Cinco coisas que eu amo, e cin



Harry assustou-se com a cena. Porque uma pessoa desmaiaria assim, só de olhar em seus olhos? Era certo que sempre fora irresistível, mas não achava que fosse tanto.

Logo, uma outra moça ajoelhou-se ao lado da desmaiada. Usava um vestido roxo, suas coxas notáveis, e como eram notáveis!, eram cobertas apenas por pedaços sedosos de panos.

De primeiro instante, quando tirara sua máscara, Harry não poderia acreditar. Aquele semblante lembrava alguém... mas quem? Quem poderia ser dona de uma beleza estonteante, e belos pares de pernas? Só quando a tal mulher tirara a máscara da outra, o corpo ainda estendido no chão frio, foi que a compreensão pesou em suas costas. Seu corpo parecia estar se afundando no chão. Cinco anos de desejo e paixão voltando tão abruptamente a pesar em sua cabeça. O sangue parecia ter parado de circular.

Hermione realmente estava muito diferente. De garota à mulher, mas não uma mulher qualquer...

Sua primeira reação de choque passou aos olhos de todos do Salão Principal. Logo, uma multidão de repórteres veio à sua busca. Decidiu sair. Não queria ficar ali nem mais um minuto. Ao menos nem ajudou a levantar a moça. Não teve coragem.

Saiu depressa pela porta do salão com destreza, ao passar pela multidão que se agrupava , que abriu um estreito espaço para sua passagem.

Os jornalistas não conseguiram o alcançar.

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Victorya tentou reanimar Hermione com tapinhas leves no rosto. Ia tentar jogar água, mas talvez a amiga não gostasse, então...

“Enervate.” – ordenou Dumbledore, à varinha, que abria caminho pelos convidados. Uma expressão tão serena como sempre.

Hermione acordou, a cabeça dolorida, e levantou-se assustada. Pareceu ter acordado de um sonho. Um sonho não, um pesadelo bizarro, onde Harry e ela estavam em um baile de máscaras e ela desmaiara ao encara-lo.

Como estava belo... Forte. Ai se aqueles braços pudessem voltar a guia-la a salas secretas onde poderiam fazer loucuras. Se tudo voltasse a ser como era.

“Hermione? Você está bem? Venha.” – Victorya fez com que a amiga se apoiasse nela.

“Vic, podem usar minha sala se quiserem, mas para não haver tumulto pelos corredores e os alunos não se alvoroçarem, seria mais prudente que usem aquela sala logo atrás.” – indicou Dumbledore, a sala logo atrás de onde costumeiramente ficava a mesa dos professores.

“Certo, será melhor Alvo.” – Vicky agradeceu, e passou com Hermione por um cortejo de repórteres sedentos por saber sobre o ocorrido.

Os jornalistas somente não “atacaram”, pois Dumbledore ameaçou-os de expulsão do recinto. Câmeras nervosas não paravam de soltar seus flashes vaporosos, tão fortes que cegavam a qualquer um.

Ao fechar a porta da pequena sala, Hermione seguiu sozinha para a poltrona mais próxima, enquanto Victorya ascendia a lareira.

“Foi aqui que Harry recebeu a confirmação de que ia participar do Tribruxo.” – fora a única coisa que conseguira dizer. Não que o quisesse, mas involuntariamente as palavras saíram de sua boca... – “O que houve? Eu desmaiei novamente e tive um sonho horroroso.”

“Hermione, AUUUU, meu dedo!” – jogou a varinha no chão logo, pois tinha queimado o dedo no fogo convidativo da lareira. Sem querer a varinha escorregou, sumindo às chamas crepitantes. Victorya xingou-se, tentando mexer no fogo, e o atiçando ainda mais.

“Cuidado!” – Hermione juntou-se à amiga, verificando o machucado. – “Logo cuidaremos disso.” – por um instante, nada que ocorrera há pouco, era importante. Sua amiga estava machucada. Nunca tinha visto nada tão horrível. Ao invés da pele ficar vermelha, começou a sangrar, pingando no chão. Não tinha varinha para estancar o sangue, então rasgou com a mão uma parte do forro do vestido e enrolou o ferimento.

“Obrigada.” – Victorya gemeu. – “Não se preocupe, depois eu passo na enfermaria.”

“Você tem que ir agora. Nunca vi isso! No máximo ficaria vermelho. Foi rápido demais.”

“Eu sei, mas... Hermione, escute.” – Victorya virou-se depois de achar ter visto algo prateado e pontudo em meio ao fogaréu. Notou que Hermione não chorava e muito menos parecia preocupada com seu próprio desmaio. – “Um dia isso teria que acontecer.”

Hermione olhou pra cima, nos olhos da amiga, e por um instante não pareceu entender do que se tratava. Não conseguiu dizer absolutamente nada.

Não conseguia distinguir seus sentimentos. Uma dor dilatava em seu peito querendo sufoca-la. De repente estava sem chão, caindo no vácuo, mas também estava feliz, de certa forma contente, e isso fazia com que a saudade dos abraços e dos lábios de Harry fizesse doer ainda mais.

“Eu não sei realmente o que aconteceu. Foi confuso.”

“Nem eu. Apenas vi quando desmaiou e quando Harry saiu assustado... Ele não parecia o mesmo.” – conseguiu dizer, ainda com dor.

“Ele está aqui. O pai da minha filha está aqui... Eu não acredito.” – socou o chão.

Estavam sentadas em frente à lareira. Hermione segurava a mão machucada de Victorya. Tinha a maior certeza do mundo de que nunca alguém ia fazê-la experimentar sentimentos tão extremos, diferentes e tão parecidos.

Amor por viver tão intensamente aventuras incapazes de qualquer humano suportar e sobreviver. Por ser amiga e escutar o que tinha a falar. Por confortar seus lamentos. Por completá-la de alma, mente e corpo. Poe dar-lhe de presente a coisa mais linda e que mais se importava no mundo, Mya.

Ódio por acreditar em uma mentira tão tola e absurda, da qual se arrependia muito. Ódio por não enxergar o quanto era essencial, importante para sua vida. Por agora estar tão frio e indiferente. Por não chorar mais em sua frente e dividir seus problemas, não a amando mais de formas tão prazerosas e puras que alguém poderia um dia, sequer pensar. Por fazer amá-lo tanto quanto as barreiras racionais poderiam suportar.

“Sabe ‘V’, eu não vou chorar. Eu estou aqui e isso é o que me faz sentir mais humana. O não chorar. Já chorei tanto que não era mais por querer e precisar desabafar, e sim, um hábito. Eu vivo pra minha filha e é isso que importa. Eu sei que ele não vai descobrir e ponto final. E também acho que deve estar só de passagem no país. Não quero sofrer novamente e NUNCA vou deixar minha filha ter raiva de mim ou sequer descobrir minha verdade e meu erro sobre essa história toda.”

“Mione, AI, você pode contar comigo para o que precisar. Você é forte, mas não é uma rocha e nós duas sabemos bem disso. E sobre o Harry, bom... Você não acha que deva conversar com ele...?”

“Não. Não sou uma rocha, mas também não quero mais sonhar. Parece que quando eu o vi, tudo o que eu sentia se ascendeu, mas quero lutar pra isso acabar. E quanto a conversar com ele, a resposta também é negativa. Eu não quero. Eu acho que não consigo... Quero lutar pra isso acabar. Eu tenho minha vida e ele agora tem a dele e ponto final.”

“Não, você não vai. Mas se quer saber a verdade mesmo, não fico feliz com a volta dele, que irá render muito ao Profeta Diário e aos outros jornais, mas também não é por isso.” – alertou, logo que Hermione a observava indignada. – “Você estava finalmente recomeçando a viver e ele voltou e trouxe a mentira com ele.”

“A mentira está comigo...”

“Isso é um mero detalhe. O que quero dizer é que deve ter uma explicação. Eu não acredito em destino, uma vez que meu destino pela minha mãe, era ser uma modelinho ridícula, mas nós também não podemos deixar de encarar o fato de que pode ser um recomeço. Pense bem...” – Victorya nem pode acreditar no que tinha acabado de sair de sua boca. Pela primeira vez defendo o Harry! Isso era um marco pra história da humanidade. Tentou pensar pelo lado de que estava ajudando sua amiga, mas mesmo assim ainda sentia-se mal em defender o Potter.

“Não se preocupe quanto a isso Vicky. Eu vou sim continuar minha vida daqui por diante. Não estou triste, e tenho certeza de que tudo isso vai passar. O Harry não vai mais me fazer sofrer e nem chorar.” – mentiu para si e para a amiga.

“E Mya?”

“É a única com quem realmente me preocupo nessa história.”

“Não acha melhor contar somente a ela?”

“Não, não, de jeito nenhum e em hipótese alguma. Ela é pequena demais e não entenderia.” – relutou.

“Mas como você disse, ela já sabe. Só precisa saber o nome.”

“Não! Seria insano. Imagina ela espalhando para os coleguinhas da escola que ela é filha de Hermione Granger e Harry Potter?”

“Compreendo.”

Foram interrompidas com batidas de leve na porta. Cabelos flamejantes e levemente cacheados ricochetaram o quadro atrás da porta, no que a bruxa encarquilhada do quadro atrás da porta, berrou de susto, correndo para o quadro ao lado, se um velho com bigodes de morsa.

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Ele sentia raiva, não, não sentia raiva. Era algo tão forte que nem saberia responder o que era. Ele não sabia por onde estava caminhando, e tampouco parecia se incomodar. Era apenas um detalhe, se sua alma já estava mesmo no fundo do poço. Com ela estava diferente! Como tudo havia mudado!

Nem Hogwarts parecia tão convidativa quanto antes. Maldito momento em que aceitara ir àquela festa de Halloween.

Pela primeira vez há muito tempo, queria chorar. Descobrira naquele momento, em que a moça tirara a máscara de Hermione, seu sentimento amargurado tinha sumido. Por um breve instante, cogitara a hipótese de ajuda-la a se levantar, mas a idéia do toque, juntamente com os flashes em sua direção, o afugentara.

De repente estava virando a um corredor familiar.

Nos quadros, as personagens pareciam animadas com a visita, até que se deparou com uma senhora de vestido sedoso rosa. Estava sentada, observando atentamente suas mãos gorduchas, mas mesmo assim direcionando-se ao rapaz.

“Vejo que mudou muito Sr. Potter.”

Harry ficou surpreso. Nunca conseguiria imaginar que um dia voltaria àquele castelo e pararia pra conversar com um dos quadros.

“Olá.”

A mulher gorda sorria.

“Virou um belo rapaz. As meninas espevitadas daqui iriam, como elas falam mesmo...? É... Baba! Isso, babar.”

Pela primeira vez há muito tempo Harry sorriu, não conseguindo agradecer direito.

“Digamos que... Muita coisa mudou mesmo.” – a mulher também sorriu, tentando espiar o quadro logo à frente. O residente dele tinha espirrado.

“Sabemos.” – respondeu com as mãos no bolso.

“O que faz aqui? Perdido, garanto que não está. E também espero que não pense vou deixa-lo entrar na Sala Comunal.”

“Nem pendei numa coisa dessas.”

“Os pestinhas estão aqui dentro. Nós, os retratos, fomos ordenados a não deixar ninguém entrar e nem sair.”

“Hummm, ok. Até mais.” – Harry ia saindo, quando escutou que a mulher continuava a falar.

“Você não saberia me dizer quem passou correndo por aqui?”

“Passou correndo?”

“Sim... Não era nenhum professor... Será que alguma praguinha conseguiu escapar?”

“Hummm... Não sei.”

“Em todo caso, vá aproveitar a festa... pena que eu não posso dividir o quadro com uma baronesa... Tenho que guardar o buraco...”

“Tchau.” – e finalmente, saíra andando pelo mesmo caminho que fizera pra chegar até ali.

Estava quase chegando ao Salão Principal, quando uma mão o puxou por trás de uma estátua.

“Harry, como vai?” – Rony parecia surpreso, levemente ansioso.

“Ronald! Rony...” – Harry se assustou.

“Desculpe. Quanto tempo, não?” – sorriu simpático, mas um sorriso afetado. Espionava esporadicamente a porta do Salão Principal.

“Sim, concordo... Mas parece que está escondido...?”

“Digamos que hoje eu salvo uma vida.” – começou a ficar nervoso. Aquilo estava sendo mais difícil do que suas próprias missões como auror.

“O que?” – Harry estava achando engraçado a situação. Ele e Rony juntos, outra vez.

“Uma prisão eterna... Quero livrar uma pessoa disso. Tenho certeza de que pego o desgraçado!”

“Sinceramente você poderia ser menos confuso?”

“Não dá, mas garanto que saberá.”

“Certo...”

Ficaram em silêncio por um momento. Harry imaginou sua vida voltando a ser o que era, mas sem Voldemort e sem Hermione, mas aquilo seria impossível. Não tinha mais dezessete anos e já era um adulto. Tinha responsabilidades.

“Você sumiu cara... Até há uns dois anos a gente se falava e depois...”

“Eu sei, eu sei... Mas é que muita coisa mudou. Eu também estava trabalhando demais e... enfim...”

“Você queria esquecer seu passado. Não precisa mentir. Eu até te entendo, mas cara! Quero dizer, você era auror, e dos bons, e depois ‘daquilo’ você sumiu. Todos sentiram sua falta, especialmente Hermione.”

“Rony!”

“Eu sei que você não quer falar dela, e eu também não entendo essa história toda, mas o que quero dizer, é que pelo incrível que pareça, ela não saiu com ninguém, desde que acabou com você. Ela nega, mas eu sei que ela te ama. Além de tudo a gente formava um trio! Éramos amigos, e tudo acabou assim, de uma hora pra outra!”

“Não foi de uma hora pra outra e você sabe disso. Ela me traiu! Ela teve uma filha com outro cara!” – se alterou.

“Vicky, precisamos cuidar disso. Vamos até a Madame Pomfrey que ela vai estancar o sangue bem rápido e...” – Pela porta do Salão, saíram Gina, Victorya e Hermione. Victorya reclamava de muita dor e Hermione parecia querer conforta-la.

“Ainda bem que as câmeras ficaram pa trás. Eu não ia querer jamais sair no jornal com um pedaço de forro de vestido, enrolado na mão. AI! Ta doendo droga!”

As amigas pararam, quando viram Harry e Rony parados atrás de uma estátua, conversando.

Hermione sentiu novamente uma palpitação, mas não desmaiou. Não desviou os olhos dos dele nem por um segundo sequer.

Gina, Victorya e Rony olhando de um ao outro.

Rony, pra desviara a atenção, seguiu até Victorya para saber o que tinha acontecido.

“Pra que esse lenço?”

“Oi Harry.” – cumprimentou Gina um pouco sem graça.

Harry demorou a responder.

“Oi Gina. oi Victorya,... oi, Hermione.” – quando disse o último nome, uma energia estranha passou pelo seu corpo, e estacionou no braço esquerdo.

Hermione respondeu nervosa, mas Victorya sequer olhou pra cara do rapaz.

“Eu me machuquei... Sei lá. Quando fui ascender a lareira, perece que tinha um punhal afiado, ou algo assim... mas sumiu. Ai, me cortei.”

“Hummm, vá à Madame Pomfrey.”

As moças já iam saindo, quando Rony perguntou mais uma coisa.

“Vick, cadê o Thomas?” – o nome de Thomas saiu em evidência.

“Não faço a menor idéia, a última vez que o vi foi quando Hermione desmaiou...” – fuzilou Harry com os olhos. – “Por quê?”

“Nada, nada não. Pode ir.”

O rapaz as observou até virarem o corredor e subirem as escadas.

“Quem é Thomas?” – Harry perguntou tentando desviar a atenção de sua cabeça, de Hermione.

“O noivo da V.”

“Noivo? Ela vai se casar?” – riu. Ou aquilo era uma piada realmente engraçada, ou o mundo virara de cabeça pra baixo.”

“Não.” – Rony baixou o tom de voz.

“Como?”

“Eu sei que esse cara é um canalha. Ele iludiu a coitada... Só pra ter uma idéia, ele agarra as secretárias no Ministério, no meio do corredor. Eu vi várias vezes.” – disse num tom estranho.

“E você, como ‘bom amigo’ vai ajudar a resolver isso?”

“É, acho que sim.”

“Depois são os outros que escondem o que sentem. Ta na cara que você gosta da Victorya.”

“O quê? Eu tenho namorada.” – disse convicto.

“Um homem nunca denuncia o outro desse jeito.”

“Ela é minha amiga.” – nesse momento, nem tão convicto assim.

“E por que você acha que ele daria na vista, de agarrar alguém, na frente de todo mundo?”

“Na frente de todo mundo não, olha lá.” – ergueu as sobrancelhas em direção á porta do Salão. Thomas saía depressa, olhando para trás. Rony esmagou-se e Harry contra a parede.

“Vamos segui-lo.”

Harry, que nada tinha a ver com a história, resolveu seguir o talvez recém conquistado amigo.

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“Eu não vou ligar mais pra ele. Já disse. E por falar em dizer... eu sei que não tem nada a ver, mas qual o motivo real da festa?”

Gina retirara a máscara brilhante.

“Você não vai acreditar.” – Gina revirou os olhos.

“No quê? Fala!”

“Dumbledore, além de fazer esse baile de máscaras, quis hummm... dar um tipo de boas vindas ao Harry.” – falou a última parte baixo.

“Como boas vindas? Ele só terminou a temporada! Ou Dumbledore pretende fazer uma dessas a cada término de temporada?” – disse, não acreditando de que estava numa festa para recepcionar Harry!

“Vocês não vão acreditar número dois: Ele não vai mais jogar.”

“Como?” perguntaram Victorya e Hermione ao mesmo tempo.

“Vocês não vão acreditar número três: O Draco me disse que ele vai trabalhar no Ministério. Meu pai o nomeou chefe das Ligas Britânica e Irlandesa de Quadribol hoje mesmo. Ele vai supervisionar o Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.”

“Mas da última vez que eu soube dele, é que ele estava descansando pro próximo torneio...” – soou pensativa.

“Ele cansou...”

“Ou!” – Victorya exclamou.

“‘Ou’ o que Victorya? Você não estava com dor não?” – Hermione logo notou o que a amiga estava pensando, então resolvera lembra-la do corte e do sangue. – “Pára de falar besteira. E por favor! Eu não quero falar mais dele...” – retrucou, olhando para o lado oposto ao das amigas, mas do mesmo jeito, intrigada se aquele era o real motivo da volta de Harry.

Passos de pessoas se aproximavam... Ela resolveu entrar em uma das salas mais próximas... Maldição! Será que todos agora tinham que resolver passear? Filhos da mãe!... Resolveu calar-se quando escutou vozes. Era uma discussão acalorada, talvez quadribol... Porque os homens só sabiam falar de quadribol... Aquilo já estava a deixando enojada... Não, não era de quadribol, era sobre...

“Harry! Eu sei, eu sei! Não vou tocar mais no assunto, está bem?”

Tampouco eram homens quem discutiam, e sim eram as vozes de Victorya e Hermione...

Ela levou um susto, quando observara as sombras mórbidas de três pessoas passaram pela fresta da porta. A cada passo que davam, uma gota de sangue caia de algum lugar.

Sem querer, deixou cair um punhal que segurava firme entre seus dedos longos e frios. De tanto apertar a faca, sua mão também sangrava.

“Merda!” – deixou exclamar, alto.

“O que foi isso?” – Gina parou em meio ao caminho, olhando para o teto bem trabalhado. – “Algum poltergeist?”

“Quer saber? Dane-se o poltergeist! Eu vou correndo, porque minha mão está chovendo sangue!” – Victorya subiu correndo uma escada em caracol estreita, sumindo à vista de Hermione, pois Gina estava mais preocupada com morcegos, fantasmas e poltergeists...

“Vamos Ginny!” – Hermione puxou a amiga. – “Não deve ser nada.”

“Veio da Floresta... Um grito, você não escutou?” – pareceu assustada.

“Eu acho que já escutei essa história... Não houve grito algum, entendeu?”

Hermione passou o braço pelos ombros de Gina, apoiando-se nela.

“É, eu sei, eu só estava brincando! Dã!”

“Sabia que não teve graça?”

“Sabia.”

“Ahh, então ta.” – sorriu, também subindo a escada em caracol.

***

“Draco...” – o louro estava em pá, conversando com o velho Alastor Moody e Quim Shaklebolt, quando foi interrompido por uma moça ce cabelos negros escorridos, presos em um coque elegante. Seus olhos eram castanhos e brilhavam como a luz das velas que iluminavam o salão.

“Shena? Uau, quanto tempo...” – se cumprimentaram com um breve abraço. Draco parecia estar com receio de que sua mulher chegasse e acabasse com a festa... Não que tivesse segundas intenções, pois também nem tivera tempo para tanto.

***

“Viu como você tinha que cuidar desse corte! Você é louca, é sério!”

“Isso poderia infectar.”

Hermione, Gina e Victorya adentravam novamente o Salão Principal.

“É, parece que os jornalistas não estão mais aqui.” – Hermione averiguou aliviada.

Gina, no entanto, olhava em um ponto fixo mais à frente.

“Mas ainda sobrou um abutre.” – disse mais para si mesma que para as amigas.

Vicky e Mione se entreolharam.

“Gina, escute... Não faça besteira alguma.” – Victorya seguiu ao seu encalço.

“Victorya, acho que você não é bem a pessoa certa pra dar esse tipo de conselho.” – Hermione revirou levemente os olhos.

“Uma leve impressão eu está me chamando de barraqueira?”

“Chega as duas!” – Gina exclamou – “Oi Draco.” – pousou a mão no ombro do marido, acenando levemente com a cabeça, a Quim e Moody e cumprimentando o marido de forma seca.

“Oh, Gina...” – Shena parou pra pensar... Não lembrava do sobrenome de Gina. – “Gina Weasley?”

Todos que estavam ao redor, sabiam da fama de ciumenta que Gina carregava. Chegaram a se afastar um pouco pelo fogo cruzado entre as duas.

“Seria Gina Weasley.”

Draco não sabia onde enfiar a cara. Espremia os próprios dedos no bolso do smoking.

“Seria?” – Shena perguntou confusa. A morena estava muito perto de Draco, quase agarrada, aos olhos de Gina.

“Sim, atualmente é Gina Malfoy... sabe, quando nos casamos decidi mudar meu nome.” – sorriu triunfante com o resultado... Draco pela primeira vez falou, o que pareceu mais com um engasgo.

“Gina é minha esposa.”

Hermione riu, mas de forma que ninguém notasse, já Victorya praticamente se contorcia de tanto dar risada da cara do amigo. Draco realmente estava muito sem graça, mas não tinha coragem de reagir à genialidade da mulher.

“Ohh! Quando se casaram? Há pouco, suponho.” – perguntou sem graça.

Hermione e Victorya resolveram sair e deixa-los a sós. As amigas decidiram ir ao jardim, respirar um pouco de ar fresco e conversar com calma, sem o alvoroço das pessoas por perto... “De vez em quando calor humano faz mal e até sufoca.” – Gina costumava dizer, quando resolvia ficar sozinha em seu quarto, nas quais, estava brigada ou dando um tempo do marido.

Moody e Quim também se dispersaram pela festa... Disseram que iam falar com Dumbledore. Fizeram um sinal a Draco, de que depois se falariam com mais calma.

“Há quanto tempo mesmo meu amor?”

“Cinco anos.” – sorriu desajeitado. Gina o beliscava abaixo das costas, ajeitando o cabelo, parecendo modelo de comercial de shampoo.

“Temos um filho lindo. A cara do Draco.”

“Filho?” – na voz da moça se misturavam vergonha, raiva e interesse. – “Bom, o papo está ótimo, mas eu preciso ir... sabe, preciso... ir.” – disse rapidamente e sumiu entre a multidão, rebolando as grandes nádegas evidentes pelo vestido colado.

“Ok. Vejo você... AU!”

Gina beliscou o marido ainda mais forte.

Shena nem mais escutava Draco, que acabou encontrando com os olhos enraivecidos de sua mulher, antes mesmo dela dizer qualquer coisa.

“Muito bonito Malfoy. Bonito mesmo!”

“Gina, você viu! Nós não estávamos fazendo nada demais! Ela só veio me cumprimentar.”

“Elas sempre vêm te cumprimentar. É impressionante... É isso que dá, casar com homem bonito.” – Franziu a testa e cruzou os braços, como se esperasse que Draco ajoelhasse e pedisse perdão.

Draco apenas riu...

“O que foi?” – perguntou sem paciência; a boca crispada.

“Eu por acaso tenho ciúme de você vai à Chez Paolo?”

“O Paolo é meu maquiador! E ele é gay!” – disse um pouco alto demais. Pelo menos o suficiente para os casais da mesa ao lado escutarem.

“E pra mim é como se Shena também fosse.” – guiou-a para um outro canto do Salão. – “Mas... Você me acha bonito?” – perguntou envaidecido.

“Que pergunta, não Draco? Você é o homem mais bonito da Grã-Bretanha... Esqueceu da pesquisa que fizeram no Semanário dos Bruxos? Foi você quem ganhou. Por isso tenho que estar de olho.”

“Você é tão boba... Até parece que não somos casados há cinco anos. E na verdade, era eu quem tinha que tomar conta de você.”

“Em mim? Por quê?”

“Por que é você a mulher que eu amo. A mulher mais atraente e mais...” – aproximou-se um pouco mais e cochichou em seu ouvido, palavras que a fizeram esboçar um sorriso.

“Mas e ela? A Shena...” – descruzou os braços e pegou a mão esquerda do marido... Sua mão estava quente.

“Ela é bonitinha.”

“Não brinca Draco! Ela é linda.”

“Sabe que eu não acho? Você é a ruiva mais bonita e mais estressada do mundo...” – a ultima parte disse em um tom mais baixo – “É a mãe do meu filho e a mulher que me faz sentir vivo, se é que me entende. Eu te amo, sempre digo e repito, só que você nunca me leva a sério.” – olhava em seus olhos.

“Assim você vai acabar me convencendo.” – sorriu.

“Que bom... Quem sabe quando fizermos trinta anos de casados, você finalmente não se convence?”

“Você pretende ficar comigo todo esse tempo?”

“Pro resto da minha vida.” – murmurou em seu ouvido, deixando os pelos de sua nuca, arrepiados.

Ela o abraçou.

“Sabia que está me deixando excitada pra fazer uma loucura?”

“Qual?” – perguntou curioso e ao mesmo tempo, surpreso.

“Venha comigo.” – e logo saíram de mãos dadas pela porta do Salão Principal.

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“Eu nem sei o que ainda estou fazendo aqui.” – Batia um vento seco no jardim. No céu poucas estrelas, a mata reinava silenciosa... Era possível ainda, escutar o canto das flores da roseira logo ao lado.

“Nem eu.” – Victorya riu, estendendo o cigarro com a mão direita, e expirando a fumaça com a boca. Seu riso ressonante cortava o ar, e ressonava ao longe.

Hermione e Victorya estavam sentadas em um banco branco. O banco onde Victorya costumava chorar, na época que estudava em Hogwarts, e onde Hermione estudava pras provas de ultima hora.

Hermione também começou a rir, tentando abafar a fumaceira com as mãos, mas parecia não ser pelo mesmo motivo de Victorya.

“Eu já disse pra você parar de fumar! Isso dá câncer, sabia?”

“Você sabe... Eu só fumo quando estou nervosa.”

“E por que ta tão nervosa?”

“Não sei... To sentindo alguma coisa estranha... Como se algo de ruim fosse acontecer.” – olhou para Hermione, agora deixando o cigarro de lado. – “Mas por que está rindo?”

Hermione voltou a olhar pro meio da mata.

“Minha primeira vez com o Harry foi ali, de baixo daquele salgueiro.”

Victorya encarou-a pasma.

“Você deveria chorar, e não rir. Isso é trágico! Atrás do Salgueiro Lutador???”

“Não, não do Salgueiro Lutador... Seria humanamente impossível.”

“E eu achando que você já tinha transado antes...” – disse voltando a pegar o cigarro.

“Foi a minha primeira vez com o ‘Harry’!” – gritou sem querer. Parecia ter bebido demais para ter o bom senso de falar baixo.

“Sabe, eu não sou surda... Acho que aquela queda não fez muito bem aos seus neurônios ‘Srta. Eu-não-sou-virgem’.” – zombou.

“Só você mesma...” – desviou o olhar. Seus olhos brilhavam.

“Olha, você pode tentar enganar aos outros, mas mesmo eu sendo meio desligada, eu sei que você ta mal.”

“Mal com o quê? Sabe, ele voltou, me ignorou. Você viu e...” – parou, com a peculiar sensação de que estava sendo observada.

“O que f-f-foi?” – Victorya tossiu com a fumaça do próprio cigarro. – “Que barulho foi esse?” – as duas olhavam em volta.

Hermione apertou os olhos em direção à mata.

“Deve ser tronquilho... Você sabe.” – Victorya disse.

“Bahh... deve ser, não? É que da última vez que achei que estava sendo observada, no dia seguinte, minha família toda já sabia que eu tinha menstruado pela primeira vez.” – riu.

“Huahuahuahuahua! Depois sou eu! Hummm... vejamos: acho que da última vez que tive essa sensação, foi quando estava sentada neste mesmo banco, chorando, e quem chegou pra me salvar foi o Thomas.” – sorriu nostálgica.

“Que progresso enh D. Vicky! Só de pensar que da última vez que amei alguém, esse alguém me deixou o ser mais precioso e doce do mundo, que é a Mya... Sabe, é exatamente o que você disse. Eu não consigo ter raiva do Harry simplesmente porque ele é o pai da Mya.”

“PLOC!”

As duas se viraram com um novo estalo. Será que alguém estava escondido na mata, escutando a conversa? Isso não poderia estar acontecendo... Essa noite parecia que o mundo iria acabar!

“Vamos sair daqui Vicky, por favor.” – Hermione levantou. Um frio estranho perpassou por suas entranhas, uma sensação esquisita. Porém, Victorya continuou sentada.

“Vá você.” – disse entre uma tragada e outra – “Logo eu irei... Acho que preciso ficar um pouco só.”

“Ok, mas venha logo viu? Eu vou embora o quão logo puder.” – beijou Victorya na testa.

Estava quase saindo de foco, quando chamou novamente pela amiga. Victorya olhou assustada, parecendo concentrada demais.

“Eu te amo. Obrigada por tentar me ajudar.” – e acenou.

Vicky apenas assentiu com a cabeça... Nessas horas era melhor não falar nada.

Hermione seguiu sozinha. Pensava em Mya e pela primeira vez preocupo-se realmente... E se fosse algum jornalista? Rita Skeeter seria o fim! O fim de sua vida, reputação e carreira.

Passou apressada pela porta de carvalho, e segurava apenas um lado do vestido para não tropeçar na escada. A música do salão enchia seus ouvidos... pelos corredores passavam pessoas ilustres, como o próprio Ministro da Magia. Os fantasmas também participavam da festa, dando ainda mais um toque bruxuleante. Estava tão absorta, que nem reparou que alguém vinha na direção oposta à sua. O outro deveria estar tão absorto quanto, pois nessa hora, os dois corpos se trombaram e ela caiu batendo com as costas na escada e quebrando a sandália de salto agulha. Só não se machucara mais, pois uma mão forte a segurara. Ficara até zonza com a outra queda, e ao olhar pra cima parecia estar caindo no vácuo. Nisso, a mão do rapaz ainda a confortava e remediava sua queda.

“Harry!” – a única coisa que conseguiu sair de sua boca. Nenhum dos dois falaram nada. Dois corpos estáticos contemplavam aquele momento em que seus olhos finalmente se encontraram.

A dor voltou a latejar na cabeça de Hermione, logo que milênios se passaram e os dois ainda perseveravam.

“Você se machucou?” – Harry perguntou. Dentro de si, tudo estava tão confuso quanto fora há tempos atrás. Sua raiva já não existia diante do corpo frágil que insistia tocar o seu.

Hermione tirou sua mão de cima da dele, com um gesto brusco.

“Estou bem, só meu pé está doendo.” – conseguiu olhar pra baixo e subir um pouco, a barra do vestido. O tornozelo estava dolorido, e o Prada, todo destruído.

Harry sentiu-se por um momento, voltando no tempo. Ela estava ali, diante de seus olhos, a tatuagem no tornozelo dela... um H latejava, piscava, brilhava intensamente. Lembrou-se do dia em que se marcaram pra sempre. Pra sempre...

Hermione pareceu envergonhar-se com a tatuagem que há muito tempo não brilhava tão intensamente. Brilhava quase tanto quanto os olhos verde-esmeralda de Harry. Levantou-se mesmo com a dor. Não queria continuar vivendo aquele momento nostálgico, e talvez pela primeira vez, queria fugir de perto dele. Agora era sua vez que correr...

“Obrigada por me ajudar.” – disse rapidamente e ia subindo as escadas, quando sentiu a mão quente de Harry pressionando seu pulso. Somente com o toque, seu corpo cedeu, tremendo visivelmente. Sua mão suava frio e seu coração acelerou.

Virou-se.

Ele novamente a olhou... Observou. Queria gravar seu semblante em sua mente. Ao contrário de tudo o que imaginara sobre seu reencontro com Hermione, agora não sentia raiva, apenas estava angustiado.

“O que foi?” – Mione se assustou.

“Por quê?”

“Por que o quê?” – desconversou.

“Você sabe! Por quê? Por que você me traiu?” – aquilo era o máximo que poderia fazer... talvez fosse humilhação pra muitos, mas pra ele não. Novamente a sensação de que tudo tinha sido um pesadelo voltara...

Era inacreditável! Ele estava ali, diante de seus olhos. Essa era a chance que Juliet queria com seu Romeo, mas não a teve, e ela, Hermione Granger, uma rele mortal, estava jogando a sua chance de recomeçar.

“Você... Você não sabe, não faz idéia do está falando Harry.” – disse fria e dura. Ao menos, era o que tentava transparecer.

“Como não faço? Você estava comigo num dia e no outro disse que estava grávida de outro! Como pôde?” – começou a se alterar.

“Você não entenderia... Não foi nada disso. Nada. Nada...” – uma lágrima correu de seu olho. Na verdade, era tudo o que menos queria: chorar. – “Você não sabe o quanto eu sofri durante todo esse tempo por te fazer sofrer... Eu juro, você não merecia isso. Realmente por um lado você está certo... Eu realmente traí você. Traí a você e a mim.”

“Mas por quê? O que EU fiz? Eu passei todos esses anos me torturando por isso! Me diz Hermione, DROGA O QUE EU FIZ? Eu achava que você me amava!” – as pessoas que passavam se assustaram. Harry estava começando a ficar nervoso... esfregava os cabelos com as mãos trêmulas.

Agora, mais lágrimas corriam dos olhos de Hermione.

“Eu já disse. Eu traí não foi somente a você, mas a mim. Não queria faze-lo sofrer e muito menos à minha filha...”

“De que está falando? O que a sua filha tem a ver com essa história, além de ter nascido no meio de tanta imundice? O que houve com o seu... o seu...” – não conseguia terminar a frase.

“Não tem homem nenhum...” – Hermione se segurou pra não dizer toda a verdade, ainda mais ali, onde todos poderiam escutar... E na verdade, se o fizesse, ia contar à pessoa errada, pois aquele não era o Harry6 com quem pretendera um dia se casar. O harry á sua frente era uma pessoa ressentida, que se escondera do mundo, e era agora conhecido por sua frieza, solidão e mágoa. Seria egoísmo contar tudo e fazer o mundo de sua filha desabar... Decidiu assim continuar. – “Ele morreu.”

Harry parecia demasiado cansado.

“Você o matou com seu veneno. Você não presta Hermione.” – virou de costas, desceu os poucos degraus que havia abaixo, cruzando a porta de carvalho

Hermione enxugou as lágrimas, espantando alguns mascarados do meio do caminho. Não conseguia falar e não reagia... Ele tinha mesmo razão... ela não prestava.

Seguiu para o banheiro feminino, quando ao virar dois corredores á direita, escutou barulhos. Achava que fossem as escadas se movendo descompassadas, mas pelo contrário. Teve que apertar os olhos para enxergar algo naquela escuridão... Ahh sim, não era nada. Apenas um casal normal, normalmente feliz e com muito tesão que também se beijavam normalmente... Tudo normal.

Queria ela que sua vida também fosse normal.

Tentou se lembrar se não havia um outro banheiro por ali, mas apenas tinha o banheiro dos monitores, que provavelmente estava trancado com outra senha, e muito diferente da sua época... Aquela era a única passagem e o único banheiro que tinha naquela ala do castelo.

Foi atravessando o corredor devagar. Os corpos difusos entre os amassos eram irreconhecíveis no escuro, e havia ainda mais um agravante: as máscaras... Ou talvez eles não estivessem de máscaras, mas definitivamente era impossível saber.

Resolvera pegar a varinha, mas de nada adiantava, pois tinha deixado em casa. Mas que tipo de bruxa ela achava que era pra andar sem a varinha?

Apenas quando chegara mais próxima é que teve uma vaga idéia de quem eram, mas não... era impossível e definitivamente era uma cachorrada! Não poderia ser... não novamente.

O casal nem percebeu a presença da moça. O homem prendia a mulher contra a parede, impedindo sua passagem... ela parecia gostar, e aparentemente ele rasgava o vestido da moça.

Hermione não se segurou e deu um grito estridente.

O susto foi ainda maior, quando o casal notou surpreso, de ela estava ali...

O cara afundou a cabeça nas mãos em gesto de desespero... Que cachorro! Justamente a melhor amiga de sua noiva...

Era Thomas. Thomas e Amanda, a atual namorada de Rony...

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