Vingança






Ele olhou para o céu com atenção, no mesmo instante em que uma linda coruja parda pairava sobre o ar, gentilmente ela foi até ele.

O qual não conseguiu tirar o ar sério e cruel do rosto.

Sem muito enrolar pegou o papel, preso na garra da coruja, a qual, sem esperar uma resposta ou algo assim bateu asas e saiu dali.

Ele analisou o papel antes, de lê-lo.O desenrolou e leu com muitíssima atenção.

"Senhor Malfoy, eu lhe envio esta carta por um só motivo: vingança. Não uma vingança que quero sua, mas, uma vingança ao seu querido filho, que caso não saiba anda se envolvendo com pessoas erradas. Deve se perguntar: Quem? E eu irei dizer quem. Uma amante de trouxas. Uma nojenta e completa Weasley. Virgínia Weasley, eu sei muito bem que sabe que é. Já que, pelo que descobrir foi você que colocou o diário de Tom Riddle no caldeirão dela. Mas, continuando... Seu querido filho, Draco Malfoy, está namorando a Weasley, e por vingança eu lhe envio essa carta. Não me pergunte o motivo. Bem, eu vou indo... Ass: Lilá Brown. - aluna da grifinória".

Lúcio releu a carta mais uma vez.-Vingança?-perguntou amassando a carta com ódio.-Então, meu querido filho está se envolvendo com uma Weasley, uma repugnante e pobre Weasley.-disse com raiva, cuspiu no chão.Sem tirar o olhar frio e impiedoso, deu um pequeno sorriso, mas, raro do que podia se imaginar.-Porém, por quanto tempo?-perguntou-se dando meia volta, e fazendo sua capa balançar com o movimento.

...

Podia se dizer, que era a época mais feliz de toda a vida de Draco.

Gina e ele estavam juntos, e nada mudaria isso.

Lilá e Pansy mal olhavam na cara dele.E Rony o irmão de Gina fingia que ela não existia, entretanto, Potter herói-babaca e Hermione sangue-ruim agiam normalmente.

Zabini parecia realmente, feliz de ver Draco e Gina juntos e não tirava um completo e inútil sorriso bobo do rosto.Enquanto, Crabbe e Goyle pareciam "normais", comendo como nunca e sendo mais burros ainda.

A felicidade era imensa, só fazia duas semanas que estavam juntos, mas, mesmo assim, a felicidade era completa e radiante.

Ele nunca havia se sentido assim, o que o deixava um pouco confuso.Ainda analisava seus sentimentos, porém, quanto mais convivia com a ruiva, mas, parecia valer a pena e mais parecia gostar dela.

E ela retribuiu tal sentimento com ardor, sentindo muito mais do que ele sentia por ela.

Uma época cheia de alegria, uma fase extremamente ótima, repleta de coisas boas.

Cada beijo, cada abraço, cada troca de carinho, fazia com que ele a desejasse mais...

Entretanto, hoje se lembrou de algo que há muito havia esquecido.

Malfoy x Weasley.

Inimigos mortais.

O que aconteceria se seu pai soubesse que ele está com Virgínia, agora?

Ou quando a família dela soubesse, ignorando Ronald que desta vez, não havia contado para a família, porém, estava com um mau-humor insuportável.

Ele respirou fundo, era melhor ignorar isso por enquanto, apenas, por enquanto.

...

Ele odiou fazer isso... Principalmente, agora que estava, digamos, "foragido", mas, situações drásticas levavam a fazer coisas ainda piores.

Sem se importar foi entrando na casa, ou na barraca como queiram chamar.

-Alguém em casa?-perguntou observado cada móvel, cada objeto.

-O que faz aqui?-perguntou a mulher ao descer as escadas, segurava com força uma vassoura.Logo depois, dela venho um dos seus "colegas"...

-Lúcio Malfoy.-rosnou o Senhor Weasley.

-Bem, não vim fazer nada de mal.-os avisou.-Vim falar sobre meu filho e sua filha.-disse pegando uma das cadeiras, a limpando e como se fosse dali, se sentando.

-O que?-perguntaram juntos, o Senhor e a Senhora Weasley.

-Souberam por acaso, que meu filho está namorando sua filha?-perguntou com frieza.

-Eles já namoraram...-respondeu Molly.-Agora, minha filha namora Harry Potter.

-Não...Não...-ele disse revirando os olhos, demonstrando absoluta impaciência.-Eles reataram.

-Não pode ser!-exclamou Arthur.-Tenha santa dó, Lúcio.Agora, saia da minha casa, saia.-disse apontando para a porta.-Não quero ouvir mais nenhuma mentira.

-Não é mentira, não desta vez.-ele disse em seu tom habitual.-Você acha que perderia meu tempo vindo a esta espelunca se fosse uma mentira?

Nem Molly nem Arthur responderam.

-Eu simplesmente, estou aqui, porque não aprovo esse romance, e tenho completa certeza que vocês também não.-ele disse sério.

-O que você quer?Que fiquemos contra nossa filha?Não... Já fizemos isso.Não queremos mais sofrer.-disse Molly, com lágrimas nos olhos.

-Não...-Malfoy levantou-se.-Mas, gostaria muito que me ouvissem...

-Sem ser inimigos?-perguntou Arthur intrigado.

-Esqueceremos disso, por enquanto.-essa foi à resposta de Lúcio.

...

Gina estava extremamente feliz em estar de volta com Draco.Hermione e Harry a tratavam bem, como se nada estivesse ocorrido, enquanto, Rony mal a encarava, havia pessoas que estavam de bem com ela, pois, como Colin disse descobriram como ambos se amavam, mas, também havia pessoas que os olhavam com intrigas e raiva.

Lilá e Pansy eram uma das... Porém, ela não ligava para elas.

Estar com Draco era tudo.

Estar com ele era sua maior alegria no momento.

Não iria deixar ninguém estragar isso, ninguém.

O amava com ardor, e cada vez mais esse amor aumentava, algo puro, sincero e profundo.

Algo incrivelmente belo.

Cada olhar que trocavam, juras, beijos e toques a faziam delirar.Não se importava do que seria dali para frente.

Apenas, queria estar ao lado dele.

Só tinha sido duas semanas, duas semanas de apenas, coisas maravilhosas.

Olhou para Rony no Salão sentado ao lado de Hermione.A qual sorria feliz conversando com Dino.

O que aconteceria se sua família descobrisse que ela e Draco estavam juntos novamente?

Ela nem queria pensar...

Era melhor nem pensar nisso, já bastava o olhar penoso e vazio de Rony.

...

Eles o seguiram, receosos... Aquilo era certo ou errado?

Quem realmente sabe?

Esperavam não arranjar confusão, mas, com certeza seria impossível.

Lúcio parecia não se importar que ali era uma escola e não qualquer outra coisa.Abriu a porta dupla de madeira que dava para o Salão Principal, todo imponente.

Enquanto, Arthur abraçou a esposa, a forçando a ficar mais perto de si.

Era tarde para se arrepender?Ou não?

Lúcio não tirou o olhar impiedoso e frio dos olhos, encarando seu filho sentado na mesa da Sonserina rindo... Mas, um brilho estranho de ódio nasceu sem ele perceber ao ver uma menina ruivinha com sardas em pé, com as mãos apoiadas no ombro de tal.

-Senhor Malfoy, Senhora e Senhor Weasley, a que devo tal visita?-perguntou Dumbledore.

E todos os poucos que não haviam percebido a chegada daqueles três, agora junto aos outros olhavam para a entrada do salão.

O olhar melancólico da senhora Weasley, cheio de lágrimas e arrependimento, junto aos olhos com tristezas e cansaços do marido, era de partir o coração.Os dois estavam parados um pouco atrás de Lúcio.O qual cerrou os punhos ficando com mais raiva ao ver o filho lhe encarar.

Dumbledore contornou a mesa.E dirigindo-se ao corredor central para chegar mais perto de Lúcio, Arthur e Molly.

Rony olhou para os pais aterrorizado, não... Ele não tinha contado nada.E ainda mais para Lúcio Malfoy.

Draco se levantou em um pulo, envolvendo Gina em seus braços, em um terno abraço.

Potter também se levantou.

-Nada, Dumbledore.-respondeu Malfoy com cautela.

-Nada?-o diretor perguntou levantando as sobrancelhas.

Lilá soltou um gritinho agudo, enquanto, Pansy tinha na face uma expressão de extrema alegria.

Parvati olhou assustada para amiga... Será que era verdade o que ela estava pensando?Será?

Dumbledore perguntou novamente o porquê deles estarem ali.

-Vim falar com meu filho.-disse Lúcio em um tom pouco convincente, enquanto seu olhar penoso e assustador cobriam Draco e Gina.

Molly estremeceu ao ouvir aquilo... Certo!

O combinado era simples, eles só iriam conversar e convence-los a se separar.Mas, por que ela não gostava dessa idéia?

De repente, as lágrimas nasceram nos olhos castanhos de Gina.O que fez Draco abraça-la mais forte.

Lúcio passou por Dumbledore, o qual deu um olhar severo em direção dos senhores Weasley.

-O que quer?-Draco perguntou dando um passo para frente passou por Gina, ficando na frente de tal, mas, segurando suas mãos.

-Querido filho...-disse Lúcio.-O que pensa que está fazendo tentando proteger a Weasley?-perguntou irônico.

-E você, Lúcio?-perguntou Dumbledore se aproximando.-Não tente nada, Lúcio... Não tente nada na minha escola.

Molly começou a chorar desesperadamente, sim, ela estava certa e Arthur sabia disso... Não tinha sido uma boa idéia ouvir Lúcio, não, não, nunca.

Agora como iria pedir perdão?Como?

Os olhos cheios de lágrimas de sua filha, atrás, de Draco... Isso piorava tudo.

O medo e arrependimento cresciam em seu coração.Enquanto, o olhar frio e cruel de Lúcio só fazia com que sua alma se destroçasse.Viu Harry dar alguns passos tentando se aproximar sem ser percebido.E pior... Os olhos de Dumbledore, aquele olhar severo que dizia: "O que vocês fizeram?" Transformava tudo, ainda mais para a pior.

Lúcio respirou fundo.-Draco Malfoy, compareça á Hogsmeade esse final de semana.

-Para quê?-perguntou demonstrando raiva.

Lúcio apontou para o filho com a bengala, sorriu.-Simplesmente, acho que a convivência com a Weasley nojenta lhe fez esquecer de algo...

Dumbledore tinha um ar de preocupação, e Lúcio sabia porque.Apenas, porque o diretor da escola sabia muito bem o motivo de Lúcio querer que Draco fosse a Hogsmeade no final de semana.

Gina estremeceu.Os olhos, o rosto, o queixo, os cabelos... De Lúcio pareciam com o de Draco.Sem dúvida podia se afirmar que eram pai e filho.Mas, recordar-se que foi ele, totalmente e sem dúvida, ele.O pai daquele que ela amava... Que trouxe os seus pesadelos.Sim, pesadelos.

Tom Riddle

Ela respirou fundo, limpou as lágrimas... O que aconteceria agora?Seria Rony seu traidor?Como ele pôde?Como?Ela queria pular no pescoço dele... Que raiva sentia...

Lúcio soltou uma risada, o que fez muitos se arrepiarem do último fio de cabelo até o dedão do pé.-Meu querido Draco...-começou.-Você não se esqueceu que um dia será um comensal, esqueceu?

-O que?-Gina esbugalhou os assim comensal?

Draco soltou as mãos de Gina.E deu alguns passos se aproximando do pai.

-E se eu não quiser ser um comensal?-perguntou com receio.

Lúcio começou a gargalhar.-Seria tão burro a esse ponto?

-Lúcio, você está na minha propriedade...-começou Dumbledore.

-Cale-se.-resmungou.

-...Eu sei muito bem que Draco precisa se formar para se tornar um comensal... O que as pessoas diriam da tão poderosa família Malfoy?-pela primeira vez, podia se notar uma ironia tão irritante na voz de Dumbledore.

-Mudanças de plano.-essa foi à resposta de Malfoy, completamente, irritada e sem paciência.-Esteja lá, Draco Malfoy, se realmente, dá valor a está coisa que está tentando proteger.-disse enfatizando "coisa".

-Eu vou estar.-Draco afirmou.

Mas, nesse momento Gina empurrou Draco, se aproximando digamos do "sogro".

-Quem te disse isso?-ela perguntou com o rosto molhado, e vermelho.

Lúcio olhou para a ruiva com nojo.

-Seu... Quem disse que eu e Draco estávamos juntos?

Todos começaram a prestar cada vez mais atenção na conversa.

-Por que precisa saber?-perguntou analisando as unhas da mão.

-Para que eu possa pular no pescoço da pessoa e soca-la até ela suplicar.-aquela Gina, realmente, estava raivosa.Mal se importava com o que ali podia acontecer.

Lilá levou a mão à boca, enquanto, seus olhos tomavam um ar completo e aterrorizado.O medo corria junto ao seu sangue.E Parvati a olhou confusa, murmurando algo como: "Por que fez isso, Lilá?".

Em seus lábios surgiu um sorriso, cheio de malícia.Seus olhos continuaram frios.-Quer mesmo saber?-perguntou.

Draco começou a pensar em todas as pessoas possíveis, Blaise, Pansy, Crabbe, Goyle, Potter...

Mas, em nenhuma destas realmente, acreditava.

Gina pensou.-Sim.-disse com receio.E se fosse seu irmão?

Sua mãe agarrava as vestes de seu pai com muita força, enquanto, ele a abraçava, os olhos fechados e murmurava algo como: "Tudo bem".

-Tem certeza disso?-perguntou.

-Sim, eu já disse.-engoliu o seco.

-Então, pule no pescoço de Lilá Brown.

Lilá soltou um grito agudo, sua face tinha um temor incompreensível.Ainda mais com tantas pessoas a olhando com raiva e ódio.Sua vingança tinha ido por água abaixo.E bem... Agora sua vida seria o verdadeiro inferno.

-Eu não posso acreditar, estava tentando, mas...-começou Parvati.-Cadê a Lilá que eu conheço?

Lilá começou a ficar ofegante.-Sim, fui eu!E daí?-olhou para todos.Caminhou até Lúcio.-Então, Draco vai virar um comensal da morte?-perguntou com interesse.

Lúcio ignorou-a completamente.

-Esteja em Hogsmeade neste sábado.-avisou antes de rodar a capa que usava e sair dali.

-Continua-

Olá!-se escondendo, muito medo- T-Tudo bem?-tremendo-

Não me matem?Certo?

Culpem Lúcio!O culpem!

Eu não tenho culpa de nada, ele que me obrigou.

Mas, gente... Ele mais tarde iria saber mesmo.E vocês acham que ele deixaria barato?

Alguém faz idéia do que vai acontecer?

Apesar, de que eu não... Muito.

Sinto muito.Mas, até sábado chegar... Eles podem aproveitar, não é mesmo?

E Lilá!Ela é mais perversa do que podem imaginar...

Coitadinhos do senhor e senhora Weasley se sentem um lixo, agora.

Pobrezinhos.

Hmm... O que vai acontecer?

Será que Draco vai virar um comensal?

Mas, como Lúcio disse... É bem melhor se ele realmente, amar Gina.Apesar, de que eu não concordo tanto.Não... Não...

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