Lembranças e Amores.






Após a saída de Draco, Pansy ficou envolta em lembranças. De repente aquela sala tinha ficado grande demais pra ela. Olhou em volta e a mesma sensação de anos atrás a invadiu. Sentia-se como uma criança abandonada no meio de uma tempestade: estava sozinha. Sentia-se indefesa como daquela vez, ainda em Hogwarts, no corredor do quinto andar.


***** FLASHBACK*****


Estava andando à procura de Draco para entregar-lhe uma correspondência. Sua coruja Najah tinha confiado o envelope às mãos de Pansy. Isso era um fato realmente estranho, pois as corujas só deveriam entregar as cartas aos devidos remetentes, porém como todos ainda achavam que ela e Draco Malfoy estavam noivos, a coruja entregou o pergaminho com o brasão da família Malfoy à morena.


_Ah, Draco onde você se meteu? – ela pensava enquanto andava sem rumo definido nos corredores.


Pansy tinha por volta de 14 anos e seus curtos e negros cabelos emolduravam seu rosto de boneca de porcelana. Seu corpo estava se desenvolvendo rápido, o que chamava atenção de alguns rapazes, mas de nenhum que ela realmente se interessasse. Estava prometida à Draco Malfoy praticamente desde seu nascimento, pois as famílias Malfoy e Parkinson há muito desejavam unir suas fortunas.


Mas a convivência com Draco a fez notar que não era ele quem ela queria ao seu lado. Ser amiga de um Malfoy até que seria bom para sua reputação, além de afastar possíveis pretendentes indesejáveis, porém viver com um Malfoy o resto da vida? Não, isso ela não iria suportar. Conviver com Draco já era por demais cansativo, imagina morar com ele.


Afastou tal pensamento com um abano de mão. Quem a olhasse sozinha neste corredor provavelmente a acharia uma louca por falar sozinha e gesticular à esmo. Essa realmente não estava sendo uma boa noite. Estava andando há quase quarenta minutos e nada de encontrar o Malfoy.

_Ah, por Salazar! Onde ele se meteu? – ela perguntava para si mesma quando um grande raio iniciou a tempestade que estava por vir há algumas horas.


Nuvens negras preenchiam o céu em volta de Hogwarts naquela noite. A brisa gélida que corria pelos corredores estava quase fazendo-a congelar. Apertando ainda mais os braços em volta do corpo, tinha deixado seu casaco no dormitório, voltou-se para a escadaria mais próxima. Não conseguiu chegar ao final, pois a mesma mudou de lugar. “Maldição!” ela foi seguindo o novo caminho que as escadas à levaram e chegou à um corredor escuro e desconhecido por ela. Ouviu um ruído estranho. Parecia que alguém estava preso, mas onde?


_Alô, tem alguém aí? – ela falou para o corredor escuro numa voz firme que contrastava com seu corpo que tremia de firo e medo.

_Ei, me ajude. – uma voz feminina cortou o ar próximo à ela.

_Onde você está? – ela perguntou dando um passo a diante avistando uma porta.

_Estou aqui. – a voz continuou – dentro da sala.

_Quem... quem é você? – ela perguntou com a mão na maçaneta.

_Estou presa... me ajude. – a voz fez-se de sofrida e Pansy abriu a porta num estrondo.


A sensação de estar num beco sem saída a invadiu. Sentiu o chão tremer e suas pernas desfalecerem. Tateou no chão escuro a varinha que há pouco caíra, em vão. O pânico apoderou-se dela. Gritou. Seus sentidos estavam começando a falhar. Rezava para que alguém aparecesse e a tirasse de lá. Aquela criatura estava dano calafrios. Como aquilo foi parar em um escola? Era assombroso. A criatura se aproximava e Pansy somente tremia. Suas esperanças de ser salva estavam sumindo quando uma voz cortou o ar.


_RIDDICULOS! – um rapaz de quinze anos, olhos verdes e óculos adentrava a sala.


O moreno vestia o uniforme da Grifinória e olhou-a segundos antes dela desmaiar. “O que eu faço com a Parkinson agora?” Harry pensou ao acolhê-la após o desmaio. Decidiu levá-la até a enfermaria, com certeza Madame Pomfrey o ajudaria. Porém ao chegar em frente à porta da enfermaria constatou que a mesma estava trancada. “Merda!” ele disse carregando a morena então para a Torre da Grifinória.

Por sorte não havia mais nenhum aluno no Salão Comunal e ele pôde levá-la para o dormitório. Depositou-a em sua cama e foi tomar um banho quente. “Aquela chuva tinha que cair logo quando eu estava treinando!” ele pensava ao sair do banho e encontrar a morena totalmente acordada e assustada sentada em sua cama.

_Como eu vim parar aqui? – ela indagou um pouco tonta. – E não minta!

_Achei você em uma sala. – ele respondeu pondo os óculos, já trajava seus pijamas – estava sendo atacada por um bicho-papão.

_Eu... não me lembro direito. –ela falou com a mão na testa. Estava suando frio.

_Sabe quem sou eu?

_Sim, você é Harry Potter. O herói Grifinório – ela comentou sarcástica.

_Vejo que já está se recuperando. Até lembrou-se do sarcasmo, não é.

_Foi você quem me ajudou então? – ele fez que sim com a cabeça – porque fez isso?

_Não tenho o costume de deixar quem quer que seja encurralado daquela forma.

_Eu não estava encurralada. – ela defendeu-se.

_Claro que não – ele foi irônico – sua cara de pânico demonstrou isso muito bem.

_Ora, não tenho que ficar aqui ouvindo essas coisas. –ela falou levantando-se, porém sentiu-se tonta e caiu na cama de Harry outra vez.

_Acho melhor você ficar quieta. O que você viu naquela sala, de certa forma, te fez muito mal.

_Era meu avô.

_Quê? Está me dizendo que aquela criatura...

_Sim, é o que eu mais temo. Desde que ele foi mordido quando eu era criança eu tenho medo dele.

_Mordido? Como assim?

_A casa dele ficava próximo à uma Floresta da França. Eu passava os verões em família lá, até o dia que ele foi caçar lenha na fogueira e um lobisomem o atacou.

_Nossa, eu... sinto muito.

_Não sinta. Ele morreu há alguns anos, sem nenhuma consciência de quem realmente era.

_Mas porque ele te assusta tanto?

_Eu sempre detestei ficar sozinha. E uma vez, antes de eu entrar em Hogwarts, eu fui visitá-lo. Meus pais não sabiam que ele estava perigoso. Ele sempre teve noção de quem nós éramos. – uma pausa e Harry notou os olhos dela perderem o brilho - Porém numa noite começou a chover e os raios e trovões me assustaram um pouco... eu saí do meu quarto. Queria ficar com meus pais. Ainda era uma criança, tinha 9 anos. Eu me perdi naquele enorme casarão. Quando dei por mim já estava num aposento totalmente estranho. Era um local úmido, frio, escuro. Ele estava lá. Virou-se e me mandou embora, mas eu não entendia. – ela falava rápido agora e grossas lágrimas caíam – eu disse que queria ficar com ele, mas ele me mandou embora de lá. Eu não fui e então eu me aproximei mais. – ela soluçava agora - ele virou-se. O rosto totalmente desfigurado. Perdeu os sentidos humanos naquela hora. Eu me tornei uma presa. Eu gritei e meu pai conseguiu afastá-lo antes que ele me mordesse. Minha mãe ficou muito assustada, assim como eu, fomos embora na mesma noite.


Harry não disse nada apenas abraçou-a sentiu que neste momento o que menos precisava era ficar sozinha. Nunca imaginou que algum dia confortaria Pansy Parkinson. Assim como ela nunca pensou em confiar seu maior segredo à ele. Ambos criaram um laço afetivo a partir daquele momento. Mesmo sem saber uma nova, porém curta amizade se fez. Curta, pois depois daquela noite, ele nunca mais foi o mesmo. Ela ouviu dizer que ele agarrara a namorada do melhor amigo. E também ele namorada a Weasley caçula na época. Não que Pansy se importasse, mas sentia um desconforto ao vê-los juntos. Draco terminou com ela assim que soube que ela passou uma noite na Torre da Grifinória com Harry Potter, ele nem sequer a deixou explicar. Algum tempo depois ela descobriu que o real motivo para o ‘término’ foi que o loiro estava interessado em ninguém menos que Gina Weasley. Ela o ajudou a tornar-se amigo da ruiva quando esta terminou tudo com Potter, então eles voltaram a ser amigos também.



***** FIM DO FLASHBACK *****


Pansy ainda sentia-se desconfortável com todas aquelas lembranças. “Maldito Potter. Porque você não some da minha vida!” ela pensou em pânico enquanto tacava um peso de papel numa das paredes.

_Ow, calma Parkinson. – um moreno não muito bem-vindo aparecia na porta da sala da morena – também fico feliz em te ver.

_O que quer? – ela perguntou ainda seca.

_Te entregar isso. – ele jogou uma pasta amarela na mesa – nossa missão. – ela pegou a pasta – esteja pronta amanhã às seis.

_Como? – ela perguntou abrindo a pasta e olhando seu conteúdo.

_Vamos viajar. – ela levantou o olhar para ele – Vegas.

_Estados Unidos? - ela perguntou perplexa.

_Sim, algum problema? – ele levantou uma sobrancelha.

_Não. – ela respondeu analisando alguns pergaminhos. – Alex Marshall...

_Sim, nosso principal suspeito. Parece que ele é um tipo de negociador. – Harry falou incerto.

_É. Ele é um fornecedor. – Pansy ergueu os olhos para deparar-se com a expressão de Harry – Drogas, Potter.

_Entendo. A única coisa que eu não consigo entender é porque possíveis seguidores de Voldemort fariam aliança com gente assim.

_Isso é o que nós vamos ver... amanhã. – ela falou guardando os pergaminhos na pasta e levantando-se abruptamente.

_Certo. É o sinal pra eu sair. – ele falou dirigindo-se a porta. – esteja pronta. Vou te buscar.

_Seis horas, no aeroporto Potter. – ela fechou a porta na cara dele, que ficou chocado.








**************************


N/A: Nhai, mas essa Pansy hein.... totalmente confusa! Tadinha! ^_^

E aí, tão gostando povo??? Eu gostaria muito de saber a opinião de vcs sabem... mas vcs não comentam, aff...

Ah, um recadinho importante:

Estou entrando de férias no trabalho hj. Daí vcs me pergutnam: e eu com isso?! rs... é muito simples. Eu não tenho net em casa, só no trabalho, logo ficará um pouquinho complicado pra postar novos caps. PORÉM eu sou muito esperta e minha beta foufa NANDIKA PARKINSON POTTER, a autora de Vento, entre outras fics, vai ficar responsável pelas postagens.

Sejam bonzinhos e deixem comentários de incentivo, ou eu NÃO deixo ela postar, tá! (sim, eu sou má! hauhuahauhuahau)


Bjinhus pra geral!

COMENTEM!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.