Confronto, magoas e beijo



 Daniel enlaçou a cintura de Hermione na tentativa de aproximar os corpos, mas a morena foi mais rápida saindo facilmente dos braços dele. Hermione colocou as mãos no peito do homem à frente e respirou fundo.


 - Hermione... –ele passou a mão no rosto tentando recompor-se. Parecia que aquela noite não iria ser nada agradável para Hermione. – Nem sei o que dizer. – Daniel voltou a se explicar. - Sinceramente, sinto muito por todo esse constrangimento.


- Daniel... Agora não é hora e nem o lugar certo para isso...


- E quando será?


- Um dia... – ela retirou a mão do peito dele e rezou mentalmente para que alguém aparecesse naquele momento.


Daniel respirou fundo e a encarou decidido, mesmo seu olhar não sendo correspondido por ela.


- Um dia... Um dia? Sabe o que isso significa para alguém apaixonado? - Daniel tente entender que... - Eu entendo Hermione... Nada vai mudar se um dia passar, ou vários... Ou se você me negar sua companhia a cada convite que te fizer para jantar. Vou estar sempre a sua espera.


- Um dia a resposta virá Dan... Agora acho melhor entrarmos, daqui a pouco seu pai sentirá falta de nós dois. –ela sorriu fracamente e caminhou lentamente em direção a casa deixando Daniel com um sorriso cansado, mas feliz.


Harry já tinha dançado com várias mulheres, como também tinha ouvido e dito as mesmas coisas a cada uma. Depois da primeira, ele pegou uma loira que estava encostada no balcão do bar, lançando-lhe olhares famintos e pidões. Logo depois veio uma morena e uma ruiva. Aliás, a ruiva não era de se jogar fora, muito charmosa e elegante, mas nenhuma delas chegava aos pés de Hermione.


Depois da pequena discussão que tiveram, os dois não tinham se visto o que, para Harry, era motivo de preocupação. A procura de alguém conhecido para saber o paradeiro de Hermione, ele localizou Gina parada perto da porta de entrada, conversando alegremente com duas garotas que não eram de se jogar fora, mas não era hora para satisfazer seus desejos masculinos.


- Com licença! –ele começou cordialmente fazendo as damas presentes suspirarem ao olhá-lo.


– Srtª. Weasley poderíamos ter uma rápida conversa? – Gina logo entendera e dispensou as amigas rapidamente.


 - O que foi Harry?


 - Não acho Hermione em lugar nenhum...


- Ela saiu, faz pouco tempo com Daniel. –ela disse antes que ele terminasse de falar. – Foram em direção ao jardim... Aliás, nem precisa se preocupar olha os dois ali. –ela apontara para a porta do outro lado do salão, onde Hermione e Daniel entravam chamando atenção dos repórteres que fizeram questão de que nada escapasse dos jornais ou revistas de fofoca.


 Gina olhara para Harry que fitava Hermione com um brilho apaixonado nos olhos. Sorriu tristemente e abaixou a cabeça, por mais que tentasse não tinha conseguido se acostumar com a idéia de que Harry estava amando sua melhor amiga.


O moreno a olhou curioso, percebendo o silêncio da parte dela.


- Está tudo bem?


- Está sim... Estou apenas cansada. –ela sorriu fracamente, mesmo não convencendo a Harry e a si mesma.


- Gina, você é tão bonita, alegre e espontânea, porque não vai à caça de homens... –ela riu ao comentário dele. – Veja... Temos vários tipos. Temos de médio aos podres de rico, olha que isso é bom, todos são senhores de idade. –a ruiva gargalhou em resposta.


Como adorava aquele Harry a sua frente, o brincalhão e sedutor.


– Agora se a senhorita prefere os mais jovens, fique a vontade, temos todos os tipos de galinha e golpista no salão... –agora os dois riam, chamando a atenção de uma morena distante, mas observadora.


Sr. O’conner não demorou a anunciar o jantar, e todos se sentaram nas suas respectivas mesas. Todas eram redondas, cobertas com toalhas brancas e cinzas combinando com a decoração do salão.


A mesa principal era a única em que havia dez lugares, nela estavam presentes apenas os convidados principais, Sr. e Sra. O’conner, Daniel, Hermione, Harry e mais algumas pessoas da elite. Draco e Gina optaram pelo mais prático, sentarem em outra mesa.


Sr. O’conner parecia muito entretido na conversa com Harry, o que era muito bom, já que a proximidade dos dois era a intenção da ida de Harry e Draco a festa.


 - Mas me diga exatamente com que a sua empresa trabalha? –perguntou o mais velho a Harry que parecia gostar do interrese dele na conversa.


- Bom, acabamos de terminar alguns testes que estávamos fazendo com novas invenções...


- Que tipo de invenção? –Harry sorriu ao perceber a curiosidade extrema do homem e pensando em como seria fácil se juntarem ao “mundo” dos O´conner.


 - Desculpe... –Harry sussurrou para o homem o fazendo se aproximar mais um pouco, fingindo cumplicidade. – Certamente, não seria apropriado falarmos disse aqui em público! –terminou ele com uma ligeira piscada.


- Oh! – Sr. O’conner o olhou impaciente.


 –Seria... - Algo de muito valor... E digamos que as autoridades não iriam gostar nada de saber disso! –Harry maliciosamente sorriu. “Xeque-mate!”, pensou em ver o sorriso triunfantemente cúmplice de O’conner.


Curiosamente Daniel observava a conversa do pai com o estranho homem. Pelo que pode constatar a primeira vista, não parecia ser qualquer milionário amigo da família; o smoking era fino e caro, o rosto jovem, porém sério, mas ao mesmo tempo, descontraído. A postura ereta e elegante, mostrando respeito e autoconfiança, mas se estava sentado na mesa de cortesia de seu pai, deveria ser uma pessoa importante.


Levando a taça de vinho a boca, Daniel mudou de alvo, dedicando-se a olhar silenciosamente para Hermione.


- Você conhece o homem com quem papai está conversando? –ele perguntou estranhando o repentino olhar de surpresa dela.


- Não... –ela tentou achar a resposta mais rápida e curta para não levantar suspeita. –Mas seu pai parece tão entretido na conversa... Deve ser alguém de suma importância. –ela respondeu voltando a encarar o próprio prato sem fome alguma.


- Sim... Claro! –ele a observou atentamente, procurando alguma explicação pelo silêncio dela. Observou a comida intocada - Está sem fome? Ou está constrangida pelo quase beijo entre nós? –ele perguntou tirando uma mexa do cabelo dela e colocando atrás da orelha para poder apreciar o rosto da morena melhor.


- Dan... Por favor, aqui não! –ela sussurrou para ele sentindo o olhar de Harry na sua direção. – Eu... Estou apenas cansada hoje.


 - Claro, desculpe-me. – ele disse se endireitando e voltando a levar a taça à boca.


Aquele momento foi o suficiente para Hermione desejar com mais fervor que aquele jantar acabasse logo e que pudesse ir embora. Também fora o suficiente para Harry pensar em várias formas de acabar com o “Senhor perfeito”. Hermione lançou um olhar sério e intocável a Harry, que devolveu o olhar do mesmo modo, só que cheio de malícia e de desejo.


Daniel observou os olhares de Harry à Hermione e encarou seriamente o moreno que sorriu educadamente para ele, provocando mais raiva e tensão no local. Hermione um pouco tonta, pediu licença e levantou-se do local e caminhou até o toalete. “Ótimo lugar Mione!”. Harry fez o mesmo que a morena. Seguiu até a entrada dos banheiros, deixando um Daniel irritado e desconfiado demais.


 Na escuridão de um corredor mal iluminado, Harry esperou silenciosamente a saída de Hermione do local.


Um pouco mais relaxada, Hermione retocou a maquiagem e ajeitou o vestido, imaginando deitada naquela maravilhosa cama em seu quarto. Massageando a nuca, ela saía do banheiro, olhando se não esquecera nada. Dois braços fortes e conhecidos a seguraram, de modo que ela não pudesse se mover nem gritar, levando-a para um local escuro e frio.


- O que pensa que está fazendo Harry?


Ele a prensou com o corpo contra a parede, descansando sua cabeça no pescoço dela, fazendo com que sua respiração a arrepiasse.


- Nada que nós nunca tenhamos feito querida! –ele sussurrou no ouvido dela, fazendo-a gemer, descontrolada.


- Harry... É melhor você parar com isso agora! Não estamos aqui por brincadeira... –ela estava tão sensível naquela noite, que se ele quisesse transar ali mesmo, ela aceitaria.


 - Odeio aquele seu namoradinho idiota... – ele a encarou, sério e selou um singelo beijo nos lábios dela.


- Melhor voltarmos para a mesa...


- O que ele te fez para você estar tão calada? –ele fez mais pressão contra o corpo dela, fazendo-a se sentir vulnerável a ele.


- Harry... – o encarou desconsertada pensando em uma resposta ágil. – Ele apenas tentou me beijar...


- Você deixou?


 Ela não respondeu.


- Deixou?


- O que você imagina? –ele ficou surpreso com a pergunta.


Não conseguia acreditar em si mesmo, estava duvidando de Hermione. Ela abaixou o olhar e umideceu os lábios.


- Me solta Harry- sua voz foi baixa, tremida e magoada.


- Eu... –Harry respirou fundo e colou um pouco mais seu corpo no dela. Ele sabia que não estava se comportando como o Harry que Hermione conhecia. – Desculpe-me por duvidar de você!


Ela o encarou, ainda em silêncio.


- Fiquei confuso e com ciúmes... E bem, você sabe mais do que eu que sou explosivo às vezes. –ela riu nas últimas palavras dele.


 Harry a soltou e colocou as mãos no bolso.


- Se você quiser, pode voltar para a mesa...


 - Você não me respondeu! –Hermione se recompôs e ficou fitado-a. – O que você imaginou?


- Imaginei que você o tivesse repreendido.


Eles se encararam por um longo período, era impossível disfarçar ou esconder a atração que um sentia pelo outro.


Surpreendentemente os corpos se colaram numa dança sensual e perigosa. Harry a apertou quase tão violentamente que quase faltou ar nos pulmões de Hermione. Mas ao mesmo tempo em que esse abraço era avassalador era respeitoso e cheio de ternura. O sangue de Hermione latejava em suas veias, fazendo pulsar impetuosamente seu coração. Não poderia negar a verdade. Tinha que admitir, nem que fosse para si própria, que estava se apaixonando pelo seu melhor amigo.


O fascínio do momento era complementado pela luz do luar, que entrava pela pequena janela e iluminava o casal apaixonado em um beijo selvagem. Harry completamente dominado pelo roçar sensual dos seios dela em seu peito, estava fora de seu raciocínio lógico. Sim, ele afirmava para quem quisesse ouvir e nunca se cansaria de falar que amava demasiadamente Hermione, com todas as forças que seu corpo e seu coração tinham. Por um ligeiro flash de raciocínio, Hermione deu-se conta do que estava preste a acontecer naquele pequeno espaço.


 Com a respiração acelerada, eles tentaram voltar ao normal.


- É melhor voltarmos... –ele sussurrou de forma descontrolada. – Antes que eu faça algo o qual sei que será muito errado e constrangedor para nós dois.


 Ela tentou se recompor-se.


- Eu vou primeiro! –foi a única coisa que ela disse antes de sair de perto dele sem encará-lo.


Gina e Draco observavam a tumultuosa mesa da elite de longe, como também observava vários movimentos estranhos fora do salão.


- Acha que é melhor alertar Harry e Hermione? –Gina disse disfarçadamente sorrindo para Draco.


- Não! Melhor esperarmos um pouco... Talvez possa ser mera impressão. –Draco abaixou a mão e deixou sua varinha pronta para qualquer ataque.


– Deixe sua varinha pronta, caso algo aconteça. –ele sussurrou voltando a olhar para a mesa central.


 – Então aquele é o famoso Daniel com quem Hermione agora conversa?


Gina subiu o olhar e com desagrado voltou a observar o local.


- Sim...


Com um olhar irreconhecível, Draco cutucou Gina rapidamente sem alarmar as pessoas próximas.


- O que f... –ela não conseguiu terminar a frase.


De onde estavam, Draco e Gina podiam ver através da porta de acesso ao jardim, a caveira com uma serpente, que emitiam seu brilho esverdeado na escuridão da noite e que tinham o poder de assustar qualquer um que a visse.


- Não pode ser... –Gina sussurrou com a voz tremida.


O vento frio e úmido invadiu o local, fazendo as pessoas se acomodassem mais nos seus assentos. Draco rapidamente mandou Gina chamar a Ordem para ajudá-los.


- Isso é impossível Draco... Pelo que sei, a única pessoa que conjura isso é... –Sua voz falhou não conseguindo terminar.


- Rápido Gina... Chame a Ordem... Vou avisar o Potter e Hermione.


Draco começou a se movimentar ágil e rápido por entre as mesas, quando estava próximo a Harry e Hermione, sentiu um vento forte e escutou uma grande explosão perto da porta de entrada.


 Os gritos e pedidos de socorros tomaram conta do lugar. Pela porta entrava pessoas de capuz e capas negras. Harry rapidamente levantou o olhar para Hermione e faz um sinal para que ela se afastasse. Daniel se postou ao lado de Hermione, segurando sua mão.


- Temos que ir para um local seguro... –ele a puxou para os fundos do salão.


- Não posso... –soltando-se dele, ela olhou ao redor.


–Tenho que achar Gina. –Hermione voltou a correr na direção contrária as pessoas.


- Hermione, cuidado! –Daniel se joga em cima dela, desviando-a de um raio de luz muito estranha. Agora escondidos debaixo de uma mesa, Draco e Harry tentavam bolar um plano de fuga para os trouxas que ainda estavam no local.


- Onde está Gina? -o moreno perguntava enquanto tirava sua varinha da cintura e se preparava para o ataque.


-Foi mandar um aviso a Ordem... – Draco olhou ao redor tentando achar algum comensal conhecido. –Olha... Os comensais são os mesmos, cuidado com minha tia... Ela está cheia de ódio... E Hermione?


- Não sei... –Harry respirava apressadamente. – Perdi-a de vista, depois daquele idiota do O´conner a puxar pela multidão.


- O pior disso é que não podemos sair para combater... Os trouxas não podem nem sonhar que somos bruxos! –Draco olhava atento o movimento próximo.


Mais explosões e raios coloridos desfilavam pelo imenso salão. Desviando deles vinham correndo Hermione e Daniel, a procura de um lugar para se esconderem.


- Hermione, é melhor... –Daniel não conseguiu terminar a fala, pois seu corpo ficou totalmente imobilizado.


“Petrificus Totalus, eles não pensaram em algo mais criativo.”, Hermione pensou antes de tentar fazer alguma coisa para ajudar Daniel.


- Fique parada trouxa! Nem tente ajudar seu amigo, se não ele vai se machucar... – aquela voz aguda e ao mesmo tempo doce, só podia vir de uma pessoa, Bellatrix Lestrange.


“Oh, Merlin! Eles não me reconheceram.”, Hermione disse levantando os braços de forma que eles vissem que ela estava totalmente indefesa. “Cadê o Harry, a Gina e o Draco nessas horas.” A comensal andava em direção a Hermione, que tinha a respiração acelerada.


 - Vocês trouxas, são muito ingênuos... – Bellatrix olhava atentamente para Hermione. –Mas... Parece que te conheço de algum lugar!


- Quem é você e o que fez com meu amigo? –Hermione rapidamente pronunciou com uma voz diferente da sua para não lhe proporcionar futuros problemas.


A comensal soltou uma risada frenética e desafinada, provocando Hermione com a varinha. Ainda escondidos, Harry e Draco procuravam por pistas. Gina logo se juntara a eles.


 - A Ordem já esta a caminho... Mas vocês não acham isso muito estranho? Porque eles não parecem dispostos a matar ou torturar ninguém...


- Estão fazendo apenas para assustar as pessoas! –Draco deduziu. Harry procurava desesperadamente por Hermione, até que avistou a morena parada sem proteção diante de um comensal.


“Hermione!”. Harry saíra do esconderijo e correra se desviando dos raios e feitiços em direção a Hermione. Esta parecia mais nervosa do que nunca. Draco ao notar para onde Harry corria tentou fazer o mesmo, mas Gina o impediu.


- Você não pode sair daqui... Se eles te reconhecerem será pior para todos.


 - Eu não posso deixar Hermione sozinha... –ele tentou mais uma vez sair dali.


- Hermione sabe se cuidar!


- Você não sabe do que minha tia é capaz de fazer! –dizendo isso ele correu até a metade do caminho, mas parou ao perceber o olhar de alguém.


 Ao focalizar a porta de entrada, o viu parado observando tudo com uma expressão de puro ódio e indiferença, Lucius Malfoy.


Agora que estava mais perto, Harry escutava o confronto de palavras entre Hermione e Bellatrix.


- Saia de perto trouxa, vamos levar seu querido amigo. –a comensal gritava para Hermione, tentando encurralá-la.


- Não! Me leve no lugar dele. –Hermione disse decidida, percebendo o olhar atento e cheio de receio de Harry sobre ela.


- Se é assim que você prefere... Tudo bem! –dizendo isso a comensal agarrou os punhos de Hermione que lançou um olhar ansioso e cheio de medo a Harry.


 Que tentou fazer algo, porém percebeu que era tarde demais. Elas tinham aparatado. 


 


N/A: TO CARENTE DE COMENTÁRIOS (AUTORA TRISTE!) EU NÃO ME PRONUNCIONO ATE QUE ESSES COMENTARIOS SEJAM DIGINOS DOS LEITORES DE ARTE DA SEDUÇÃO!!!!!! Estou rebelde e brava com vocês... Tudo bem que demorei para atualizar, mais vocês estão muito preguiçosos em relação a comentar na fic! Rum... isso magoa tah! Logo postarei um capitulo só com agradecimento a todos os COMENTARISTAS da fic! BjOoO Nety Granger

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