A Final



Chegara o grande dia da final da Competição de Quadribol de Hogwarts. O jogo seria entre a Grifinória e Sonserina, algo que marcaria cada vez mais a rivalidade da casas, assim como a rivalidade entre seus fundadores Godric Gryffindor e Salazar Slytherin.
Ambas as torcidas estavam muito animadas e como era de costume dos sonserinos implicar com os alunos das outras casas, eles usavam camisetas como uma caricatura de Harry onde se lia a frase ‘’Potter Podre’’ e a caricatura de Harry despencava de uma vassoura a toda hora, como as típicas fotos que se mexem. Os grifinórios e grifinórias também estavam muito animados e confiantes na vitória da sua casa, mas alguém na torcida estava completamente desconfortável toda coberta de roupas vermelhas e douradas: Hermione Granger. Não que ela não gostasse das cores da Grifinória ou que não gostasse da casa. O problema é que ela se sentia desconfortável torcendo para Harry! Passavam pela sua cabeça que era hora da Sonserina ganhar o jogo e se imaginava na torcida da Sonserina vestida de verde e prata.
--- Não seja idiota Hermione Granger! – disse batendo na própria cabeça assustando Gina que estava a seu lado.
--- Que foi Mione? Algum problema?
--- Não Gina, nada.
--- Eu tenho certeza como o Harry apanha o pomo antes do Draco! – Dizia Rony animado atrás das garotas com uma enorme camisa vermelho-escarlate com uma estampa de um leão em dourado.
--- Apostas, apostas, façam suas apostas! – Berravam Fred e George com suas tradicionais apostas.
--- De novo essa história de apostas? – Gina reclamava com a mania dos irmãos de inventarem apostas pra tudo.
--- Isso mesmo cara irmãzinha! – Exclamava Fred mexendo nos cabelos vibrantes da garota.
--- 3 sicles pratas para apostar que o Draco caíra da vassoura nos cinco primeiros minutos de jogo. 7 sicles de prata para apostar que o Draco caíra sentado no centro da arena. 10 sicles de prata para apostar que nós jogaremos um balaço na cabeça do Draco...
--- E um galeão de ouro para apostar que o balaço arrancara a cabeça do Draco! – Disse Fred completando a explicação de George.
--- CREDO! – Berrou Gina com uma cara de nojo.
--- Fred, George, Olívio está nos chamando. – Chamou a figura de Harry no meio da multidão vestindo as roupas de quadribol da Grifinória.
--- O chato do Wood de novo! – reclamava Fred.
--- Temos que ir senão que irá arrancar a cabeça do Draco com um balaço?-- Disse George animado cutucando o irmão e rindo.
--- O que? -- Perguntou Harry espantado.
--- Nada Harry, maluquice desses dois!
--- Valeu por me explicar Gina! – e observando Hermione, Harry perguntou – Algum problema Mione?
--- Hã? Ah, nada Harry! Boa sorte!
--- Obrigado. Vamos rapazes. – E Harry saiu seguido por Fred e George que comentavam como iriam arrancar os membros de Draco.


Na tenda que abrigava os jogadores sonserinos havia um clima de tensão no ar.
--- Draco? – perguntava Marcos Flint.
--- Que foi Flint?
--- Seu pai está aqui e quer falar com você.
--- Meu pai?
--- Sim Draco – respondia uma voz fria que Draco logo reconheceu – seu pai está aqui.
--- Papai?
--- Queria falar com você antes do jogo começar.
--- Não tenho nada a falar com você. – Draco imediatamente se levantou de sua cadeira.
--- Ora vamos Draco. Isso são modos de falar com o seu pai? – e fazendo sinal para Flint e os outros jogadores saírem foi interrompido brutalmente por Draco.
--- Não mande os sair! – e Lúcio e os outros jogadores olharam intrigados para ele. – Tudo que o senhor precisar falar pode falar na frente deles, afinal se o senhor não se esqueceu somos ainda um time. – e deu um sorriso debochado que irritou Lúcio.
--- Ora, seu insolente! Como ousa...
--- Como ousa o que pai? – Draco aumentara seu tom de voz – Agora vens aqui me dar lição de moral?
--- O que é isso? – Lúcio já estava vermelho de raiva.
--- Estou cheio de receber suas ordens pai. Eu antes queria chegar a final para jogar com o Potter para lhe provar que eu sou capaz de derrota-lo, mas agora jogo por outro motivo, e o senhor sabe qual é? Provar pra mim mesmo que eu posso conseguir o que eu quero. Não me preocupo com o que senhor pensa de mim, porque eu não preciso da sua opinião!
Draco deixara todos que estavam presentes naquela tenda completamente extasiados com o que ele acabara de dizer. Ele nunca teria coragem de dizer aquilo para seu pai na frente de tanta gente, mas naquela, subitamente, a imagem de Hermione lhe veio na cabeça lhe dando uma coragem que Draco não conhecia, e agora ele se sentia incrivelmente mais leve.
--- Draco, acho que a Madame Hooch já tocou a sineta para convocar os jogadores. É melhor irmos. – arriscou Flint para acabar com o silêncio mórbido que reinava no lugar.
--- Já vou Flint. – e pegando a sua vassoura ele rumou até a saída atrás dos demais jogadores, mas teve o braço agarrado por Lúcio.
--- Vamos ver se você ainda vai manter essa posse de independência quando perder esse jogo.
--- Vá para o inferno! – e saiu deixando um Lúcio furioso lá dentro.


--- AS REGRAS SÃO CLARAS E A CASA DE DESOBEDECE-LAS PERDERA 100 PONTOS! – Explicava Madame Hooch.
--- Harry! Harry! – sussurrava Fred para Harry.
--- O que?
--- Olha quem está la embaixo. – Harry olhou para baixo e viu Cho vestida com um vestido bege e um cachecol nas cores da Grifinória.
--- Olha só George, o Harry já tem namorada!
--- Cala a boca Fred! – Harry estava vermelho com o que Fred dissera, nunca pensou que Cho fosse torcer para ele. A garota o viu e acenou para ele o que fez Harry quase cair da vassoura.
--- Cuidado Potter! – Draco segurou o braço de Harry impedindo que este caísse.
--- Obrigado...— e só depois Harry se tocou que Draco tinha lhe ajudado e ficou pasmo -- ...Malfoy...
--- Tome mais cuidado. – Draco não fez nem uma piadinha com Harry e saiu deixando Harry mais pasmo ainda.
--- OK...
--- É impressão minha ou o Malfoy acabou de te salvar? – perguntava George completamente desorientado.
--- Acho quem precisamos de óculos! – Fred também estava confuso.
--- Não foi ilusão, muito menos precisamos de óculos. O Malfoy realmente me salvou...
E antes que Harry e os gêmeos pudessem encontrar alguma resposta para o ato surpreendentemente heróico de Draco, Madame Hooch deu o sinal que o jogo iria começar.
O jogo foi muito mais complicado que o de Grifinória vs. Lufa-Lufa e Sonserina vs. Corvinal. Marcos Flint e Olívio Wood pareciam estar em uma guerra do que em uma partida de quadribol, esqueciam de lançar as goles, de prestar atenção nos balaços que voavam por todo o lado, a única coisa que faziam era lançar olhares mortíferos um para o outro. Era tanta falta de atenção que nem notaram o desaparecimento de Draco e Harry.
Draco e Harry não tinham sumido exatamente, estavam a uns 50 metros do chão (quando o máximo do quadribol eram 30 metros) no meio de nuvens de neblina negra, ambos procuravam o pomo que parecia ter desaparecido, até que voando em linha reta os dois quase bateram as vassouras.
--- Mais cuidado Potter!
--- Me desculpe. Você está vendo alguma coisa nessa neblina?
--- Nada de pomo. Devemos estar muito longe do solo, porque lá de baixo não dava pra ver essas nuvens.
--- É difícil se mexer aqui em cima... – antes que Harry concluísse seu pensamento uma coisa muito rápida passou raspando no rosto de Draco, algo com um reflexo dourado que iluminou por um estante a escuridão macabra que parcialmente envolvia os garotos.
Os dois se olharam e rumaram em uma velocidade extrema para o pequeno objeto dourado. Draco e Harry estavam voando lado a lado e derepente sem ver para onde iam bateram em um baque em uma nuvem dura e fria e caíram de suas vassouras. No ar ainda puderam ver a coisa dourada perto deles, caíram por muito tempo e quanto ficaram visíveis a platéia, fizeram esta gritar de terror, os jogadores que estavam no ar tentaram evitar o choque dois com o solo, mas era tarde. Por sorte o prof. Snape sacou sua varinha e conseguiu mante-los a dois metros do chão por uns 30 segundos, mas depois não agüentando os soltou e os dois caíram no chão. Por um instante reinou um silêncio assustador na arena e ainda conseguindo se mexer Draco abriu a mão e lá estava o pomo de ouro amassado entre o punho do garoto durante a queda e quase sem fala Madame Hooch declarou:
--- VITÓRIA...DA SONSERINA!

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