Mestre Liu



A viagem havia sido longa. Haviam passado por muitos países diferentes coletando objetos e fazendo aliados para a guerra que já havia começado. As trevas vinham praticamente quietas por todo esse tempo, tirando pequenas aparições de comensais e sumiços de alguns bruxos de pouca importância.

Finalmente haviam chegado ao destino principal. Nesse tempo em que viajaram, Shadow começou a ficar famoso mundo a fora com seu estilo forte e calmo de agir, sempre acompanhado de seu fiel escudeiro, Yago. Já haviam lutado com alguns comensais e, para eles, havia uma frase dita por Shadow: “Nada de piedade”.
Foram em paises onde aprendiam especialidades e conheciam pessoas importantes, Shadow usava sua influencia para conseguir encontros e conversar com grandes mestres e chefes de Clãs, havia também enviado uma carta a Dumbledore contando a situação.

Mas enfim eles estavam onde o Diretor indicou. O ponto mais alto do Tibet, procurando quem deveria ser um mestre.

- Acho que Dumbledore estava enganado quando nos mandou para cá Shadow! - disse Yago olhando para todos os lados e só conseguindo ver um ponto ali perto, que parecia um camponês, que já havia passado por eles algumas vezes.

- Dumbledore não se enganaria com uma coisa dessas. Acho que aqui nada é o que parece - disse ele olhando para o camponês e indo perguntar do tal mestre.

- Senhor, peço licença para atrapalhar o seu trabalho, mas minhas razoes são humildes. O senhor poderia me dizer se aqui, nessa montanha, mora algum antigo mestre amigo de Alvo Dumbledore?

O velho que estava ali olhou de forma incógnita e com medo, mas com a formalidade do jovem sorriu.

- E quem procura o mestre Liu?

- Venho de longe para isso, meu nome é Harry Potter, venho procurar o mestre para lhe pedir ajuda.

Durante o diálogo Yago ficou quieto escutando tudo o que os dois conversavam, o pequeno camponês sabia do tal mestre, ou seja, Dumbledore não havia se enganado, pelo contrário, se os moradores dos arredores conheciam e o chamavam também de mestre, o mesmo devia ser alguém que merecia realmente respeito.

- O mestre Liu é uma pessoa muito seletiva para treinar pessoas, principalmente se tratando dos dias de hoje, quando ele reconhece que o desequilíbrio voltou depois de tempos. - disse o camponês olhando nos olhos de Harry – Outro problema seria a idade de vocês, pelo que vejo nenhum dos dois passam dos 25 anos, e talvez não tenham a capacidade de agüentar a magia que existe em seus corpos.

- Mas é por isso mesmo que estamos aqui senhor, sou a pessoa que pode trazer uma grande parte do equilíbrio novamente. Há uma profecia prevendo isso.

O senhor não deixava de o olhar no fundo dos olhos, estava analisando-o completamente. E Harry estava percebendo que não poderia esconder nada daquele senhor que ali estava como camponês humilde. Então ele começou a contar a história de sua vida e da profecia, confiando no camponês. Depois que terminou, se calou esperando a resposta do camponês calmamente. Este estava longe em seus pensamentos.

- E qual é a razão de aprender com o mestre? Por que quer isso? Por vingança o mestre nunca lhe ensinaria nem o menor dos feitiços ou rituais. - disse ele depois de alguns minutos calado, pensando.

Dessa vez foi Harry quem parou para pensar no que o senhor havia dito. - “Será que era por vingança que queria aprender tanto? Será que levava isso no peito?” -Foi quando Yago chegou colocando a mão em seu ombro e respondendo por ele.

- Não estamos aqui por vingança nenhuma, estamos aqui pelo mundo, pelos bruxos e trouxas que merecem uma vida mais tranqüila. As trevas já passaram dos limites e temos que concertar isso. - disse ele, ficando ao lado de Harry.

O velho os olhou nos olhos e sorriu novamente, o que ele tinha dito era verdade.

- Então querem um treinamento completo de magia?

- Queremos aprender o máximo que o mestre pode nos ensinar. - dessa vez foi Harry que respondeu com mais firmeza.

- Se acham que podem agüentar, então que assim seja. - disse o velho apontando sua mão para o céu voltou a olhar para eles - Podem me chamar de Mestre Liu -e depois de um sorriso olhou novamente para o céu de onde veio um raio e tragou o homem.

Os outros dois não tiveram tempo de reagir à informação, logo dois relâmpagos foram vistos e os dois foram tragados, desaparecendo assim como o primeiro.

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O tempo havia passado rapidamente e faltavam dois dias para as férias acabarem, Hermione se encontrava na casa dos Weasley, não agüentava mais para saber o que tinha acontecido com seu amigo, Harry, que estava sumido há dois meses.

Ela havia combinado com Rony de pegá-lo a 00:00 do dia 31 de Julho, a data do aniversário de Harry, mas por uma carta do próprio Alvo Dumbledore, souberam que este não se encontrava na casa, e que mesmo Dumbledore não sabia seu paradeiro. Também deixou claro que não o procurassem, pois não o encontrariam, mas deixava bem claro que ele estava bem, e que para as aulas ele estaria de volta.

Os dois estavam sentados na toca da sala conversando sobre seu amigo.

- Ainda estou inconformada por Harry não mandar nenhuma notícia! Como ele pode fazer isso com a gente? - disse Hermione, muito triste.

- Logo vamos saber o motivo disso tudo, o importante é que você não se preocupe tanto, Dumbledore já garantiu que ele está melhor do que nunca. - disse Rony a abraçando.

Desde o sumiço de Harry os dois estavam bem mais próximos, sentiam falta do menino naquela casa, mas como Dumbledore havia dito a eles, ele estava fazendo uma coisa para si mesmo, se concentrando em seu objetivo, e assim longe deles.

Continuaram abraçados, Rony gostava muito da pessoa que estavam ali a seu lado. Nunca assumira para ninguém, nem mesmo para Harry, seu melhor amigo, mesmo sabendo que eles já sabiam há muito tempo.

Ela não se incomodava com o abraço dele. Ele estava com a cabeça muito mais no lugar do que nos outros anos que passaram juntos, estava amadurecendo e ela via isso com um sorriso grande, mas sentia que o jeito que ela gostava dele, era diferente do que ele dela. Ela o considerava um irmão, e Rony estava completamente apaixonado por ela, muitas vezes causando situações não muito agradáveis para os dois, mas dessa vez, ele estava tão entorpecido com o abraço que começou lentamente a se descontrolar.

Ele a olhava com os olhos brilhando e sorrindo como um débil. Estava completamente vidrado nela, tanto quanto apaixonado. Ela mantinha os olhos fechados, deixando sua boca relaxada o que atiçava mais ainda a Rony. Tinha se tornado uma menina maravilhosa, com belos cabelos ondulados e longos, seu corpo mais modelado agora deixava de ser um corpo de menina para tornar-se um corpo de mulher.

Rony foi se aproximando lentamente, sabia que ela sentia falta e medo por Harry, ele também, mas naquele momento Harry não importava, nada importava. Aproximou-se mais ainda e já sentia a respiração inconstante em seu rosto, por causa da angustia, foi se virando. Daquela vez não perderia a sua chance.

Travou sua própria respiração para ela não sentir, e se aproximou mais, era nesse momento ou talvez nunca mais teria a chance, a abraçou mais forte e a beijou.

Ela sabia que não estava muito bem, precisava de um apoio, de braços aos quais podia se confortar, quando o abraçou de volta sabia dos perigos, mas na verdade não pensou nisso. Manteve-se ali abraçada, aquilo lhe fazia bem, como um abraço de irmão, e ela sabia que infelizmente esse sentimento fraternal, era só dela.

Quando percebeu que ele a segurou mais forte, ela abriu os olhos ainda a tempo de ver ele se aproximando para beijá-la.

Ele se sentiu dominado por uma força diferente, ele tinha uma vontade incontrolável e incomparável, um desejo de nunca mais largá-la e assim se fez, ele a segurou com força, passando a mão que estava nos ombros para a nuca em seguida encostando seus lábios nos dela, logo sentindo uma reação negativa de Hermione, fazendo-o a segurar com mais força para pressionar os lábios dela contra os seus, e uma mão passou pelas costas a puxando mais para perto, colando os corpos mais do que estavam, um desejo mais forte logo veio e ele começou a usar sua mão livre para explorar o corpo de menina que se debatia tentando se soltar, e o que aconteceria a seguir seria assustador.

Assim que sentiu os lábios de Rony encostando-se aos seus, logo tentou se afastar, foi aí que sentiu a mão em sua nuca pressionando sua cabeça contra a dele, ele movia a língua em sua boca, mas não era correspondido, ele se desesperou, sentiu o descontrole de quem estava ali ao seu lado, não parecia aquele que ela considerava seu irmão.

Logo sentiu a mão dele a puxando mais para perto e colando seus corpos, sentiu a necessidade daquele momento para ele, mas aquilo não era certo, ela o amava, mas como irmão. Debateu-se, mas os braços daquele homem eram muito mais fortes que os seus. "Ele vinha treinando", pensou ela, "não conseguirei me soltar." O desespero aumentou quando ela sentia a mãos dele se movendo para percorrer o seu corpo, não queria aquilo, então a reação foi a única possível, o mordeu o mais forte que pôde, abrindo seu lábio com seus dentes e fazendo o sangue dele fluir. Ele se afastou com um grito insano de dor, um tapa estalado seguiu a mordida, e ela num ímpeto pegou sua varinha que estava acima da mesa e gritou com raiva "Estupefaça" e vendo ele desfalecer aos seus pés, correu para o banheiro.

Rony acordou algumas horas com um Enervate de sua mãe desesperada, ela o tinha encontrado no chão, deitado de costas, com uma poça grande de sangue em volta de sua cabeça. Logo acho que seu filho estava morto. Correu a acudi-lo, este levantou completamente tonto com o tanto de sangue que perdera. A mãe perguntou o que tinha acontecido, e ele tratou de inventar uma mentira.
"Estava treinando aqui e acabei por bater a boca no móvel mãe, está tudo bem, a senhora pode me deixar sozinho que eu cuido disso, e..." - Mas não conseguiu terminar de falar, sua mãe analisava o rosto dele, uma grande marca vermelha tomava todo o lado esquerdo de seu rosto. Ele logo cobriu dizendo que foi a queda, e entrou no banheiro para se lavar.

Rony ficou em frente a pia do banheiro, olhando o espelho. Sua boca estava maior que o seu dedão do pé. Ele fez um sinal de negativo e olhou para a sua face esquerda, lá havia o formato exato de uma mão bem marcada em vermelho forte, ele tocou na face e logo soltou um palavrão alto, a marca ardia feito uma queimadura. Depois deu uma olhada nas costelas, onde outra marca seguia. Mesmo olhando os machucados não pensava que havia feito algo de tão ruim, ele precisava daquilo e fez, agora não adiantava se lamentar. Descobrira finalmente que ela não gostava dele, mas ele não desistiria tão fácil.

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