Correndo Atrás.

“Como ele pode ser tão idiota. Pansy perguntava-se raivosa ao entrar na Biblioteca da Mansão. Caminhou até uma das enormes janelas e ficou contemplando o jardim de inverno tentando se acalmar. Passou a mão pelo ventre em sinal de nervosismo. “Logo você vai nascer e descobrir que o mundo aqui fora não é tão acolhedor como aí dentro.” ela pensava sorrindo.


_É uma pena não poder te dar um pai melhor... – ela conversava com a barriga, sem notar que era observada por alguém da porta da Biblioteca. – queria tanto que tudo tivesse sido diferente. – ela suspirou e uma lágrima escorreu pelo seu rosto – se não fosse essa droga de missão nada disso teria acontecido! – ela caiu num choro contido – me desculpa. Me desculpa por falar essas coisas horríveis pra você – ela alisava a barriga – você não tem culpa de nada. Nem da mãe desmiolada que tem. – ela riu e Harry sorriu da porta. “Ela fica linda quando sorri.” ele pensava – e muito menos de ter um pai tão idiota que nem me deixou falar a verdade. Se ele soubesse... – era a chance dele. E ele não iria desperdiçar.

_Se ele soubesse do quê Pansy? – o moreno perguntou entrando na Biblioteca e trancando a porta.

_Há quanto tempo está aí? – ela perguntou visivelmente incomodada.

_Tempo suficiente. Agora me responda: se eu soubesse do quê? – ele perguntou aproximando-se dela.

_De nada. Você não tem nada pra saber. – ela alfinetou e andou em direção à porta.

_Tenho sim – ele falou a segurando pelos dois braços – e você vai me contar. Por que não me contou que estava grávida?

_Eu tentei te contar. Eu até fui no seu apartamento mas... – a voz dela ficou embargada – esqueça.

_Você foi ao meu apartamento? – ele perguntou – quando?

_Há três meses... mas você estava muito ocupado! – ela falou afastando-se dele.

_Ocupado? O que você quer... – um pensamento relâmpago veio à mente de Harry “Ela me viu com Sophie!” ele sorriu - você tá dizendo que foi ao meu apartamento há três meses e...

_Pára de repetir minhas palavras, Potter! – ela estava furiosa e Harry teve a constatação.

_Você está com ciúmes. – ele falou tentando abraça-la.

_Não fale asneira. – ela afastou-se dele. – não tenho motivos pra sentir ciúmes.

_Era minha amiga. – ele falou ainda sorrindo – ela foi ver o apartamento porque ia se mudar com o noivo pra lá.

_Não sei do que está falando. – ela tentou contornar a conversa – e além do mais, você não me deve satisfações.

_Você é a mãe do meu filho. – ele falou sério – isso é motivo suficiente para eu te dar satisfações.

_Um filho que você nem sabia que existia. – ela desdenhou – por que tanta importância agora?

_Porque eu... eu... – ele tentava falar, mas não conseguia – que droga Pansy! Porque você torna tudo mais difícil?

_Eu torno difícil? – ela perguntou incrédula – você foi embora sem ouvir minhas explicações. Você não deu mais notícias. Você ficou evitando qualquer contato comigo este tempo todo. VOCÊ não respondia minhas cartas. VOCÊ NÃO ME DEU UMA ÚNICA CHANCE! – ela bradou, mas sentiu uma pontada no baixo ventre – AI!

_O que foi? – ele perguntou preocupado a ajudando a sentar-se numa poltrona próxima – pelo amor de Merlin, fala alguma coisa.

_O bebê chutou. – ela falou respirando mais devagar – foi a primeira vez que ele se mexeu.

_Acho que ele não gosta de nos ver brigando. – Harry disse feliz.

_Ele não gosta é de me ouvir gritando! – ela falou sorrindo, mas fechou a cara em seguida – er... obrigada por me ajudar Potter. – ela agradeceu sem jeito.

_Não precisa me agradecer – ele falou abaixando-se para ficar na mesma altura da morena – e não me chame mais de Potter. Pra você é Harry. Sempre foi. – ele disse isso e a beijou em seguida.


Foi como se o mundo tivesse parado de rodar naquele momento. Era um beijo tão esperado pelos dois e tão temido também. O sentimento entre eles era tão forte que até assustava. “Não. Isso não está certo. Ele não vai brincar comigo outra vez.” Pansy pensou e afastou-se.


_Como você ousa? – ela perguntou após o beijo – depois de tudo que aconteceu você acha que pode chegar agora e me beijar assim e... – ela estava nervosa.

_Pára. –Harry falou pousando o indicador sobre os lábios dela – me perdoa. Eu não devia ter feito isso.

_É. Não devia. – ela comentou sentindo-se triste.

_Mas antes de qualquer coisa eu não devia ter ido embora daquela maneira. – ele falou a surpreendendo – não devia ter sido impulsivo a ponto de não te ouvir – ele acariciava o rosto da morena – não devia ter deixado a minha raiva momentânea me cegar a ponto de eu não enxergar a verdade...

_Harry eu...

_Não fala nada. Deixa eu terminar de falar e depois você me expulsa daqui – ele falou rápido – a verdade Pansy é que eu me apaixonei por você – ela desviou o olhar surpresa – eu me apaixonei por você no momento em que eu cheguei na Inglaterra. Desde o momento em que você me destratou na empresa até a hora em que eu te vi naquele palco. Eu não sabia antes ou não tinha coragem de admitir isso, mas a verdade é essa. – ele falou erguendo o rosto dela – eu te amo. Essa é a minha verdade.

_Eu... nem sei o que dizer. – ela falou sincera - é tudo tão confuso pra mim.

_Diz que me perdoa. Eu não espero que você retribua o que eu sinto, mas eu não posso mais conviver com essa culpa. – ele falou levantando-se.

_Eu estou grávida, Harry. Esse é um dos motivos pelo qual eu quero construir uma família – ela falou e ele se surpreendeu “Ela tá falando em família?!” - confesso que não esperava ouvir tudo isso de você. E também confesso que fico muito feliz em saber que eu sou correspondida. – ela sorriu e ele também – mas tudo isso está confuso na minha cabeça.

_Na minha também. Eu descobri que vou ser pai! – ele falou fazendo graça. – e eu nem sei trocar fraldas!

_Imagina a minha surpresa então? – ela falou um pouco triste – eu descubro que estou grávida de um cara que aparentemente me odeia. Daí eu vou contar a ele. Viajo meio mundo de maneira trouxa, por causa da gravidez, e encontro-o com outra garota no apartamento dele. Volto para o trabalho e meu melhor amigo vai se casar. Eu me senti sozinha...

_Você não ficará mais sozinha. – ele falou firme – eu estou com você.

_Promete ficar ao meu lado? – ela falou sensível – pelo menos até o bebê nascer. Depois você não precisa mais me aturar e...

_Eu amo você. Ficar com você nunca vai ser um fardo pra mim. – ele falou a envolvendo num abraço sincero – fica comigo? Vamos dar uma família de verdade pra esta criança.

_Harry eu ainda não me sinto preparada. – ela falou. – eu preciso de um tempo para tentar aceitar tudo isso.

_Eu entendo você. – ele falou a encarando – e vou esperar o tempo que for necessário para ter você ao meu lado.

_Obrigada. –ela o beijou e falou entre o beijo – muito obrigada por me ajudar.

_Eu que tenho que agradecer. – ele a olhou apaixonado – você me deu a chance de ser o homem mais feliz. Eu sempre quis ter um filho.

_Eu até que estou gostando da idéia. – ela falou sorrindo – vem, vamos para a festa. – ela o puxou pela mão até os jardins da Mansão Malfoy.


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_Então, vocês se acertaram? – Draco perguntou entre um gole no champanhe e outro.

_Mais ou menos. – Pansy falou sincera – eu estou com medo de me machucar.

_Se você não arriscar não vai saber nunca. – Gina falou sorrindo.

_A Gina está certa. Dê uma chance a vocês dois. – Draco falou levantando-se da mesa – vamos dançar? – perguntou a esposa que o acompanhou.

_E você vai ficar aí sentada? – Harry perguntou aproximando-se – venha, vamos dançar.

_Harry, eu... eu pensei e decidi nos dar mais uma chance – ela falou enquanto dançavam. Ele sorriu.

_Que bom, eu fico feliz em ouvir isso e...

_Mas com uma condição. – ela falou rápido.

_Pode falar – ele disse rindo.

_Vamos morar separados. Como estamos até agora, ok. – ela falou meio sem graça – eu tenho que me acostumar com tudo isso.

_Bom, se você pensa assim quem sou eu para contestar, não é? – ele falou galante. – vamos nos sentar. Esta agitação toda me deixa com sede.

_Eu também estou cansada. – ela falou acompanhando-o até a mesa – então me diz a verdade – ela perguntou quando ele voltou com as bebidas – porque você voltou?

_Bom, eu voltei por dois motivos – ele começou – o primeiro é que morar na Inglaterra é bem mais econômico do que na França e o segundo...

_E o segundo... – ela estava curiosa.

_Você. Queria saber de você. Como você estava. Se tinha algum namorado... essas coisas. – ele falou corando.

_Então você sentiu saudades. – ela constatou achando graça.

_Ei, não é pra rir.- ele falou olhando-a sorrir – você fica linda quando sorri sabia?

_Olha só, o Potter sendo um gentleman! -ela falou rindo mais – até que você fica engraçadinho sendo galante, sabe...

_Isso, pode rir da minha cara. Eu deixo, vai lá. – ele falou fazendo bico.

_Você é uma figura mesmo. – ela falou - nossa, eu tenho que ir embora. Já está tarde pra nós. – ela apontou a barriga.

_Onde você está morando, Pansy? – ele perguntou levantando-se.

_Numa avenida próxima daqui. – ela falou já de pé – vou a pé mesmo. A noite está bonita hoje.

_Eu acompanho você. – ele falou ao lado dela.

_Certo. Vamos nos despedir dos noivos e saímos, ok. – ela falou e Harry concordou.


Após despedirem-se dos noivos e saírem da festa atraindo muitos olhares curiosos, Harry e Pansy ganharam as ruas. O caminho até o apartamento dela era realmente bonito. Muitas árvores enfeitavam as ruas naquele lado da cidade. A noite estava linda com milhares de estrelas e uma lua gigantesca. A luz da lua iluminava os dois morenos que caminhavam alegremente lado a lado.


_Obrigada por me acompanhar. – Pansy agradeceu sorrindo.

_Não precisa agradecer. Foi uma caminhada agradável. – ele falou sorrindo.

_Então. Boa noite, Harry. – ela falou virando-se para entrar no prédio.

_Boa noite, Pansy. – ele falou a virando e beijando-a em seguida. Depois de alguns minutos e do beijo findo, eles sorriram sem jeito. – até amanhã.

_Até. – ela falou corada entrando no prédio.

_Isso! – Harry vibrou socando o ar assim que Pansy entrou no prédio. – as coisas estão se acertando. Obrigado Merlin!



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N/A: Então galera... já que não me deixam outra opção:

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Obrigada aos que comentam e por favor, indiquem a minha fic para outros leitores, ok. E sim, COMENTEM!

Kisses.

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