A obsessão de Pansy



--- Não pode ser ela. Por que ela faria uma coisa dessas? Tá certo que ela é uma sonserina, mas chegar a ponto de...
--- Hermione, Pansy é obsecada por mim e, bem, o Crabbe contou a ela que eu te beijei e...
--- O CRABBE CONTOU A PANSY?
--- Contou.
--- E COMO DIABOS O CRABBE SABIA?
--- Er...eu acho que contei a ele...não me lembro...
--- VOCÊ É UM IDIOTA POR COMPLETO MALFOY! POR SUA CULPA LEVEI UMA BRONCA DA PROFESSORA MINERVA E AINDA BRIGUEI COM A GINA! TUDO CULPA SUA! – Hermione estava explodindo em cólera, mais vermelha que os cabelos de Rony.
--- Calma Granger! Agora temos que ir atrás da Pansy, porque eu tenho certeza que ela não vai parar por ai. Faz pouco tempo que eu sai das masmorras então é melhor irmos logo.
Hermione sentia que estava contrariando seus pensamentos, seus ideais, mas também se via obrigada a ir atrás de Pansy, então depois de três longos segundos refletindo ela seguiu Draco.
--- Que lugar frio! – exclamou Hermione correndo pelo corredor ao lado de Draco em direção ao salão da Sonserina que era localizado nas masmorras a parte mais sombria de Hogwarts, ‘’mas até que combina com o temperamento dos sonserinos’’pensou.
--- E você ainda diz que a Sonserina é a casa que possui mais privilégios em Hogwarts! – Draco dizia em um tom de sátira e um bom-humor que deixava Hermione cada vez mais raivosa. – Experimente dormir em um lugar assim e você vai rezar para ter aulas de 24 horas de duração com Snape em troca de um cobertor!
--- Nossa! – Hermione estava com um sorriso nascendo no canto de seus lábios e Draco percebera.—Você acha que a Pansy ainda está ali?
--- Não sei, vou olhar. – Draco chegara perto do quadro que guardava a entrada do dormitório e disse uma senha assombrosa.—Voldemort.
Hermione não poderia acreditar que a senha era o nome de Você-Sabe-Quem, enquanto a da Grifinória era Suco de Abóbora!
--- Cuidado Draco.
--- Fique aqui, eu vou dar uma olhada se a Pansy está ali. – O garoto deixou Hermione sozinha e entrou no quarto escuro um pouco iluminado pela lua e um castiçal com fogo verde quase apagado. O Salão Comunal da Sonserina era muito mais sombrio do que Hermione pensava. As paredes eram negras, as cortinas eram verdes com cobras prateadas que se mexiam, quadros de batalhas e muito sangue e um quadro assustador do Barão Sangrento, fantasma da Sonserina, no alto da parede com um sorriso maléfico.
Assim que Draco entrou Hermione não se aguentou e foi atras dele, ele estava a uns 1,30 de distância dela quando Crabbe pulou entre os dois e jogou um castiçal na cabeça de Draco.
--- Windgardium Leviosa! -- Gritara Hermione apontando sua varinha para o castiçal de prata a poucos centímetros da cabeça de Draco.
--- A GAROTA GOYLE! PEQUE A GAROTA! – Gritava Pansy em cima de uma poltrona preta no canto da parede apontando para Goyle que estava escondido atras da porta.
--- Eu já vou Pansy! – Goyle agarrou Hermione com os braços para trás antes da garota pensar em fugir.
--- ME LARGA! – Gritava Hermione tentando chutar as canelas de Goyle.
--- SOLTA ELA! – Draco gritava agora tentando se livrar de Crabbe com um soco que acertou o olho esquerdo do garoto que caiu como uma pedra no chão. Draco agora avançava sobre Goyle e dando lhe um olhar furioso fez o garoto soltar Hermione, mas foi surpreendido com Pansy batendo em suas costas com a Firebolt de Marcos Flint, o capitão do time de Quadribol da Sonserina.
--- PARA COM ISSO PANSY! – Gritava Hermione ao mirar as costas de Draco banhadas em sangue. – VOCÊ VAI MATA-LO!
--- É ISSO QUE EU PRETENDO SANGUE-RUIM! SE O DRACO NÃO PODE SER MEU ELE TAMBÉM NÃO PODE SER SEU! – Draco agora caiu de joelhos no chão ferido pelos golpes de Pansy, estava tão machucado que não conseguia se levantar.
--- O QUE ESTÁ ACONTECENCO AQUI! – Uma voz fria e gelada vinha de trás de Pansy, e esta imediatamente parou de golpear Draco quando viu s figura de Snape saindo do dormitório masculino da Sonserina.
--- Professor? – a garota estava completamente pálida, os cabelos negros da garota contrastando com sua pele mostrava o quanto ela estava branca e nervosa. – o que ... o S-senhor faz a-aqui?
--- Vim conversar com Flint que fora ferido no jogo contra a Corvinal e ouvi esses barulhos – ao mirar a camisa de Draco Snape olhou para Pansy com um olhar tão assombroso que a garota deixou cair a vassoura – O QUE É ISSO PARKINSON?
--- ELA QUASE O MATOU! – Gritou Hermione ainda muito assustada colada na parede.
--- E você – Snape agora que tinha se dado conta da grifinória na sala – o que faz aqui Srta. Granger? – Perguntou em um tom arrogante
--- Ela...veio comigo...professor. – Dizia Draco sem fôlego ajoelhado no chão com as mãos nas costas – eu pedi para ela vir...comigo...
--- E por que você pediu isso? – Agora Snape examinava as costas de Draco – por que chamou a Srta. Granger para vir aqui?
--- Porque Pansy enfeitiçou Neville Longbotton...e ele trouxe problemas para ela...então eu a trouxe aqui para interrogar Pansy...
--- E por que não me avisou isso?
--- Porque eu ainda tenho meu orgulho, professor. – Draco encarava Snape com um sorriso nascendo nos lábios.
--- Muito bem. Granger leve Draco para a Madame Pomfrey – e voltando para Pansy disse --- eu cuido da Parkinson.
--- Claro professor. – Hermione levantava Draco com a camisa banhada em sangue e saíram do Salão.
--- Você está com problemas Parkinson, com sérios problemas. – e pegando no braço da garota a puxou – venha comigo.
--- Mas e o Crabbe e o Goyle? Eles também devem ser castigados! – Dizia a garota tentando implementar um fio de confiança em sua voz.
--- Eles não sairão daqui -- e olhando para Crabbe desmaiado e Goyle tremendo na parede concluiu – Tenho certeza.


Na enfermaria de Madame Pomfrey:
--- Você poderia ter se matado garoto! – Dizia preocupada Madame Pomfrey, que apesar de não gostar muito de Draco sabia da dor que o garoto sentia por seus ferimentos.
--- Você acha que ele vai ficar bem? – Perguntava Hermione com a voz trêmula e esperando uma resposta positiva de Madame Pomfrey.
--- Claro, Hermione. Foram cortes superficiais e posso cura-los com uma pomada de urtiga roxa que comprei em Hogsmeade. – E saiu em busca da pomada.
--- Pomada de urtiga roxa? Você não pode resolver isso Granger? – Dizia Draco aparentemente preocupado com o fato de Madame Pomfrey querer passar uma pomada de urtiga em suas costas.
--- Bem, eu posso sim, mas...o que você tem contra a pomada de urtiga roxa? Eu li que elas tem um ótimo poder curativo melhor do que qualquer feitiço de cura!
--- Pode até ser, mas quando eu tinha 6 anos minha mãe me encheu de pomada de urtiga roxa e eu fiquei da grossura do braço do Goyle e me coçando por três semanas!
--- Uau – espantou-se Hermione – Nesse caso. – E pegou sua varinha e murmurou um feitiço que fez com que sangue das costas de Draco se estancassem e as feridas desaparecessem.
--- Obrigado. – Hermione se espantou com Draco, nunca o ouvira dizendo obrigado a ela antes.
--- O que disse?
--- Obrigado. – e olhando nos olhos dela não entendeu o espanto da garota – o que foi?
--- Eu nunca ouvi você agradecendo por algo antes, muito menos pra mim.
--- Ora vamos, Granger. Você se deu ao trabalho de me curar, então creio que merece agradecimentos. – a garota corou e olhou para Draco por uns 30 segundos e percebeu algo estranho no ar.
--- Ah, acho melhor irmos antes que Madame Pomfrey volte com a pomada de urtiga roxa, não acha.
--- Claro. – e Draco se levantou da cama e acompanhou Hermione até a porta.
--- Bem eu já vou indo para a torre da Grifinória e...tenha uma boa noite.
--- Obrigado...Hermione. – e lhe acenou enquanto andava em direção contrária a ela para as masmorras onde ficava o Salão Comunal da Sonserina.


Fazia dois dias desde o acontecido no Salão Comunal da Sonserina envolvendo Draco, Hermione, Pansy, Crabbe e Goyle. Hermione que estava tomando café ouviu uma conversa entre Simas e Dino e se aproximou discretamente para ouvir.
--- Dizem que a Parkinson quase quebrou uma vassoura nas costas do Malfoy! – dizia Simas empolgado.
--- E Hermione, o que estava fazendo lá? – perguntou Dino curioso.
--- Bem, Ernie da Lufa-Lufa diz que Malfoy e Hermione tem um caso e quando Pansy flagrou os dois aos beijos se enfureceu. Todos sabem que ela é louca por ele e não suportou ver Hermione agarrada com Malfoy então... – Antes de Simas poder terminar, Hermione se levantou com fúria derrubando o café por toda a mesa e gritando:
--- EU NÃO TENHO UM CASO COM O DRACO MALFOY!!!
--- Hermione eu... – Simas não sabia o que dizer, estava completamente desconcertado, mas para as sua sorte Gina chegara naquele momento.
--- Hermione?
--- Gina? O que...
--- Preciso falar com você. Agora.
Hermione deixou Dino e Simas olhando com uma cara brava para eles e seguiu Gina até a porta do Salão Principal.
--- O que foi Gina?
--- Bem, eu queria te pedir desculpas. O Neville me contou que não se lembrava de nada e me contaram que foi a Pansy que enfeitiçou ele. Me desculpe por duvidar de você Mione. – Gina estava claramente arrependida pelo acontecido.
--- Não se preocupe Gina. – e abraçou a amiga – Eu te perdoarei sempre!
--- Que bom Mi. – e ainda abraçada com a amiga perguntou – Você sabe o que aconteceu com a Pansy?
--- Não, o que?
--- Três semanas de suspensão!
Com essa notícia Hermione vibrou de alegria, afinal Pansy merecia isso e muito mais!

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