Herói, EU?



Dia sete de novembro com certeza foi um dia marcante... E quer saber por quê?

Naquele domingo, todos nós acordamos com barulhos de trovões. Sim, de manhã! A chuva que caía era tão forte que pareciam tiros nas vidraças, e todos corremos para fechar as janelas. Ou viraríamos o pantanal maroto u.ú

Frankie começou a secar as poças que se formavam, e eu apenas bocejava no meio do quarto, amaldiçoando os céus por me acordarem tão cedo ¬¬’

- PRONGA! – Berrou Sirius, chegando por trás de mim, no meu ouvido. – Beleza?

- Yeep, “Padfoota”. – Brinquei, virando-me para trás. – E você, beleza?

- Sim, Pronga! E você, beleza?

Revirei os olhos, dando um sorrisinho, e dei um tapinha na cabeça de Pads. Remus chegou perto da gente.

- Bom dia! – Cumprimentou, bocejando.

- Buenos dias, Moonya. – Sirius respondeu, como se o dia fosse BOM.

- Buenos dias, Padfoota! – Alô! Algum fazendeiro perdeu duas antas? Porque acho que elas possuíram o que eu chamo de amigos :~~ - Como estás?

- Bien, e tu? – Eles sabem falar espanhol, e daí? Eu sei falar PORTUGUÊS.

E um pouco de alemão. HO.

- Bien. E tu? – Oh my God, assim não dá! O.ô

Saí andando em direção a minha cama, tentando ignorar o barulho do céu lá fora, mas quando fui me abaixar para pegar meu lençol, que surpreendentemente estava sob a cama...

...Eu achei uma foto.

Curioso, joguei o lençol em cima da cama e levei a foto ao encontro do meu olhar (?), ainda imaginando que raios uma foto estava fazendo no chão.

Era uma foto dos meus pais. Eu tinha cerca de sete anos, e estava numa vassoura, minha primeira vassoura... Minha mãe e meu pai estavam ao meu lado, sorrindo, orgulhosos. E então, enquanto eu encarava os olhos do meu pai, castanhos, senti que os meus acinzentados/esverdeados começaram a marejar.

E eu chorei. Chorei, chorei e chorei, como não fazia há tempos. Simplesmente desabei no chão, joguei a foto pra longe e comecei a chorar, sentindo aquele abismo interior que eu senti no dia... No dia em que eles se foram... Abrir-se novamente...

- JAMES! – Peter gritou, assustado, vendo que eu parecia um bebê no chão. – James, o que aconteceu? Você ‘tá chorando!

Murmurei um “chega pra lá, Pete”, e tornei a deixar as lágrimas saírem de meus olhos, voltando a inundar todo o dormitório.

Não sei por quanto tempo eu fiquei ali, com meus amigos ao lado, chorando completamente desolado. O tempo parecia estar parado. Eu comecei a lembrar de cenas felizes que passei com meus pais... E o fato de que eles estão MORTOS começou a martelar minha cabeça...

- Por que eu sou tão idiota? – Murmurei, entre soluços, enquanto eles davam tapinhas em minhas costas. – Como eu posso beber no Halloween e me preocupar no fato de que a Lily não parece querer nada sério quando meus pais estão mortos e eu nem ao menos fui ao enterro deles?

- Não foi sua culpa... – Sirius respondeu, receoso. – Dumbledore que não deixou você ir. E ele teve motivos, cara.

Então, de repente, eu senti uma fúria repentina me possuir. :~~

Já falei que foi marcante, então AGUENTA. Ê lê lê lê lê...

- EU JÁ ENFRENTEI VOLDEMORT UMA VEZ! – Berrei, dando socos no chão, ainda soluçando. – EU JÁ DERROTEI BRUXOS MAIS EXPERIENTES QUE EU E SOBREVIVI A DOIS ATAQUES DE VOLDEMORT! EU SOU O MELHOR ALUNO DE DCAT DESSA ESCOLA TODA! EU PODERIA TER APARATADO, MAS NÃO... SEMPRE ESTOU SENDO PROTEGIDO!

Não foi minha culpa. As palavras que se falaram sozinhas XD

- A VERDADE É QUE EU SOU UM INÚTIL, QUE SE PREOCUPA MAIS COM GAROTAS DO QUE COM FAZER JUSTIÇA PELOS PAIS! – Levantei-me, ainda chorando. – E querem saber? Eu não mereço vocês. Não mereço a Lily. Não mereço meus pais...

E saí do dormitório, furioso e triste. O que deu em mim?

Sinceramente... Boa pergunta.

Desci as escadas batendo o pé com força, como se cada passo que eu desse eu esmagasse a cabeça do Voldemort.

Eu não sabia pra onde estava indo, o que iria fazer, a única coisa que eu tinha certeza é que eu nunca me odiei tanto quanto naquele momento.

Senti com se eu fosse um covarde, sem sentimento, frio e estúpido.

Preciso ficar sozinho...

[...]

O dia voou e eu não percebi. Por quê?

Porque eu esperei todos saírem do dormitório e do salão e voltei para meu quarto e me tranquei lá. Agora são três da tarde e eu não fiz NADA o dia inteiro.

Por quê?

Porque eu não presto.

- James, abre essa porta! – Sirius gritou pela milésima vez socando a porta do lado de fora.

- É James, vem pra cá, vamos conversar, não tem ninguém no salão... Sai daí, você não comeu nada o dia todo! – Remus completou.

E quem disse que eu preciso de comida?

- James – Sirius repertiu. – Por favor...

- Por que vocês não me deixam? – Perguntei com a voz meio rouca. Minha garganta estava seca. Eu precisava sair dali.

- James, você sabe que precisa sair daí, se enfornar no quarto não vai adiantar nada... – Sirius disse baixo. – Cara, sai daí...

Levantei do chão. Andei até a porta, segurei no trinco... Mas alguma coisa me parou. Eu não queria ver a cara deles... Não ainda.

- James, vem pra cá. – Remus falou. Abri a porta. Eles me olharam assustados, minha feição não deveria estar das melhores...

- Então... – Sirius disse receoso. – Está melhor?

- Não quero falar nisso agora... – Minha voz estava extremamente rouca, nem parecia minha.

Desci as escadas sem fazer barulho, mesmo que não houvesse ninguém lá. Eles desceram atrás de mim, trocando olhares estranhos.

- James, cara... – Peter começou.

- Eu não quero falar agora... Não mesmo... – Eu falei, tomando água.

- Ok, quando você quiser conversar... Estaremos aqui. – Remus disse.

- Certo. – Falei, de costas para eles, olhando a lareira.

- Se precisar de nós, estaremos lá embaixo... – Sirius disse. Eu não respondi.

Escutei eles se afastando. Assim que ouvi o retrato girar virei e sentei no sofá.

O que estava acontecendo comigo. Eu não via mais nenhuma razão pra pensar que eu valia alguma coisa.

E não era exagero.

- Hey James?

Por que ela sempre aparece quando não deve?

Não respondi. Continuei sentado, com o copo nas mãos, sem olhá-la. Coloquei a mão nos meus olhos, para que as lágrimas não caíssem.

- O que você tem? – Ela perguntou me olhando de cima a baixo. – Tem alguma coisa errada...

- É? – Disse, meio sarcástico.

- Sério mesmo, o que aconteceu? – Agora ela parece preocupada. Lily preocupada significa que ela vai procurar até descobrir.

- Não é nada. – Eu disse levantando e deixando o copo na mesa. Ela andou até mim, segurando meu braço. Eu virei de frente para ela, encarando AQUELES olhos verdes. – Não quero fazer você perder seu tempo comigo...

- Com você eu nunca perco tempo. – Ela sorriu. – Sou toda ouvidos.

- Eu prefiro realmente não falar nada. – Eu olhei para o teto, pensando se deveria mesmo falar disso com ela.

- James, eu sou sua amiga. Não te vi o dia todo, fiquei preocupada, agora chego aqui e você não quer nem me olhar na cara – Ela segurou meu rosto, virando frente com ela. – Diga, eu quero saber...

- Eu não valho nada... – Abaixei a cabeça, desabando no sofá, dando-me por derrotado.

- Credo Jim, por quê? – Ela disse assustada, segurando minha mão e sentando ao meu lado.

- Meus pais morreram e eu ao tive a capacidade de ir ao enterro deles, e mesmo depois disso eu continuo normal, como se nada tivesse acontecido... Sendo que eles sempre fizeram tudo por mim. No momento que eles mais precisavam de mim eu não estava lá, e depois... – Tomei um fôlego, já sentindo mais lágrimas virem á tona. Tentei manter a voz firme. – Tipo, além de não estar lá com eles, eu ainda não fui ao enterro, fiquei aqui, nessa merda de escola! – Explodi, quase gritando, as lágrimas já escorrendo.

- Mas Dumbledore não deix...

- E eu lá deveria me importar com isso!? – Eu disse. – Eram meus pais as pessoas mais importantes da minha vida, que eu nunca dei a atenção que realmente mereciam... E depois disso simplesmente tirei aquele dia da minha vida, como se ele nunca tivesse acontecido. Eu simplesmente ignorei o fato deles terem morrido e segui na minha vidinha medíocre!

- Você não tem uma vida medíocre, James... – Ela disse, parecendo meio nervosa e sem saber direito o que falar.

- Eu fiquei aqui, me importando mais com você do que com meus pais... Que tipo de pessoa se importa mais com uma garota que gosta do que com a morte dos pais? – Eu gritei dessa vez. – Quero dizer, todo mundo fica meio que me idolatrando, mas eu não sou NADA!

- Claro que é James... – Ela estava com lágrimas nos olhos. Eu não consigo impedir de chorar, mas nem ligo também.

- Eu tenho os melhores amigos que qualquer pessoa poderia ter. – Eu continuei, falando mais baixo agora, olhando para o chão. – Gosto da melhor garota que poderia gostar... E você está sempre ao meu lado... Quero dizer... Eu não mereço nada disso.

- James se você tem bons amigos é porque eles também te amam! - Ela segurou minha mão novamente – Você é uma pessoa maravilhosa...

- Não, não sou! Eu não sou tudo o que as pessoas querem que eu seja Lily. – Falei levantando a cabeça e olhando-a, ainda com os olhos molhados. – Eu só quero ser James. Não “o Potter” que todo mundo acha lindo e é o garoto espelho de todos... – Olhei-a novamente. – Eu não sou um herói.

- James... – Ela disse. – Mesmo com tudo isso acontecendo na sua vida você seguiu em frente. Isso não é motivo de tristeza e vergonha, e sim orgulho. Você tem agora uma razão. Você seguiu com a sua vida, seus pais não iriam querer que você ficasse sofrendo por causa deles. Mesmo sem ir ao enterro você continuou... Você foi muito forte James... – Ela deu uma risadinha, levantando minha cabeça pelo queixo. – Pra mim, você é meu herói.

Foi como se um choque perpassasse meu corpo.

- Lily... – Murmurei, levantando do sofá e me afastando dela. Meus olhos estavam cheios de lágrimas. – Eu não posso. Eu não consigo.
Ela se levantou também, colocando as mãos no rosto.

- James... Por favor... Vai ser mais fácil enfrentar essa... Crise existencial com alguém ao seu lado! – Lily insistiu, meio trêmula. – Não faça isso. Você fez a mesma coisa quando seus pais... Se foram, e não deu em nada. Não, James. Por favor.

- Você não vê... – Afastei-me ainda mais, chorando bem mais. - ...Que eu não sou bom o bastante pra você, Lily? Você merece alguém melhor. Esqueça de mim, e será melhor pra você...

Então, enquanto eu saia do salão comunal, ela começou a cantar.

- There’s always that one person that will always have your heart... You never see it coming cause you’re blinded from the start... Know that you’re that one for me, it’s clear for everyone to see... Ooh baby... You will always be my boo! - E tudo isso por causa de uma foto...

Efeito colateral: você nunca sabe o que vai acontecer. Hihi.

- Não Lily... Não... – Mordi os lábios, que tremiam feito vara verde. – Passar bem.

E saí andando de lá, pensando na letra da música que ela tinha acabado de cantar, My Boo. É tipo... Como se ela estivesse se declarando pra mim... Mas de um jeito diferente...

[...]

- Então, melhor? – Escutei de repente.

- Oi?

Ah, sim, eu andei e acabei voltando pro salão, como não tinha ninguém, eu sentei no sofá e pelo jeito dormi.

É, coisas assim acontecem bem rápido (:

- Você dormiu e eu nem quis te acordar, estava tão lindo. – Ela sorriu. É minha impressão ou ela está completamente dando em cima de mim?

- É? – Disse, sorrindo de leve, sem ter muita coisa além disso pra falar. Ela estava de joelhos do lado do sofá, bem perto de mim.

- É sim. – Ela riu do meu mau jeito. Sirius que iria amar estar ali só pra falar isso...

Ela acariciou meus cabelos, me olhando com um leve sorriso. Eu estava meio sem ação.

Então, do nada, ela apenas se inclinou pra frente, me dando um leve beijo na bochecha.

Ela sorriu e levantou.

- Já está bem tarde. Quem sabe queira comer alguma coisa, eu vou com você. – Então me levantou, ainda sorrindo.

Enganchou no meu braço e andamos até a cozinha, com ela dando risada e falando sobre o garotinho que achou que ela era professora e saiu correndo.

- Você está animadona hoje, hein? – Eu disse.

- Ah, eu faço o meu melhor – Ela falou sorrindo. – pra te animar também.

- Hum... – Respondi sorrindo de leve.

- Você já está meio melhor né? – Ela perguntou sorrindo.

- Com você, quem não fica feliz? – Eu disse.

Fomos até a cozinha e pegamos algumas frutas, porque James é saúde. CLARO! Como você acha que eu mantenho esse ‘corpitcho’?

E estávamos voltando ao salão principal quando e Lily pegou uma das minhas maças, daí eu tentei pegar de novo e ela acabou tropeçando na maça que tinha caído no chão e...

- AAAAAAAAAAAAAAHH! – Ela gritou já no chão. Eu geleeeeeei, não tinha a mínima idéia do que fazer.

- LILY! – Eu gritei me ajoelhando do lado dela. – Você está bem?

Nossa James, que bom que você é bonito...

Ela cai no chão, com o pé torcido, dá um grito que acorda o castelo inteiro e... Hum, será que ela está bem?

- O QUE VOCÊ ACHA?! – Ela gritou com raiva.

Ok, eu mereci essa.

Peguei-a no colo e corri ao máximo que pude para a Ala Hospitalar. Quando cheguei lá chutei a porta porque não conseguia bateu e lá veio e tia correndo assustada e gritando.

- O QUE É ISSO?

- O que parece, uma aluna com o pé virado – Eu disse sorrindo sarcástico.

- Já passa de meia noite, O QUE ACONTECEU!? – Ela gritou de novo. Ui.

- Ah, ela caiu da escada. – Eu falei. Lily me olhou tipo “Eu não sou tão ignorante pra cair de uma escada!”.

Então a tia fez umas coisas lá e a Lily estava meio boa de novo.

- Ela passa aqui a noite, você volta para o dormitório, já. – A tia disse.

Acredita que eu NÃO SEI o nome dela.

- Obrigada por ter me trazido – Ela disse. – E desculpa por ter gritado com você.

- Não, capaz... Eu que fui ignorante de perguntar se você est6ava bem... – Falei sorrindo e sentando na cama.

- A tia disse pra você ir.

- Mas eu prefiro ficar aqui com você – Eu falei.

- Hum, me senti o máximo agora! – Ela riu.

- Mas você é o máximo... – Eu respondi sorrindo meio maroto.

- Nossa, James, pára, assim você me mima! – Ela falou.

- É mais forte do que eu, desculpe. – Eu disse sarcástico.

- Você É meu herói, sabia? – Ela disse acariciando meu rosto.

Então ela puxou meu rosto e me deu um leve selinho, mais tempo do que necessário, realmente...

- Boa noite – Sussurrou depois, sorrindo marota.

Lily? Wow.


BtS


Mila: Oi Luh
Luh: Oi Mila

\cricri cricri\

Mila: Fala alguma coisa.
Luh: Sei lá, fala você.

\cricri cricri\

Mee: \gritando e pulando da cadeira\ EU TENHO DOIS POSTERS DO MCR ME ESPERANDO EM SP!
Luh: AAAAAAAAAAAAH! \caindo da cadeira\ É NÉ! \levanta\ AGORA SÓ FALTA VOCÊ IR PRA LÁ!
Mee: Mas eu quero ir... \bico\
Luh: Sua gorda! \mostrando a língua e virando de costas pra Mee\
Mee: Mas, mas, mas... \quase chorando\
Luh: Relações cortadas! Humpf
Mee: Mas Luh... \soluçando\
Luh: Não adianta fazer drama, Caron.
Mee: Você... Nunca... Me chama... De Caron... \soluçando e chorando\
Luh: Bem feito \cara de má\
Mee: VOCÊ ME ODEIA NÉ!? \gritando brava\ Só fica aí com essa Milinha cabeçuda fazendo esses vuduzinhos... u.u
Luh: mUAaHAmaUHAmuaAamUAHaAUH \trovões\
Mee: \pisc pisc\
Luh: O que?
Mee: Qual é a dos trovões? \trovão\
Luh: HEY, TROVÕES SÃO MEUS! \levanta\ \trovões\
Mee: HAHAHAAHAHA \trovões\

\luzes apagam\

Luh e Mee: \pisc pisc\

James: MuamAhaMAUhaMUAHAumahAUaha \vira pra câmera e coloca o dedo na boca\ James Vlack! Shiii!


[...]


AHuahAHUAHa, PEQUENA PROPAGANDA!

Porque James Vlack é o que há!


http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=17780

Prometo que respondo os comentários amanhã, Luh e todos vocês! MAS AGORA EU TO ATRASADA E PRECISO IR EMBORA!

;*

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