Triste Notícia, Triste Lembran



Era Lupin. Tentou fazer cara de surpreso ao ver os três, mas realmente não estava.

- Lupin? – exclamaram os três assustados e guardando suas varinhas. – O que você está fazendo aqui?

- Nada... Vim ver como está a lagoa. E vocês? – perguntou com uma cara de pau impressionante.

- Então quer dizer que é coincidência você nos encontrar aqui? – perguntou Hermione.

- Claro...

- Então você vai dizer que aquela senhora que nós vimos lá atrás... Você vai me dizer que não era a Tonks?

Harry e Rony olharam para a garota pensando que ela estava ficando maluca, mas logo que viram a expressão na cara de Lupin e relembraram as feições daquela mulher começaram a mudar de opinião e passaram a encarar o ex-professor querendo explicações.

- Ok, ok. Depois do episódio com os Comensais, vocês não acharam que iam continuar tão sozinhos, não é? Nós precisávamos dar um jeito de ajudar vocês, nem que fosse nos bastidores. Além do mais, após aquele incidente, eu fui para Godric’s Hollow tentar descobrir o que vocês tinham descoberto lá e ver pra onde vocês iam, foi aí que encontrei Ram e ele me contou que vocês vinham pra cá. Então, eu precisava vim para avisá-los que essa lagoa está, basicamente, destruída. – dizia Lupin enquanto entrava com eles para mostrá-los.

Pararam na beira da lagoa e os garotos olharam bem para ela. Não era muito grande, mais ou menos vinte metros de comprimento por dez de largura. Estavam do lado oposto a cachoeira, que despencava águas fracas. Nas bordas da lagoa havia também algumas flores murchas e árvores sem folhas, parecendo ser uma mini-floresta, mas nada bonito como Ram tinha falado. Não parecia ser algo muito diferente das lagoas que Hermione havia visto com seus pais.

- Como assim destruída? Ela parece estar completamente normal. – perguntou a garota.

- Por isso mesmo. Esta lagoa é mágica, ou melhor, era mágica. Antes de Você-Sabe... Antes de V-Voldemort tomar o poder essa lagoa tinha poderes curativos. Animais, plantas, até mesmo seres humanos conseguiam se recuperar de pequenos machucados nesse lugar. E sem não estivessem machucados, conseguiam, pelo menos, acalmar-se e esquecer seus problemas. Mas com toda essa destruição em volta, acreditamos que todo o poder tenha desaparecido. A esperança de todos que usavam este lugar, é que vocês destruam o mal e com isso torne a lagoa como era: azul, brilhante e poderosa.

A história contada por Lupin parecia ter emocionado e deixado os garotos chocados. Mas Rony, rapidamente, mudou de feições chocadas para algumas um tanto quanto raivosas:

- Então, me deixa ver se entendi... Nós caminhamos todo aquele tempo, todos aqueles quilômetros, pra nada?

- Mais ou menos. A lagoa não tem poderes, mas vocês ainda podem nadar nela. – explicou com uma cara de pena. – Antes que eu me esqueça... Nós da Ordem estamos os convidando para dar uma passadinha lá qualquer dia desses. Está aqui o papel com a letra do Moody.

- Nós já ouvimos dele o lugar. Não precisamos do papel. – informou Harry – Vamos ficar aqui esta noite e iremos para lá amanhã então. Afinal, estamos sem pistas.

Com um movimento da varinha, Lupin queimou o papel até virar cinzas. Despediu-se e saiu da caverna. Os três logo montaram a barraca e despiam-se para cair na água. Estavam um pouco envergonhados, mas logo Harry tirou a camisa e se jogou. Quando Rony tirou sua camisa, Hermione não deixou de reparar que o garoto tinha ficado muito forte após vários treinamentos de goleiro, mas logo voltou a si quando escutou os dois berrando para ela entrar na água. A garota entrou na barraca para colocar o biquíni. Voltou em instantes já preparada pra mergulhar, mas não antes de Rony aplaudir e assobiar um “fiu-fiu” para ela, que ficou muito vermelha. Os três nadaram, mergulharam e descansaram embaixo da cachoeira.
Ao anoitecer, Harry estava dentro da barraca. Fazia algumas horas que tinham saído da lagoa, mas Rony e Hermione decidiram voltar.

- Harry! Vem, cara. A água ta uma delícia. – berrou Rony já dentro da água.

- Não estou com vontade. Estou um pouco cansado. – respondeu Harry já se preparando para dormir. Antes de adormecer ainda conseguiu escutar:

- Rony... Vamos brincar de pega-pega? – perguntou Hermione.

- Não seria justo... Você não conseguiria me pegar. – respondeu Rony debochadamente.


O garoto acordou no outro dia e saiu da barraca lentamente para não acordar seus amigos que dormiam. Foi em direção a saída da caverna e percebeu um dia nublado e frio lá fora. Diferente do calor que era dentro da caverna. Deitou na grama e apreciava a movimentação das nuvens. Estava pensativo e desanimado por ter nenhuma pista de onde procurar pelas Horcruxes. Parecia que ia começar a chorar, mas sentiu alguém deitar ao seu lado e ao olhar assustado viu que era Rony. O garoto tinha uma feição de quem fora dormir tarde, mas ao mesmo tempo parecia estar muito animado.

- Eu preciso te contar um negócio – disse ele para Harry – Sobre a Mione e eu.

- Hum... Pelo menos terei uma boa notícia – falou Harry sorrindo.

- Na verdade eu não tenho certeza de quão boa essa notícia é. Eu e a Mione...

- O que vocês tão conversando aí? Eu também quero saber. – a garota vinha andando em direção a eles. Rony, assustado, corou e calou-se. Harry inventou uma desculpa, sem saber o motivo pelo qual o fizera.

- Sobre... Ah... Quadribol. O que mais poderia ser? – respondeu o garoto tentando rir para disfarçar a mentira deslavada. Hermione não pareceu acreditar, mas não insistiu no assunto, apenas os avisou que tinha feito algo para eles comerem. Quando se aproximou dos dois, ela também ficou vermelha e Harry logo percebeu que ela também tinha feições de quem tinha ido dormir tarde.
Ao entrarem na caverna e começarem a comer a salada de fruta de Mione, que havia sido preparada com frutas das florestas que eles haviam atravessado nesses últimos dias. Estava muito boa, mesmo que ela afirmasse “Pode estar ruim, pois eu não tive muito tempo para prepará-la”. A garota tinha aprendido várias coisas com a Sra. Weasley. Mesmo sem muito tempo para falar, pois Harry não conseguiu parar de comer, ele não esquecera de perguntar:

- Que horas vocês foram dormir? – perguntou olhando diretamente para eles, que engasgaram. Tiveram que tomar suco para fazer as frutas descerem.

- Nós... Por que você está perguntando para nós e não para um de cada vez? Não fomos dormir no mesmo horário. Não dormimos juntos. Pra falar a verdade, nós quase nem ficamos perto a noite inteira. – respondeu Hermione mais vermelha do que jamais esteve.

- É... Hermione desse lado e eu do outro. – afirmou Rony apontando. Harry riu do embaraço dos dois, sabia que havia algo nessa história, mas não forçou nada, pois tinha certeza que a qualquer hora um deles contaria tudo.
Terminaram seu delicioso café da manhã e arrumaram suas coisas para partirem para o Largo Grimmauld, 12.

- Nós vamos aparecer no meio da rua, do nada. Acho que será nada discreto. Há trouxas lá. – disse Harry

- Podemos usar o feitiço da desilusão. Ou ir embaixo da capa da invisibilidade. – sugeriu Hermione. Os dois olharam para Rony para ver a idéia dele, mas o garoto continuava quieto. Então, foi Harry quem tomou a decisão:

- O feitiço da desilusão será mais apropriado. Não caberíamos os três sob a capa.

Hermione desiludiu os três e desapareceram. Na mesma hora apareceram em frente ao “esconderijo” da Ordem. Checaram se havia alguém em volta para poderem tirar o feitiço da desilusão, não havia. Então, após o desfazerem, entraram na casa. Encontraram todos no hall, pareciam estar esperando por eles e ao perceberem a chegada do trio correram para recebê-los. Abraços, apertos de mão, beijos e todos os tipos de cumprimentos. Principalmente da Sra. Weasley, que parecia não querer soltar o filho. A casa havia mudado em nada, estava, talvez, um pouco mais limpa, mas os quadros, os móveis, tudo continuava lá. Hermione, novamente, deu uma cotovelada de leve em Harry e fez sinal com a cabeça para ele olhar para a escada. O garoto, ainda massageando o lugar em que levou a cotovelada, olhou para o motivo da agressão. Gina descia a escada, abraçou Rony e Hermione e fez um aceno pra Harry. O menino não se contentou, andou até ela e, a abraçando pela cintura, a beijou. Talvez pela saudade que estavam de tal ato, demoraram a parar. Estava tão bom para os dois que poderiam ficar ali mais alguns minutos. Quando, por algum motivo ainda desconhecido, os dois se “largaram”, Hermione cutucou Harry e falou, rindo, em seu ouvido:

- Eu disse que você precisava conversar com ela, mas sua solução foi muito mais esclarecedora, eu diria.

Harry deu de ombros, como se dissesse “Eu não consegui resistir, fazer o que?”. Pegou a mão de Gina e sussurrou no ouvido dela algo como “Precisamos conversar”, antes de subirem as escadas. Foram ao quarto onde o garoto estava acostumado a dormir. Harry desabafou tudo o que sentira nos últimos dias. Não sabia se podia, mas contou tudo sobre as Horcruxes. Achou melhor não dizer sobre a profecia, pois já tinha deixado a ruiva um tanto quanto nervosa. Ao terminar a conversa o garoto voltou a lembrar a garota que ela não poderia ir com eles.

- Por que não? Eu posso ser útil. E não vou conseguir deixar você partir nessa viagem suicida. – dizia ela fazendo força para encarar os olhos verdes do jovem bruxo.

- Não, Gina! Não posso deixar você fazer isso. Por isso eu não queria contar. Sabia que você iria reagir dessa maneira. Eu to tentando te proteger, se você não percebeu!

- Mas você já pensou que talvez eu não queira ser protegida? – perguntou ela sem perceber que tinha atingido o garoto. Ele parou, encarou-a e em seguida a abraçou.

- Eu sei que você queria estar lá conosco. Eu sei que você se preocupa, mas acho que você seria tão útil lá, lutando ao nosso lado, quanto aqui acalmando sua mãe e procurando algumas informações para nós.

Gina parecia ter entendido o desespero de Harry, pois logo se acalmou. Eles se beijaram novamente e com um “É bom ter você de volta” a garota ia saindo do quarto quando se virou.

- Alguém da Ordem sabe sobre essas Horcruxes?

- Não... Só nós quatro. – respondeu ele confuso e agora caindo em si do que acabara de fazer.

- Mas por que você não contou a eles?

- Porque Dum... Dumbledore não queria que e o fizesse.

- Então, provavelmente ele também não queria que você contasse a mim, mas mesmo assim você o fez.

- É... Eu não consegui me segurar. Foi um impulso.

- Você pode ter estragado toda a “operação” com esse seu impulso?

- Talvez...

- É... Parece que os boatos são verdadeiros. Não lembro onde eu ouvi, mas já tinham me contado que você tinha um leve desprezo pelas regras. – disse a garota sorrindo. Harry também estava sorrindo. Ela se virou novamente e saiu do quarto.

Harry sentou na cama e olhou em volta. O sorriso desapareceu de seu rosto e no lugar dele vieram feições de tristeza, raiva e culpa. O garoto acabara de lembrar que estava na casa do seu padrinho, na casa de Sirius. Por mais que dissessem que essa casa era dele, não conseguia assimilar isso. Sempre que pensava nela lembrava de Almofadinhas, como se as duas visões estivessem ligadas. Fechou os olhos, não para dormir, mas para tentar espantar aquela sensação para longe, tentou se concentrar em outra coisa, mas não conseguiu, pois aquela triste lembrança parecia persegui-lo dentro daquela casa. Quando voltou a abrir os olhos só não gritou, pois não tinha forças para isso. Rony estava parado em pé a sua frente e Harry quase o atacou no susto.

- Da próxima vez, vê se avisa que você vai aparecer assim, ou senão eu posso te estuporar sem querer. – disse Harry ainda um pouco assustado.

- Desculpa, mas eu preciso saber o que você disse para a Gina pra ela descer rindo a toa? – perguntou ele sentando na outra cama que tinha no quarto.

- Contei a ela a verdade sobre tudo o que aconteceu e sobre o que acontecerá. Como a Hermione tinha me falado pra fazer – respondeu Harry – Mas por falar em Hermione, o que você ia me contar hoje de manhã lá na frente da caverna?

- Ah... Eu e a Mione... – Rony foi interrompido por um estalo. Os dois olharam e a garota acabara de aparecer ao lado deles. Rony logo ficou mais vermelho que o próprio cabelo. Hermione olhou para Harry e logo desatou a falar:

- Harry Potter, o que o senhor falou, ou fez, para deixar a Gina tão sorridente? – disse Hermione com falsa preocupação.

- Contei a ela tudo, como você aconselhou. Até mesmo sobre as Horcruxes.

Rony e Hermione ficaram quietos. Olharam para Harry que parecia indiferente.

- Mas não era você que queria deixá-la de fora disso? – perguntou Rony

Hermione que não havia notado o ruivo e levou um pequeno susto quando ouviu a voz dele, ficou vermelha e para disfarçar continuou:

- Harry, você não precisava contar realmente tudo.

- Eu ainda quero deixá-la de fora disso, mas talvez o jeito que eu estava usando não era o melhor. No momento nós estamos sem pistas e precisamos de mais gente para nos ajudar a procurá-las. Portanto, sugiro que nós contemos a Ordem sobre as Horcruxes, não precisamos contar tudo, mas precisamos contar pelo menos o básico, assim eles poderão ajudar.

- Então, você poderá fazer isso ainda hoje, pois uma boa parte da Ordem vem jantar aqui. Acredito que eles souberam que você vinha e não quiseram perder a chance de falar com você.

- Certo... Depois do jantar nós faremos uma “reunião”. E Hermione, teria como você chamar a Gina aqui. Eu preciso falar com vocês três.

Após a amiga assentir com a cabeça, não demorou muito até os quatro estarem reunidos.

- Vocês devem saber que, no momento, eu faço a menor idéia de como achar uma Horcrux. Então, dependo das buscas de vocês para conseguir dar um passo à frente. – disse Harry concentrado em fazê-los perceber que essa era a coisa mais importante no momento. – Hermione, você continua procurando sobre o R.A.B. Rony, você tenta descobrir como destruir uma Horcrux. Gina, você avisa a todos que quero falar com eles depois do jantar. E eu, estarei vasculhando pela casa atrás de algum livro de magia das trevas, procurando mais informação sobre Horcruxes.

Os quatro saíram do quarto e começaram suas tarefas. Hermione foi logo enviar uma coruja para Hagrid com o nome de alguns livros para que ele pudesse trazer de Hogwarts pra ela. Rony não sabia o que fazer. Gina desceu e informou todos que viu sobre a reunião. Harry começou sua busca, vasculhando em cada armário, em cada gaveta. Deixava passar nada. Tiveram tempo para pouca coisa, pois logo a Sra. Weasley os chamou para almoçar. Os quatro estavam novamente reunidos, mas não ficaram muito tempo ali. Comeram como se não tivessem nem tempo para respirar. Acabaram em menos de dez minutos. Um tempo recorde levando em consideração àqueles almoços demorados e barulhentos que sempre tinham quando estavam todos reunidos. A Sra. Weasley tentava descobrir o porquê de tanta pressa, mas sempre que perguntados eles respondiam “Hoje a noite a senhora vai saber”. Voltaram a seus afazeres. Hermione agora estava no quarto que dividia com Gina lendo um dos dez livros que Hagrid havia trazido. Rony estava caminhando pela casa como se quisesse lembrar de algo e entrou em um dos cômodos, sem perceber que a garota estava lá dentro. Quando um olhou para o outro, ficaram vermelhos e Rony se viu obrigado a sair. Harry estava em seu quarto lendo um livro que depois de algumas horas havia achado. Ao ler o sobrenome “Black” em uma das páginas, o garoto voltou a ter aquelas lembranças que tivera antes do almoço. Voltou a ficar com a sensação de tristeza, raiva e culpa, mas antes que pudesse fazer alguma coisa à porta do quarto se abriu. Gina entrara.

- Harry, já fiz o que você me pediu. Consegui informar alguns membros da Ordem sobre a reunião. O que eu posso fazer agora? – perguntou ela parando em frente a ele.

O garoto fechou o livro e o colocou de lado.

- Você poderia me fazer companhia. – disse o garoto pegando na mão da menina e a puxando pra perto dele. Os dois se beijaram, mas dessa vez logo se separaram. Dessa vez, um deles tinha um bom motivo.

- Harry! Não é hora pra isso... Talvez daqui a cinco minutos – os dois riram. – Não... Sério. Eu quero fazer alguma coisa, não quero ficar olhando enquanto vocês se esforçam ao máximo.

- Tudo Bem. Deixa-me ver... Já que a Hermione consegue se virar sozinha e, aparentemente, você não quer ficar comigo. Então, só me resta pedir que você ajude o Rony a descobrir como destruir uma Horcrux. – falou o garoto.

- Não seja bobo! Eu quero ficar com você! No entanto, eu acho que vocês deveriam ter o maior número de informações quando tiverem que partir novamente.

- Você está certa... – disse ele como se estivesse agradecendo ela por lembrar que eles tinham que continuar procurando – Eu sou irresistível.

Os dois riram. Ela o abraçou e os dois estavam muito felizes por estarem juntos novamente. Aquela tarde pareceu voar para o garoto. Não demorou já estavam sentados à mesa, jantando. Alguns integrantes da Ordem estavam presentes: Lupin, Tonks, Moody, Minerva e os Weasley, menos Gui, que não voltara da Lua-de-Mel, Carlinhos, que não conseguira liberação do trabalho e Percy, que continuava longe da família. Hermione exausta por ter lido quase todos os livros que Hagrid havia trazido. Rony e Gina não haviam descoberto nada. Harry também continuava na mesma. O jantar avançou tenso, mesmo que os integrantes da mesa quisessem disfarçar, não tinha como negar que estavam um pouco preocupados com o que Harry iria lhes dizer. Ao final, todos fizeram silêncio e esperaram pelas palavras do garoto, que não sabia por onde começar, mas logo desembuchou.

- Eu apenas quero explicar para todos o porquê dessa “viagem” que eu, o Rony e a Mione vamos começar, ou melhor, já começamos. D-Dumbledore não queria que eu contasse a todos, mas acho que ele não imaginou que eu ficaria sem pistas tão cedo. É o seguinte: não sei se vocês conhecem as Horcruxes. – alguns assentiram com a cabeça, outros acenaram que não com a cabeça. – Bom... Voldemort conhece. – alguns se assustaram ao ouvir o nome, mas outros já estavam bem acostumados. – Resumindo, enquanto essas Horcruxes estiverem inteiras Voldemort viverá eternamente. Como vocês já devem ter percebido, o nosso “trabalho” é destruí-las. Eu não queria colocá-los nessa confusão, pois muitos perigos ainda maiores virão. Portanto, se alguém quiser desistir eu não irei fazer objeções.

Ninguém se mexeu, a não ser a Sra. Weasley que abraçou o marido e caiu no choro. Harry não podia culpá-la, pois às vezes até ele tinha vontade de parar e chorar, mas não tinha tempo para isso.

- Mas Harry, o que são exatamente essas Horcruxes? – perguntou Tonks.

- É a alma de Voldemort dividida em vários objetos mágicos. – respondeu o garoto. A Sra. Weasley, que havia parado de chorar alguns segundo para escutar ele, voltou a chorar agora mais forte. Todos estavam apavorados com a notícia. Como que três jovens vão conseguir passar por uma coisa dessas, pensava a maioria deles. – Então, se alguém descobrir alguma coisa, se ouvir algum boato, por favor, qualquer coisa, venham direto contar a nós. – fez uma pausa deixando todos assimilarem as informações - Agora eu vou subir pra dormir. Estou muito cansado.

Harry levantou, deu um beijo em Gina e foi para o quarto. Deitou na cama e nem conseguiu esperar por Rony, pois adormeceu quase que instantaneamente. Não demorou e voltou a sonhar. Não com Gina, não com Snape, mas sim com Sirius. Sonhou com a noite no Ministério. E ao chegar à parte da morte do padrinho, ele acabou acordando. Talvez as lembranças que aquela casa trazia fizeram com que ele relembrasse aquele fatídico dia. Acordou assustado, sentou na cama e aproveitando que Rony dormia trocou de roupa e desceu à cozinha. Era de manhã, pois alguns raios de sol já entravam pela janela, mas mesmo assim o frio ainda continuava presente. Sra. Weasley e Hermione estavam na cozinha quando o garoto adentrou. Cumprimentou as duas e serviu-se de mingau. Alguns minutos depois, Rony e os gêmeos, que dormiram ali, pois a Sra. Weasley achou pouco seguro voltar para o Beco Diagonal de noite, também desceram.

- Sra. Weasley, você viu a Gina? – perguntou Harry

- Ela saiu. – respondeu a mulher. O garoto não podia acreditar que tinham a deixado sair, não com todo esse perigo lá fora. – Mas pode ficar tranqüilo, porque a Tonks foi junto com ela.

O garoto acalmou-se, mas não estava totalmente seguro de que Tonks com ela significava cem por cento de segurança. Acabou seu café da manhã e subiu em silêncio com Hermione e Rony logo atrás. Harry sentou em sua cama com a menina sentada ao lado. O ruivo deitou na outra. Estavam em completo silêncio, pareciam esperar por Gina. Até que, como se fosse por mágica, a garota abriu a porta. Todos olharam pra ela, que abraçou Hermione, beijou Harry e abraçou o irmão também. Depois sentou na cama do namorado, ao lado dele, abriu em uma página qualquer um livro que estava ali perto e fingiu que estava lendo. Os três não tiraram os olhos dela ainda.

- Ah... Certo. – disse ela como se tivesse lembrado de algo repentinamente. – CONSEGUI!

Berrou alegremente essa última palavra. Os três riram da alegria dela, mas ainda não haviam entendido.

- Conseguiu o que? – perguntou Rony.

- O que você acha? Descobri como destruir uma Horcrux!

- O que?! Como? – exclamaram os três ao mesmo tempo.

- Como eu descobri? Indo diretamente na fonte! – respondeu ela com um sorriso maroto.









N/A: Finalmente eu consegui acabar. Mas tenho uma péssima noticia, eu digo péssima para aqueles que gostam da fic. Dificilmente eu conseguirei postar o próximo cap nessa semana, pois as aulas começam e o próximo capítulo será um pouco complicado, porque eu vou ter que confirmar algumas coisas lendo os livros, mas vou dar o meu melhor e tentar atualiza logo. Por isso espero que comentem, não sei se vocês sabem, mas os comentários sempre deixam um autor de primeira viagem feliz e com vontade de escrever. No entanto, pra aliviar um pouco, eu vou dizer o nome do próximo cap. Provavelmente será “Memória de Elefante”, mas não ta 100% certo!

Bom... Antes que alguém pergunte “O que foi essa cena final?”. Eu quis lembrar uma cena que acontece no Friends, uma em que o Chandler estava falando com o seu futuro chefe no telefone e o cara anuncia pra ele que ele conseguiu um emprego autos bom. Ai ele termina de falar e senta no sofá e começa a ler como se nada aconteceu, enquanto todos estão ali ansiosos pra saber. Tentei imitar, mas não ficou com a mesma graça, pois não da pra transmitir a cara dos personagens e também porque os caras de Friends são demais.

Deixa-me agradecer a todos que leram e votaram... Mas principalmente aqueles que comentaram:

Camila Heloisa e Stª Lara: saibam que eu só estou atualizando hoje porque vocês duas pediram. Era pra eu atualizar só segunda ou terça, mas já que pediram eu acabei atualizando hoje. Valeu por comentarem. Adore lê-los. E pode deixar que eu vou ver a sua fic Camila.

Lyra Libero: Que bom que você está gostando. É... Escrever sobre as Horcruxes é bem difícil, talvez por isso que o próximo cap irá demorar. E não se preocupe com esses comentários agressivos, não... O meu amigo recebeu um e continua escrevendo a dele numa boa. Tomara que não apareça nenhum na minha, mas às vezes não são inteiros ruins. Esquece isso!! Brigado por comentar e espero que goste desse capítulo.


Obrigado, novamente, a todos que votaram... E também àqueles que apenas leram. Espero que comentem também, pois serve como turbo no meu mecanismo de escrita!! Hehe...

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