A Casa Perto do Lago.



Capitulo – 10 –




A Casa Perto do Lago.




Gina se espreguiçou demoradamente um pouco antes de abrir seus olhos. Suas pálpebras demoram a se erguer, agindo com a mesma lentidão do resto do seu corpo.

Virou seu rosto em direção a outra cama vazia, e por sinal muito bem arrumada. O leito que Hermione ocupava quando estava na Toca.

Gina fez uma careta quando viu as horas, se amaldiçoando por acordar um pouco mais tarde do que pretendia.

De um salto levantou-se despertando totalmente. Em seguida fez sua higiene pessoa, e desceu as escadas para tomar café da manhã.

Molly estava entretida com seus afazeres diários, quando a caçula dos Weasley’s sentou-se a mesa para fazer seu desjejum. Gina questionou sua mãe antes de receber o caloroso bom dia de sempre, de certa a ruiva não podia esperar, seus planos para o aniversário do namorado eram de grande importância.

- Mãe, aonde esta Hermione? – perguntou a garota com a voz irritadiça.

- Saiu com seu irmão querida! – disse sua mãe de forma displicente, conjurando mais água quente e sabão para as panelas que estavam sendo lavadas.

- Ah! Mais é claro! Eu viraria o elfo doméstico da Fleur se Hermione estivesse por aqui ainda! – disse Gina aborrecida, gesticulando sem parar. - Nossa não sei como ela consegue viver grudada o dia todo com a ameba do... Digo Rony.

Molly reparou, desde o primeiro instante, que Ginevra parecia elétrica demais para uma manhã normalmente plácida de férias, e sabia bem o porquê.

- Gina! Não fale assim do seu irmão, você deveria estar feliz por eles terem finalmente parado de brigar... E bem, se entenderem de vez não é? – afirmou Molly sorridente vendo mentalmente a cena de Rony saindo cedo com Hermione, os dois encabulados, de forma típica como recém namorados.

- Se entenderem é uma coisa, mais não se desgrudarem por um minutinho é outra! – Gina estava mais que entediada. Queria viver, queria lutar, ver flores nascendo, passear de mãos dadas com o seu namorado, ver as pessoas felizes, levando suas vidas com normalidade.

Mas as coisas estavam de ponta cabeça, e ao contrario de tudo que havia de bom o cheiro que pairava em todos os lugares do mundo era de medo e morte.

Gina amarrou a cara. Cruzou os braços e olhou chateada para o delicioso mingau de aveia servido por Molly.

Depois de alguns minutos em silêncio a ruiva concluiu que não adiantaria ficar chateada e, por cima, com fome.

Ainda ressabiada começou vagarosamente seu desjejum. Molly sorriu de leve ao ver a filha se servir novamente, mesmo que o rosto da garota não disfarçasse o seu desapontamento.

- Mamãe. – Disse Gina longe. – Precisa que eu ajude em alguma coisa?

- Não querida obrigado, já estou terminando, logo mais Fleur e Gui vão passar aqui para acertar os últimos preparativos para o casamento. Já acertamos quase tudo, pode ficar tranqüila. – Molly anuiu recolhendo a tigela vazia da mesa.

Gina levantou-se, saindo da mesa. Dirigindo-se até a janela da cozinha, fazia uma bela manhã, refletiu ela, mas seu coração não parecia tão esplendoroso.

Pensou em como Rony e Hermione estavam se divertindo juntos todos esses dias, já que finalmente estavam passando um bom tempo juntos sem brigarem.

Seu estômago balançou desagradavelmente ao pensar que Harry acordaria solitário, como sempre acontecia e não tinha absolutamente ninguém para lhe preparar com carinho uma tigela de mingau de aveia.

Quis muito naquele momento aparatar clandestinamente no número quatro da Rua Dos Alfaneiros, como fizera na noite em que se acertou com o rapaz, mas pelo visto teria que se contentar com a simplicidade de enviar uma coruja com suas palavras descrevendo o quanto queria estar nesse momento ao lado dele.

A garota encostou-se ao beiral da janela, suspirando abraçou o próprio corpo, pensativa.

Molly sentiu uma ponta de infelicidade ao ver sua filha tão triste, ela mesmo não conseguia sentir-se plena nesses tempos tão cruéis, mas não havia nada o que fazer de imediato para aplacar esse sentimento, a não ser proteger-se e lutar, cada qual da maneira que podia no momento necessário.

Alguns minutos depois de tanto contemplar a linha do horizonte, Gina se moveu inquieta, soltando o corpo, colocando o rosto para fora da janela demonstrando surpresa. Molly foi até ela para ver o que tinha ocorrido, e também ficou surpresa ao ver a coruja que se aproximava.



***



- Rony! Aqui já esta bom! Por que temos que andar ainda mais? – questionou Hermione de mãos dadas com o ruivo.

- Por que desde que te levei para passear pela primeira vez eu não consegui te levar aonde eu queria! Tenha calma, já estamos chegando. – Alegou Rony sorrindo e levando a mão da namorada até os lábios em gesto de carinho. Hermione sorriu bobamente, nunca estivera tão feliz.

- Mais é claro que não conseguimos chegar aonde você quer me levar! Sempre nos perdemos! – disse Hermione alfinetando Rony em tom de brincadeira.

- Eu não ficaria perdido se você não me confundisse! – falou Rony com docemente.

- Ah! A culpa é minha então? E como eu te confundo? – inquiriu Hermione curiosa e paciente.

- Assim oh. – Demonstrou Rony largando a cesta grande de piquenique sem cerimônias no chão, para enlaçar a cintura da garota e roubar-lhe um beijo acalorado.

Hermione não sabia dizer quanto tempo os beijos de Rony duravam, mas sempre parecia muito pouco, pois ela nunca se sentia satisfeita. Ainda abraçados Rony falou:

- É por isso que eu sempre me perco, e bem... Se você não tem culpa, não sei mais quem tem. – Não eram palavras de ofensa, pois a voz de Rony parecia um violino afinado aos ouvidos da namorada.

- Rony, eu, nem sei o que dizer. - Começou Hermione amorosamente como se estivesse derretendo aos poucos nos braços do namorado.

- Vem Mione, já estamos perto, depois prometo que você pode descansar bastante. – Afirmou o ruivo pegando a cesta de piqueniques do chão com uma mão e com a outra envolvendo a mão macia de Hermione.

- Se nos perdemos dessa vez, a culpa vai continuar sendo minha? – perguntou ela feliz, soltando a mão do namorado, abraçando a cintura dele para se encaixar de baixo de seu braço.

O ruivo nem respondeu, só meneou a cabeça e aceitou o abraço vindo de Hermione.

A morena só queria estar com Rony, e quanto mais perto, melhor. Precisavam tanto desses momentos de felicidade para continuar acreditando que o mundo valia a pena por toda a luta que estava acontecendo, que resolvera viver todos os dias cada um deles da melhor forma.



****



- Por acaso esta esperando correspondência Gina? – questionou Molly.

- Eu ia perguntar a mesma coisa mamãe. – Retorquiu Gina encarando a ave marrom que crescia com a proximidade.

A ave chegou à janela, Gina e Molly tiveram que recuar com rapidez, antes que o pássaro colidisse com seus rostos surpresos.

A coruja entrou na Toca e pousou sobre a mesa de jantar, Gina e sua mãe foram ao mesmo tempo de encontro à mensageira de penas, mas a espécime só deixou Gina se aproximar do envelope.

A matriarca Weasley levantou a varinha e com um aceno rápido tocou a entrega, que não se alterou.

Ficou aliviada ao detectar que a carta era segura para ser aberta, e feliz por ver a caligrafia forçosamente caprichada estampada no envelope com os seguintes dizeres:


De: Harry James Potter
Para: Ginevra Molly Weasley.



A garota abriu os lábios generosamente, e Molly fez o mesmo de volta.

- Bem querida, já que a correspondência é para você, vou verificar se as roupas secaram, eu já volto! – na intenção de deixar a filha menos embaraçada com a carta que recebera, Molly se retirou do aposento saindo para o quintal irregular da Toca.

Gina aproximou o envelope do peito, o apertando como se fosse símbolo máximo de carinho por parte do namorado, dois segundos depois pensou, não havia nada mais imbecil do que abraçar um pedaço de papel, mas na falta de Harry não parecia tão ridículo assim.

Entusiasmada abriu rápido sem cuidado, rasgando a embalagem para chegar ao que interessava: As palavras do moreno.


Gina.


Como pode notar Edwiges não esta disponível para me ajudar com a correspondência nesse momento, por isso usei o serviço de outra coruja, espero não ter assustado ninguém por ai com isso. Espere por uma surpresa.

Harry.




Gina terminou de ler a carta, relendo-a mais três vezes.

Simples linhas, escritas sem jeito, estamparam um sorriso luminoso no rosto de Ginevra.

Nem uma seqüência de catástrofes poderia apagar a felicidade inquietante que a ruiva sentia naquele momento.

Sua mãe retornou a cozinha carregada de roupas. E Gina não reparou que momento a coruja havia partido.

- Está tudo bem com Harry querida? – Inquiriu Molly matreira.

- Acho que sim mamãe. – Supôs Gina mantendo o semblante bobo, próximo ao efeito de uma pancada forte no topo do cocuruto. Seus olhos mel vagaram distantes pelo horizonte exposto pela janela mais uma vez, imaginando o que Harry estava aprontando.

Mas manteve-se dividida entre a aflição e a curiosidade.

Eram tantos pensamentos, tantas considerações que demorou mais tempo do que deveria para Gina perceber que deveria esperar, e se não se acalmasse ficaria a mercê de um colapso nervoso, tamanha a ansiedade.

Poderia estar enganada, mas seu coraçãozinho feliz e saltitante dizia que deveria subir e se preparar para um belo dia, e foi o que Gina fez.

- Mamãe. Tem certeza que não vai precisar de mim? Queria ir para o meu quarto. – Enunciou a ruiva animada, não conseguia esconder sua euforia nem que sua vida dependesse disso. A mudança brusca de humor de Gina deixou Molly mais esperançosa de ter um bom dia em seu lar.

- Não querida, pode subir, se me fizer o favor de levar as roupas de Hermione e de Rony, já seria de grande ajuda.

- Claro mamãe. – Gina pegou uma imensa pilha de roupas nos braços, e nem reclamou do peso, como sempre fazia.



***



- Pronto, chegamos. – Apontou Rony satisfeito.

- Ron, é maravilhoso! – Admitiu Hermione recostando em uma árvore de tronco largo estufada de folhas verde oliva com raízes grandes.

- Sabia que você ia gostar, por isso insisti tanto. – Respondeu o ruivo, abrindo a cesta de piquenique para esticar uma toalha xadrez de branco e vermelho.

A morena fitava o local em um misto de curiosidade e alegria. O visual era agradável ao extremo, o ar campestre lhe deixava leve, e a companhia de Rony deixava tudo perfeito.

Rony terminou de ajeitar a toalha de piquenique, colocando sobre ela guloseimas sortidas que trouxe na cesta. Sua namorada rodeou a arvore, passando a mão pelo tronco firme, sentindo a textura irregular e áspera da casca da árvore.

De pé, depois de ter analisado o monumento natural antiquíssimo, ela avistou ao longe um lago, e mais a frente uma casa, de construção simples, mas charmosa, com um colorido chamativo que vinha de um quintal repleto de flores diversas, de tamanhos distintos.

Tudo ao redor da garota e de Rony lembrava um belo cartão postal.

Hermione estava tão feliz que simplesmente pensava em fazer um estoque de todo esse sentimento, caso precisasse doar a alguém o tanto que lhe era sobressalente.

Mas sua natural astúcia despertou seu lado curioso para outro aspecto: se havia uma casa ali, significava que mesmo um tanto distante, os Weasley’s tinham vizinhos.

- Rony, tem uma casa ali. – Falou Hermione, em um impulso quase infantil.

O ruivo afirmou meneando a cabeça, para em seguida sentar-se confortavelmente na grama fofa e morna dos raios solares, se encostando fadigoso na arraigada arvore anosa recebendo a sombra por proteção.

Com um divertido olhar, ele abriu os braços para que a namorada se sentasse entre suas pernas e ficasse entre seu abraço.

- Por que nunca me disse que tinha vizinhos? – Quis saber a garota.

- Por que você nunca me perguntou! – Isso Hermione não poderia contestar. - Mesmo assim, - prosseguiu ele. - Essa é a única casa além da nossa por aqui. Fred e Jorge já checaram. Acho que até hoje eles são um pouco decepcionados com isso! Sem vizinhos por perto, ou sem contato com o único que temos, não restava outra alternativa além da família para atormentar nas férias! – disse ele sentindo a pressão calorosa que Hermione causava em seu peito ao encostar-se, encaixando-se entre suas pernas recebendo o seu abraço.

Ficar junto da garota dessa maneira, tão inocente, não tornava menos tentador os seus pensamentos nada puritanos.

- Há muito tempo Fred e Jorge me trouxeram aqui, uma ou duas vezes no máximo. Eu jamais me esqueci do caminho. Depois os gêmeos começaram a se interessar mais por desenvolver os seus próprios logros, e Gina nunca gostou muito de me acompanhar em passeios. Então ficou difícil de vir passear por esses lados. Quando vi você chorando pela ultima vez me toquei que precisava te mostrar esse lugar mais que tudo.

- Obrigado por me trazer aqui Ron. Esse lugar é incrível!

- Eu pensei muito antes de lhe trazer aqui e no que eu diria, mas agora... Eu não preciso mais ensaiar, é só eu e você e ponto.

Era como se depois de tantos anos de desentendimentos e erros precisavam confirmar um para o outro que toda ação tem uma reação e que todas as brigas que tiveram aconteceram para que eles pudessem fazer as pazes de uma vez só.


- Eu quero te dar uma coisa. Só peço que você não faça pouco. – Discursou o ruivo para a namorada.

Hermione ficou tão surpresa quando viu a caixinha de veludo vermelho em forma de coração que soltou um gritinho levando uma das mãos a boca, e na outra continuou segurando com espanto o presente.

Quando ela abriu viu duas grossas alianças e seu sorriso resplandeceu sua felicidade.

- Ron! São lindas! Merlin! Eu... Eu... Não acredito! São perfeitas, eu adorei! – Afirmou ela quase as lágrimas de tanta felicidade.

- Que bom que você gostou. Como escolhi sozinho, eu fiquei na dúvida de qual comprar. Ai foi simples: vi qual eu escolheria primeiro, e levei as outras duas que estavam do lado, pensando que provavelmente seriam as alianças que mais tinham haver com o seu gosto, por tanto as que você escolheria. – Enunciou ele animado pela reação da garota.

- Com as alianças Mione espero que você compreenda qual é o tipo de compromisso que eu quero para nós dois desse momento em diante. – Rony estava muito seguro do que falava, embora seus pavilhões auditivos ainda se tingissem de vermelho escarlate apreensivos com a resposta que receberia.

- Sim, eu acho. Você esta oficializando o nosso namoro não é? – Ela quis confirmar, mas Rony negou com a cabeça ficando muito sério.

- Se não é isso, o que é então? – A garota praticamente balbuciou as palavras temendo. Um segundo depois ela havia adquirido uma tonalidade próxima ao branco neve, sentindo seu estômago despencar vertiginosamente até o dedão do pé.

- Por que eu te pediria em namoro se eu quero passar o resto da minha vida com você? – Ele disse, ponderando se não escolhera seriamente as palavras erradas quando Hermione se levantou com velocidade. Pela careta estranha dela a garota parecia prestes a enfartar.

– Se você ainda não percebeu Mione, - ele se levantou também para encará-la ainda mais nos olhos. - Isso é um pedido de casamento! – Não houve um modo mais suave ou mais apropriado de Hermione lhe escutar antes de cair por terra inconsciente na grama, e mesmo que ela tenha conseguido registrar as palavras, desmaiar foi à única coisa que a morena fez depois do pedido de Rony.



***



- Esta na hora Draco. Levante-se. – Sem nenhuma delicadeza Severo Snape sacudiu os ombros do rapaz loiro que ressonava com a boca semi-aberta.

Draco despertou imediatamente. O rosto de Snape parecia um borrão de massa branca, envolto por uma cortina negra e brilhosa. Demorou alguns segundos até que os traços do homem a sua frente entrasse em foco e ele compreendesse que era hora de se levantar e partir novamente.

Com rapidez os dois se preparam para deixar mais um esconderijo. Draco já havia perdido as contas de quantos locais já havia pernoitado, no entanto, estava quase se habituando a vida clandestina, o que não o agradava era o modo simples e desgastante de viver ao qual toda essa saga lhe trazia.

Com o raiar do sol os dois saíram sem ao menos trocar uma palavra. Severo guiava Draco, e o rapaz aprendera a não questionar absolutamente nada no modo com que o professor de poções conduzia a jornada de ambos.

- Pronto para tomar a sua poção? – Perguntou Snape seco.

- Claro, mais que pronto! Afinal não há nada mais revigorante como desjejuar um delicioso emplastro sabor lama podre bem cedo assim! Logo pela manhã. – Motejou o rapaz.

Draco realmente amadurecerá em alguns pontos, entre tanto alguns velhos hábitos permaneciam como suas características e reclamar era um deles.

Como pratica diária, Snape passou a ignorar deliberadamente algumas atitudes de Draco com o intuito de desencorajá-lo, mas percebeu que era em vão.

- Se lhe conforta eu também tenho aversão ao gosto da poção, por tanto nenhum de nós esta feliz com o café da manhã. Acho que não é necessário repetir todas as manhãs que a poção tem uma duração mais impressionante se ingerida em jejum não é Draco? – Ressaltou Snape devolvendo a ironia.

- Não, não é preciso. – Respondeu o loiro mau humorado.

- Muito bem. – Devolveu Snape.

Draco retirou seu frasco do bolso da veste e tomou de um gole só toda a sua poção. Porém Snape tomou a sua poção bem vagarosamente, quase em câmera lenta. Ao terminar de tomar a substância Draco já estava transformado, e sibilava muitos impropérios ao notar a sua nova aparência.

- Lembre-me de matar Olivaras se caso alguém não fizer isso. – Draco proferiu entre dentes. - Fazer poção polissuco com os restos de cabelo de trouxas misturado é no mínimo degradante! Olha só no que me transformei? – Snape compartilhava do mesmo pensamento, e se tivesse senso de humor teria rido imediatamente da aparência de Draco. Mas não o fez, ambos estavam em pé de igualdade no quesito de quem poderia ser mais ridículo.

Severo estava com o mesmo traje preto de sempre, embora as vestes estivessem apertas por alguns quilos a mais. Seus cabelos permaneceram pretos, mistos com alguns fios brancos, cacheados, e muito cheios.

Quem o olhasse a distância teria a impressão de que ele era um microfone pelo formato do corte. As sobrancelhas juntavam-se em uma só, de tão cumpridas e espessas, seu nariz e o maxilar eram muito próximos aos traços de um castor.

A pele, ele podia sentir, estava muito enrugada, e o cansaço excessivo que sentiu demonstrava que a sua aparência era de mais ou menos uns sessenta anos de idade pelo menos. Graças a Merlin ele ainda poderia ser chamado de senhor, ao contrario de Draco que adquirira a fisionomia de uma garota.

A primeira coisa que Draco fez depois de ajeitar suas vestes foi pentear os longos cabelos castanhos. Olhou-se no mínimo três vezes no espelho para se certificar de que não tinha nada próximo a seios, o que já era lá algum conforto. Mas as sardas em seu rosto transfigurado o incomodavam muito.

Ninguém diria que se tratava de dois homens. Era certo que eles se passariam tranqüilamente aos olhos de qualquer um como um idoso que levava sua neta de dez a onze anos para passear muito cedo.

- Como lhe prometi anteriormente, pernoitaremos hoje em um lugar mais de acordo com os seus gostos. – Snape confidenciou. – Cortesia de seus pais, devo dizer. – Concluiu Severo.

No mesmo instante sem dizer nada, Draco sabia para onde estava indo e não refreou o sorriso. Se o seu palpite estava certo, essa noite ele poderia matar a saudades de se alojar em um local mais de acordo com o seu estilo.








N/A: Hello!

Antes de mais nada, agradeço em especial a minha querida, idolatrada, majestosa, maravilhosa, salve e salve duas vezes, MarciaM.

Miga, sem você eu jamais teria conseguido. Muito obrigado por estar ao meu lado sempre, emitindo essa luz que me da forças para seguir em frente. Merlin sabia que eu seria um desastre maior se não fosse você a me acompanhar nessa longa caminhada da vida.

Graças a você “a casa esta limpa” sem as teias de aranha por enfeite, enfim a minha volta para a fic tem mais gosto de estreia do que de atualização e você me ajudou a promover tudo isso.




Bem, leitores queridos...

(*Mérope protegendo-se atras de um belo e forte escudo mágico, capaz de segurar por algum tempo muitos dos feitiços dolorosos que provavelmente os leitores estão pensando em lançar sobre essa pobre bruxa. )

Muitos problemas, poucas soluções. Essa é a frase que se encaixa na vida de muitas pessoas, inclusive na minha.

Então eu peço desculpa a todos pela demora em atualizar. Viveria só escrevendo se pudesse me sustentar dessa forma, mas, no momento a minha realidade esta longe disso.

Só tenho a agradecer as pessoas que esperaram, que leram e que continuarão a acompanhar a minha fic.



Beijocas,

Até mais.




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Comentários (1)

  • vivi couto

    Olha sua fic ta muito boa, não para de escrever.... E se você quer me matar de ansiedade está conseguindo, onde já se viu, parar a história bem agora?? bom, leitora de plantãoooooo!!! beijinhos e se tiver tempo, leia minha fic.... http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41194

    2011-10-26
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