Quando tudo estava tão bem...





Eu não posso acreditar.-ela disse enquanto, era observada pelos olhos verdes e penetrantes dele.

-Foi ele que contou para Rony, na frente de todos que vocês estavam juntos.Foi ele!-ele disse e segurou no pulso dela.- E isso não é tudo...

-Não!-ela berrou tentando se soltar.-Você está mentindo e...

Ele não falou nada, começou a caminhar a puxando pelo pulso.

-Pare, Potter.-ela começou a dar socos em Harry com a mão livre.Potter só podia estar mentindo.Draco, ela amava Draco.Ele não podia ser uma farsa.-Me larga, seu idiota!Eu te odeio!Odeio!

Ele continuou a puxando, e caminhando, sem se importar com os socos e até alguns chutes, mas, segurando cada vez mais para que ela não se soltasse.

-Canalha!Imbecil!Idiota!-ela começou a xinga-lo, sem ao menos pensar.Na verdade, ela nem conseguia raciocinar.

...

Draco olhou para chão e depois, voltou a encarar Pansy, agora com os braços cruzados diante ao peito, a cara de buldogue emburrada e o pé batendo freneticamente no chão.Ela estava muito impaciente.

-Está pensando muito...-ela disse nervosa.


Desculpe pela demora mas eu TINHA que estudar mas valeu apena vou postar mais dois capts... achooo

bjooss e comentem!
-Eu penso.-ele sorriu sarcástico.Apesar, de estar em uma enrascada não conseguia tirar a pose.-Diferente de você.-ele disse isso apenas, para ferir os sentimentos dela.Apenas, para mostrar que não iria baixar a crista.

Ela realmente, se sentiu ofendida.Mas, nada disse.Apenas, continuou o encarando esperando uma resposta...

Ele por sua vez não conseguia parar de pensar.Queria terminar com Pansy, ela estava cansativa... E as palavras de Gina, bem, aquelas palavras tiveram um efeito não muito esperado por ele.Ele nunca pensou que ao ouvir tais palavras iria ficar assim tão confuso... Mas, agora se desistisse de Parkinson, ela contaria tudo para Virgínia.E ele perderia seu brinquedo predileto.Ninguém gosta de se desfazer de brinquedos prediletos, ainda mais quando se sentem obrigados...

-Responda... Não quer ficar o dia inteiro aqui, quer?-ela perguntou impaciente.

-Sua resposta é...

...

De repente, Harry parou e Gina esbarrou nele.

-O que você está fazendo?-ela perguntou brava, seu rosto estava até vermelho.

-Calma...-ele disse bem baixinho, em um murmuro.E apontou para algo.-Você vai ver quem é seu santo Malfoy.

-O que?-Gina seguiu com os olhos para onde Potter apontava.E lá estava, Malfoy e Parkinson...-O que eles estão fazendo e...

Potter tampou a boca dela.-Fica quieta e escuta.-ele pediu.

Ela acenou um "sim" com a cabeça.E ele tirou as mãos que estava sobre a boca dela.Silenciosamente ambos foram se aproximando e se esconderam entre alguns arbustos que havia ali.

...

-Diga logo!-ela descruzou os braços.E seu pé começou a bater com mais força no chão.Talvez, até ela estivesse se cansando de tudo.

-...Sua resposta é simples.-ele disse com um tom de voz sensual.O que fez o nervosismo dela diminuir um pouco, ela relaxou os ombros e até parou de bater o pé.Porém, seu olhar demonstrava fúria.-Você é minha.-ele riu por dentro.Claro que ela era dele.Pois, Malfoy não era de ninguém.E Pansy, era seu brinquedo.Mas, um brinquedo que estava se tornando perigoso.Aliás, todos os seus divertimentos estavam.E nenhum mais do que Gina.

Os olhos de Pansy brilharam de felicidade.E não demorou para se aproximar dele e segurar a face de tal.-Eu sabia que você não iria me deixar.

-Claro...-ele disse fechando os olhos e contando mentalmente até dez. Ela foi tocando os próprios lábios nos dele.E ele por dentro sentiu...

Nojo!

Sim... Ele nunca havia sentido nojo de alguma menina.Nem da Weasley quando a beijou pela primeira vez.E de Pansy... Pois, convenhamos, Pansy Parkinson era uma menina bem vista, bonita, elegante e de uma família rica de bruxos.Como alguém poderia sentir nojo dela?

E ele... Sentiu.

E ao mesmo tempo, se sentiu arrependido pela resposta há pouco tempo dada.Mas, nada fez.Só de pensar que talvez, Gina quase tenha ficado sabendo de seus podres.Isso tinha o machucado, sem ao menos saber o porquê.Isso tinha doído.E ele não queria pensar nisso.

Por isso, retribuiu com ardor o beijo de Pansy.O qual era como um vício, uma droga.O qual ele usava para esquecer do resto.Isso era o beijo de Pansy.Uma droga, para que ele se entorpecesse com a sensualidade e a luxúria dela.

E pudesse esquecer pelo menos por alguns minutos de sua "tentação" pela ex-Weasley.

...

Gina começou a ofegar.Harry olhou assustado para ela.Talvez, tivesse sido errado Gina ter visto tal cena.

As lágrimas nasceram em seus olhos e escorreram por sua face, seu olhar era melancólico, sofrido, traído.

-É mentira...-ela murmurou, querendo acreditar nas próprias palavras.

-Gina.-Harry a chamou em um murmuro tão baixo quanto o dela.

-É mentira!-ela gritou, saindo dos arbustos.

O que chamou a atenção do casal á frente.Malfoy e Pansy a encararam com medo.Entretanto, o olhar frio e sem sentimento de Draco havia um temor muito maior do que de Pansy.No dele tinha arrependimento e parecia ter raiva.Mas, Gina não quis saber de nada.

-Meu único amigo!-ela exclamou ironicamente.

-Não é nada do que está pensando...-Malfoy tentou consertar em vão, porém, tal atitude apenas, piorou tudo.E quando o olhar de Draco avistou um certo moreno de olhos verdes... A fúria podia ser percebida no olhar azul acinzentado e mortífero dele.-O que ele faz aqui?-perguntou nervoso, passando a mão entre os cabelos loiros platinados.

-Claro... Mentiu para meu irmão!-Gina não respondeu a pergunta de seu namorado, ou ex... Ou seja, lá o que ele tinha sido, pois, com certeza não seria mais.-Minha família me odeia por sua causa.-ela fechou os olhos respirando fundo.

-Não respondeu minha pergunta.-Draco não queria perder a pose, mas, se continuasse assim, ele iria.

-E nem espere que eu responda.-ela falou voltando a abrir os olhos.

-Melhor você pararem de brigar...-Pansy até tentou falar, mas, o olhar fatal que chegava a pegar fogo de Virgínia a calou.

-Quando Potter me contou que foi você, Malfoy, que contou para Rony que eu tinha um caso assim, com você... Eu não desejava acreditar.-as lágrimas caiam uma atrás da outra.

Malfoy olhou para Potter, que o encarava sem cessar.-A minha vida é minha.Não pode se intrometer.-ele disse nervoso, a voz se elevando.

-Gina não merecia o que você estava fazendo com ela.-Potter disse confiante.

-Eu não estava fazendo nada com ela!-ele exclamou aos gritos.Malfoy estava perdendo o controle.

-Não...-ela fungou.-Realmente, não estava fazendo nada comigo.-apontou para Pansy.-Estava fazendo com ela.O que é muito pior... Eu pensei que pelo menos, gostasse de mim.Assim, sem amar nem nada.Talvez, só como amiga... Não sei.Tinha sido meu único amigo quando todos me deixaram.E eu, a burra, acreditei.

-Eu fiquei do seu lado.-ele afirmou com a voz trêmula.

-Claro!-ela exclamou não evitando a ironia na voz.-Mas, você era o culpado por eu ter ficado só.-ela colocou a mão sobre a testa.-Por Merlim... Como eu pude ser tão burra?Como?

-Prefere acreditar nele.-ele disse com nojo na voz, se referindo a Potter.-Do que em mim?

-Oh!Com certeza, eu irei acreditar em você depois, do que eu vi.-ela tirou a mão da testa em um movimento brusco.

Ele ficou em silêncio.

-Foi loucura minha pensar, em um Malfoy, sim, meu irmão estava certo.Você é uma cobra!Como seu pai!Um Malfoy e um Weasley.Eu estava louca.-ela limpou as lágrimas com as mãos.-Então, quanto tempo pretendia enganar a idiota, aqui?

-Eu não estava te enganando...

-Não!O que estava fazendo, então?

-Eu...-ele não tinha como se explicar, ela tinha visto.E ele nem sabe desde quando.

-Viu!Você não estava me enganando... Estava me colocando um lindo par de chifres.-ela falou com um tom humorado, mas, quem olhasse para sua face e olhos veria como estava sofrendo.-Eu fui burra... Como fui.Mas, agora Draco, pode brincar com essa aí, pode se divertir as minhas custas.E eu disse que te amava.-ela disse se lamentando, disse em um tom sofrido.

Harry olhou com pena para Gina.Pela primeira vez desde quando começaram a discutir, havia desviado o olhar de Draco.

-Mas, eu não quero te amar mais.

-Querer não é poder.-ele disse convencido.

-É. Mas, eu vou me esforçar para mudar esse ditado.Vai ver... Querer é poder sim.-ela falou o desafiando.-Sabe por quê?

-Não, não sei...

Pansy e Harry observavam atentos.

-Seu amor não vale a pena.-ela suspirou.-Me sinto um lixo.Mas, agora eu sei que você não presta, que me traiu, que me enganou.

Ele engoliu o seco, pois, sentiu frieza nas palavras dela e isso fez seu coração doer.

-Acabou!Você não presta.-ela gritou irritada.-Eu tenho nojo de você!

...

Draco paralisou.Pois, não fazia nem muitos minutos que tinha sentido nojo de Pansy ao beija-la.E ao ouvir Gina falar isso.Ele sentiu-se um lixo, um grande nada.E nem todo seu poder e riqueza, o fazia ficar mais forte neste momento.

-Nojo...-repetiu para si mesmo.

-Nojo!-ela repetiu para ele.-Eu me enganei ao dizer a todos que quem eu odiava era minha família, meus entes queridos... Pois, agora eu sei quem eu devo odiar.Quem é o culpado da minha vida estar um caos.-o rosto avermelhado, o olhar melancólico, os olhos e face molhados pelas lágrimas, agora, que tentavam cessar.-Pensando melhor... Toda aquela aproximação.Você queria acabar comigo e com meus entes próximos... Só pode ser isso.Só pode!

-Quer saber?Eu fiz isso sim.-ele afirmou.Ver ela o xingando, e dizendo que o odiava doía demais.Então, já que, as suposições feitas... Eram verdadeiras.Melhor dizer logo tudo.-E não vou negar.Eu brinquei com você.-ele se aproximou dela.Tocou os cabelos vermelhos dela.-E lhe garanto foi meu brinquedo preferido.-ele que deveria ser chamado de burro.Não conseguia pensar que falando isso, agora assim, tudo estava acabado.

Pansy pareceu ofendida ao saber que não era o brinquedo predileto de Malfoy.-Por Merlim, cansei desse lega, lega...-ela disse enquanto, dava meia volta para sair dali.

Potter até podia falar isso e ir embora, porém, continuou ali.

...

Gina encarou os olhos cheios de mistérios de Malfoy.-Brinquedo...-ela repetiu em um cochicho.-Tome aqui seu brinquedo!-ela berrou e deu um tapa na cara dela.-Eu pensei que era meu único amigo, que era a única pessoa que sempre eu poderia confiar.Não podia imaginar que a culpa de tudo era sua.Eu te odeio, Malfoy.E diferente de todos, eu nem quero pensar na palavra perdão.Porque você não merece o meu perdão.Então, não tente nada.-ela disse ofegante.-Agora ache outro brinquedo predileto.Esse aqui, nunca foi seu brinquedo e nunca será!

Ele não evitou, gargalhou.-Foi sim...

Ela nem pensou, deu outro tapa na cara dele.-Talvez, mas, não vou ser mais.Eu odeio você!Passar bem...-disse raivosa.O empurrou e saiu correndo.

Ela se sentia horrível por dentro.Acabada.Mas, não podia dar uma chance para ele... Pois, sofreu tanto e ele viu como.Aliás, a culpa de seu sofrimento era dele.E isso a magoava ainda mais.

Porém...Ninguém manda no coração.

E ela não poderia parar de ama-lo, como agora amava.O mais doloroso era amar alguém e saber como ele era mau para você, como ele tinha a traído, como ele tinha a enganado.

...

Draco ficou autônomo.Viu ela sair correndo.E a dor no coração aumentou.

Agora só sobrara ele e Potter...

-O que ainda está fazendo aqui?-Malfoy perguntou encarando Potter.

-Nada... Eu só quero dar algumas palavrinhas com você.-Potter disse com ar superior.E infelizmente, Draco pensou que Harry podia ter esse ar.Draco estava acabado agora.

-É mesmo?-perguntou sem interesse algum.

-Você não sabia... Mas, eu havia visto você se agarrando com Pansy.-Potter confessou.

-E foi contar para Virgínia.-retrucou irritado.

-Não, faz tempo que vi.Eu não contei sobre isso.Eu apenas mostrei.-Potter confessou, assim, na cara-dura.

-E daí?É isso que quer me contar?Se for, vai embora!-Malfoy falou mal-criado.

-Eu já vou...-Potter começou a se aproximar de Draco, o qual estranhou tal aproximação.-... O que você fez com Gina não tem perdão.Mentiu para ela, para todos.Estragou minha vida, a dela, de Rony, Mione e entre outros.

-Ela já falou isso.-Draco disse impaciente.

-Você estava tão convencido de que sempre a teria por perto... Mas vai se arrepender!-Harry se aproximava cada vez mais de Draco.

-Já acabou?-Draco não conseguia ser inferior.

-Eu disse que se ferisse os sentimentos dela, eu iria estourar sua cara de doninha, não é?-os olhos verdes de Harry tomaram um certo brilho assassino.-Há tempos quero fazer isso...-Potter cerrou o punho e antes, que Draco pudesse fazer algo.Harry meteu um soco bem dado na face metida de Malfoy, derrubando este no chão.-Eu tenho certeza que já está arrependido de ter perdido a Gina.-dizendo isso saiu dali.

Deixando Draco sozinho.

Malfoy massageou o lugar em que recebeu o soco.Passou a mão pelo nariz e viu que esse sangrava.Deitou-se na grama.O que ele tinha feito?

O arrependimento...

A culpa...

A dor no peito...

O medo de Virgínia não falar mais com ele...

A solidão...

Tudo o confundia, tudo o machucava.

Fechou os olhos se contendo.

-O que eu fiz?-perguntou-se.Mas, sabia ser em vão...

Agora já estava feito e não tinha como voltar atrás.Virgínia o odiava... E ele mal sabia porque isso era tão dolorido.

Tudo estava tão bom... Mas, ás vezes, nós temos confiança demais.Fazemos algo sem pensar nas conseqüências em geral.E quando, desejamos machucar alguém profundamente, no fim... Somos nós que saímos mais feridos.

Fechou os olhos e esperou o nada.

-Virgínia, eu... O que você fez comigo?-ele perguntou.Mas, ninguém o respondeu.

Ele sabia que Virgínia era diferente, ela era um dos seus brinquedos, mas, desta vez, era o preferido.Mas, agora ele não a tinha mais.E assim, pode perceber que não a queria como um brinquedo.Talvez, como o que tentava negar, queria ela como uma pessoa preferida... Não ele a queria como algo muito maior do que isso.Só não conseguia descrever como.Ela tinha mexido com ele.Ela tinha feito o que ninguém mais havia conseguido... Entretanto, a mentira havia sido curta.E agora só podia se dizer que:

Era tarde demais...


.Continua.

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