Mansao Ueshiba



Agradecimentos aos comentarios, e a querida Beta...

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Pararam logo ao portão, Harry olhou assustados para os lados pensando em onde estavam. Ele sentia uma grande umidade no ar que o fazia pensar que podiam estar perto do mar, havia árvores que cobriam o espaço inteiro, o que os deixava numa escuridão profunda. Apurou os ouvidos para tentar escutar, mas alguma coisa para quebrar suas dúvidas e escutou ondas de um mar forte.

- Onde estamos? -Harry perguntou com certo receio.

- Estamos na mansão da minha família. – respondeu se virando - Vamos entrar, te conto tudo lá dentro. - disse já caminhando para dentro. Sua voz era calma e serena, não demonstrava nenhum sentimento, mais podia sentir que aquela pessoa que ali estava não era nenhum garoto normal.

Quando ele chegou perto do portão colocou a mão em uma pedra branca e sussurrou, em uma língua estranha, algumas palavras. Instantes depois, um brilho começou a se formar na pedra, e com um estalo o portão se abriu. Ao fundo podia se ver uma um grande castelo feudal Japonês, Harry vendo isso se perguntou se ainda estavam na Inglaterra.

O castelo era magnífico com traços de ouro puro pelos telhados, e tão alto quanto um prédio. O jardim se expandia até o horizonte, que parecia nunca acabar e tinha floresta dos dois lados, o castelo vinha a 500 metros do imponente portão de entrada.

Ele ficou observando a quantidade de coisas que havia ali, para o lado direto do castelo havia uma sala grande com um tatame imenso e objetos que nunca havia visto, mas que logo descobriria ser para treinos de força e movimentação de lutas.

Olhou para o outro lado e um salão aberto se espreitava logo a frente, nele diversas armas podiam ser encontradas, desde lanças à espadas de vários estilos, e na porta diversos símbolos, Ideogramas Japoneses.

Mais a frente, atrás do castelo e ao lado direito, um lago grande se iniciava, atravessava de ponta a ponta o castelo e continuava até o infinito. Era como tudo fosse enfeitiçado para parecer que se perdia no horizonte.
Ao lado esquerdo e ao fundo se encontrava uma floresta densa, de onde se ouvia barulhos diferentes. Ela não lhe trazia arrepios como a floresta negra de Hogwarts, mas sim tranqüilidade.

Observou o local por mais uns 5 minutos, quando viu o rapaz misterioso esperando-o sorrindo. Logo tratou de se apressar, não sabia por que, mas teria chance de conhecer aquele lugar inteiro.

Continuaram a seguir até a porta do castelo japonês, próximo às escadas que levavam as gigantes portas do castelo havia mais uma placa, mas ao contrário da outra era um pouco menor e simples, talhada em maneiram e com letras impecáveis na escrita japonesa e a tradução em inglês: "Mente, Coração e Alma devem estar em sincronia para se aprender."

Harry leu as escritas diversas vezes, mas não entendia o sentido. Continuou andando escada acima agora, quando olhou procurando seu anfitrião, que acenou de cima das escadas. Seu rosto era extremamente diferente do que pensara, uma feição tranqüila pairava sobre as sobrancelhas e olhos, um sorriso amigável passava a juventude do rapaz, que aparentava ser não muito mais velho que Harry e seus cabelos em estilo moderno e espetado, fazia com que quem houvesse visto o que aconteceu há um tempo atrás, não acreditasse que era a mesma pessoa que se encontrava agora a sua frente.

- E então, Harry Potter, acabamos por nos encontrar, não? - disse ele como o mesmo sorriso no rosto. - Deve estar perguntando o que está fazendo aqui e vou te explicar tudo, mas antes lhe convido a tirar seus sapatos e tomar um chá comigo, ainda tenho o que pensar.

Harry, sem dizer uma palavra, consente, tira os sapatos e adentra a casa em companhia do rapaz, que o guiou por caminhos complicados até chegarem a uma pequena sala com duas almofadas no chão e uma pequena mesinha no estilo japonês. Ele se sentou de pernas cruzadas e Harry o acompanhou.

- Não sei quem é você, mas porque me convida para a sua casa dessa forma?

- Era o lugar mais seguro e mais confortável para nos conhecermos. Conheço mais do que você pensa, meu pai conheceu seus pais muito bem. Mas deixe-me apresentar-me, Yago Ueishiba, descendente de Morihei Ueshiba, grande mestre da magia e grande mestre de Artes Marciais, que ajudou Dumbledore a acabar com o mau que assombrava a terra e logo depois se isolou nesse castelo durante quase 50 anos, onde veio a falecer. Meu pai foi irmão de Morihei e a 1 mês morto por um covarde que se denomina Lord Voldemort.

Harry escutava tudo com muita atenção, o rapaz fez uma pausa e tomou um gole do chá quente que havia em sua xícara, e logo depois retomou a palavra.

- Sei de sua história e também sei que ainda quer se vingar, sinto isso em seu olhar, mas em toda a minha vida aprendi que a vingança é algo a ser repudiado, a vingança traz o desequilíbrio da mente, a tristeza o do coração e o ódio da alma. Conclui que como somos duas pessoas que passaram pelas mesmas coisas, tenho o dever de te ensinar o que sei fazer e o possível para que possa vencer essa guerra que está por vir, para que o equilíbrio seja restaurado.

Harry olhou com respeito para aquele que estava a sua frente, aquelas palavras tinham revigorado a sua vontade de aprender, se sentiu bem também com a lealdade com que o rapaz falava. Era alguém que Harry sabia que estava a muitos níveis acima dele. Era equilibrado e consciente.

- Quero que me ensine tudo o que sabe o mais rápido possível, pois eu ainda preciso fazer viagens pelo mundo, pra falar com e treinar com alguém que Alvo Dumbledore me indicou. - disse Harry com uma voz firme e séria, fazendo seus olhos escurecerem e um brilho novo surgir.

- Antes tenho que explicar uma coisa sobre o lugar onde estamos Harry - o mesmo assentiu, - Estamos num lugar completamente enfeitiçado, ou seja, nada do que se passa aqui é igual ao que se passa na terra. Estamos no Japão, na Ilha mais ao norte, Kyushu. Fomos trazidos pra cá por um feitiço antigo que há na minha família desde o tempo de Ueshiba. Nesse quando qualquer pessoa da família pensar, terá um lugar no qual se refugiar e que ninguém possa entrar a não ser que seja convidado. É como se fosse um universo paralelo já que nem trouxas, nem bruxos podem vê-la. Aqui o tempo se passa de acordo com o que o herdeiro determinar, ou seja, anos aqui podem ser dias lá fora, assim como os dias podem se modificar de tamanho. É um lugar feito para relaxamentos, treinos e coisas parecidas, além de também ser um lugar de paz, portanto se pensar em vingança, aqui não vai aprender nada, pense sempre no equilíbrio e como segui-lo.
Agora, se ainda quiser, vou lhe ensinar tudo o que sei. -A determinação do rapaz que estava ali a sua frente deixava Yago mais empolgado a ensinar. Não iria pegar leve com ele, seria como ele aprender, apanhando de verdade e sem dó, pensava ele.

Começaram a treinar logo no dia seguinte, iam treinar físico e diversas artes ao mesmo tempo. O treinamento estava realmente muito puxado, fazendo com que nas primeiras semanas Harry ficasse acabado.

A comida que comiam era totalmente regulada para suas necessidades, os dois se alimentavam com muitas frutas, verduras e legumes, além de arroz e peixe. O treinos de magia começaram só mais tarde, no 3° ano lá dentro. Onde Harry começou a aprender a usa a espada como ajuda em duelos contra diversos bruxos ao mesmo tempo, além de ataques com espada usando magia como distração. Assim se passaram os anos aprendendo com Yago.

Ao final do sexto ano de treino, Yago disse a Harry que seria o último ano de treino com ele, e que como última avaliação, teriam um combate entre aluno e mestre, onde ele poderia usar tudo o que lhe foi ensinado e o que soubesse a mais, até algum mostrar tanta fraqueza a ponto de poder morrer ou se um desistisse.

Harry concordou com o mestre e continuaram a treinar, só que, nesse último ano, pegando mais pesado do que em todos os anos e ultrapassando os limites que tinham chegado.

Um ano se passa e chega a data tão esperada para os dois. Yago se orgulhava de seu aluno, via claramente que agora era um verdadeiro guerreiro. Achava que o menino não iria agüentar, no começo ele sofria com treinamentos físicos intensos e quando as artes marciais chagavam, apanhava igual a um cachorro. Golpes de vários estilos o maltratavam nos primeiro 3 meses de treino.
Depois tudo tomou rumo, ele começou a se esforçar cada vez mais, e avançou em técnicas e preparação física e mental, teve melhoras surpreendentes e isso se via de longe pelo seu olhar calmo. Seu corpo que havia deixado de ser magrelo para dar lugar a músculos firmes, concentrados e definidos, que não o deixava muito grande, mas seus ombros alargaram e seu corpo se movimentava tão rápido quanto o de Yago, além de ter a mesma força.
Suas habilidades em lutas corporais já podiam ser comparadas também com as de Yago que se assustava e lutava cada vez mais a sério e concentrado a cada aula, as magias de Harry por razão desconhecida começaram a se tornar mais escuras conforme sua íris clareava. No tempo que tinha livre, Harry estudava, em livros, magias e rituais avançados e complicados, além de estudar o Japonês e as línguas élfica e Latim.
Após o seu 2° ano lá dentro começou a aprender lutas como diversas armas, bastões longos, curtos, adagas, facas, e o mais visado em treinos e mais importante para os dois, as Espadas Samurais, Daito, Katana e até a Wakizashi, essa última menos usada de todas. A Daito, a espada Maior, era considerada a verdadeira espada samurai, só um deles podia carregá-las no Japão Antigo, é uma espada que precisa realmente de treinos samurais por ser bem difícil de manejar perfeitamente. No Japão antigo todas as pessoas tinham o direito de andar com uma espada, a katana, a qual era mais leve e mais fácil de manejar sem treino correto. Já a wakizashi, chamada de honra do samurai, servia para o próprio samurai recuperar sua honra, assim como diz o seu próprio nome.

O psicológico, de Harry estava excepcional, não se descontrolava e não se irritava tão fácil. Havia um ponto no qual eles mesmos chamavam de equilíbrio corporal e os dois já se encontravam no mesmo nível.

Se encontraram numa sala onde olharam um para o outro então Yago falou.

- Se sente preparado? - disse sorrindo.

- Nunca e sempre, sem certezas mais com objetivo, não desisto até terminá-lo.

Yago olhou orgulhoso para Harry. Sabia que ele estava preparado mais do que pensara que uma pessoa em 7 anos poderia chegar.

- Me acompanhe por favor. Antes de termos nossa luta, tenho que lhe mostrar algo. - caminharam pelo castelo e pararam em frente a uma sala que Harry nunca havia visto. Ele analisou a porta feita de um material estranho, havia um arco negro com diamantes e rubis que preenchiam a porta. Yago tocou a porta, o que a fez abrir lentamente e se escancarar totalmente.

Harry olhou para dentro tentando enxergar algo, mas lá dentro a escuridão era tão densa que não conseguiria enxergar um palmo de seu próprio nariz.
O garoto podia sentir uma energia que saía da sala em grande quantidade, uma energia impressionantemente poderosa e tão forte que chegava a ser quase palpável. A emanação dessa própria energia não vinha em ondas como o normal, ela era constante, não oscilava ou qualquer coisa parecida, era como uma aura.

Yago entra na escuridão seguido de perto por Harry, e ao terceiro passo de Yago luzes fortes acendem, fazendo surgir ali uma sala grande e redonda, com uma mesa no centro e um apoiador de espadas, que havia uma única espada. E, de fato, era única, não era nem mesmo possível tentar copiá-la. Com 93 cm da ponta do cabo até a lâmina, esta com 70 cm, o cabo inteiramente branco, assim como a bainha igualmente branca, um dragão negro a envolvia em espiral, subindo até o cabo onde se encontrava a cabeça. Era uma espada diferente das normais, o poder oculto que havia nela nunca ninguém havia visto. Fora feita pelo próprio Mohriei Ueshiba, que colocou poderes que ele continha na espada, que era misteriosa e conhecida no mundo dos esgrimistas, apesar de Yago não haver comentado nada com Harry até o momento.

Harry olhou assustado quando os olhos do dragão brilharam prateado para ele quando fixou os olhos sobre o dragão. Harry se virou para Yago buscando uma resposta e o mesmo só deu um sorriso e continuou andando em direção a espada.

Quando chegaram a frente da espada viram mais uma placa, esta bem pequena, escrita apenas em japonês.

"バランスの“。"

Harry traduziu facilmente como "A espada do Equilíbrio".

- Como pode ver estamos numa sala completamente protegida e que nunca comentei. Mas antes de te falar diretamente sobre esta espada, tenho que te contar umas histórias.

Harry o olhava com curiosidade, nos olhos de Yago se passava uma sombra de lembrança e tristeza, o que fez Harry logo saber que tinha algo haver com o pai dele. Harry se mexeu incomodado esperando o que Yago ia falar.

- Há praticamente 2 meses, meu pai me trouxe aqui pela primeira vez. Me explicou o que estava acontecendo pelo mundo e na Europa nos últimos anos, sou 2 anos mais velho que você, mas não sabia nada das guerras mesmo treinando. Ele me contou muitas coisas, inclusive a história de seus pais. - disse Yago olhando nos olhos de Harry que o olhava ainda atentamente, mas agora um pouco assustado. - Me contou que foram os dois bruxos mais fortes que conheceu e as pessoas com mais habilidade em quaisquer armas que eu já escutei falar. Seu pai com preferência em armas com lâmina e sua mãe nas sem lâmina. Meu pai era fiel amigo deles e de Alvo Dumbledore.
O grande caráter e carisma deles conquistaram muitas pessoas, Lílian sempre muito amável, mas quando estourava não havia quem a segurasse, e Thiago sempre muito brincalhão, o que os fazia brigar muito. Os dois eram muito diferentes, Thiago sempre cheio de si e Lílian humilde, e esse tanto de diferença fizeram-nos encontrar um amor que passaria de uma vida, e acabaram por se casar. - parou para respirar um pouco, mas vendo a cara de curiosidade de Harry logo tratou de continuar - No começo não entendi direito porque dele ele estar me contando isso tudo, depois vim a entender que faziam parte das famílias mais antigas e poderosas do mundo. Seu pai de uma linhagem Guerreira antiga denominavam-se de Os Gryffindor, e sua mãe de uma linhagem ainda mais antiga, que se escondeu entre os trouxas até sua mãe, essa sendo a mais importante linhagem de Magos, ela era a última descendente de Mérlin antes de você nascer, Harry.

Harry olha abismado para Yago que sorri. Com tanta informação na cabeça começou a sentir uma dor de cabeça grande. Tinha acabado de descobrir que vinha de duas das mais fortes descendências de todos os tempos. Além de que uma, pensava que não passava de uma lenda, ou que tanto poder tinham que eram comparados com Deuses. Já havia ouvido histórias sobre descendentes de Mérlin, que tinham tanta magia no sangue e tanto haver com a natureza que podiam conversar com animais e plantas, puxar energia vital deles para sobreviverem, além de controlar forças naturais como vento, fogo, água, além da natureza completa e todos os derivados.

- Como assim? - pergunta o menino assustado, ainda não acreditando - Você está me dizendo que...

- Isso mesmo meu amigo, acho que também ficaria assim se soubesse disso. Meu pai também me falou que devia te procurar e te seguir onde fosse. Disse que eu devia te ensinar a Arte Samurai, e seguir com você em sua jornada. Sinto que devo fazer isso também. Um mês depois de ele me contar isso tudo, 15 comensais o pegaram sem sua espada, dormindo. Eu não estava em casa. Parece que sabia que ia acontecer. Lutou e matou com as próprias mãos 10 comensais, até que o próprio demônio apareceu e o pegou de surpresa o matando.

Seus olhos demonstraram a dor e a raiva da perda, mas não oscilara. - Acho que ele sabia que ia acontecer, escreveu uma carta dizendo para não deixar de procurá-lo. E aqui estamos, já há sete anos treinando e aprendendo juntos. Meu pai me disse naquele dia que estava aqui para dar essa espada a quem merecesse, só a quem buscasse o equilíbrio como ele, e que eu acreditasse que pudesse ser melhor do que eu mesmo na esgrima. Entrego a você a maior das duas grandes de Ueshiba. Akira. - disse ele pegando a espada com as duas mãos, ajoelhando e oferecendo a espada para ele de cabeça abaixada. Harry se ajoelhou e pegou a espada, sentindo um choque passar pelo corpo e vendo a espada brilhar, cegando os dois que ali estavam. Havia selado um ritual de confiança e lealdade até o fim.

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