AMIGOS E FESTAS



O Solstício de Verão, bem no meio da estação, é a época de uma das maiores festas do calendário bruxo. Comemora-se o momento em que o poder do sol chega ao auge, a exuberância da natureza, o dia mais longo do ano. Nessa data, em toda a Grã-Bretanha, desde os tempos mais remotos, as casas dos bruxos se enchem de cor, de música, de muita comida e fogueiras nos jardins. É dia de fazer feitiços de amor, de casamentos bruxos, bom para adivinhação e para colheita de ervas mágicas.
Algumas regiões especiais costumam atrair bruxos de todo o país para uma tradicional celebração ao ar livre do Solstício. No condado de Witshire*, por exemplo, onde estão os famosos Círculos Mágicos de Pedra de Stonehenge e de Avebury. Através dos séculos, Stonehenge tem sido cenário de comemorações ao ar livre dessa data, reunindo bruxos e bruxas de todo o país. A elite bruxa, é claro, procura celebrar nas suas propriedades rurais na região, com mais luxo e exclusividade. Os Malfoy, por exemplo, sempre fizeram questão de organizar a maior, mais luxuosa e concorrida festa todos os anos nessa época, aproveitando-se da localização da Mansão Malfoy, em Witshire, próxima a Stonehenge.
Este ano, a festa prometia ser ainda mais espetacular. A elite do mundo bruxo tinha sido convidada, com muita antecedência, e os convites estavam sendo disputados quase que a tapa. A festa seria também uma homenagem especial ao velho professor de Poções de Hogwarts, Horácio Slughorn, que estava se aposentando. Era o evento do verão, como ressaltou a coluna social do “Profeta Diário”.
“Luxo e requinte, como sempre”, pensou Severo. Ele mal podia acreditar que estivesse ali de novo. O som da festa chegava até os portões externos da Mansão e era sedutor, mesmo para ele. Mas aquela casa lhe trazia memórias que, embora fossem recentes, pareciam ser de uma outra vida. De um tempo em que tudo o que ele acreditava ambicionar era estar ali, cercado pelos bruxos da aristocracia bruxa, os puro-sangue, a riqueza. Severo balançou a cabeça, mal humorado, tentando espantar esses pensamentos incômodos, e apressou o passo na direção da entrada principal da casa. Mas os ecos do passado recente eram muito persistentes. E o que mais o incomodava era que as lembranças reforçavam a sua percepção nítida de ser um outro homem agora. Aquele jovem bruxo que participara de várias reuniões e jantares na Mansão há alguns meses atrás não existia mais. “Só nos meus pesadelos”, Severo completou sombriamente.
Sem perceber, ele parou e ficou admirando, imóvel, o movimento da casa através das janelas abertas. Mesmo já tendo vindo ali várias vezes, a Mansão Malfoy ainda o surpreendia. **A enorme propriedade rural, com aqueles incontáveis acres de terra cercando o palacete. O casarão antigo, enorme e majestoso, mantido impecável através de mais de 400 anos. Da fachada, Severo costumava admirar a visão dos seus quatro andares, as mais de 60 enormes janelas e o belíssimo jardim principal, cheios de flores raras e plantas exóticas de todas as partes do mundo. Ele sabia que na parte de trás da casa havia um caminho de pedras regulares levando às estufas, um dos lugares da mansão que ele mais gostava. Lá, ele tinha encontrado uma variedade muito maior de ervas, fungos e plantas exóticas do que na própria estufa de Hogwarts. Ao lado das estufas, estava um imenso e luxuoso corujal, com uma dezena de belíssimas corujas. Mais adiante, ficavam as cocheiras. Lucius orgulhava-se da sua criação de belíssimos cavalos alados árabes. A propriedade toda formava um conjunto espetacular, que parecia transmitir uma aura de poder, o tipo de poder feito para durar através de gerações.
Aquela prometia ser uma belíssima noite de verão, iluminada pela lua cheia e sem nenhuma nuvem no céu. Mas também insuportavelmente quente. Com um sorriso sarcástico, Severo se lembrou de uma noite quente como aquela, há pouco mais de um ano atrás. Naquela noite, ele tinha tocado a campainha com a mesma sensação de inadequação que agora. Só que, suprema ironia, por motivos completamente diferentes.
A marca no seu braço parecia latejar e o seu humor fazia a sensação ficar ainda mais intensa. Ele sentia o estômago embrulhado. “Vá na festa, se achar que agüenta a pressão...”, tinha lhe dito Dumbledore. Isso tinha soado quase como um insulto para Severo. Sugerir que ele não fosse capaz! É claro que ele iria e que conseguiria manter o seu disfarce de agente duplo com perfeição. Mesmo que isso lhe custasse todo aquele mal-estar.
Conforme ele chegou mais perto da porta principal, ela se abriu, revelando o dono da casa. Lucius gostava de receber pessoalmente os seus convidados nessas ocasiões especiais.

- Severo! É sempre um prazer... – O anfitrião indicou a entrada com um sorriso e entregou o manto do convidado para o elfo doméstico. – Está elegantemente atrasado, meu caro...

O interior da casa parecia ainda mais esplêndido. A iluminação especial, os requintados arranjos de flores, o aroma forte de perfume de mulher, fumo de cachimbo e especiarias, tudo tornava a casa ainda mais rica.

- É bom vê-lo de novo! Já faz algum tempo desde a sua última visita!

- Eu estava sendo investigado, tive que me mudar para Hogwarts bem mais cedo do que imaginava...

- Ah, sim, eu soube... Seu sucesso no Ministério foi o comentário geral...

Os dois entraram nesse instante no grande salão de festas da mansão, inteiramente decorado de vermelho. O salão possuía um terraço amplo que se abria para os jardins, onde se podia ver uma grande fogueira. Os sentidos de Severo foram bombardeados por uma explosão de luz, som, aroma e sabor. Havia alguma coisa especial nos bruxos puros-sangues e ricos. Eles pareciam não suar. Só ele ficava molhado e oleoso. Os outros ali pareciam transpirar graça, elegância, estilo, classe. Mesmo naquele calor infernal.

- Severo!

Ele se virou, para cumprimentar Hugo Crabbe, que o saudava com entusiasmo. O som do seu nome pareceu ecoar pelo salão. E, para seu maior horror, vários convidados vieram se aproximar dele, cumprimentando-o efusivamente, com tapinhas nas costas e apertos de mão. Duas mulheres exageradas e sorridentes aproximaram-se.

- Já não era sem tempo, Sev! – Elinora sibilou, fazendo charme, de braço dado com Bellatrix.

- Ah, o homem do momento! O novo professor de Poções em Hogwarts, então?

- Bella… Elinora... – Severo cumprimentou as duas com um aceno de cabeça.

- Parece que só grandes ocasiões conseguem tirar nosso amigo recluso da sua toca... – Lucius entrou na conversa, trazendo um copo de uísque de fogo para Severo. Os quatro imediatamente levantaram seus copos num brinde:

- Ao Lorde das Trevas!

- E aos amigos ausentes!- Lucius completou, com o olhar distante, recebendo uma resposta imediata dos outros três.

“Então eles estão assustados também, apesar de tudo...”, pensou Severo.
- Lucius! Não faça esse tipo de brinde no dia de hoje! Temos convidados que não são... – Narcisa deixou a frase incompleta, mas suficiente para que o marido, e quem estivesse por perto, compreendesse. Depois, voltou-se sorridente para Severo. - Como vai, Severo? Sentimos muito a sua falta no aniversário do Draco!

Antes que Severo tivesse chance de responder, Bellatrix interviu:

- Ora, Ciça… Você sabe que o nosso amigo Severo aqui não é muito de festas, não é mesmo? Ainda mais festinhas infantis...

- Mas eu tenho certeza de que, se ele pudesse, ele teria vindo, minha irmã! Afinal, foi só graças a ele que eu e o meu filho estamos vivos!

- Ah, não, por Merlin! Não vou ficar aqui ouvindo mais uma vez a minha esposa relembrar a noite do nascimento de Draco, enaltecendo Severo... Desculpe amigo, mas essa história eu já ouvi algumas centenas de vezes... Com licença, vou ver se está tudo bem com o nosso convidado de honra. – Lucius se afastou rapidamente na direção de Slughorn, que parecia imensamente feliz por ser o centro das atenções.

Severo notou que Narcisa parecia visivelmente contrariada com o comentário do marido, mas não disse nada. Resolveu aproveitar a deixa também, dizendo, com uma mesura elegante:

- Bem, acho que devo cumprimentar também o homenageado... Com licença, senhoras.

- Severo! Meu caro discípulo, que prazer! Slughorn cumprimentou-o alegre, parecendo alcoolizado. – Eu estava agora mesmo falando de você, aqui para o pai do Lucius. Estava comentando com Abraxas que talento natural para o preparo de Poções você sempre teve! Foi por minha indicação pessoal que Dumbledore o chamou para me substituir em Hogwarts. Claro, eu não podia deixar por menos...

Os bruxos em volta dele sorriram, concordando. Talvez alguém desconfiasse de que ele estava mentindo, mas não fazia a menor diferença. Aquele velho tolo... Provavelmente nem imaginava que estava cercado pelos temidos Comensais da Morte...
Com um leve aceno de cabeça, que podia tanto significar concordância quanto agradecimento, Severo se afastou.

- E aí, Morcegão! – Rodolfo Lestrange o abordou no meio do caminho.

- Ah, é, até que enfim a gente se encontra, hein? Mas… conta uma coisa aqui pra nós... Cadê a namorada? Veio sozinho de novo, Sev? Rabastan ironizou, passando o braço pelos ombros dele. – Vou apresentar você para uma bruxa fantástica, amigão! Ei, Fedora, vem cá um minuto!!

Severo olhou na direção do chamado. Uma bruxa ruiva, exuberante, com maquiagem muito exagerada e um decote gigantesco sorria maliciosa na direção deles, em resposta. “Ah, me traga o Lorde das Trevas, logo de uma vez...”, ele pensou, empalidecendo horrorizado. Os Lestrange pareciam adorar o constrangimento dele.

- Acho que ele não gostou da escolha... E eu que achava que você gostasse de ruivas... Que tal uma morena, então? Serena, dá um sorriso!

- Ah, irmãozinho! Acho que o Morcegão não ficou animado com a sua oferta, também. Hmmm... Acho que não faz o tipo dele... Quem sabe, então, se a gente apresentasse um tipo... diferente... pra ele, hein? O Sanguini está por aí? Ou quem sabe o Greyback?

Os dois irmãos caíram imediatamente na maior gargalhada diante da insinuação maldosa.

- Ah, é tão bom estar entre amigos de novo, não é? - Severo respondeu com sarcasmo. Deu um gole enorme no seu uísque e seguiu, discretamente, em busca de nova dose. A festa talvez ficasse menos dolorosa se ele conseguisse se embriagar rapidamente.
Encheu o copo e tomou a nova dose de um só gole, e tornou a enchê-lo. Finalmente, sentiu que o uísque começava a fazer efeito. A sua garganta apertava, a visão ficou um pouco turva, os ouvidos captavam fragmentos de todas as conversas do salão, misturando tudo:
“- ... ah, foi uma viagem ótima, mesmo, e...”
“-… escolheu uma varinha sem …”
“- … acho que ela queria dizer alguma coisa na hora, mas...”
“-… é claro que o casamento só daria certo se…”
“- … eu disse que deixava meu quadril parecendo enorme...”
Severo seguiu, tentando não ser notado, para o terraço, longe da animação. Talvez ele conseguisse atravessar o resto da noite sem ter que agüentar mais especulações a seu respeito. A respeito da sua vida amorosa. Ou não-vida, ele pensou com desdém.

- Sozinho, Severo? Veio tomar um ar fresco aqui fora?

- Estava só… observando a beleza da noite…

- Realmente, está um espetáculo, mesmo... Talvez mais tarde dê pra ver os fogos de Stonehenge daqui.

Narcisa sorriu de leve, notando o suor que escorria pelo rosto do bruxo.

- Eu sei o quanto esse calor o incomoda. Vou conjurar uma brisa… - tomando sua varinha, com um gesto sutil, sem dizer nada, Narcisa fez com que surgisse uma brisa leve e perfumada.

Severo não conseguiu disfarçar sua surpresa com a habilidade dela. Narcisa sorriu de novo, percebendo a reação dele.

- O que? Surpreso? Pois é, eu não sou só a boneca de porcelana que Lucius costuma exibir aos convidados... Eu sempre fui uma ótima aluna em Feitiços, o professor Flitwick sempre elogiou o meu talento...

- Realmente notável. – Severo percebeu o ressentimento e a ironia no comentário dela.

Os dois ficaram ali, em silêncio, por alguns instantes.

- Você deve conhecer a obra daquele bruxo que viveu disfarçado de trouxa, William Shakespeare, não?

- Sim, já li alguma coisa... – Severo teve um flashback rápido dos seus tempos de escola trouxa, antes de Hogwarts.

- O Solstício de Verão sempre me faz lembrar da peça “Sonhos de uma Noite de Verão”...

Aquela mulher era surpreendente.
Lá de dentro vinha o som da voz de Lucius, convidando todos a dançar, comandando a animação. O som das risadas e das conversas estava também mais alto. A bebida corria solta, e a maioria dos convidados já devia estar alcoolizada a essa altura.

- Ah, eu odeio essas festas... – Narcisa deixou escapar, com um suspiro.
Severo não respondeu, mas virou-se para encará-la, curioso.

- Não se faça de desentendido, Severo. Você sabe que eu odeio. E eu sei que você gosta delas tanto quanto eu.

Severo sorriu zombeteiro.

- Não sei por que... Hmmm, bem, vejamos… Crabbe e Goyle são dois idiotas. Jugson é um maníaco homicida. Avery é um pervertido. Macnair é obcecado com tortura e sádico. Seu cunhadinho é um perverso, assim como Rabastan, o irmãozinho dele. Quer que eu continue?

- Então por que você vem?- Narcisa perguntou, rindo.

- Bem... Eles são meus amigos. Por Merlin, o que isso depõe a meu respeito?

Narcisa riu de novo.

- OK, mas você não disse nada sobre Lucius.

- Questão de tato, eu acho...

Narcisa riu de novo, e se aproximou um pouco mais dele. Nesse momento, algumas vozes vindas do interior do salão ficaram mais distintas, invadindo a paz do terraço:
- … fica à parte dos outros, Lucius.
- Ele sempre ficou à parte, Walden. É o jeito dele, sempre foi esse o jeitão dele, você sabe.
- Você sabe dos rumores? Dizem que ele está próximo demais de Dumbledore.
- Mas é claro que está! – a voz de Lucius soou impaciente. – O Lorde das Trevas deseja isso, não é mesmo? Não foi essa a missão que foi dada a ele?
- Então por que é que nós temos que ficar de olho nele?
- E como é que você sabe se o Mestre não tem alguém de olho em você, Walden? Dá um tempo...
Severo empalideceu um pouco, mas não perdeu o controle.
- Parece que estão preocupados comigo... – ele murmurou, ironicamente, dando um novo gole no seu uísque.
- Ah, sim, eu sei disso. Eles não sabem o que pensar sobre você.
- Mas será que as pessoas andam tão sem assunto que até mesmo eu virei objeto de discussão?
- É o que parece... - ela respondeu, quase engasgando com uma risada.
- Então, o mundo está perdido. – Severo resmungou.
- Nem tanto... Nem tanto... Na verdade, ninguém desconfia, mas eu conheço o seu segredo, Severo. – Narcisa o encarava agora com um brilho estranho no olhar.
Ele sentiu suas entranhas congelarem. Sabia que tinha ficado mais pálido, mas não se deixaria abater.
- Ah, é? E qual seria esse segredo, Narcisa? – Severo perguntou, erguendo a sombrancelha. Apesar da sensação crescente de pânico, ele procurou esvaziar e bloquear a mente.

- Eu não preciso penetrar sua mente para saber o que eu sei, Severo...- ela pareceu adivinhar.- Eu posso muito bem reconhecer os sinais.

- Sinais?

- Ah, sim… Nós dois temos o mesmo problema, Severo. É por isso que eu logo reconheci.

- Problema? – Severo agora estava realmente confuso. Confuso e curioso. Qual era o problema dela, afinal?

- Ah, sim... Amor não correspondido. É isso.

Severo a encarou sem responder nada, na expectativa. Em parte, ele ficara aliviado por ser isso o que ela queria dizer. Mas esse era também um terreno potencialmente perigoso. Mantendo o olhar, ela continuou:

- Talvez seja ainda aquela trouxa dos tempos de escola, a ruiva que era sua parceira nas aulas de Poções...

Severo engoliu em seco, mantendo o autocontrole à custa de todas as energias.

- Eu me lembro da Bela ter comentado sobre aquela garota e você... Pode ser outra, eu não sei… Mas é evidente, para quem conhece os sintomas, que o problema é esse. Toda essa... amargura. Esse seu jeito anti-social... Esse sarcasmo... Eu sei muito bem o que é isso, pode acreditar. Não tem nada a ver com traição ao Lorde das Trevas, celibato religioso, alguma deformidade repulsiva, impotência incurável, ou homossexualidade não-assumida. É dor de coração partido, amor impossível.

Ele deu risada diante do comentário.

- Quer dizer que circulam todas essas teorias ao meu respeito?

- Ah, sim... Essas são as mais cotadas... – ela respondeu, segurando o riso também. – E as menos absurdas também.

- E mais alguém acredita na sua teoria?

- Não falei a ninguém. – Ela ficou séria de novo.

Um pensamento incômodo passou pela cabeça de Severo.

- Mas... E quanto a você? Por que a ilustre, bem nascida e bem casada senhora Malfoy alega sofrer do mesmo mal?

Ela encarou-o divertida.

- Não é o que você está pensando, Severo, eu não sou apaixonada por você ou algo assim. É mais patético, na verdade. Eu sou totalmente apaixonada pelo meu marido.

Severo surpreendeu-se a admirando pela primeira vez. Ela era muito mais inteligente do que deixava transparecer à primeira vista. E mais bonita também. Levantou a sombrancelha, interessado, mas sem dizer nada.

- Você deve imaginar que o meu casamento foi arranjado, as duas famílias de sangue mais puro e tradicional do mundo bruxo, pelo menos da Grã-Bretanha, unindo-se harmoniosamente. Isso é uma meia-verdade. Desde que vi Lucius pela vez eu o quis para mim. Nossas famílias adoraram o arranjo, é claro.

Ela fez uma pausa, respirando fundo. Desviou o olhar para o interior do salão de festas, onde se podia ver, agora, Lucius dançando com Fedora, a ruiva exagerada.

- Lucius parecia corresponder à minha paixão, pelo menos no início. Eu sei que, mesmo agora, eu tenho qualidades que ele admira, que são importantes para ele. Eu sou discreta, elegante. Tenho educação, classe. Sou bonita, mas não exuberante ou vulgar. Sou uma boa anfitriã, uma boa esposa, boa mãe. E dei a ele o herdeiro dos Malfoy, a continuação do sangue de que ele se orgulha tanto...
Severo estava impressionado com a confissão espontânea. Ela deu novo suspiro, desviou o olhar do casal dançando para o luar.
- Sou só um bibelô, uma boneca... Lucius manteve o interesse por mim até a gravidez, o nascimento de Draco. Depois disso, ele não se deu nem ao trabalho de disfarçar. Eu sei que ele não me ama, eu sei que ele nunca me amou. Acho que ele não é capaz de amar ninguém, na verdade.. Ninguém além dele mesmo. E eu continuo apaixonada por ele. Eu amo Lucius, loucamente. O mais ridículo é que eu acho que ele nem percebe isso.
A luz do luar iluminou os olhos azuis muito claros dela, e ele percebeu que estavam cheios de lágrimas. Ela então retribuiu o olhar dele com um sorriso triste.
- Como você pode ver, Sev, temos muito em comum... Mas pode ficar tranqüilo. Seu segredo está a salvo comigo.
Aproveitando a proximidade, ela se inclinou e beijou os lábios dele muito de leve.
- Amigos?
Pego totalmente de surpresa, Severo só conseguiu concordar, com voz rouca:
- Amigos.

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Pouco mais de um mês depois, Sirius Black recebia uma coruja. Tinha passado o verão todo viajando, voando na sua motocicleta. Estava investigando por sua própria conta, tentando descobrir o espião infiltrado na Ordem. Sem nenhum sucesso, diga-se de passagem. Abriu a carta, que continha uma mensagem curta e simples.
“Almofadinhas,
Hogwarts, 31 de julho.
Você sabe como e porquê.
Encontre-se conosco na Sala Precisa, às 16 horas.
Pontas”
Ele sorriu e guardou o bilhete no bolso. É claro que iria. Mas agora, tinha que sair e comprar um presente para o afilhado.

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Remo fechou a porta de casa, com um suspiro. Seu corpo ainda estava dolorido pela última noite de lua cheia com os lobisomens e a turma de Greyback. Era uma missão difícil, a que Dumbledore o tinha encarregado. Mas ele sabia que era necessária, e que ele era a pessoa perfeita para o trabalho. O que o enchia de vergonha e amargura. Ele tinha passado a noite em claro, a serviço da Ordem. Mas ainda não tinha a coragem de falar sobre com ninguém a não ser Dumbledore. Ele jogou seu casaco sobre a cadeira mais próxima, e se jogou no sofá. Só então notou a pequena coruja parada ali. Pegou a mensagem que, mesmo sendo bem curtinha e concisa, o encheu de entusiasmo.
“Aluado,
Hogwarts, 31 de julho.
Não é lua cheia, então... sem desculpas. Você sabe como e porquê.
Encontre-se conosco na Sala Precisa, às 16 horas.
Pontas”

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Pedro tinha acabado de chegar em casa. Tinha acabado de prestar contas ao Lorde das Trevas, e mais uma vez ter sido advertido pela ausência de informações. Ninguém sabia do paradeiro dos Potter. Fazia tempo que ele nem recebia mensagem nenhuma deles. Ia fechar a janela, quando viu uma coruja cinzenta entrando com uma carta para ele. A mensagem era curta, mas não deixava dúvidas.
“Rabicho,
Hogwarts, 31 de julho.
Você sabe como e porquê.
Encontre-se conosco na Sala Precisa, às 16 horas.
Pontas”
Seu olhar brilhou na escuridão da sala, enquanto amassava o papel. Eles teriam o seu dia. Em breve teria alguma novidade para seu Mestre.


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Os dias passaram lentamente até o final de julho. Thiago não tinha recebido nenhuma coruja em resposta, mas tinha certeza de que os amigos viriam. Assim, faltando muito pouco para a hora marcada, os Potter tentavam se arrumar para a festa na maior ansiedade.
- Harry!! Vem cá vestir a sua calça, vem, meu amor!
- Nããã… - o pequeno Harry deu uma risada malandra e saiu meio cambaleante na direção oposta.
- Ei, bebê, onde você pensa que vai assim pelado, hein?
- Nããã… pe’ado…
- Thiago, venha cá me ajudar, por favor!
- O que está havendo aí? Thiago olhou para o filho que imediatamente sorriu feliz para ele.
- Papa!
- Muito bem! Esse é o meu filhão! – com um abraço carinhoso, Thiago arrebanhou o bebê e vestiu a calça nele, sem problemas. Depois, deu um beijo na testa dele: - Ei, quem faz aniversário hoje nessa casa, hein?
- Nenê!
- Muito bem!!
Thiago soltou o filho no chão e ficou observando o andar bamboleante do bebê, fascinado. Só depois de alguns minutos ele se voltou para a mulher, com um abraço carinhoso.
- Ei, você já está pronta?
- Quase... Ah, esse menino! Cada dia ele fica mais parecido com você!
- Você quer dizer, assim… mais lindo, esperto, fofinho... irresistível?
- Não! Ele me deixa louca! – Lílian respondeu, rindo. Os dois apertaram o abraço e trocaram um beijo. Ainda abraçada ao marido, Lílian perguntou:
- E aí, Pontas, animado com a festa?
- Com certeza…
Lílian percebeu alguma coisa diferente no tom de voz de Thiago.
- O que foi, aconteceu alguma coisa? Você está me escondendo alguma coisa?
- Não! - Thiago respondeu muito depressa, igualzinho a Harry quando queria negar que tinha aprontado alguma.
- Voc~e parece o Harry quando apronta alguma. – Ela reconheceu, levantando a sombrancelha. – Vamos, fala logo!
- Mas eu não fiz nada!
- Thiago Potter!
- Ai, não escapa nada dessa mulher... por Merlin! OK... Eu estive agora a pouco com Dumbledore...
- E?
- Sobre aquele assunto… aquela história que ele contou na outra noite...
- ‘Tá, e aí?
- Vamos viajar no final do verão, é melhor.
- E o que você acha, Thiago? Será que vamos conseguir ter paz, finalmente?
- Acho, não... Tenho certeza! Dane-se Voldemort, chegou a hora da gente ser feliz! – Ele a abraçou de novo e rodopiou com ela pela sala pequena. – Acho que nesse Natal vamos estar infinitamente mais felizes do que no do ano passado!
Harry observava os pais, sorridente, apoiado na parede. Soltou-se bamboleante e começou a bater palminhas, todo animado.
- O mínimo que você poderia ter feito era ter se barbeado, não é? Afinal, é dia de festa, aniversário do seu filho! – Lílian reclamou baixinho, enquanto entravam no castelo debaixo da capa de invisibilidade.
Ao entrarem na Sala Precisa, tiveram a agradável surpresa de encontrar tudo arrumado para a festinha: bolo, docinhos, balões, decoração.
- Mas por que tudo verde? – Thiago estranhou, ainda lembrando os tempos de escola, da rixa Grifinória contra Sonserina.
- Fui eu que escolhi a cor... por causa dos olhos dele!
- Ah, ‘tá! – Thiago pareceu concordar tranquilamente, mas tirou sua varinha do bolso e com um movimento discreto trocou tudo para as cores da Grifinória, vermelho e dourado.
Lílian virou-se para ele, chocada.
- Só pra que os nossos amigos não tenham uma idéia errada, sabe como é, né?
- Inacreditável... – Lílian sacudiu a cabeça, conformada.
Os convidados começaram a chegar poucos minutos depois. Não era muita gente, na verdade. Dumbledore tinha impedido que Thiago fizesse uma festa muito grande e convidasse todos os membros da Ordem, como era a sua idéia original.
Dumbledore, a professora MacGonagall e Hagrid chegaram primeiro, porque já estavam no Castelo. Mas, logo em seguida, chegaram os Marotos.
Quando a porta da sala se abriu, fez-se um clima estranho e silencioso. Os quatro ficaram se olhando por alguns instantes sem se mexer ou dizer nada. Thiago quebrou o gelo, com um sorriso sincero:
- Ei, caras! Que bom que vocês vieram!!
- Eu não perderia isso por nada nesse mundo! – Remo respondeu, abraçando o amigo, emocionado.
- Eu estava morrendo de saudades de vocês... do meu afilhadão, aqui! – Sirius abraçou o amigo em seguida, mas já carregando Harry no colo.
- É bom estarmos juntos de novo!- Pedro respondeu. – Tem sido horrível ultimamente...
Eles pararam e ficaram novamente em silêncio, dessa vez perdidos em seus pensamentos.
- O Harry cresceu pra caramba! E está ainda mais bonito! - Remo comentou enternecido.
- Vai ser muito mais bonitão do que o pai... – Sirius emendou, brincalhão. – Não que isso seja muito difícil, não é? Sorte dele que a mãe é a Lil...
- Ele tem os olhos da Lil, vocês repararam, né?- Pedro completou, rindo.
- Bem, eu estou feliz em ver que vocês continuam me dando aquele apoio, como sempre... – brincou Thiago. Mas o comentário acabou provocando um novo silêncio desconfortável. O próprio Thiago acabou recomeçando, abrindo os braços e enlaçando os amigos, num abraço:
- Caras, é muito bom ver vocês!
- Há alguns meses atrás, nós quatro juntos... nosso encontro seria muito mais fácil... – murmurou Remo, quase como se estivesse pensando alto.
- Parece que as coisas mudam, não é? – Sirius comentou, com um traço de amargura, sem encarar os amigos.- Nem sempre pro melhor...
- Lembra que a gente disse... prometeu, mesmo... que nada ia mudar, nunca? Pedro resmungou. - Que ingenuidade…
- Era mais uma esperança do que uma promessa, eu acho… - comentou Remo, pensativo.
Os quatro concordaram, em silêncio. Thiago olhou para os amigos, de um por um:
- Foram bons tempos, não?
- O quê, Hogwarts? – Sirius perguntou, e riu, sonhador. – Foram os melhores anos da minha vida, com certeza!!
- Meus também... – Remo concordou, dando uma espiada em Sirius, que olhava para ele com uma mágoa incrível. Todos os quatro, até mesmo Pedro, sentiam o coração se partir de tristeza com a situação.
Lílian veio abraçar os amigos, com os olhos cheios de lágrimas. Nem conseguia dizer nada além de “que saudades!”
Os quatro continuaram em pé, lado a lado, e em silêncio, observando a festinha, as brincadeiras de Harry, ouvindo a conversa ao redor. Mesmo calados, só o fato de estarem juntos de novo permitia que eles esquecessem, nem que só por algumas horas, a dissolução do grupo. Servindo-se de uísque de fogo, um copo atrás do outro, logo os quatro estavam alcoolizados o suficiente para abraçarem-se mais uma vez, cantando “Parabéns a você”, várias vezes seguidas. Harry passou de colo em colo, até finalmente chegar aos braços do pai, que beijou a cabeleira maluca do bebê com orgulho. Harry apertou o dedo do pai em resposta, abrindo a boca num sorriso banguela que fez os quarto caírem na risada. Dumbledore, Minerva e Hagrid se despediram e deixaram a sala, discretamente, deixando apenas os amigos ali.
- E aí, Marotos, o que vocês têm feito? Têm tido sucesso nas missões da Ordem? – Thiago, tendo ficado todo esse tempo longe da ação, por força da necessidade, não podia agüentar de curiosidade. - E aí, Remo, tem conseguido alguma coisa com o grupo do Greyback?
Remo deu um sorriso amargo, um pouco desconfortável.
- Não. Eles não conversam comigo sobre nada. Eu acho que não confiam em mim.
- Se pelo menos o seu “pessoal” fosse um pouco mais... confiável... Apesar de que ser distante talvez seja bem conveniente para um agente duplo, eu acho...- Sirius resmungou, sem completar a frase.
Fez-se um silêncio gelado. Remo continuou olhando para o copo sem dizer nada, segurando o copo com tanta força que as articulações ficaram pálidas.
- Por que você não diz alguma coisa, Remo? P@&%*! Negue, pelo menos uma vez, por favor!! – Sirius explodiu.
- Eu não deveria ter que negar se você fosse realmente meu amigo... ou se tivesse certeza de alguma coisa. – Remo respondeu, com voz contida.
- Como é que eu vou saber, se você fica sempre tão quieto, tão... distante? Você nunca se abre, ninguém sabe o que você está pensando, M@#$%! Eu não estou sendo irracional... Remo, tudo se encaixa! O que eu posso pensar, se a sua raça é toda tão...
- EU SOU DA MESMA RAÇA QUE VOCÊ, P@#$%!!- Remo gritou, finalmente perdendo o controle. – Eu só não sou um impulsivo descontrolado...
- NÃO SE ATREVA A ME ACUSAR!! Seu… lobisomem duas-caras!!
Um momento de silêncio tenso. Harry começou a choramingar.
- Chega, vocês dois! – Thiago estava pálido. Sua expressão se contorceu de um jeito esquisito, enquanto ele tentava consolar o bebê no seu colo, enquanto ele próprio estava sofrendo.
Lílian se aproximou, tremendo visivelmente.
- Ah... Eu só queria… - E começou a chorar baixinho, sem conseguir terminar a frase.
Sirius olhou para ela cheio de culpa.
- Não chora, Lil… Me desculpa! – Ele pediu com a voz tremida.
- Me desculpa, também, Lil, por favor!- Remo emendou baixinho, com os olhos muito vermelhos.
Pedro soluçava ruidosamente, inconsolável. Thiago deu uma fungada. Sirius mordeu o lábio, as lágrimas teimando em cair. Remo enxugou o rosto com um gesto brusco, virando o rosto decidido para o outro lado. Harry, então, fez um barulho engraçado com a boca e começou a bater palmas, alheio a tudo. Isso acabou fazendo os adultos relaxarem, numa espécie de trégua. Sirius riu alto, chorando ao mesmo tempo, e comentou:
- Grande festa, Lil!
- Ah… eu estou me sentindo tão másculo, agora… maior machão... - Thiago riu, olhando para o teto, tentando fazer com que as lágrimas parassem de rolar.
Foi uma gargalhada geral, junto com o choro. Remo ergueu o copo de uísque de fogo, num brinde:
- A Dumbledore e a vitória final!
Sirius imediatamente complementou:
- E ao nosso pequeno Harry, que seja o herói dessa guerra um dia!
Todos o seguiram, emocionados, os olhos brilhando. Thiago descabelou Harry energicamente e deu um beijo apertado na testa dele. Lílian riu e enxugou os olhos. Os quatro estavam sofrendo. Sofrendo horrivelmente, rindo e chorando ao mesmo tempo. Então, Thiago decidiu:
- Vamos beber!
Rindo, os quatro encheram de novo os copos. Aquela ia ser uma longa noite, Lílian pensou. Com um sorriso, tomou Harry no colo.
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Severo estava no seu quarto, nas masmorras, ao lado da sua futura sala de aula. O castelo estava ainda praticamente vazio e em silêncio, por causa das férias de verão. Mas ele não conseguia dormir. Sabia que não ia pregar o olho aquela noite. Era dia 31 de julho, e em algum lugar do castelo estava acontecendo a festa de primeiro aniversário de Harry Potter. Isso significava que ela estava lá, bem perto dele. Por um momento, ele se lembrou do comentário de Narcisa no dia da festa: “Amor não correspondido... aquela trouxa dos tempos de escola, a ruiva que era sua parceira nas aulas de Poções...Toda essa... amargura. Esse seu jeito anti-social... Esse sarcasmo... Eu sei muito bem o que é isso, pode acreditar. Não tem nada a ver com traição ao Lorde das Trevas, celibato religioso, alguma deformidade repulsiva, impotência incurável, ou homossexualidade não-assumida. É dor de coração partido, amor impossível.” Deu um sorriso amargo e pensou que talvez ela pudesse entender um pouco, no fim das contas...

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* a mansão dos Malfoy fica em Witshire: ver Harry Potter e a Ordem da Fênix, p. 256. Sobre Witshire e Stonehenge: ver Harry Potter Lexicon (Mansão Malfoy, Wishire: http://www.hp-lexicon.org/atlas/gazetteer/gazetteer-w.html#wiltshire) e
Wikipedia( http://en.wikipedia.org/wiki/Stonehenge)

** sobre a descrição da Mansão Malfoy, ler a fic:" Harry Potter e o Retorno das Trevas" - Cap. 18 - "Famílias" da Sally Owens (http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=7942). A minha descrição foi uma pequena homenagem à dela...



Agora... comentários especiais: gente, muito, muito obrigada MESMO a todos que têm vindo ler a fic e em especial a todos que tem feito esses comentários maravilhosos aqui!! Esse foi um capítulo bem difícil, espero que não tenha errado a mão no drama na festinha do Harry... mas eu tentei me colocar na situação e não dava muito pra ser diferente...
Quanto ao Ranhoso, pobrezinho... hehehe... espero que curtam!

Sally: ah, querida, eu adoro tudo o que você escreve, sou sua fã e fico super feliz ao ler seus comentários!! Fiz você chorar no cap. anterior? Então nesse... sorry!Ah, sim, eu gosto de mostrar que, embora tenham tido aquele fim trágico, o Thiago e a Lílain eram muito felizes, e tinham certeza de tudo o que estavam fazendo... fariam tudo de novo se pudessem escolher! E o Thiago... imagine se o Harry tivesse sido criado com tanto amor, carinho, senso de humor... O Thiago é um cara muito legal, na minha maneira de vê-lo. Quanto ao Snape, nesse cap. dá pra perceber que o pobre coitado não se encaixa em lugar nenhum... não é à toa que ele confuso, fala sério! a Lílian nem faz idéia da dor de cotovelo dele... e essa Narcisa?? Sei não... Tomei a liberdade de homenagear a sua maravilhosa descrição da Mansão Malfoy, fazendo um contra-ponto aqui, com ela no auge... espero que goste! Mil beijos, super obrigada pela força, pelos elogios, e tudo o mais!

Bernardo: Ah, muito obrigada pelos elogios, cara!! Sempre fico super contente com os seus comentários! Eu sei, eu sei, você nunca vai gostar do Snape, ele se tornou Comensal e tudo o mais... e a pretensão dele gostar da Lílian, concordo, ele não se enxerga... Mas eu ainda vou fazer você ter um pouquinho de compaixão por ele...hehehe Quanto ao relacionamento dele com a Narcisa, acho que nesse capítulo dei uma "esboçada" na confusão... Beijão!!

Belzinha: ai, menina, você é uma fofa! Adoro o que você escreve e sempre me emociono com os seus elogios! Obrigada!! Acho que esse capítulo vai te deixar ainda mais triste né? O Hagrid e o Harry juntos, eu não resisti: já imaginou aquele gigantão meigo com um bebê?? Uma grça, não seria? Tem mais Harry bebê nesse daqui... Bom espero que tenha curtido esse também! Mil beijos!!

Regina McGonagall: ah, que surpresa boa que foi ver seu comentário aqui!! Você escreve super bem, é super meticulosa e conhece o universo Potter como ninguém, eu fiquei muito honrada com seus elogios, e corri pra corrigir o que você apontou... espero que continue curtindo!! Beijão!

Morgana Black: não se flagele, menina!1 Eu sou do F.A.L.E., não vou permitir isso...risos... Super obrigada por voltar, eu estava mesmo sentindo a sua falta por aqui!! Que bom que tem gostado, espero que curta esse cap. novo também! Pois é, na verdade eu nem esperava escrever sobre os Marotos quando comecei essa fic, mas acabou se tornando inevitavel... e bem difícil também! Porque a fase que eu escrevo é uma fase péssima pra eles, né? Agora a dupla Dumbledore e Snape... eu adoro escrever os diálogos deles, adoro imaginar a interação deles. Dumbledore é a figura paterna que o Snape tanto procurava, não é? Eu também morro de pena do Snape... O cara é feio, pobre, desengonçado, mal amado, péssimo nos esportes, nerd... inadequado em todos os ambientes... e ainda foi se apaixonar pela Lílian!! É muito azar!! Bem, super obrigada pelos elogios, mais uma vez, e venha comentar sempre, eu curto muito! Beijão!!

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