Capítulo 04



- CAPÍTULO 04 –
Rosas



Narrado por Sirius (Gostoso) Black


- Ok! Os Cannons são melhores! - falou Lene revirando os olhos, impaciente. Impaciente por que, minha filha? Só porque agente está falando de quadribol de... Hey. O QUE?!

- O QUE?! - gritamos eu e Angel.

- Isso aí, o Cannons é o melhor. - falou James. Só porque ele acha! Panaca. E a Lily ainda concordou com ele!

- Hello? - falou Angel enquanto nós andávamos. - Quem foi campeão mundial no ano retrasado, Sirius?

- O Tornados. - eu respondi com orgulho.

- E no ano passado, Lil?

- O Cannons, James.

Okay. Meu orgulho despencou como uma jaca podre.

- Certo, Senhores “Nós Somos Fanáticos por Quadribol”, depois vocês continuam esse debate “interessantíssimo”, porque nós chegamos na Orla das Floresta. - falou Mimi revirando os olhos.

Olhei para frente. Lá estava o pessoal da Lufa-Lufa (e aquele ignorante do Prewet) na Orla e, ao lado deles, Kettleburn (lê-se ‘Kétleburn’).

- Ora, até quem enfim. - falou o professor. De verdade, ele me lembra uma lombriga. Só que macho (será? Hehe). E com osso. Coitado!

Da lombriga, é claro.

- Qual o motivo do atraso dos Grifinórios? - continuou ele.

- Alguns aqui não sabem o horário de acordar. - falou Remus olhando para mim. Porque será... HAM! Será que ele é gay e se apaixonou por mim? ECA!

- Ok, vamos entrando. - falou o professor. Fomos entrando... Entrando... Entrando...

- “Vamos entrar no bosque, enquanto o seu lobo não vem!” - cantarolei para James começar a rir (Ah, vai me dizer que nunca ouviu essa musica? Você não teve infância não?). E, alias, Remus ficou branco. Porque será... Ânsia de vomito, talvez?

- O que foi, Remus? - falou Angel. É, Remus, o que foi (eu sou péssimo)?

- Nada. - ele falou me olhando de cara feia. E Angel pareceu perceber que a brincadeirinha foi por minha causa, pois me olhou como se avaliasse a situação (já disse que a inteligência e a sagacidade dela me assustam?).

- Chegamos! - falou o professor Olhei para frente para ver que animal doido ele trouxe dessa vez (sério, às vezes ele é pior que o Rúbio). - Cumprimentem o Estripador!

- O o que? - falou Angel assustada.

- Estripador. - falou Mimi.

Peraí. Estripador. “Tripador” vem de “tripa” e “es” vem de “não”. “Não-Tripa”?!

Epa! Eu amo a minha tripa e quero ela dentro de mim, okay?

- Credo! - eu gritei. E percebi que James também gritou. E Lily também. E Lene. E TODOS. E eu tenho certeza que vi o gay do Prewet dando pulinhos.

Explosivins.

Vários deles, alias. Pareciam lagostas sem cascos, deformadas, terrivelmente pálidas (mais até que a Narcisa [!!!]) e de aspecto pegajoso, as pernas saindo dos lugares mais estranhos e sem cabeça visível. Havia uns 100 deles, cada um com uns 15 cm, rastejando uns sobre os outros, batendo as cegas contra as paredes da caixa em que estavam em cima de uma mesa. Cheiro de peixe podre, ovo enterrado e nariz de Snape. E soltavam faíscas das caudas às vezes, e com um leve “Pum!” iam uns centímetros para frente.

Mas o “Estripadorzinho”... Esse era de assustar.

Devia ter uns 3 metros. Tinha uma espécie de escudo acinzentado grosso e reluzente. Parecia um filhote de um escorpião com um caranguejo.

- Explosivins! - falou Gideão Prewet totalmente assustado (boiola).

- Ah, sééério? Eu pensei que fossem seus parentes. - eu disse para todos darem risadas.

- Senhor Black. - falou o professor. Ai ai ai, como se eu tivesse feito algo errado! - Bom, eles são a cruza...

POF!

“Pof”? “POF”? Eu não gosto de “Pof’s”. Ainda mais quando são “Pof’s” de bilhetinhos batendo na as cabeça. Sempre (ou na maioria das vezes) são coisas... péssimas.

Peguei o bilhete que havia batido na minha cabeça e caído no chão e o li:

“Cara... Você me dá permissão pra ficar com a Angel?”

Senti meu sangue me subir a cabeça. É claro que eu reconheci a letra na hora. Grande cara, mas pergunta besta. Peguei uma pena e um tinteiro, apoiei o bilhetinho nas costas de Peter (que apenas pestanejou [Pau-Mandado!]) e escrevi:

“Ai de você, Harry Evans!”

Mandei para ele e...

Peraí. Para, rebobina, aperta o... Como que é o nome do botãozinho que… Ah, o “Stop”.

O que que deu em mim? Eu realmente não... Não sei que porra que é isso. Pelo amor de Deus, eu só sei que na hora que li aquela pergunta... besta eu senti uma imensa vontade de voar contra aquele ruivo Pica-Pau. E eu não sei o porque, ta, e não adianta insistir. Eu sempre tive ciúmes da Angelina, mas não tanto a ponto de chegar a isso!

POF!

“Por que, hein, garanhão? Vai me dizer que você, o senhor ‘Nós somos apenas amigos’, está afim dela? Porque se estiver você tem um BOM gosto, Sirius. Na verdade, um ÓTIMO gosto. Dá uma olhada naquela bunda, rapaz!”

Olhei para ele, “completamente calmo”. Ele estava com aquela ganguezinha dele: Harry Evans (dã), Lucas McDonald, Mário Brown e Luiz Perks, todos da Grifinória. E também George Bones, Amos Diggory, Eduard Branstone e Gaspar Caudwell, da Lufa-Lufa. Olhava para mim rindo maroto. Viado.

“Cala a boca.”

Joguei para ele. Idiota.

Porém, sem conseguir evitar, olhei para o assunto do nosso bilhete.

Sua pele... Tão clara e lisa. Além de macia e quente, como já sei muito bem. Seus olhos eram de um prata mais maravilhoso que já vi, e o mais caçado e inconquistável também, estavam grudados nos olhos de Lily, que lhe dizia algo. Depois apareceu um sorriso divertido e maroto... Perfeito. Seus negros cabelos estavam soltos e brilhosos, menos pelo boné vermelho que ela estava usando (eu que dei para ela). E, como ninguém é de ferro, nem eu (por mais perfeito que eu seja)... Eu olhei para aquele CORPÃO que a Angel tem. Eu já disse que ela tem uma bunda maravilhosa? Mal sabe ela que em, no mínimo 70% dos dormitórios masculinos, de noite, o assunto principal é a bunda dela. Mesmo que ela seja baixinha tem um corpo turbinado que chama atenção. Putz, eu sei que eu não deveria ter pensado em nada disso, mas...

POF.

“Porque ela é realmente gostosa. E por favor, para de olhar pra ela babando que eu estou sentindo sua baba nos meus pés”

“CALA A BOCA!”

Babaca.


&&&


- Cara, que fome. - falou Peter, acho que pela décima segunda vez. Ah, se vocês estão pensando que ele falou “Ai que fome” poucas vezes, é porque eu não mencionei que era pela décima segunda vez neste minuto.

- Nossa, que novidad... - começou James, mas ele parou de repente e olhou para a barriga. - Cara, a minha barriga roncou! - Nós começamos a gargalhar.

- JAAAAAMES! - olhamos para o lado. Lá vinha Angel correndo com uma feição assustada. Ixi.

- O que foi, Ang...

Mas Remus não precisou terminar. Lily apareceu dobrando o corredor e também correndo, com uma feição de extremo desagrado.

- AH, JAMES! FALA PRA SUA NAMORADA ME DEIXAR EM PAZ! - gritou Angel abraçada no James. Bom...

Perdi minha cabeça de novo. Ah, cara! Ao ver Angel lá, nos braços do meu MELHOR AMIGO... Arght. Sai de lá o mais rápido que pude após murmurar um “Estou no almoço” que deve ter saído extremamente carrancudo.

O que é que está acontecendo comigo, Merlim? Quer dizer...

1º: E daí que o Harry quer catar a Angel? Mais da metade da escola quer! Antigamente, quando recebia bilhetes daquele estilo, eu só respondia “Vai fundo, mas sofra as conseqüências”. Agora...

2º: PELO AMOR DE DEUS, eu não sou o único amigo da Angel (mesmo sendo o MELHOR). E daí que ela se jogou no James? Eles se adoram desde os... Sei lá, 8 anos? Bom...

Voltando ao mundo real.

Percebi que já estou dentro do Grande Salão (meus pés estão mais bem treinados, hã!). Me sentei na mesa da Grifinória e fiquei remoendo as minhas idéias (que se resumem naqueles dois tópicos dali de cima) por uns bons 10 segundos até que...

BLAN.

Alguém se sentou na minha frente literalmente se jogando. Percebi que era Harry. Ele estava vermelho e ofegante. Meio segundo depois Lily se jogou com outro BLAN do lado dele no mesmo estado que o irmão.

- Eu ganhei! - falou Harry.

- Óbvio, um dia eu quero apostar corrida com você, mas quero ver você correr de salto! - ela disse, se sentando corretamente.

- E ai, Sirius? Dá permissão? - falou Harry olhando nos meus olhos. Ah, Deus... Lembre-se do que você estava pensando, Sirius!

- Permissão? Pra que? - falou Lily se aproximando.

- Oras... Acho que... Tanto faz. - eu disse olhando nos olhos dele. Ponto pra ele, agora ele percebe de vez que você está mentindo!

- Tanto faz O QUE?! - falou Lily.

- Como assim “acha”, Sirius? - ele falou sorrindo com uma sobrancelha arqueada. Sacana.

- Vai fundo, então! - eu disse.

- VAI FUNDO NO QUE?! - gritou Lily impaciente enquanto o Harry se levantava sorrindo abertamente e ia à direção da sua gangue – de – mal – feitores.

- Esse seu irmão quer catar a Angelina! - eu falei mordendo uma torrada. Lily, que olhava ansiosa para mim, murchou. O que ela achou que eu ia falar? Que Harry colocou uma bomba dentro da comida de um sonserino? Hey, isso é uma boa idéia...

- É só isso? - ela perguntou.

- Como “só isso”, Lily?! - eu falei jogando o que sobrou de uma torrada no prato. Eu fechei a cara.

- Haaaan. - ela disse. Olhei para ela. Lily se endireitava na cadeira vagarosamente. Ela só faz isso quando é possuída pela sábia. Sabe como é, a Lil do nada vira a mais esperta do grupo quando alguém está precisando. MAS EU NÃO ESTOU PRECISANDO! - Haaaan. Entendi.

- O que?

- Eu tenho um nome para isso, sabe. Uma descoberta recente. - começou. Ela tomou um gole do meu suco e completou: - Ciúmes.

- Eu não tenho ciúmes da Angel. - falei fazendo uma careta. Ela deu uma risadinha descrente. - Okay. Eu tenho mais e daí? - eu encerrei com um tom de quem... Encerra (dã).

Passaram-se uns cinco minutos de total silencio entre nós dois (o que é novo, porque quando eu e Lily nos juntamos, ninguém seguro!) e os outro apareceram.

- Hey, gente, adivinhem em que lugar a Parkinson está na tabela de “A Rainha de Hogwarts” desse ano? - falou Angel bem alto, olhando para a Carmem Parkinson. Essa Angel procura briga...

- Último! - falou Lene rindo.

- E adivinhem quem está em primeiro? - falou Angel. E adivinhem! A Carmezita sorriu e disse:

- Você é que não é.

- Claro que não! - falou Angel. Ela quando quer é extremamente fria. - Primeiro: eu estou com a coroa no meu dormitório, Sua Vaca ambulante. Segundo: eu não me inscrevi nesse ano, já que é a vez da Lily ganhar. E terceiro: depois de anos ganhando cansa, né, bem?

Uau. O pessoal começou a aplaudir o “pequeno” corte da Angel e ela se sentou conosco. Motivos pra ciúmes é o que não falta.

Hm...


&&&


Nos dirigíamos para a “interessantíssima” aula de História da Magia. Bom... Dormir depois do almoço é ÓTIMO para a saúde, como a minha “boa” mãe diz. Hehe.

Chegando lá, porém, vi que isso não ia ser possível. Quer dizer. Não sei nem ao menos se vai ser possível ENTRAR na sala. Todos os alunos da Lufa-Lufa (é, de novo) estavam do lado de fora da classe e a porta estava fechada e trancada. Ué?

- Porque ninguém entrou? - perguntou James.

- E eu lá vou saber? - disse Lily.

- O professor disse que tem uma surpresa para mós preparada pela professora McGonagall. - falou Lauane Noot, uma Lufa. AI!

- Lily, porque você está apertando o meu braço? - eu perguntei olhando para a ruivinha que tinha uma carinha de namorada-abandonada-pelo-namorado.

- Aquela má sensação que eu e o Remus tivemos ontem... Tem a ver com isso. - ela disse. - E não vai ser uma coisa muito boa...

No segundo seguinte o professor saiu da sala, com uma expressão maligna demais.

Devo deixar escrito e assinado aqui que as “Más Sensações” de Lily Claire Bittar Evans SEMPRE funcionam.

- Ah... Os grifinórios chegaram. - ele disse. - Que bom! Então vocês todos já podem entrar na sala de aula, mas peço que vocês não se sentem nas carteiras. Postem-se de pé ao lado da minha mesa.

E foi o que fizemos.

- Será que ele vai nos matar? - falou James divertido com a situação. Mas ao mesmo tempo carrancudo, pois ele olhava diretamente para mim que peguei Lily pela cintura e a coloquei sentada em cima da mesa do professor (calma, meninas, tem pra todas!).

- Não sei, Jay. - falou Angel se sentando ao lado se Lily.

- É JAAAMES! - gritou ele.

- Depois você dá escândalos, senhor Potter. - falou o professor. Ele parou na frente dos alunos e disse. - Digamos que esse ano teremos uma novidade.

- Qual? - eu falei,

- Qual? - falou Lil.

- Qual? - -falou Angel.

- Qual? - falou James.

- Mapa de Sala. - falou o professor.

- O QUE?! - falou Lily assustada.

- O que? - falou Angel dramática.

- O que é um Mapa de Sala? - falamos eu e James ao mesmo tempo.

- Hoje eu falarei os locais que os senhores e as senhoras se sentarão, e esse local será fixo até o fim do ano.

- O QUE? - e não fui só eu que falei isso não, hein. Na verdade, todos da sala falaram isso ou algo parecido.

- Vocês se mostraram muito... Rebeldes. - falou o professor. - Mas então, vamos aos lugares. - ele continuou e todos os olhamos apreensivos. Caralho, quem vai ser a primeira vítima? Pois os primeiros serão os últimos. A Angel que inventou. O professor pegou um pedaço de pergaminho, deu uma estudada básica e sorriu maníaco demais. Ele apontou com o dedo para o canto do fundo esquerdo.

- Sabem quem vai sentar lá naquele canto do Famoso Fundão? Sabem quem será o sortudo?

Eu! Eu eu eu!

- Angelina Johnson.

Nãããão! Angel deu uma gargalhada e pegou sua mochila carteiro, toda feliz. Foi toda saltitante para o Fundão. Que ódio.

- Bom. Do lado dela irá sentar... Harry Evans.

Não acredito. Foi a vez dos amigos daquele Pica-Pau corno rirem, juntos do ruivinho. Ela pegou a mochila e se sentou ao lado dela, que sorria alegre. E eu ainda a ouvi falar um “Pelo menos não estou mais excluída!”, fazendo-o sorrir mais ainda.

Estou vendo que esse Mapa de Sala vai ser, como diz a Angel, super piegas...


&&&


QUE ÓDIO. ÓDIO ÓDIO ÓDIO ÓDIO AO CUBO.

Vamos lá, Sirius. Fica cool, cara. Cool.

QUE MAPA É ESSE? QUEM QUE ESSE FANTASMINHA NADA CAMARADA PENSA QUE É?! O GASPARZINHO?

Bom, eu disse que ia ser piegas. Mas... Cara, que ódio!

A Angel está naquele canto lá. Do lado dela está o porrinha do Harry. Na frente dela está o Diggory-Gayzão e na frente do Harry está o Lucas McDonald. É, a Angel está cercada de maloqueiros com mentes pervertidas (não mais que as minhas, é claro)!

O Peter está na primeira fileira, na mesma parede que eu (a outra parede, sem ser a que a Angelina está). E bem atrás dele está o Remus.

A Lene também está na primeira fileira, mas na parede da Angel. E bem arás dela a Mimi.

Mas quem se deu bem MESMO foi o James.

Aquele babaca está sentado bem no meio da sala do lado de ninguém menos que Lily Evans. E o mais incrível é que o Jammy falava alguma coisa para ela e a pessoa ruiva gargalhava freneticamente.

E quem se deu MAL, é claro, fui eu.

Gideão Prewet. Ele senta do meu lado. É. Que ódio! E o viado do professor ainda falou que esse é o nosso Mapa apenas com a Lufa-Lufa. Não quero nem pensar em como vai ser com a Sonserina. Bosta.

POF.

- AI MEU OLHO! - gritei. O filho de um ornitorrinco do bilhetinho de algum fulano que eu já tenho uma leve idéia de quem seja praticamente entrou na minha cabeça pelo meu olho! A atenção de toda a sala se voltou para mim.

- Algum problema, Senhor Black? - perguntou o fantasma. Problema? PROBLEMA?!

- Problema algum. - eu falei carrancudo, massageando a pálpebra do meu olho.

- Ótimo. Bom, como eu ia falando... - continuou o professor.

Peguei o bilhete que estava agora no chão. Ouvi uma risada vindo “daquele-que-está-do-meu-lado”. Ah, estava demorando...

- Bilhetinho? Que coisa mais gay, Black. - falou Prewet. Eu olhei para ele, mesmo sabendo que a visão que eu teria a seguir machucaria meus odiados olhos (eu não SUPORTO eles. Ficam mudando de cor, copiando o céu. É tão... previsível.). Ele olhava para mim como se tirasse sarro e tinha um bilhetinho na mão.

- Ah é, Prewet? E o que é isso na sua mão? - eu perguntei com uma sobrancelha arqueada. Ele me mandou para o inferno e tornou a escrever algo. Revirei meus olhos enquanto desdobrava o bilhete.

Dá pra acreditar? Olha que sorte a minha, Sirius!

Ah, que saco. Peguei uma pena e a molhei no tinteiro.

Dá pra acreditar? Olha que azar o meu, James!

Joguei naquele babacão.

- Psiu! - ouvi isso vindo da minha direita.Olhei para a dona desse “Psiu”. Ela ria abertamente.

- Você está muito engraçado ao lado do Cagão! - falou Angel. Eu comecei a rir com ela.

POF.

ÔÔÔ, porcaria, esses bilhetes não me deixam nem conversar!

Credo, Sissí! Eu estou aqui pra falar para o meu “mais melhor amigo”, minha marida, como eu estou feliz e você me dá essa patada? Sua insensível!

Tive que transformar uma gargalhada em um acesso de tosse repentino. James Potter, você não existe! Olhei para ele. A criatura passava a mão nos cabelos, olhando para a Lily. Ela revirou os olhos e disse “Não sei como você ainda não ficou careca. Mas e aí, vai me contar o que as duas senhoras estão fofocando?”

Curiosa.

Ui, desculpa, amorzinha. É que esse Prewet aqui do meu lado está me deixando irritada. Mas me desculpe pela patada...Jammy.

Joguei o bilhete para ele, sorrindo maroto. É bom provocar às vezes. A qualquer momento. Três... Dois... Um...

- É JAAMES!

Cai na gargalhada. Ah, eu não me agüento!


&&&


Bom... Estamos indo para as Maravilhosas e Calorosas Masmorras... Ah, a quem eu estou querendo enganar?

Entramos na classe, onde já se encontravam os Sonserinos (eca), ao lado da mesa do professor. Nos dirigimos para lá também, mas tentando ficar o mais longe possível dos Sonserinos.

- Ótimo! - falou Slughorn saindo daquela salinha dele. Eu nunca entrei lá antes... - Vocês já sabem do Mapa de Sala, né? Bom, então vamos aos lugares!

Eu estou com um mau pressentimento...


&&&


Bem. Se for possível, o mapa com a Sonsa é pior que o da Lufa. E engraçado também...

No canto esquerdo (mesmo canto que a Angel está no outro mapa) estava James. E o MAIS engraçado: do lado dele estava o Malfoy. Na FRENTE do James estava o Goyle e do lado do Goyle estava o Printchard. JAMES POTTER CERCADO DE SONSERINOS QUE O ODEIAM. É de dar pena. Quer dizer... Não é não. Hehe, eu sou mal.

Do lado do Malfoy estava o Harry e do lado desse a Lene (será que eles já estão brigando?) e do lado da loirinha o Remus.

Na primeira fileira, mesma parede que o James, estava o Craybe. Do lado dele a Mimi. Logo em seguida a gostosa... Que dizer, a nojenta da Parkinson. Depois a Lily, o Peter e a Ferreira.

Bem atrás da Lil (haha, ela está na frente da mesa do professor! Meus pêsames, ruiva!) estava a Sketter e do lado esquerdo dela, atrás da Parkinson, estava a Angel. Atrás dela estou eu e do meu lado direito o Ranhoso.

Depois não sabem por que dá barraco.

- Cada um com seu caldeirão. - falou o professor. Ow, droga.

Eca. Fazer uma poção para o Snape, okay, agora com o Snape... Nunca esteve em meus planos.

- Bem... - começo professor. Ah, que esse velho quer?! Olhei para frente. Em cima da mesa do professor tinham quatro caldeirões. - Eu preparei algumas poções para ver se vocês ainda conseguem lembrar de algumas poções, pois duvido muito que alguém do 5º ano tenha pegado num livro nessas férias. Alguém pode me dizer qual é essa aqui?

O caduco indicou o caldeirão que estava na frente da Parkinson. Eu me levantei ligeiramente para ver seu conteúdo (como vários [menos o James que estava lá no fundão. Ele se levantou de vez gritando “CADE CADE?”]) e vi algo que me pareceu água em ebulição. Oh, é claro. Essa e clássica. É...

- Veritaserum, uma poção ser cor nem odor que força quem a bebe a dizer a verdade. - respondeu Mimi após erguer sua mão bem treinada.

- Muito bem, muito bem! - elogiou o professor. - Agora - continuou. Apontando para o caldeirão mais próximo da Lily. - Essa outra é bem conhecida.

- A Poção Polissuco, senhor. - falou Remus. Bem, se ele errasse essa eu o socava. Depois das vezes que nós a usamos...

- Bom! Agora essa outra aqui... - ele apontou para o próximo caldeirão. Hm... Eu não sei. E acho que a maioria ali da sala também não sabia, pois ficaram curiosos...

- Amortentia. - falou Lily.

- De fato. Presumo que você saiba que efeito produz, não? - ele perguntou para a ruiva. É um xubolão da Pequenina.

- A poção do amor mais poderosa do mundo. - falou Lily.

- Excelente! - falou ele sorrindo. - Cinco pontos para Lupin, mais cinco para Belosson e DEZ para Lily. Você conheceu a poção pelo brilho perolado, eu presumo.

- E pelo vapor subindo em espirais características. - respondeu Lily animada. - , e dizem que tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o que nos atrai. E eu estou sentindo um delicioso cheiro de menta.

Opa.

A única pessoa que tem um perfume que lembra menta que eu conheço se chama James Potter.

- Eu cheiro menta, Lily. - falou McDonald sorrindo.

- Eu também. - eu disse.

Nos próximos segundos se ouviram vários “Eu também”, até mesmo o professor!, até que ela, sorridente, disse:

- Obrigada, garotos, mas eu conheço alguém que tem um maravilhoso cheiro semelhante.

E ele olhou para o canto esquerdo da sala.

Para James.

- Hmmm... - falaram todos.

É claro que James sorriu de orelha a orelha (eu não sei com ele consegue sorrir tanto!).

- Alguma palavra, senhor Potter? - falou Slughorn, que olhava tudo divertido. Ele passou a mão nos cabelos falou com um sorriso de canto dos lábios que ele acha que é atraente.

- Ela gosta...

Rimos, isso incluindo a Lily. Ela!

Mas... Agora que todos riam... Eu me virei para a Poção do amor. Mesmo com aquela distância, eu pude sentir seu cheiro nitidamente. Boooom... Parecia cheiro de Rosas, e eu me lembro desse cheiro. Como se o sentisse a minha vida toda. Percebi que estava inalando o cheiro muito lenta e profundamente, e que a fumaça da poção me satisfazia como uma bebida. Fui apoderado por um grande contentamento. Me virei para Snape e sorri para ele abobadamente, no que ele me retribuiu mais abobadamente ainda. Após nos encaramos por alguns segundos, percebi o que estava fazendo: SORRIR PARA O RANHOSO!

- ECA! - eu falei. Ele acordou e virou-se para frente, assustado. Eu fiz o mesmo.

Depois que a sala se silenciou, Slughorn prosseguiu.

- A Amortentia, na verdade, não gera o amor, é claro. Não, a poção apenas causa uma forte paixonite ou obsessão. Provavelmente é a poção mais poderosa e perigosa nesta sala. Ah, sim - confirmou com a cabeça quando ouviu Malfoy dar risadinhas de deboche. - Quando vocês tiverem visto da vida tanto quanto eu, na subestimarão o poder do amor obsessivo...

“E agora está na hora de começarmos a trabalhar!”

- E esta aqui, profê? - falou Angel apontando para um outro pequeno caldeirão. A poção era cor de ouro e borbulhava.

- Oho - exclamou ele. Aff. - Sim. Aquela. Bom, aquela ali, senhoras e senhores, é uma poçãozinha chamada Felix Felicis. Suponho - ele se voltou para Lily - que você saiba o que faz essa poção, senhorita Evans!

- É sorte líquida. Faz a pessoa ter sorte!

Uaaaaaaaaau. Eu preciso FAZER essa poção!

- Dez pontos para Grifinória! Dificílima de fazer. - continuou o velho. Ah, droga. Eu não curto fazer poções difíceis. Bom, como falava antes...

Eu preciso ROUBAR essa poção. Hehe.

- Porque as pessoas não a bebem o tempo todo, senhor? - perguntou James curioso e sorrindo.

- Porque ingerida em excesso causa tonteiras, irresponsabilidade e perigoso excesso de confiança. - respondeu ele.

- Quer dizer que a pessoa fica doidona? - eu perguntei.

- Hm... No seu vocabulário, eu diria que sim... - falou o cara. Tive uma idéia...

- O senhor já experimentou? - perguntou Lene.

- Uma vez na vida, aos 24 anos. Duas colheres de sopa no café da manhã. Um dia perfeito.

“E a poção é o premio oferecido a vocês.”

Silêncio. Hã?

- Um frasquinho de Felix Felicis - explicou Slughorn tirando do bolso um minúsculo vidro com rolha, mostrando-o a todos. - suficiente para 12 horas de sorte. Do amanhecer ao anoitecer, vocês terão sorte em tudo o que tentarem.

“Então”, disse o professor, energético. “como ganharem esse premio fabuloso? Abrindo a página 10 de Estudos avançados no preparo de poções. Ainda nos resta tempo para vocês prepararem a poção do Morto-Vivo. Aquele que fizer a melhor poção ganhará a Felix. Podem começar!”

Houve um grande barulho.

Ai meu Deus! Deus Deus Deeeeeus! Morte a todos os CDF’s dessa sala, eu quero essa poção! Queeeeero!

- James! - eu chamei, olhando para ele. O boiolinha depravado não me ouviu. Só porque ele é bom em poções...

Não queria a ajuda dele mesmo! Hm...

- Remus! - eu falei. Ham! Ele me mostrou o dedo do meio! Bichinha Lambisgoiada. Olhei para o lado, desesperado.

Heey!

Peguei a minha varinha que estava no meu bolso e apontei para aquele mar de óleo que ele tem no lugar dos cabelos.

- Escuta, Ranhoso. Agente pode fazer isso de dois jeitos. Ou você termina essa droga de poção logo e me dá tudo ou eu arranco seu neurônio manco e pego a força. Qual você prefere?

Eu tenho que dizer que eu fui o máximo dizendo isso! Eu sou demais!

- Vai tomar no cú, Black.

Arregalei meus olhos.

Ele NÃO DISSE ISSO.

- Você quer morrer? - eu falei. Ele sorriu cinicamente.

- Pode ter certeza que só de ser seu parceiro é morte certeira para qualquer mortal. - ele disse.

SOC.

Quem disse que eu me segurei?

Depois de dar esse soco – maravilhoso, como o papai -, eu me senti TÃO melhor!

É claro que toda a classe olhava para a cena agora. Os Grifinórios se levantavam e me aplaudiam, rindo. E os Sonserinos me olhavam com profundo desprezo. QUE ELES SE DANEM!

- Senhor Black! - falou o professor Boi-Marinho com aquele ar de “eu estou te dando um sermão péssimo, mas estou tentando ser malvadinho”. SACO. - Menos 20 pontos para a Grifinória.

- Só 20? - perguntou Snape, todo estirado no chão e indignado. - Ele quebrou o meu nariz!

- Com um só soco? - falou Angel rindo mais ainda. - Parabéns, Sirius, você acaba de ser eleito o homem com o soco mais potente do mundo! - ela completou, fazendo todos darem gargalhadas.

- Snape, vá para a Ala-Hospitalar. - falou Slughorn. O Ranhoso, após me lançar um olhar de profundo desprezo (como se eu me importasse! Eu digo “Amém!”, isso sim!), saiu da sala com a mão no nariz e coberta de sangue.

A sala se acalmou um pouco. Ai. Uma pontadinha na minha cabeça. Tá doendo. E essa pontadinha está me deixando curioso e ansioso ao mesmo tempo. E ela está fazendo com que eu olhe para o caldeirão do Snape, não sei o por que. Olhei. CACIIIIILDA!

A poção Morto-Viva! Pronta! Ah, que sorte!

Peguei uma concha e mergulhei-a no caldeirão do Snape. Depois derramei o conteúdo da concha no meu caldeirão. E assim fui fazendo até encher o meu e esvaziar o dele.

Eu sou bom.

- Tempo esgotado! - falou o professor. Ai ai aiii! - Vejamos...

Depois de muito olhar no caldeirão de todo o mundo, ele chegou na “minha”. Seus olhos se arregalaram e se manifestou neles um brilho de alegria se espalhou por eles.

- Oho! - ele falou sorrindo. - Sem dúvidas, o campeão. Parabéns, Black, e aqui está seu premio!

Um sorriso estupidamente bobo apareceu na minha cara quando eu puxei a poção da mão do professor sofredor e mais burro que o normal. Hoho! Eu já disse que tive uma GRANDE idéia?

- Siriuuuuuuuuus! - a doce voz da Angel me acordou de meus pensamentos sublimes e divinos. Olhei para ela, que já estava na minha frente com uma feição incrivelmente marota e olhava firmemente para meus olhos. Quando ela faz isso, eu tenho a leve impressão de que ela lê pensamentos. E eu me arrepio todo.

- Que idéia idiota você teve? - ela perguntou. Não disse? NÃO DISSE?! Eu sorri marotamente.

- Você vai descobrir, “Angelzinha”. - eu disse sorrindo, para ela me acompanhar com aquele sorriso mais que perfeito. - Eu me lembro quando eu te dei esse boné... - eu falei, passando a mão pela aba vermelha do boné dela. É claro que eu gostaria que ela estivesse em outro lugar agora...

- É por isso que eu o amo. Por que você me deu. - ela disse sorrindo amavelmente. Eu tirei a mão do boné e coloquei no seu rosto, como quem acaricia. Ela fechou os olhos, sentindo o meu carinho. Aproximei um pouco nossos rostos. Senti seu delicioso cheiro. Um leve odor doce e aconchegante, que sempre me dava segurança. Lembrava...

- BOSTA!

Arregalei meus olhos. Bom, não exatamente.

Angel também abriu os seus, assustada.

- Eu posso saber como você fez aquela poção tão bem, Sirius? - falou a dona do grito anterior. Lene, Lene...

- Até parece que eu vou te cont... Hey! - eu falei, parando subitamente de falar. Percebi que só os marotos e as pimentas estavam na sala. - A aula acabou?

- Não, Sirius. Agente só ta aqui pra enfeitar a sala, de certo. - falou Lily irônica. - Você não percebeu isso porque ficava olhando que nem besta pra essa poção mais besta ainda que eu nem queria.

- Vamos? Temos DCTA agora. - falou Remus com a sua autoridade de Monitor-Nogento. Todos nós concordamos e nos dirigimos para a aula.

- Como será esse tal de Richardsson? - falou James enquanto nós entrávamos na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Nos sentamos perto um do outro (completamente fora do mapa, detalhe), esperando o professor entrar na sala. Junto com a Sonserina.

- Será que ele é gostoso? - perguntou Lily, para James fechar a cara na hora.

- Lógico. Até hoje minha família só tem homem bonito. - falou Angelina sorrindo.

- Então você é a filha da Angélica? Bom, lamento não ser outro tio gostoso, mas que tal ser uma prima amiga?

Todos nós olhamos para a porta, local de onde veio a voz.

Encostada no vão da porta estava uma cópia de Angelina Johnson.

Quer dizer, claro que ela era mais velha. E não tinha aquela bunda da Angel – e que bunda! -, nem os olhos pratas dela (eles eram castanhos claros). E seus cabelos eram da mesma cor com algumas mexas loiras. Mas tirando isso elas eram idênticas, os traços iguais.

- Bom, por mim está ótimo. Desde que não seja nenhuma hipócrita como as outras que eu conheço. - falou Angel para as duas sorrirem iguaizinhas. Já estou até vendo!

- Todos sentados! - falou a professora. Nós, que estávamos em pé em volta da Lily, que era a única sentada em seu lugar correto, nos sentamos em volta dela no chão sorrindo “angelicalmente”. A professora soltou um risinho.

- Em seus lugares de mapa. - ela completou. Nos levantamos e sentamos cada um em seu lugar. Depois que todos nós nos sentamos corretamente, a professora foi para frente da sala.

- Boa tarde, meus queridos. - ela disse.

- BOA TARDEEEE! - gritamos animados, que nem uns retardados.

- Meu nome é Nang Richardsson... E, como perceberam, serei sua nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas.

“Agora eu quero afirmar que” ela começou a andar pela sala, no meio das carteiras. “não permitirei brincadeirinhas” ela parou e deu um tapinha no rosto da Lily, que sorriu amarelo. Continuou a andar. “mesmo que os brincalhões” ela parou e deu um sorrisinho falso para Sketter. Gostei dela! “sejam de minha família” ela deu um tapinha no rosto de Angel agora. “ou tenham rostinhos bonitos.” Ela acariciou meu rosto. GOSTEI DELA!

- E eu tenho que avisá-la que a turma da Grifinória é um terror. - falou Carmem Parkinson. Ué?

- E eu tenho que avisar que a turma dos “Sonsedroga” só tem fracassados. - falou James para nós darmos risada.

- E EU tenho que avisar que já sei muito bem sobre a Rivalidade dessas duas casas, uma vez que já participei dela. - falou a professora risonha.

- Você fez parte da Grifinória, né? - falou Mimi, mas ouvi Anel dar uma risadinha sem vida e sussurrar um “Até parece...”.

- Não. Sonserina.

Ah é. Tinha me esquecido disso. Quase todos os parentes da Angel participaram da Sonsa. Ela foi uma das poucas (os outros foram os irmãos dela {Já disse que ela tem uma penca de irmãos? Não sei como a mão dela ainda tem aquele corpão!}).

- Bom, alunos do 5º ano, esse ano vocês tem NOM’S. - -ela continuou. - E eu farei o máximo que puder para que vocês entendam o conteúdo dado. Agora todos na página 22.

Peguei meu livro e o abri na tal página, assim como todos. Me sentei na ponta da cadeira, colocando meus lábios no ouvido da Angel.

- Lina? - eu sussurrei. Ela, que estava lendo distraída uma página, deu um pulinho de susto e se virou para mim, de olhos arregalados, frente a frente, fazendo que nossos lábios ficassem próximos.

- O... O que? - falou ela. Ela ta nervosa com a proximidade. ELA TÁ NERVODA COM A PROXIMIDADE! Não evitei e sorri.

- Você reconhece a “Nangzinha”?

- Não. - ela falou voltando ao normal. - Nunca nem ao menos ouvi falar dela.

- Ela é a sua cara. - eu disse.

- Menos os cabelos e os olhos. Eu percebi. - ela disse sorrindo. Eu sei que ela percebeu, ela é saga de verdade.

- ...e namorinhos são proibidos. - terminou a professora num tom de voz mais alto, olhando diretamente para nós dois.

- Sorry, prima. - falou Angel.

- Professora. - corrigiu ela.

- Teacher. - falou ela. Dã.

- Professora

- Professora Nang Richardsson, senhora! - falou Angel batendo continência, arrancando uns risinhos.

- Okay. - a “Teacher” falou. Eu me sentei correto na cadeira (ou melhor, eu quase deitei), suspirando.

Tédio. Tédio ao quadrado. Eu GOSTO de DCTA, mas não gosto de ouvir essas besteiras de NOM’S e apresentações de alunos e professores que, infelizmente, ocorrem todo o ano. Distraído, coloquei o meu pé na parte de trás da carteira da Angel.

- Tira o pé daí. - ela disse de imediato, sem nem ao menos virar-se para trás.

Vamos irritar Angelina Johnson?

- Não. - eu disse escondendo um sorriso maroto.

Ela se virou para mim. Pode se dizer que o olhar dela não era de “eu quero te matar”, mas “eu estou te matando com o olhar” (olha, rimou!).

- Sirius, eu estou falando sério! - verdade, Angelzinha?

- Meus pêsames, pois eu não quero tirar o pé daí. - eu falei simplesmente, começando a balançar o pé e fazendo com que a cadeira dela balançasse no mesmo ritmo.

- Que parte do “sem namorinhos” vocês não entenderam? - falou a professora com os braços cruzados. Arqueei as sobrancelhas.

- Hmmmmmmmmmm... - falou toda a sala. Já mencionei inocentemente que nessa escola só tem curioso?

- Nós não somos namorados! - falou Angel se defendendo.

- Eu não falei que vocês são namorados, mas que estão de namorinho. - falou a professora divertida. Hehe. Pegou mal, Angel

- Hmmmmmmmmmmmmmmmmm... - só tem curioso nessa escola.

- E qual é a diferença? - falou Angel com o cenho franzido.

- Que namorinho não tem compromisso, diferente de namoro. - dá-lhe teacher! Quer dizer... Valeu, professora.

- HMMMMMMMMMMMMMMM!

- CALEM A BOCA! - gritou Angel.

Já disse que a Angel tem moral?

Ela tem.

Na mesma hora todos calaram a boca. Ela virou-se para mim.

- Tira esse pé “fedoramente” podre daí. - socorro. Ela ta me dando medo, de verdade. Tirei meu pé dali e... “fedoramente”?

- Nossa, Angel, seu nível de besteirol está alto hoje, hein. - falou James.

- Fica quieto, Jimmy. - ela disse se virando para a frente.

- É JAMES!

- O correto é “fedorentamente”. - falava Frank.

- ...nem “Jay”, nem “J”, nem “Jayzito”, ....

- ...fedoramente não existe...

- Não?

- ...muito menos “Jamezito”, que é sem dúvida o pior...

- ...as pérolas da Angel...

- PSHOOOOOOW! - -eu gritei ao ver que a Angel ia explodir. Todos calaram a boca (eu também tenho moral. Dã.). - -Tá incomodando a Angel!

- HMMMMMMMMMMMMMMMMMM!


&&&


Sem nenhum pingo de exagero, essa terça-feira foi a pior da minha vidinha de Maroto. Não pelos acontecimentos, mas pelas aulas. Tudo a mesma merdinha de NOM’S e blá-blá-blá, como disse a Angel.

E por falar na criatura, ela está na poltrona vermelha na minha frente, observando Lily e James “conversar” (isso se tornou hobbie de todo mundo, né? Só porque era anormal...). Mergulhei naquela maravilha de olhar.

Eu agora percebi que não sei... Como está a minha relação com a Angel. Quer dizer, o que sinto por ela. Ano passado era a mais pura e verdadeira amizade. E eu nunca tive nenhuma paixonite pela Angel.

Quer dizer... Aff. Tive sim.

Mas foi paixonite de criança, cara. Me atreveria a dizer paixonite de recém saídos da fralda. Portanto eu desisti de cara. Alias, nem é necessário se dizer “desistir”. Eu só a achava uma gracinha e queria dar uma... Como se diz... “Bitoquinha”.

Mas agora...

O jeito que ela fala, sempre gesticulando com as mãos... Como ela ri, jogando elegantemente os cabelos para trás. Tudo. Simplesmente me...

- SIRIUS!

Bom, voltando ao mundo real, percebi que estava encarando Angel até agora. Aliás, foi ela que gritou. É, eu viajei de novo.

Os poderosos olhos de Angelina Johnson...

- Que? - eu disse.

- Eu perguntei se você não quer ir à cozinha comigo! - ela repetiu pacientemente.

- E porque você não vai com a Lily? - eu perguntei confuso.

- Porque ela quer ficar com o James dela.

- A merda, você, Angel. - falou Lily enquanto James sorriu.

- Isso é vocabulário que uma nobre Pimenta como você deveria usar? - falou ele. Esse James é péssimo!

- A merda cúbica você, Potter. - falou a ruivinha.

E o segundo round de Marotos X Pimentas está para começar!

- Hey! Porque regredimos? Combinamos que você me chamaria de James!

Virei-me para Angel.

- Vamos para a cozinha, cara.

Ela sorriu. Preciso dizer o que aconteceu?

Me a r r e p i e i.


&&&


- Comida, comida, comida, comida. Comida, comida, comida, comida, comida, comida, comida...

- Então é verdade! - falou Angel rindo. - Os elfos de Hogwarts estão mais pirados esse ano!

- Comida, comida, comida, comida...

- Eu te disse, mas você não acreditou! - eu falei observando tudo.

Quando vi a cena pela primeira vez, achei que estava num formigueiro. De verdade! Era elfo pra lá, elfo pra cá... Tudo correndo, se esbarrando, gritando “Comida!” (me lembrando vagamente o Peter) e atrás do nosso rango.

Rango esse que está demorando para chegar.

- É que eu achei que fosse impossível eles piorarem da situação passada. - ela disse dando de ombros.

- Comida, comida, comida, AQUI SENHOR!

Eu e Angel, de um salto, olhamos para os elfos. Uns cinco deles estavam na nossa frente, carregando bandejas de comida, enquanto os restos deles ainda corriam “doidões”.

- Valeu. - falou Angel, que pegou uma bandeja e se sentou na mesa, no que eu fiz o mesmo me sentando na frente dela. Olhei para a criatura “pouco” bonita.

Ainda com o boné vermelho, os cabelos soltos e lisos, ela mordia um morango melado de chantilly, olhando divertida para os elfos.

A minha mente Marota começou a trabalhar na hora.

Cheguei mais perto dela, me debruçando na mesa. Ela me olhou, os olhos arregalados, vendo que eu chegava cada vez mais perto...

- S...Sirius... O que você vai fazer?

- Você quer mesmo saber? - eu falei com a voz mais sedutora que eu tenho (babem, garotas!). Cheguei mais e mais perto de uma Angelina estática...

PLOF.

Comecei a rir escandalosamente.

- Sirius Black, seu desgraça! - falou ela tentando limpar o chantilly que eu joguei no rosto dela. Eu sou mal! - Sua sorte é que não sujou meu boné, seu... pocanilhazitado!

Franzi o cenho.

- O que é pocanilhazitado?

- Não sei, acabei de inventar. - ela disse antes de começar um ataque violento de morangos contra mim. Minha pessoa!

- Angel! - eu falei indignado.

Nos levantamos enquanto eu andava para trás, tentando me proteger do ataque dela. E ela ia pra frente, rindo como uma criança, mas com uma expressão maligna e cheia de chantilly na cara. Após atravessarmos o mar de elfos que tinha no caminho, minhas costas bateram em outra mesa.

É, ela me encurralou.

- O que você vai fazer, Angel?

Percebi que ela tinha algum arma-assassina-de-Sirius escondida nas costas. Nada bom, nada bom...

- Sabe o que é... Eu nunca te falei que eu tenho paixão por sorvete.

Ah, não!

Depois que ela mostrou que a arma era um pote de sorvete, ela jogou todo o conteúdo do pote em mim. Me lambuzando todo.

Pelo menos é de chocolate. Já disse que amo chocolate? Não, né?

- Que pena, Angel. Pois eu prefiro... - peguei um pote que estava em cima da mesa em nas minhas costa e mostrei para ela. - mel.

Inverti as posições, encurralando-a na mesa (calma, tem Sirius para todas!).

- Ah não, Sirius...

- Ah, sim!

- O meu cabelo!

- Você lava. - eu falei e fiz intenção de jogar o mel nela.

- Espera! - ela gritou. Pegou o boné e o jogou para longe, para não suja-lo. Olhou para mim. - Vai fundo.

E virei. Na cabeeeça. O mel escorreu todo, deslizando pelos lábios dela.

Se controla, Sirius.

- O meu cabelo! - NÃO FAZ ISSO, SIRIUS! - Olhe para...

Mas ela não continuou a falar. Quem disse que eu deixei?

Novamente, sem nenhum pingo de exagero, os lábios dela são os mais macios e quentes que experimentei.

Bom, com certeza a Angel vai me matar.

Nosso beijo não tinha língua com língua, mão nas áreas baixas, nem pegação censurada, mas era mágico, cara. Saca? Eu a abraçava pela cintura e ela tinha a mão no meu peito. E eu ia sentindo gostosos arrepios na minha nuca, mas o que é bom dura pouco.

Eu, ainda com as mãos na cintura dela, fiquei a encarando.

Ela se desvencilhou de mim e foi caminhando até a saída.

- Hm... Angel?

Ela parou.

- Você ficou... Brava comigo por eu ter te beijado?

Ela se virou para mim.

- Vamos apagar isso, Sirius. Você me beijou sem aviso, mas vai sobreviver pra contar história. - ela disse com um leve sorriso. E saiu, me deixando sozinho. Mesmo com essas palavras, tenho a leve impressão de que a nossa amizade nunca mais será a mesma.

Me encaminhei até o boné dela e, sem me conter, cheirei ele. Para depois sorrir.

Um delicioso cheiro de rosas.



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