NASCIMENTO E MORTE



Mais uma vez, quero agradecer pelos comentários! Belzinha e Sally, muito obrigada por lerem sempre o que escrevo, sempre comentarem, e por elogiarem tanto!! Adoro vocês, meninas!
E agora, vamos lá:

(PS: fiz algumas mudanças nos nomes da família Black, porque a árvore genealógica da família Black foi colocada em exposição em Londres, e com isso, saíram publicados todos os nomes. Substitui os que eu tinha inventado, como os dos pais de Sirius e de Narcisa e Bellatrix, pelos que foram publicados. Pra quem quiser saber mais sobre a árvore, veja no link: http://www.hp-lexicon.org/wizards/blackfamilytree.html)


CAPÍTULO 5

"NASCIMENTO E MORTE"


- Sirius!
Sirius arregalou os olhos, incrédulo. Havia um vulto na sua lareira.
- Hã? O que? Quem está aí?
- Sirius, sou eu, Régulo!
- Régulo? O que você está fazendo na minha lareira, a essa hora? O que você quer?
- Sirius, eu preciso falar com você! É urgente!
- Urgente? O que você quer? Faz mais de dois anos que a gente não se fala, irmãozinho... o que você quer comigo agora?
- Sirius, é sério! Preciso de ajuda, preciso falar com você! Você é a única pessoa em quem eu posso confiar...
A voz amedrontada do irmão caçula assustou Sirius. Eles nunca tinham sido muito próximos, não tinham feito parte da mesma Casa em Hogwarts, não se falavam há anos. O que poderia fazer Régulo procurar por ele agora?
- Nossa! O que aconteceu, meu irmão?
- Sirius, não posso falar agora... eu acho ... eu estou sendo vigiado... não é seguro. Vem pra casa, amanhã à noite... nossos pais têm um jantar, acho que na casa dos Malfoy... por favor, é urgente!
- Ir aí? Você só pode estar brincando! Quando eu saí de casa, há 3 anos atrás, eu jurei que nunca mais ia por os pés na mansão dos Black! De jeito nenhum!
- Então...então... vamos nos encontrar, amanhã, em outro lugar. No Caldeirão Furado, às 11h da noite.
- Preciso pensar, Régulo. O que está acontecendo? E por que você não pode vir na minha casa?
- Eu... eu acho que estou sendo vigiado, pode ser perigoso. Posso ser seguido... Melhor um lugar público.
- Vigiado? Seguido? Que negócio é esse? E os seus “amiguinhos”, aquela corja com quem você se dá?
- Sirius, eu... eu deixei de ser... você sabe o quê !! Eu descobri uma coisa... uma coisa horrível... eu preciso... não sei, eu tenho que fugir, mas antes preciso te contar...
- Táa, tá, táa bom... amanhã, às 11h, Caldeirão Furado. Mas se for uma cilada, você vai se arrepender, irmãozinho, eu te juro!
- Obrigado!
Sirius continuou olhando, incrédulo, para a lareira de casa, mesmo depois da figura ter desaparecido. Alguma coisa na voz, no jeito do irmão, fazia com que ele acreditasse que era verdade. O que estaria acontecendo? Ele percebeu que não ia conseguir dormir, e resolveu conversar com alguém. Foi até o quarto, e, de dentro da gaveta do criado-mudo, retirou o espelho que há muito tempo não usava.
- Thiago Potter!
Uma voz sonolenta imediatamente respondeu ao chamado:
- Sirius? Aconteceu alguma coisa? Que horas são?
- Desculpaí, amigão. Mas aconteceu uma coisa bem esquisita.
- Fala!
- O Régulo...
- O seu irmão? Aconteceu alguma coisa com ele?
- Ele veio falar comigo na lareira. Faz quanto tempo que a gente não se fala? Dois, três anos? Nem sei direito. Pois então, ele apareceu na minha lareira, com uma voz, um jeito esquisito... pedindo ajuda, diz que quer falar comigo... acabei marcando de encontrar com ele amanhã à noite, no Caldeirão Furado...
- Mas... você tem certeza de que não era uma cilada? Você sabe, né, Almofadinhas... desculpa, ele é seu irmão, eu sei... mas ele está metido com o que há de pior... boatos correm que ele é Comensal da Morte...
- Thiago, eu sei de tudo isso. Fica frio, pra mim, o único irmão que eu tenho é você... mas alguma coisa na voz dele, deu pra sentir... medo. Acho que esse chamado foi de verdade. E se ele resolveu desertar? A gente precisa ajudar, né?
- OK. Mas eu vou com você. E vou deixar o pessoal da Ordem avisado. Não é bom facilitar.
- Obrigado, Pontas!
- Agora, vamos dormir... a Lily está te mandando um beijo, e diz que seu afilhado também...
- Beije os dois por mim!
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Enquanto isso, Régulo escrevia uma carta. Sabia que o irmão fazia parte da Ordem da Fênix. Era muito importante que eles soubessem o que ele tinha descoberto. Só a Ordem poderia derrotar Voldemort, e isso só seria possível se eles ficassem sabendo o terrível segredo que Régulo tinha descoberto. Ele tinha certeza de que não escaparia com vida. Mas, pela primeira vez na sua vida, enquanto assinava a carta com suas inciais, R. A. B., ele se lembrou das palavras do Professor Dumbledore:
"Às vezes temos que escolher entre o que é certo, e o que é fácil".
Ele finalmente escolhera o certo. Esperou que não fosse tarde demais...

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Na noite seguinte, um calor inacreditável denunciava a chegada do verão. Severo detestava o calor. Verão significava férias em casa, cabelos oleosos, suor... Ele respirou fundo, tentando melhorar a postura, antes de tocar a campainha da mansão dos Malfoy. Sentia-se vagamente inadequado ali. Sacudiu a cabeça, com raiva, racionalizou: era uma absurdo sentir-se assim. Ele era um bruxo de sucesso. Tinha apenas 20 anos, e era um dos homens de confiança do bruxo mais poderoso do mundo. E tinha sido convidado para jantar naquela casa, com parte da aristocracia bruxa da Inglaterra. Tocou a campainha, um pouco mais confiante. O elfo doméstico atendeu quase que imediatamente, fazendo uma reverência muito exagerada:
- Boa noite, meu senhor! Seja benvindo! Dobby vai levar o senhor até a sala... o senhor quer que Dobby anuncie seu nome? Meu senhor, quer dar a Dobby sua capa?
- Não é necessário. – Snape respondeu secamente, sem olhar. Dirigiu-se rapidamente ao salão principal, seguido pelo elfo. Lá, o dono da casa o esperava sorridente.
- Severo! Que prazer recebe-lo em nossa casa! Fique a vontade... Você já conhece minha esposa, não é?
Severo fez um cumprimento elegante, beijando a mão de Narcisa
- Claro. Como vai, Narcisa?
- E esses são velhos amigos da família... Sr Orion e a Sra Walburga Black, e os meus sogros, Druella e Cygnus Black. Lá adiante estão os Lestrange, e minha cunhada... acho que você também já os conhece, foram seus contemporâneos de Hogwarts, não é mesmo?
Severo cumprimentava as pessoas conforme iam sendo apresentadas. Acenou de leve com a cabeça na direção de Bellatrix e os irmãos Lestrange, que sorriram para ele. Orion e Walburga eram os pais do detestado Sirius, mas também de Régulo, um Comensal como os demais. Estranhando a ausência do filho caçula do casal, Severo perguntou discretamente:
- E Régulo, não veio com os pais?
- Não... Parece que está doente, alguma coisa assim... vamos lá, Severo, você toma o que? Vinho de elfos, uísque de fogo? Trouxe um vinho importado dos elfos franceses, fenomenal, você tem que experimentar!
Aos poucos, Severo foi relaxando, com a hospitalidade de Lucio. O jantar foi servido, e todos fizeram um brinde ao futuro bebê dos anfitriões. Severo percebeu que Narcisa estava pálida, abatida. Logo depois do primeiro prato, pediu licença e foi se deitar. Lúcio desculpou-se com os convidados:
- Ela tem andado um pouco indisposta nesses últimos dias... o calor, a ansiedade pelo primeiro filho...
- Faltam uns bons meses ainda, o bebê deve nascer só em julho! Não sei como a Cissy vai agüentar até lá, desse jeito... – Bellatrix comentou, venenosa.
- Filha, não comente do que não sabe... quero só ver quando for a sua vez... – censurou a mãe.
Severo notou um ar de apreensão em Lucio pelo resto da noite, mas ele se manteve o mesmo excelente anfitrião. A casa era imensa, ricamente decorada. Retratos dos ancestrais Malfoy decoravam as paredes do grande salão central, que se abria num arco para a sala de jantar. Luxo e requinte era o mínimo para descrever aquele lugar, pensou Severo. Era aquilo que ele ambicionava para si. Estar ali, cercado pelos bruxos de mais puro sangue, da verdadeira aristocracia. Poder e fortuna, esse era o objetivo.
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Naquela mesma noite, em outro ponto de Londres, Sirius e Thiago preparavam-se para o misterioso encontro.
- Tomem cuidado, vocês dois!
- Fica tranqüila, Lil...- Thiago beijou a testa da mulher com ternura, abraçado a ela. - Qualquer sinal suspeito, a gente se manda, e dá a deixa pros Aurores.
- Desculpa por arrastar o maridão nessa história, Lil... mas...
- Eu entendo, Sirius, nem precisa dizer nada. Você tinha que aceitar esse encontro, é seu irmão! E é claro que o Thiago não podia deixar você ir sozinho! Só tenham cuidado, e voltem inteiros pra casa, OK?
Lílian deu um abraço apertado em Sirius ao dizer isso. Ao longo desses últimos anos, ela passara a conhecê-lo, e amava-o como um verdadeiro irmão. Sirius beijou as bochechas dela e, passando a mão sobre a sua já enorme barriga, disse baixinho:
- Cuide do meu afilhado, está bem? Prometo que cuido do maridão.
Thiago beijou os lábios da esposa e abraçou-a sem dizer nada. Os dois saíram, sem olhar para trás. Eram dias perigosos, os três sabiam muito bem. Aparataram direto para a entrada do Beco Diagonal, na porta do Caldeirão Furado. Mesmo sem olhar, sabiam que dois outros membros da Ordem da Fênix já estavam lá, fazendo guarda. Entraram em silêncio e escolheram uma mesa no canto, de onde podiam observar o movimento sem chamar a atenção. Já eram onze horas, Régulo estava para chegar a qualquer momento.
Os dois acharam melhor tomar cerveja amanteigada enquanto esperavam, e fizeram o pedido para Tom, o barman.
Muitas cervejas amanteigadas depois, Sirius começava a ficar aflito:
- Será que aconteceu alguma coisa? Ele parecia tão assustado, com medo, mesmo...
- Você tem certeza de que era ele, né? Você acha que ele pode ter mudado de idéia?
- Era ele. Não sei, não, Pontas... mas, pelo que eu entendi, ele abandonou os Comensais. E você sabe, tanto quanto eu, que esse não é o tipo do emprego que dá pra pedir demissão e sair numa boa, né?
- Ah, isso é, com certeza... mas, Sirius, já é madrugada. Vamos embora. Ele não veio até agora, acho que não vem mais. Eu fico preocupado de deixar a Lílian sozinha em casa. Falta mais de um mês pro bebê nasce, mas sei lá...
- Tem razão, vamos embora.
Os dois pagaram a conta e saíram, num silêncio apreensivo. Sirius fez questão de voltar para sua casa, esperando, quem sabe, um novo contato do irmão. Nem ele, nem os Potter conseguiram dormir naquela noite.
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Na manhã seguinte, todos os bruxos liam no “Profeta Diário”:

“Encontrado assassinado, ontem à noite, o jovem bruxo Régulo Black. Régulo, de apenas 18 anos, era o filho caçula de uma das famílias bruxas mais tradicionais e de sangue puro. Fontes que não quiseram se identificar garantiram que ele fazia parte dos partidários do poderoso bruxo das Trevas, “Vocês-sabem-quem”, o grupo conhecido como Comensais da Morte.
O Departamento de Aurores nega qualquer vínculo com o crime. Ninguém do Ministério quis dar qualquer declaração a respeito.
Parece não haver nenhuma pista a respeito doa autoria do crime. O bruxo apresentava sinais de ter sido torturado, antes do que foi considerado, pelos bruxos que o encontraram, como um cruel assassinato. A dúvida permanece: Terá sido obra dos Aurores, num flagrante caso de abuso de poder? Ou terá sido obra dos próprios partidários das Trevas, numa espécie de “queima de arquivo”? Terá sido obra de algum grupo secreto de resistência, numa espécie de “ação de justiceiros” ?
A família Black, desolada, negou-se a dar entrevistas. A Sra Walburga Black, mãe de Régulo, foi levada às pressas ao St. Mungus, depois de sofrer um colapso nervoso, tendo colocado fogo em diversos pertences dos filhos, Régulo e Sirius. Sirius Black, 20 anos, o irmão mais velho, não foi encontrado pela nossa equipe de reportagem.
Leia mais na página 4...

Nasceu, na madrugada de ontem, o primeiro filho de Lúcio Malfoy, herdeiro da tradicional família bruxa. O bebê só era esperado para o final do próximo mês, mas a mãe, Narcisa Black Malfoy, entrou em trabalho de parto durante a madrugada, tendo sido atendida pela urgência Maternidade St Brighid. Fontes ligadas aos Malfoy declararam que tudo correu bem graças à intervenção do bruxo Severo Snape, amigo da família, que, aos primeiros sinais do parto iminente, preparou, rapidamente, um pouco de uma Poção de Desenvolvimento Acelerado para o bebê. Mesmo assim, devido ao baixo peso e à prematuridade, o bebê, que recebeu o nome de Draco, deve ficar ainda algumas semanas no hospital, mantido num berço mágico aquecido. Fontes do hospital declaram que mãe e bebê passam bem.
Leia mais na página 10...”



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TRAILER DO CAPÍTULO 6

Estamos em julho de 1980. É verão na Inglaterra. Uma Profecia, feita alguns meses antes, disse que no final desse mês nasceria alguém muito especial...

“ Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês...”

Lorde Voldemort conhece esse pedaço da Profecia, e está determinado a matar a criança. Só que nasceram dois bebês que preenchem os critérios da Profecia.

Chegou a hora: como Lorde Voldemort irá decidir qual bebê deve ser assassinado?

“- Seja como for, Severo, eu quero ter certeza. Quero que você tente obter a informação para que eu tenha certeza. Você pode ter a honra de selar o destino daquele que estiver marcado pela profecia. Você me entendeu?”

Por que, e quando, Severo Snape foi procurar Dumbledore novamente?

“- Mas, voltando ao que interessa... a respeito de Dumbledore. Se ele não o recebe porque sabe que você é meu servo... Mostre a ele que você não tem mais vínculo comigo, Severo! Procure o diretor novamente... Conte a ele uma história comovente, de arrependimento pelo seu passado ligado a mim... Ofereça seu auxílio, seus serviços... Pessoas como Dumbledore são tão fáceis de manipular...
Com uma risada sarcástica, o bruxo completou:
- Ofereça seus serviços, como espião para a Ordem... Irônico, não é?”

ESTÁ CHEGANDO A HORA... NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPÍTULO!!

[trilha sonora: Beautiful Day- U2]

"...It's a beautiful day
Sky falls you feel like
A beautiful day
Don't let it get away

Touch me
Take me to that other place
Reach me
I know I'm not a hopeless case

What you don't have you don't need it now
What you don't know you can feel it somehow
What you don't have you don't need it now
Don't need it now
It's a beautiful day..."

(hehe... ;-) essa trilha é uma homenagem ao show sensacional do U2 em São Paulo)

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