grande inteligência
Sonserina, criada pelo astuto Salazar
para os de grande astúcia e esperteza
E Lufa-lufa, feita pela bondosa Helga
para os de bom coração
Basta vocês me colocarem em suas cabeças,
Que logo tudo verei,
e assim saberei em que casa colocá-los
Mas repito que fico triste
Por ter que ver vocês separados,
Pois é por causa disso que ocorrem tristes brigas e conflitos
Vejam o exemplo de Salazar e Godric,
que consideravam-se irmãos, e acabaram como inimigos
Peço que se mantenham unidos,
pois é assim que evitaremos uma nova guerra.
Unidos somos forte,
e separados não somos nada.
Que a seleção comece.”



- Então só tenho que colocar um chapéu na cabeça? Vou matar o papai! – disse uma garotinha ruiva de intensos olhos verdes.

Mas para a mulher

Com isso deu-se o inicia a seleção dos alunos. A mesma mulher que colocara o banquinho em frente a mesa dos professores levantou-se desta e foi para o lado do chapéu com um longo pergaminho com vários nomes.

- Adornis, Douglas. – um menino moreno e de estatura média saiu da fila de alunos e foi até o banquinho onde se sentou e colocou o chapéu na cabeça. Ele demorou cerca de um minuto até que o chapéu anunciou bem alto “CORVINAL”, a mesa do centro a esquerda comemorou – Albrecht, Helena – agora uma menininha loura saiu correndo até o chapéu e o colocou. O chapéu foi mais rápido dessa vez dizendo “GRIFINÓRIA”, dessa vez foi a mesa a estrema direita que comemorou.

A partir daí Marcelo Arendt e Caio Bones foram para a Lufa-Lufa, Guilherme Artner para a Sonserina, e muitos outros alunos foram selecionados. Agora faltavam poucos alunos na fila de espera. Já estava na letra N. Como não tinha nenhum aluno com sobrenome começando com a letra O foram para a P.

- Possani, Ygor. – Um garoto magrelo foi em direção ao banquinho e sentou-se. Ficou ali pelo menos três minutos até que o chapéu gritou Grifinória. – Po... a professora de Transfiguração não conseguia dizer mais nada. Seus olhos se arregalaram quando viram aquele sobrenome. Para ela parecia que nada mais tinha sentido. Como?

- Por favor, Hermione, continue. – disse Minerva.

Ela continuou ainda olhando para aquele pedaço de pergaminho, mas em menos de um minuto ela voltou ao normal e anunciou como se nada tivesse ocorrido.

- Potter, Lílian.

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