Hora do Jogo







Fazia quase dois meses que Natalie estava trabalhando no Ministério e mesmo tendo muito tato com a garota, Gina continuava muito impaciente. Todos que a conheciam há algum tempo poderiam comentar a brusca mudança no comportamento da ruiva. E tudo isso devido ao fato de que ela fora ‘escolhida’ para ‘chefiar’ a sobrinha, já que Rony estava muito ocupado e Harry, junto de Draco, estava em constantes reuniões sobre métodos de segurança mágicos e coisas deste tipo.


“Se essa garota disser que não entendeu mais alguma coisa ou que algo não está bom mais uma vez eu vou transformá-la em um cogumelo dançante!” a ruiva pensava tentando manter a calma com a ‘ruivinha’. Fazia exatos trinta minutos que Gina pedia o mesmo relatório e a sobrinha se negava a entregá-lo alegando que não tinha ficado como o esperado.


_Natalie, eu quero o relatório – Gina disse controlando-se – por favor.

_Mas, Tia Gina – Gina bufou, não se sabe de impaciência ou de ódio – eu já disse que não ficou bom. Eu ainda não sei fazer e...

_Impossível – a ruiva mais velha disse impaciente – você está treinando há meses, e, além disso, eu já te ensinei milhares de vezes a mesma coisa.

_Ah, tá bom. – a garota falou entregando o pergaminho à contragosto – mas depois não vá reclamar.

_Obrigada. – Gina falou educada, pegando o pergaminho de qualquer forma e pondo-se à andar rumo a sala de reuniões, desta vez sem Natalie em seu encalço.


A ruiva quase caiu da cadeira, horas depois, ao constatar que o relatório feito pela sobrinha estava perfeito, com tudo o que ela tinha pedido e ainda com informações adicionais. “Enfim, ela prova ser filha do Gui.” Gina pensou com certo orgulho do irmão, lógico. A reunião em questão era mais uma sobre os ataques repentinos a vilarejos inteiramente bruxos. E a principal questão era descobrir como alguns bruxos estavam conseguindo seguidores trouxas, aliados muito interessantes em caso de um ataque surpresa. Gina ficou trancafiada naquela saleta de reuniões junto de Pansy, que estava entediada, e Draco que pela primeira vez não presidia uma reunião daquela importância, e não gostava muito da idéia.



***********Sala de Ronald Weasley************


_Tio? Posso entrar? – Natalie esgueirava a cabeça para dentro do aposento vazio. – hum, ótimo. Não tem ninguém.

A ruivinha entrou no escritório do ‘Tio’ e pôs-se a procurar o que queria. Olhou em várias gavetas e nada. Quando estava cansando de tanta procura sem resultados avistou uma pasta amarelada com um carimbo oficial do Ministério a lacrando. A curiosidade aguçada a fez aproximar-se da pasta, com o coração aos pulos. “Se eu encontrar, ele vai ficar tão feliz!” ela pensava quase conseguindo pegar a pasta. Quase. Uma voz a fez congelar e no mesmo instante um sorriso ingênuo, que contrastava com a escuridão de seus olhos, apareceu em sua face.


_Ah, Tio Rony, você me assustou. – ela falou fingindo inocência.

_E você ainda não me respondeu. – ele falou analisando-a com cuidado – o que faz aqui?

_Eu? Er... Bem... Eu... - “Pensa, pensa!” - vim ver se precisava de alguma ajuda. – ela falou cínica.

_Sério? – ele perguntou meio incrédulo – bom, se for isso eu agradeço. Tenho pilhas de pergaminhos para organizar e catalogar.

_Então, melhor começar logo – ela falou pegando a pasta em cima da mesa e mais alguns pergaminhos – não podemos acumular serviço, não é. – falou saindo da sala.

_Natalie. – Rony chamou antes que ela saísse - volte aqui. – ela obedeceu, como um cãozinho assustado.

_Sim, algum problema? – ela sorriu.

_Esta pasta, que estava em cima da minha mesa – ele apontou para a pasta amarela – não precisa de seus cuidados.

_Er, desculpe-me. Eu achei que fazia parte do ‘bolo’ – ela falou devolvendo a pasta, com certa relutância.

_Tudo bem. – ele falou simples – contanto que não aconteça de novo.

_Não acontecerá. Até. – ela falou sorrindo e saindo porta afora.


“Merda! Eu cheguei muito perto. Aquela pasta deve ter algo importante para que ele fizesse tanta questão dela.” ela pensava enquanto caminhava furiosamente até sua ‘sala’ no final do corredor B. “Inferno de sala apertada” reclamou antes de colocar os pergaminhos na mesa e começar a catalogá-los.



*********Sala de Pansy Parkinson***********


_Hum, Baile? Não sei se é boa idéia Harry...

_Ah, vamos, por favor. – ele falou agarrando-a por trás – vai ser bom pra gente sair desta rotina chata.

_E o Adam? – Pansy perguntou como última tentativa de escapar – Você sabe que eu não gosto de deixá-lo sozinho à noite...

_Deixe ele com a Sra. Phits... – o moreno disse como se já tivesse ensaiado todas as respostas para os argumentos dela – Você sabe que ela sempre nos ajuda, e ainda por cima ela gosta muito do Adam.

_Ok, ok, Harry! Eu me rendo... Nunca pensei que fosse arrumar um homem tão persistente como você.

_Pois é... Mas eu não precisei persistir muito para que o Adam fosse gerado... – ele comentou sentando-se na mesa e rindo, já prevendo como ela reagiria.

_O QUÊ VOCÊ QUER DIZER COM ISSO HARRY POTTER??? – a morena gritou.

_Calma, meu amor – ele disse amenizando o clima e puxando-a para perto de si – você sabe fisgar desde que te vi quando cheguei aqui.

_É, o que eu posso fazer se sou irresistível? – ela perguntou sorrindo, enquanto ele a puxava para um beijo. Depois de muitos beijos e alguns amassos – Harry, chega... Chega... Temos um baile pra ir, esqueceu?

_Ah... você sempre estraga nas melhores horas...

_Você quer ir ao baile ou não? E eu ainda tenho que ir pra casa me arrumar– perguntou já nervosa, com as mãos na cintura.

_Ok nervosinha. Vamos pra casa...tomar um banho. – ele disse indo em direção à ela novamente.

_Vamos? Negativo, vai você na frente que depois eu vou. Tenho que terminar uns relatórios aqui.

_Putz! Você não alivia mesmo, né?

_E avise a sra. Phits, ok gatinho... – ela falou dando um estalinho no moreno, que continuava olhando-a estupefato. – e se você não vai, então vou eu. – disse aparatando para o apartamento dos dois.

_Gatinho? Mas essa morena é muito abusada mesmo... – Harry murmurou para si indo aparatando atrás dela.


**********À Noite, no Baile do Ministério**********


_Então, você conseguiu descobrir algo? – a ruiva perguntou numa voz baixa.

_Não muita coisa, mas definitivamente, algo interessante. – Luna comentou suave servindo-se de ponche.

_Fale de uma vez Di Lua – ordenou Pansy numa voz alterada.

_Shiu. Não atraia atenção, Pan. – Gina cesurou-a.

_Chamar atenção? Há. E o que dizer do seu vestido, Sra. Malfoy?



Gina trajava um longo vestido, costas nuas – tipo frente-única – na cor amarela, suave. Usava uma sandália de ouro envelhecido nos pés e os cabelos estavam presos em um coque arrumado. No rosto usava pouca maquiagem, apenas o necessários para realçar sua beleza natural.



_Que tem o meu vestido? – Gina perguntou com a voz ferida.

_Querida, até Merlin levantou do túmulo hoje só pra te olhar. – Pansy falou referindo-se a um bruxo muito velho que estava numa mesa próxima a elas e que praticamente engolia as três com olhos.

_Oras, eu não tenho culpa deste cavalheiro ser um ... um...

_Um? – perguntou Mione, chegando-se no grupo, interessada.

_Um... sem noção! Isso é o que ele é. – Gina falou já vermelha.

_Só porque ele está te olhando com cara de quem poderia devorar um Hipogrifo sem talheres? – Hermione perguntou, rindo.

_Parem com isso, ok. Vocês não podem falar nada do meu vestido. Principalmente você, Sra. Potter. – ela disparou, fazendo Luna engasgar de tanto rir e Mione divertir-se com a cara de assustada de Pansy.

_Eu estou simples, ok. – a morena falou, corando involuntariamente. – eu só... estou mais arrumada, é isso. E não sou a Sra. Potter... ainda.


Pansy trajava um vestido longo roxo, não muito escuro, com um decote generoso na parte dos seios. Uma sandália prata de saltos muito finos combinando com sua bolsa pequena e os cabelos metade presos para dar um ar mais natural à produção.


_Ah, tá. – Hermione falou rindo – então nós não podemos nos culpar por possíveis enfartes masculinos nesta noite.

_Concordo com a Mione, nós estamos arrasando meninas. – Luna falou empolgada.


Hermione usava um longo de seda na cor salmão, que fazia sua leve barriga despontar e tinha uma bela fenda na perna direita, que fazia Rony espumar de ciúmes ocasionalmente. Um conjunto de brincos de pérola combinando com sandálias na cor também pérola. (N/A: Essas sandálias existem???)

Luna vinha num vestido azul turquesa que realçava e muito seus olhos já proeminentes. O cabelo enorme estava liso como nunca. Nos pés sandálias pretas de salto fino.


_Bom, estamos lindas, deslumbrantes, mas o que viemos fazer aqui, além de sermos vistas e bajuladas por todos deste Ministério idiota – Pansy falava e as outras prestavam a máxima atenção, exceção para Luna que observa salão à volta – é saber algo sobre esta nova Weasley.

_Ainda me sinto mal por desconfiar da filha do meu irmão, sabe.

_Gina, isto não é hora para arrependimentos. Temos que descobrir o porque dela querer aquela pasta.

_Eu sei, mas isso não me preocupa. Qual seria o interesse dela naquela pasta? Afinal apenas informações confidenciais existem ali, nossos endereços, bruxo-fones (N/A: Inventei.), esse tipo de informação inútil...

_Inútil? – Luna perguntou atônita – vocês são inomináveis! O correto era que nem eu conhecesse a casa de vocês.

_Mas você é diferente. Trabalha como enge-bruxa, mas é uma agente disfarçada 24 horas. – Hermione comentou casualmente.

_O que eu sei é que esta Natalie é muito estranha. – Pansy comentou estranhamente séria – agora me lembrei de algo que aconteceu hoje.


*********MINI FLASHBACK*********


_O que faz aqui, menina? – Pansy perguntou surpresa ao vê-la saindo da sala de Rony.

_Só vim procurar meu tio. Tenho um recado para ele, mas ele não estava. – disse Natalie sorrindo amarelo.

_Então anote o recado e deixa aí em cima, na mesa... ou melhor: porque você não dá o tal recado para Hermione?

_Ah, porque.. er.. porque... ela está sempre ocupada, então... eu.. não quis incomodá-la.

_Sei. – Pansy analisou-a minuciosamente – bem, se era só isso, porque ainda está aqui?

_Porque você me parou! – ela falou na defensiva, escondendo algo nas vestes.

_Ok, pode ir então. – Pansy falou saindo da frente dela e pode ouvir Natalie murmurar um “não fica assim”, mas quando a olhou a menina já virava um corredor. – acho que estou ficando paranóica. – completou para si mesma.




***********FIM DO MINI FLASHBACK***********



_Bom, isso não diz muita coisa, não é? – Hermione falou.

_Não faria se não fosse um detalhe: eu esbarrei com Natalie no final do corredor e ela parecia realmente nervosa.

_Nervosa como? – Gina perguntou.

_Parecia... sei lá, estressada? – arriscou Hermione.

_Não... era mais apressada. Parecia que ela tinha que ir à algum lugar, porque nós nos esbarramos e ela deixou cair um pedaço de papel, e...

_E o que estava escrito?- Gina e Pansy perguntaram em uníssono.

_Não prestei muita atenção. Mas a letra estava corrida, parecia que tinha escrito com pressa e... – Luna arregalou os olhos e levou as mãos à boca.

_E o quê? Fala! – Pansy estava quase tento uma síncope*

_Tava escrito, bom, não sei se era, mas bem que poderia, então tudo faria sentido, e... – Luna murmurava mais para si mesma.

_Luna, pelo amor de Merlin, DESEMBUCHA! – Gina meio que gritou no ouvido da amiga.

_Marshall... estava escrito algo como Marshall e também tinha algo como vingança... ou era vacina?

_Vacina? – as outras a olharam incrédulas. – Por favor, sem brincadeiras. – Mione falou cansada.

_Olha que está chegando ali. – Gina apontou discretamente para a entrada do salão do ministério – minha sobrinha favorita.

_É sua única sobrinha Gi – Hermione falou rindo – até porque acho que estes aqui são rapazes, chutam o tempo todo.

_Bom, temos que admitir que a ruivinha sabe se vestir. – Luna falou observando Natalie, que usava um vestido vermelho vivo, com alças de silicone e o cabelo solto.

_Talvez, mas ela ainda tem a festa inteira para ‘estragar’ a produção. – Pansy comentou venenosa.

_O que quer dizer com isso Pansy? – Gina perguntou alarmada.

_É melhor tirar seu Hipogrifo da chuva – a morena fuzilou a ruivinha com o olhar, e esta pareceu sentir pois encarou-a – temos uma surpresinha pra você, querida. – disse a morena apanhando mais um copo de ponche e andando em direção à mais nova integrante da festa, com as três em seu encalço.





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N/A: Hello povo!
*se esconde das imperdoáveis*

Dei um susto em vocês, né. Pois então, galera, vou explicar-me... eu tive um surto!
Isso mesmo, vieram TANTAS idéias na minha humilde mente que eu entrei em pane. Saí de funcionamento. Foram muitas idéias malucas para uma pobre autora de mente perturbada, ok.

Me perdoem!!!!!!!!!!!!!!!!!


*Síncope: palavra retirada do flog de uma amiga (Vlw Nique!) e inserida no vocabulário da minha beta Nandika (ela VIVE por esta palavra!!!). Então uma singela homenagem, por ela ter me ajudado (e muito) neste cap. Thanks amigaaaaaaaaaaaaaaa.


Então, mas chega de lero-lero... gostaram do cap?
Vlw a pena a demora?
Ainda querem me matar??????
O que será que a Pansy vai fazer??/ ai ai ai...


Digam tudo isso, COMENTANDO, ok.

Bjoks.



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