O Mestre De Varinhas.



Capitulo -7-

O Mestre de Varinhas.

Snape não sabia dizer se estava cansado demais ou se o caminho era mais extenso do que supunha. Mas as instruções eram claras: depois da conversa com Voldemort, teria que se encontrar imediatamente com Olivaras. Em silêncio, Draco caminhava ao lado de Snape, mas seus pensamentos estavam a quilômetros de distância de onde estava se dirigindo. O primeiro a romper o silencio foi o garoto.
- Presumo que nosso esconderijo seja melhor do que o esconderijo do Lorde das Trevas - Draco realmente se importava com isso, não estava acostumado a simplicidade.
-Isso não é importante no momento, porque o nosso novo esconderijo também é provisório - só de observar o garoto Snape sabia de alguns gostos dele. Tratou de arranjar um refúgio simples, mesmo sabendo que o lugar simples que arranjara jamais iria satisfazer os padrões sociais de Draco.
-Draco, você não pode esquecer que não deve tratar a sua mãe e principalmente a sua tia de forma diferente, lembre-se que elas não têm a menor idéia do que está acontecendo, e sua tia botaria tudo a perder com o maior prazer se desconfiar de algo. - Snape não parava de revisar mentalmente seus afazeres, para isso teria que se certificar que o loiro também não cometeria nenhum erro. O rapaz não gostou da observação.
- Sou inteligente suficiente, não preciso dessas recomendações tão óbvias
- Eu não tenho dúvida de que você é inteligente, Draco. Mas os anos que passei como seu professor me fazem lembrar que cautela não é o seu forte - Snape tocou em um ponto delicado para Draco e ele sabia disso. O menino não aceitava dicas e críticas com tanta facilidade.
-Touché, mestre - disse Draco com desdém - O que anos da sua vasta experiência profissional lhe ensinaram sobre mim? - perguntou o loiro debochado.
- Quer exemplos? Tudo bem! Vamos lá: Perder pontos para a sua casa por estar fora da cama atrás de alguma coisa que incriminasse Potter no primeiro ano, tentar lançar uma maldição imperdoável nele por flagrar você conversando com Murta, sem contar a imitação patética de dementador a qual você também expôs seus amigos a punições e ao ridículo, sem mencionar com detalhes todas as vezes que você e o idiota do Potter andaram se provocando por toda a escola. Quer que eu continue? – Snape olhou para Draco com umas das sobrancelhas arqueadas em sinal de desafio. Draco soltou o ar mostrando que não estava contente com o que acabara de ouvir.
- Não sou uma pessoa tão medíocre assim. A idéia da imitação do dementador não partiu de mim, foi de Pansy, eu só achei que seria divertido ver Potter despencar de novo da vassoura – falou Draco se justificando para Snape.
- Falaremos sobre isso com um pouco mais de calma quando fomos para a Alemanha – disse Snape.
- Alemanha? –questionou Draco – Meu pai tem algumas propriedades bem interessantes por lá – Snape não pode deixar de perceber uma nota de ressentimento na voz do garoto ao falar do pai. Mas deixou o assunto morrer. Parou abruptamente olhando para os lados antes de entrar um uma ruela à esquerda do Shiver's Pab. Caminhou até o final da ruela, no final à esquerda havia um muro de cor azul muito extenso, com uma rachadura quase imperceptível no final. O mestre de poções observou a rachadura sabendo que não era uma simples marca de desgaste no muro. Snape apontou com a mão a rachadura para Draco, em seguida disse.
- Chegamos. Depois conversaremos sobre seu comportamento – Draco assentiu por educação e curiosidade, querendo saber do que se tratava a indicação de Snape para aquela ridícula rachadura, e com incredulidade perguntou:
- Vamos aparatar direto para lá ou ainda teremos que caminhar mais meia hora? – Snape revirou os olhos pela má vontade de Draco em manter a discrição no paradeiro dos dois, tentou não perder a paciência.
-Draco, não vamos andar mais meia hora, e se fosse necessário andaríamos o dia inteiro. Estamos diante de uma passagem, esse caminho foi instalado pelo próprio Nicolau Flamel, pode se dizer que não é qualquer passagem - respondeu Snape.
- Ele também vai estar com Olivaras? - perguntou Draco.
- Não. Eu creio que não - Severo sacou a varinha de dentro das vestes e aproximou a ponta da varinha no muro sem encostar, fazendo o contorno da rachadura pelo lado esquerdo da mesma. Assim que terminou, viu uma luz prateada que começou a ficar mais intensa. O que era um traço muito fino, torto e verticalmente grande começou a se transformar em uma fenda. A luz brilhante continuava a se intensificar conforme a fenda dobrava de tamanho, se alargando cada vez mais, e só parando quando se tornou grande o suficiente para passar um corpo adulto por ela. Draco ficou observando o fenômeno com curiosidade, mas achava pouco provável que o esconderijo de Olivaras estivesse perto dali. Deveria ser mais uma das precauções estúpidas de Snape. Se enganou quando Severo virou lhe dando mais informações sobre a passagem.
- Draco, caso você venha a usar essa passagem sem mim, por algum motivo, nunca se esqueça de passar a sua varinha pelo lado esquerdo da rachadura. Nunca faça o contorno pelo lado direito. Isso é muito importante. Poderia te levar para lugares muito mais muito desagradáveis, embora eu não saiba apontar o quanto ela possa ser desagradável. O que afirmar é que o lado esquerdo te levará sempre para o melhor lugar que você escolher, e o lado direito te levará sempre para o pior lugar.
- Que tipo de feitiço é esse? - questionou Draco.
- Esse feitiço, como lhe disse antes, foi uma idealização de Nicolau Flamel, que contou com a ajuda de Olivaras e Dumbledore em sua execução. É o feitiço do lado certo, com princípio semelhante à sala secreta de Hogwarts, com a diferença de que a sala não sai da escola e não tem dois lados. Ela só se transforma no desejo da pessoa que está a sua porta. Já o feitiço do lado certo transportará você a outro lugar. Essa passagem pode ser desinstalada desse local e instalada em outro. Se executado corretamente, como eu lhe expliquei, leva você para qualquer destino mágico que você desejar, como se fosse aparatar, embora a viagem se assemelha ao transporte quando se toca uma chave de portal, assim qualquer pessoa pode usar, não é preciso saber aparatar. E se o bruxo estiver ferido ou não tiver condições de aparatar, ele pode utilizar esse meio mágico. Sempre que executado de forma correta o feitiço levará você em segurança para onde você quiser, e executado pelo lado direito ele levara você direto para o pior lugar de que você tem lembrança, te mantendo preso pelo resto de sua vida.
- E depois dizem que a sonserina é quem forma as mentes mais diabólicas que existem - falou Draco com desdém.
- Não se confunda. Isso é uma medida de segurança, não é pura e simples crueldade como parece - falou Snape com rispidez. Draco voltou a sua atenção para a passagem que emitia uma fraca luz branca agora parecendo uma névoa. Snape voltou a lhe indicar a passagem.
- Vamos Draco, dessa vez quero que você vá primeiro para experimentar, eu já conheço o feitiço - Draco, a contra gosto obedeceu a ordem.
O garoto reconheceu a sensação, realmente se assemelhava a uma viagem por intermédio de uma chave de portal, com a diferença que ele via vários locais diferentes passando difusamente por sua visão, e notou mesmo que por relance que os locais se repetiam. Desejou estar no esconderijo de Olivaras. Foi onde começou a desacelerar até que sentiu seus pés baterem no chão.
Draco não sabia dizer onde estava, não era um lugar ruim como o casebre onde foi torturado por Voldemort, pelo contrário, estava parado diante de um pequeno lago, e para a sua surpresa, havia uma casa simples mais charmosa logo a frente, com flores por todo o quintal, que parecia ter sido idealizada por alguém bem humilde mas de muito bom gosto. A aparência do local não deixava Draco mais tranqüilo, por que ele não tinha a menor idéia de onde estava, geograficamente falando. Isso lhe afligiu um pouco, mas não o bastante para perder a pose. Snape apareceu ao seu lado em seguida.
- Então? Foi tão desagradável assim, Draco? – perguntou Snape em um tom que poderia ser considerado quase divertido analisando-se de quem partira a pergunta. Snape olhou para Draco percebendo que o garoto estava observando o local sem disfarçar a curiosidade. Continuou a falar:
- Eu aprecio muito o feitiço do lado certo, além de ser muito eficaz não me causa náuseas – falou Snape seguindo em direção a casa que se erguia a mais ou menos a um quilômetro de distancia da onde estavam.
- Você tem náuseas quando aparata? – perguntou Draco olhando para Snape, pouco a vontade com a observação.
- Caso você não tenha notado eu também sou um ser humano, e tenho limitações e até fraquezas, a diferença é que sei muito bem explorar os meus pontos fortes e ocultar os meus pontos menos favoráveis – conclui Snape, arqueando uma das sobrancelhas ao ver o rosto surpreso de Draco.
O garoto realmente ficou surpreso com o que acabara de ouvir, Severo Snape tinha enjôos quando aparatava, isso era muito incomum para um bruxo tão poderoso quanto Severo Snape.
- Vamos – falou Snape vendo que Draco se mantinha parado olhando com interesse para ele - O esconderijo de Olivaras é bem melhor do que o do Lorde das Trevas! Aqui você será bem vindo, Draco.
Eles caminharam em direção a aconchegante casa. Quando chegaram à porta, Draco teve uma surpresa, Fawkes descansava preguiçosamente em um poleiro que se encontrava quase na parte lateral da casa. Da margem do lago, eles não viram a ave, só quando chegaram à porta é que ficou nítida a visão do belo pássaro. Fawkes deu três pios altos e melodiosos quando Draco e Snape chegaram bem próximos à porta. Em seguida ela se abriu, Olivaras sorriu, os cumprimentando, e fez sinal para que os dois entrassem na casa. Draco imaginava como era possível ele sorrir em tais circunstâncias.
- Severo, Draco. Como estão? – falou o senhor de cabelos brancos e olhos muito azuis vendedor e fabricante de varinhas - Eu presumo, pela visita, que tudo saiu conforme o esperado, não?
Enquanto Olivaras falava, os dois seguiam seus passos até a sala. Draco sentiu um cheiro gostoso que parecia vir de uma pilha de madeiras no canto do aposento. Quando olhou com mais atenção viu que próximo das madeiras havia uma bancada com algumas ferramentas nada convencionais. Snape já tinha ocupado uma das poltronas em quanto Draco se manteve de pé. Olivaras acompanhou o olhar do garoto em seguida falou para Draco.
- Mesmo estando exilado aqui, ainda produzo varinhas, senhor Malfoy. Não posso negar a arte, isso faz parte de mim. É um dom, se eu o abandonar eu jamais o terei novamente – em seguida, Olivaras indicou uma das poltronas e pediu que Draco se acomodasse nela.
- Então Severo, como foi o encontro com Voldemort? Saiu tudo como esperávamos? – perguntou Olivaras.
- Sim. Voldemort ficou desconfiado quando intervi no castigo de Draco. Mas posso dizer que a visita surtiu efeito que esperávamos. Como vocês previram ele pediu a mim e a Draco que procurássemos você, e ordenou que você estivesse vivo e perfeito para ele. Garanti-lhe relatórios sobre como anda a nossa busca por você.
- Claro! Ele me quer... Não posso negar que além de pretensioso, Voldemort é bem esperto às vezes. O importante é que ele não chegue à conclusão alguma sobre o que estamos fazendo. Snape assentiu com a cabeça e perguntou em seguida.
- Flamel, como está? – Olivaras pareceu esmorecer um pouco, fazendo sinal negativo com a cabeça.
- Tsc, tsc, tsc... Nada bem, nada bem mesmo... Parece que nem as poções o ajudam mais, ele não esta se recuperando, e conhecendo a sua mão para essa arte, Severo, posso dizer que a velhice está o vencendo dessa vez – Snape fez um movimento ínfimo e curto desaprovando a má noticia. Draco se pronunciou.
- E Fawkes, o que ela faz aqui? - Olivaras e Snape olharam para Draco, quem respondeu foi o fabricante de varinhas.
- Não poderíamos deixar um pássaro tão incomum por aí... São poucas as pessoas que podem contar com a lealdade de uma fênix. Para falar a verdade, eu só conheci uma pessoalmente, a outra eu só conheci por livros e seus feitos, o grande Godric Grifindor, um bruxo memorável, pena eu não ser de seu tempo... e Alvo Dumbledore que tenho orgulho em dizer que fomos sempre muito amigos. Graças a Merlin, as duas figuras fazem parte da história de Hogwarts.
- Hum... Entendo. – falou Draco. Não deixando transparecer que na verdade não entendera nada. Olivaras não perdeu tempo com mais explicações, começou a falar do que estaria por vir em seus planos.
- Draco, Snape, bom vê-los assim quase a salvo, vamos dar andamento no que tem que ser feito daqui para frente, mas pelo que sei Draco ainda não conhece por completo a próxima etapa – Draco argumentou.
- Na verdade não fui informado de mais nada, a única parte que sei dizer com certeza é a que Alvo Dumbledore me explicou, que seria até a conversa com o Lorde das Trevas – Olivaras prestou atenção no que Draco dizia, e reprovou com o olhar sutilmente a maneira com que Draco se referiu a Voldemort. Em seguida voltou a falar.
- O que faremos agora é simples. Vocês vão continuar a me procurar, com esse pretexto poderão ajudar o senhor Potter na tarefa dele. Pelo que soube, ele andou se metendo em encrencas com a sua tia Belatrix, mas está tudo resolvido agora. Tenho recebido relatórios periódicos dos passos do senhor Potter e posso dizer que ele parece um pouco ocupado, provavelmente com sua vida sentimental, já que a pequena Weasley aparatou clandestinamente na rua dele essa noite, os dois estão seguros graças a Merlin. A pequena Weasley voltou em sua residência na mesma noite, levada clandestinamente também pelo senhor Potter – Draco não poderia acreditar no que estava escutando “A guerra mágica em seu ápice e Harry Potter ainda queria manter uma vida sentimental?” ele não poderia conter-se de reclamar sobre esse assunto, achou muito injusto que ele estivesse sendo procurado como assassino mesmo fazendo parte de algo bom e maior, enquanto Harry Potter parecia estar de férias escolares literalmente.
- É engraçado, porque o ministério está fazendo vista grossa para dois menores fazendo magia, principalmente quando se trata de Harry Potter e a sua namoradinha?– quis saber Draco contorcendo o semblante demostrando que se sentia muito insatisfeito com o que acabara de ouvir.
- É simples Draco: nesse momento o ministério está ocupado demais tentando achar Voldemort, sem contar que você e Severo estão tomando bastante tempo deles! Ou você não se lembra que agora é cúmplice e co-autor de um assassinato? – Olivaras encarava o garoto com um olhar leve, parecendo achar tudo muito divertido. Draco sustentou o olhar do velho homem, se perguntando como ele poderia ver graça na situação, sabendo que a cabeça de Olivaras também estava a prêmio por gente bem pior do que o ministério. Severo interrompeu a troca de olhares entre Draco e Olivaras.
- Draco, o que você não teve oportunidade de saber ainda é que o ministério não tem total controle sobre as pessoas que fazem magia, o idiota do Potter só recebeu todas aquelas intimações por que ele era o único bruxo na casa dos tios, e por que é menor de idade. Depois do que houve em Hogwarts, nós ficamos sabendo que todo o pessoal que cuidava desse controle foi designado para outros departamentos, para intensificar a caçada a Voldemort e a nossa captura! O ministro não revelou publicamente, mas todos os menores estão liberados para fazer magia, na verdade nunca estiveram proibidos, esse controle só passou a existir para sabermos enquanto somos na população mundial e para evitar acidentes com menores. Agora que todos correm risco de vida não se pode exigir algo tão absurdo assim. O importante é que eles não estão mais verificando, mas isso não faria a menor diferença. Tão pouco se importariam se soubessem que Potter andou mais uma vez sendo insolente e quebrando as regras com a sua namoradinha, como você disse! A única coisa que o ministro poderia ter feito é ter mandado alguém ver se o santo que sobreviveu – falou Snape com ironia – esta bem, e não quebrou nenhuma unha por causa disso! – concluiu Snape. Draco bufou descrente, Olivaras sorriu e acrescentou.
- Você anda aparatando como um fugitivo, na companhia de um assassino procurado, você acha que se o ministério tivesse mesmo controle por todos os tipos de magia que os menores fazem, você ainda estaria livre? – disse o velho homem.
- Não – respondeu Draco de mal humor.
- Então, por que todo esse mau humor meu jovem? – falou Olivaras - É sábio levar a vida driblando as situações que nos surgem, não sou a favor de quebrar regras, mas detesto hipocrisia. Se preocupe com o que pode te acontecer caso nos venhamos a falhar, e Voldemort descobrir nossas intenções, por que isso sim é importante no momento! – Olivaras ainda sorriu, e acariciou as penas da bela Fawkes que acabara de entrar no recinto, se empoleirando em seu ombro. - Vamos ao que interessa, senhores!
- Certo – falou Draco. Snape assentiu com a cabeça com o semblante austero e um olhar resignando.
- Snape já esta a par de alguns detalhes que você não tem conhecimento ainda Draco, por isso vou ser resumido antes de falar da nossa próxima etapa. Se me lembro, Dumbledore passou algumas informações na noite em que vocês se encontraram no cabeça de Javali, na noite em que você soube de parte da verdade e passou para o nosso lado!
- Sim – respondeu Draco se lembrando da conversa franca e vergonhosa que teve com Dumbledore.
- Então o que ele não te disse é como vocês vão ajudar o senhor Potter a encontrar as horcruxes continuar a ser um agente duplo.
- É verdade – falou Draco olhando para Olivaras acariciando Fawkes - andei me perguntando sobre isso, e se fomos descobertos pelo Lorde das Trevas...
Olivaras interrompeu Draco.
- Draco, não fale como um comensal entre seus verdadeiros aliados, ou chame ele pelo seu verdadeiro nome ou pelo nome que ele escolheu, lembre-se, aqui você é só Draco, lá você é Draco, o comensal – disse Olivaras assumindo uma postura muito austero agora.
-Certo – disse Draco bravo, por ter levado uma bronca sem necessidade. Olivaras voltou ao assunto principal.
- É simples. Provavelmente o senhor Potter vai esperar o casamento de Gui Weasley com a senhorita Flaur. Depois do casamento, ele já terá atingido a maior idade, e vai aparatar livremente, mas terá problemas para achar os locais e as prováveis relíquias escondidas por Voldemort. O que vocês têm a fazer é segui-lo com o pretexto de estar me seguindo. Não esquecendo de que Severo terá que continuar a mostrar todo o seu dom de oclumente por causa da desconfiança de Voldemort - Snape e Draco assentiram concordando com Olivaras - Mas o senhor Potter não pode desconfiar que estamos o ajudando, por enquanto ele não deve saber de nada, isso atrapalharia. Ele pensa que vocês são mesmo os assassinos de Dumbledore, definitivamente ele não entenderia. Sobre as relíquias, nós suspeitamos que faltam as seguintes: a cobra de Voldemort, Nagini, o cálice de Hufflepuff, o orbe de Gryffindor, que confirmamos sua existência há pouco, e o pergaminho espiritual escrito por Merlin, que esteve por muito tempo em poder de Ravenclaw. Suspeitamos que muitos dos poderes que Voldemort adquiriu vieram desse pergaminho. Os locais aonde elas estão foram checados por Flamel também.
- E por que ele checou tudo isso e não as destruiu? Seria bem mais fácil... e nos pouparia muito trabalho – questionou Draco.
- Flamel é um bruxo muito poderoso, todos sabem, mas no momento não possui a juventude de que precisa para enfrentar todos os obstáculos que Voldemort criou para defender as partes de sua alma, ele teria feito, mas com isso seu último sopro de vida se extinguiria. Alvo, que era mais novo do que ele, não pode, e se eu tentasse também seria em vão, me parece que Voldemort deve ter pensado nisso também, há um dilema nisso meu caro. Os jovens têm o vigor de um leão em pleno auge, mas a inexperiência faz com que a sua força diminua, já os velhos possuem a sabedoria que conquistaram ao longo dos anos, mas suas fraquezas físicas os limitam a ser tão indefesos quanto ou mais do que os jovens, agora você conhece a profecia, e sabe que só o senhor Potter possui esse poder, o poder que Voldemort desconhece, lembra-se? – Draco se sentiu um tanto imbecil depois da pergunta, e acabou se lembrando do assunto que conversava com Snape enquanto iam em direção à passagem. Jamais falaria, mas acabou dando razão a Snape, realmente ele precisaria começar a ser mais cauteloso, e entendeu que a sabedoria e cautela também vêm com a idade. Olivaras interrompeu os pensamentos de Draco continuando com o assunto.
- Para ajudarmos o senhor Potter a descobrir tudo, vamos precisar deixar pistas, sem que ele desconfie de onde veio! –mesmo pensando em adquirir outra conduta Draco não conteve a indignação perante a essa parte do plano.
- Então ele vai achar que está descobrindo tudo sozinho? Formidável! Agora só falta servimos de elfos-domésticos para aquele imbecil ! – exclamou Draco.
- Draco, ele não vai achar que esta descobrindo tudo sozinho, ele vai saber que alguém esta o ajudando, mas não vai saber quem, isso vai dar trabalho por causa da visitinha da sua tia Belatrix, já que ela usou a idéia de bilhetes antes de nós. Teremos que fazer com que ele pense ser alguém de confiança, e é aí que entra Nicolau. Se eu não me engano, ele já deve ter interceptado o pássaro do senhor Potter. Edwiges, a bela coruja das neves! Assim que a ave começar a agir por intermédio de Nicolau ele vai ficar intrigado, levará um tempo até que ele comece a checar as informações. O senhor Potter sempre me pareceu muito discreto, não acho que chegará a contar a alguém.
- E como ele vai começar a checar? Eu acho que ele vai contar a todos, só para as pessoas ficarem com dó do pobre orfãozinho! – falou Draco com ironia.
- Cale-se Draco. Ouça tudo, depois reclame, está bem? – falou Snape. Draco bufou e fez um aceno para Olivaras continuar a falar, o velho sorriu e continuou.
- Harry passa à maioridade logo, assim como você Draco, que vai completar 17 anos daqui a duas semanas! Quando o senhor Potter completar 17 anos no dia 31 de julho, ele recebera o presente de Alvo Dumbledore. Sua penseira. E com a penseira, algumas outras coisas também, entre elas algo que despertara seu raciocínio. Harry vai ganhar tudo isso no dia do seu aniversário, mas o testamento de Alvo Dumbledore será aberto na semana que vem!
- Assim que ele se sentir mais confiante vai averiguar as informações, e com isso vai atrás das horcruxes, sem contar que ele também não sabe como as destruir e vai precisar de ajuda nisso também!
- Então basicamente ele vai chegar às horcruxs por nosso intermédio e vai destruí-las por nosso intermédio também? Assim até eu consigo ser herói do mundo mágico! – esbravejou novamente Draco sem se conter.
- Draco se você esta disposto ficar cara a cara com Voldemort e vencê-lo, pode se arriscar agora mesmo! O que acha? – disse Olivaras em tom sério. Draco não se intimidou com a observação, mas continuou defendendo o seu ponto de vista.
- Não foi bem isso que quis dizer, o problema é que não acho devemos facilitar as coisas para ele! – Draco ainda achava a coisa toda muito injusta, se Dumbledore tivesse dito isso no pub talvez ele não teria aceitado ficar do lado dele.
- Senhor Malfoy, quanto mais nós nos ajudarmos, mais rápido a guerra acaba – explicou com paciência o mestre de varinhas.
- E no que estou me ajudando facilitando as coisas para aquele imbecil? – quis saber Draco, com o desdém e a insatisfação estampado em seu rosto. Realmente ele não via nenhuma utilidade em Harry a não ser servir de alimento a Nagini em seu lugar.
- Você vai precisar do testemunho do senhor Potter quando ele descobrir todo o plano, ou você acha que depois que ele descobrir não vai testemunhar a favor de você e de Severo no ministério? Você quer ser procurado o resto de sua vida? Vivendo assim clandestinamente? Se quiser tudo bem, podemos dar um jeito nisso, esconderemos a sua participação heróica quando chegar a hora de ele descobrir! – Olivaras falava tudo com muita paciência, enquanto Snape olhava para Draco passando reprovação em seu olhar.
- Não é bem do que eu preciso, só não acho justo que fiquemos com a pior parte! – protestou Draco.
- Você só esta tendo todo este trabalho senhor Malfoy – falou Olivaras - por que ousou ser o que não devia, quis um modo fácil de vingança, por puro despeito se me permite dizer, e acabou forçado a ser o que nunca pretendera ser...
Snape intervio a conversa.
- Draco, toda vez que você olhar para essa marca em seu braço saberá que o passado nunca te deixará em paz, e por mais que você tente, as pessoas vão te olhar torto na rua, vão desprezar tudo o que você faz, e talvez nunca mais te respeitem. Pense nessa tarefa como um passe livre, algo para esfregar nas fuças de quem sonhar em agir com indiferença quando você estiver em qualquer lugar – concluiu Sanpe. Draco se calou, mas por um impulso que não pode conter levou a mão até a região da marca que ficava em seu ante–braço.
- Por enquanto é isso – disse Olivaras - Edwiges se encarregará de levar os objetos e as dicas, por intermédio de Nicolau, você e Severo seguirão de perto os passos do senhor Potter, tomando cuidado para que Voldemort e os outros não desconfiem de nada.
- Certo – responderam Draco e Snape.
- E onde está o testamento de Dumbledore agora? O falso pretexto de roubo em Gringotes foi para despistar onde ele se encontra de verdade, não é? – Draco falou arriscando um palpite. Olivaras sorriu e piscou maroto para Draco, fazendo um aceno com as mãos indicando que o garoto acertara em cheio no palpite.
- Essa foi muito simples meu, caro – disse o fabricante de varinhas - bastou uma conversa suspeita em um pub suspeito para que essa informação chegasse até Voldemort, ele não perdeu tempo, é claro! Mandou um de seus fieis comensais enfeitiçarem o pobre Wilbordovy para tentar roubar o testamento. Mas como da outra vez, Voldemort não obteve êxito. É incrível como Voldemort pode ser tão afoito às vezes, cometendo erros como esse. Nicolau não guardaria algo como o testamento de Dumbledore em Gringotes nem em um milhão de anos depois da tentativa de roubo por causa da pedra filosofal – Olivaras continuava a falar como se fosse a coisa mais natural do mundo enganar um bruxo maligno como Voldemort.
- Só estou triste por Wilbordovy – disse Olivaras - realmente ele não merecia ser enfeitiçado, achei que Voldemort usaria de outros artifícios para tentar o roubo. Mal sabe ele que o procura está seguro em nosso poder...
Olivaras voltou a assumir uma postura serena, quase sonhadora, como se o assunto não fosse da maior periculosidade. Sorriu para os dois que estavam na sala, como se estivesse tratando de algo imensamente travesso.
Fawkes voou do ombro de Olivaras e pousou suave nas pernas de Draco, que fitou a ave por um momento. Ela o encarava com os olhos flamejantes e Draco acariciou as penas do topo da cabeça de Fawkes com um pouco de receio. A ave soltou um pio baixo em sinal de agrado e Draco parou de acariciá-la pensando que o piar da mesma seria uma reclamação. No momento seguinte constatou ao contrário, Fawkes procurou a mão de Draco e lhe deu uma mordiscada, tão leve que Draco supôs ser um incentivo para ganhar mais um carinho. O garoto não escondeu o sorriso, e olhou para todos na sala com incredulidade pelo comportamento de Fawkes. Olivaras alargou o sorriso e falou em seguida.
- Fawkes é mesmo esplêndida, encantadora, ela não simpatiza tão fácil assim com as pessoas, sabia? As fênixes podem detectar poderes e sentimentos que para muitos são quase imperceptíveis.
- Ela é linda, fabulosa – disse o garoto totalmente encantado.
- Fawkes realmente gostou de você Draco, isso seria uma honra para muitos – falou Olivaras. Snape que até então se manteve quase calado estava atento à conversa, mas quebrou o seu silêncio questionando o garoto.
- Então, Draco? Agora que você esta a par da primeira etapa do plano na íntegra, o que acha? – perguntou Snape.
- Se tudo correr dessa forma, acredito que não teremos problemas, mas como faremos para não sermos descobertos pelo imbecil do Potter e pelo ministério? – disse Draco pensando no plano que acabara de ouvir por inteiro, ou quase, se levasse em consideração de que as pessoas que arquitetaram tudo isso eram no mínimo cheias de surpresas reveladoras. A única coisa que Draco não compreendia era como ele e Snape fariam para se manter anônimos. Além desse detalhe preocupante, o garoto não pode detectar mais nenhuma falha que merecesse ser abordada. Parecia que Olivaras, Dumbledore e Nicolau Flamel pensaram em cada minúcia do plano, mas ele não estava surpreso, não poderia esperar menos das três mentes mais brilhantes do mundo bruxo.
- Simples novamente senhor Malfoy, poção polissuco! – falou Olivaras com um sorriso largo no rosto.
- Mas de quem vamos pegar os cabelos? – Draco não conteve a careta de nojo, seu estômago deu uma cambalhota desagradável, descontente com a idéia de tomar a poção que mais parecia lama cozida.
- Eu já tenho quantidade suficiente desse material, fui em uma loja trouxa que vende cabelos outro dia. Disfarçado é claro! Você não vai acreditar na variedade de coisas estranhas que eles vendem, cada absurdo... Mas eu entendo, é o modo de suprir a falta de magia em suas vidas – Olivaras falou, notando que Snape assumira a mesma careta enojada de Draco. E não pode deixar de sorrir divertido.
- Mas alguma coisa que queira nos perguntar antes de tomarmos o chá, meu jovem? – Olivaras questionou o garoto ao ver que Draco se calou, vidrado e quase hipnotizado com a beleza de Fawkes. Vendo que o garoto fez um sinal negativo com a cabeça para a pergunta, o mestre de varinhas se dirigiu a Snape que olhava curioso para Draco, parecendo satisfeito ao ver Draco encantado com o pássaro.
- Aonde vocês vão se instalar dessa vez? – perguntou Olivaras a Snape.
Snape foi arrancado de seus pensamentos respondendo a Olivaras.
- Em uma pequena casa do outro lado de Hosgemeade. É em um lugar bastante afastado e discreto. Não teremos problema, já que vamos fazer uma pequena aparição na Alemanha não é Draco?
- Vai ser interessante estar na Alemanha, mesmo que seja como um FUGITIVO! – o loiro sobressaltou a voz a palavra “fugitivo” deixando bem claro sua insatisfação com sua atua condição. - Alemanha me parece um bom lugar, manterá o ministério ocupado por tempo suficiente até o aniversário do senhor Potter.
- A lugares que gostaria que Draco conhecesse por lá...
Falou Snape voltando a fitar Draco.
- Certo – respondeu Olivaras - Vocês aceitam um chá? Preparei uns pãezinhos à moda trouxa que estão uma delícia, adoro trabalhos manuais! – o artesão de varinhas se levantou e foi em direção a uma ampla mesa de carvalho que ficava na outra extremidade da sala, contando sorridente a receita de pãezinhos, explicando o grau de dificuldade de cada uma. Snape mostrou interesse nas receitas, o que pareceu muito estranho a Draco. O loiro se levantou do seu confortável acento, seguindo os passo de Olivaras e Snape que já estavam próximos da mesa. Fawkes se empoleirou no encosto de uma das cadeiras, Draco se sentou ao lado direito da cadeira que a ave pouso, Snape ao seu lado esquerdo e Olivaras de frente para os dois. O artesão parecia animado com a mesa farta e bem produzida por ele mesmo, mas mudou de assunto, era importante saber detalhes da visita de Snape e Draco a Voldemort, e nada como uma boa refeição para deixar as pessoas mais amistosas e desembaraçadas, já que Draco ainda se mantinha mau humorado.
- É evidente que a cobra Nagini será a última horcrux que o senhor Potter deverá ir atrás, quanto a isso não precisamos nos preocupar por enquanto, o problema é a ordem das outras horcruxes, já que Voldemort deve ter imposto uma ordem para elas...
E assim eles tomaram o lanche, discutindo os pontos favoráveis para a queda de Voldemort, Snape contou a Olivaras na íntegra o encontro com Voldemort, enquanto Draco salientava detalhes de tal encontro. Depois de muito tempo conversando, eles deixaram Olivaras e partiram para a casa que serviria de esconderijo a eles. Snape fez o caminho de volta mais calado do que o habitual, e de vez em quando olhava para Draco, que começara sentir a responsabilidades dos seus atos com essas novas tarefas. Mas não pode deixar de se sentir satisfeito na companhia de Draco, que sempre lhe agradara muito. Olivaras se postou na frente de uma grande pilha de madeiras que se encontrava na sala, e passou todo o tempo seguinte concentrado em seu ofício, a arte de fabricar varinhas mágicas. Cada qual com seus pensamentos a quilômetros de distância da onde se encontravam, conspirando por um único objetivo, algo que fosse digno de morrer. A queda de Lorde Voldemort.





N/A: Vocês devem estar pensando: PUTAQUEPARIU... ELA ATUALIZOU!!! ATÉ QUEM FIM MERLIN....HAHAHAHAHAHAHA.... eu também pensaria assim... por que quando comecei a fic eu pretendia manter a pontualidade nas atualizações, a meta era: uma por semana, mais admito Honeys... me FUD**** de verde e amarelo pensando nisso...hahahaha... eu sei que vai parecer desculpinha, mas tive inúmeros probleminhas, desde não ter conexão, até problemas aqui na minha casa, no meu trampo... vichi... se eu fosse contar tudo daria uma fic.... hahahahaha... Dramalhão mexicano dos bons....hahahahaha... mais ESTOY AQUI queridos... e essa fic vai continuar viu? A trancos e barrancos, então espero mesmo que quando forem me amaldiçoar... (pelas costas... por que de frente é ruim de alguém me pegar em um duelo desprevenida hein? Sou boa nisso....hahahahaha) pense antes... Bom, a Mérope é uma FLDPT mais vou continuar a ler a fic, por que sei que se ela tá demorando para atualizar é por um motivo justo.... (olhar angelical da autora....hehehehehe)
Esse foi mais um de alguns que viram por aqui... espero que tenham gostado... sei que pela demora vocês esperavam por mais... mais a elfo - domestica aqui em questão... (vossa humilde vassala e autora....) pretende deixar as coisinhas mais quentes daqui para frente....
Tipo: No niver do Potter por exemplo...hahahahaha... mais não conto nada agora nem sobre tortura!!!hehehehehe....

Chegamos aos agradecimentos... mais vou fazer diferente dessa vez ok honeys... não por nada... não é má vontade nem nada, mais é que acho que fica mais fácil para todo mundo se citar só os nomes... mais podem dizer o que vocês querem nos coments... adoro todos...todos mesmo...e quem quiser fazer pedidos ou me xingar na lata é só me add no msn blz? Para os tímidos.... ou para aqueles que não tiverem afim de dizer nada direto... bom é só mandar e-mails para [email protected] , meu msn é um pouquinho diferente minha gente.... é: [email protected]... tô em qualquer um dos dois ok? Vou tentar responder os coments pelo e-mail de vocês... adoro fazer isso!!! Hahahahahaha... ENTÃO... NÃO DEIXEM DE FAZER ESSA POBRE AUTORA FELIZ!!! VOTEM E COMENTEM... (autora com lagrimas nos olhos, cara de pidona mesmo, esperando afoita pelos comentários!!!!)
ESPERO NÃO... EU QUERO... EU PRECISO DOS COMENTS OK! PARA MIM ELES SÃO PURA MAGIA...
BEIJÃO A TODOS QUE COMENTARAM E AQUELES QUE SÓ VOTARAM... E ATÉ PARA AQUELES QUE SÓ ACHARAM A CAPA LEGAL...(putz... sei que ficou mais ou menos... mais me matei para fazer... o photoshop me odeia!!! Hahahahahaha...)

Então depois de tudo isso... aqui vai os “nomes”
RaFael_MaRvoLo , Kawa Potter, McGonagall, MarciaM, fabio leal, Marcela Domeneguetti, gabrie gebara, Clow Reed, Molly, Bernardo filho, Douglas Chaves, Mioneka Malfoy, naty granger ...

A todos... muito obrigado...
Até a próxima...

Mérope Slytherin Houghton












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