Hogwarts, uma história



Estavam parados em uma estrada rural, diante da silhueta torta da Toca. Apesar das péssimas informações que acabara de receber, Harry não poderia deixar de se animar à vista da casa. Cruzaram o portão e foram em direção à porta.

- Quem é? – ouviram a voz da Sra. Weasley.

- Nós. – respondeu Rony

- Que saudades! E que surpresa, achei que vocês só viriam amanhã.

- É... Mas nós lemos sobre a fuga dos Comensais e achamos que amanhã poderia ser muito tarde para decidir alguma coisa. Alguém da Ordem está em casa, além da senhora? – explicou Harry.

- Não. Todos estão ou trabalhando ou vigiando algo. Devem voltar pro jantar, mas agora não é hora para pensar sobre isso, todos para cima, levem esses malões e depois desçam para comer alguma coisa, vocês estão muito magros. – disse a Sra. Weasley.

Os três obedeceram e voltaram em pouco tempo. Não queriam perder tempo para comer a ótima comida da Sra. Weasley, que havia preparado um pastelão de carne e também fez alguns sanduíches deliciosos. Enquanto comiam, discutiam as novidades com a Sra. Weasley, contaram como estavam com saudades da Toca e como estavam ansiosos para realmente comer. Sra. Weasley também tinha novidades. “Florean Fortescue havia sido encontrado em estado deplorável em sua casa, não estava morto, mas talvez fosse melhor que estivesse, foi o que comentou o Profeta Diário.”, contava ela. Nesse momento, Gina entrou na cozinha.

- Mãe, eu ouvi vozes, quem... – a garota viu os três sentados à mesa – Oi! Como vão? Pensei que só viriam amanhã!

- Oi! – exclamaram Rony e Hermione, Harry apenas acenou com a cabeça. A garota sentou-se em frente à Hermione e ao lado da Sra. Weasley e Rony explicou para ela porque eles haviam antecipado a viagem. Harry olhava para a garota e seu corpo tentava movimentar o garoto para ele ir à direção dela, mas metade de seu cérebro berrava “Não! Eu não vou envolvê-la nessa história” e a outra metade respondia “Mas ela já está envolvida até o pescoço”. Harry, que não queria sucumbir à idéia de não ficar tão próximo de Gina, levantou:

- É... Eu vou lá ver se a Edwiges já chegou – disse o garoto olhando para Gina e depois para todos da mesa.

Rony levantou e fez menção de ir junto, mas Harry logo respondeu:

- Sozinho... – saiu da cozinha e caminhou para o quarto no qual estava dormindo. Todos continuaram olhando para ele enquanto saía.

Harry deitou na cama, sabia que Edwiges não tinha chegado, mas utilizara o argumento como desculpa para não ter que enfrentar aqueles olhos que com certeza o faria mudar de idéia, mas não eram apenas os olhos, o perfume que exalava do corpo da garota já deixava Harry totalmente indeciso. Ele sabia que estava apaixonado pela menina, mas não poderia deixá-la se expor ao perigo, afinal ela ainda era muito nova para tal aventura. Estava perdido em pensamentos quando acabou fechando os olhos e dormindo. Como era de se esperar sonhou com Gina. Estavam sentados a beira de um rio, se beijando, quando Voldemort apareceu na outra margem do rio e apontou a varinha para os dois. “Avada Kedavra” berrou o bruxo. Gina caiu dura, estatelada... Morta. Nessa hora Harry acordou, estava suando frio, assustado olhou pela janela e percebeu que era de noite, desceu as escadas e encontrou Lupin, Tonks, Moody, o Sr. Weasley e Carlinhos estavam sentados na sala conversando. A Sra. Weasley, Gina e Hermione estavam na cozinha, Fred e Jorge entravam na casa naquele instante e Rony vinha em direção ao garoto.

- Que aconteceu cara? – perguntou Rony

- Nada... Eu acabei dormindo. – respondeu ele olhando pra toda aquela gente reunida na casa. – Por que estão todos aqui?

- Ah... O casamento do Gui e da Fleur é depois de amanhã, então a mamãe resolveu fazer uma festinha hoje pra comemorar.

- E cadê os dois? – perguntou Harry procurando eles.

- Foram na casa dos pais da Fleur, sabe. Eles, os pais da Fleur, virão para a festa também, mas acho que não dormirão aqui, já reservaram um quarto num hotel de bruxo aqui perto. Só aparecerão aqui hoje e no dia do casamento. Talvez a Gabrielle durma aqui.

Harry cumprimentou todos os presentes na sala que ainda não tinham visto ele. Depois se sentou junto com os bruxos da Ordem para saber as novidades, Rony se sentou ali também e Fred e Jorge subiram ao quarto para guardar as coisas que haviam trazido. Os assuntos comentados na conversa não eram tão novos assim para Harry, comentaram sobre a fuga dos Comensais, sobre Florean e também sobre o Sr. Olivaras.
As únicas novidades eram que os Comensais da Morte haviam destruído mais algumas casas de trouxas e os Dementadores continuavam atacando também.

- E você Harry, a Molly falou que você tem algo importante para nos contar. – falou o Sr. Weasley.

- Eu estava pensando, depois de todos esses Comensais que fugiram e esses acontecimentos. Acho que seria melhor nós retomarmos a casa de S... A minha casa, como sede da Ordem, acho que ajudaria. – disse Harry que ainda ficava um pouco desconfortável pra falar o nome de Sirius.

- Eu acho que é uma boa idéia. Mas precisamos de um novo fiel do segredo... – comentou Lupin.

- Eu já pensei nisso. E acho que o Moody deveria ser o novo fiel do segredo. Nós poderíamos fazer uma votação. – comentou Harry.

- Nem precisa, vai ser unânime. – disse Tonks.

- Então está feito, Moody será o novo fiel do segredo. Isso se ele quiser... – falou o Sr. Weasley.

- Tudo bem. – respondeu Moody.

- Certo. Então, quando vocês fizerem o feitiço, não esqueça de contar pra todos onde fica o lugar. – disse Harry olhando para Moody e sorrindo.

Todos continuaram a conversar, enquanto Harry levantou e foi pra cozinha, estava com sede. Parou na porta, olhou pra dentro.

- Oi. – disse ele pra Sra. Weasley, Gina e Hermione que estavam de costas para a porta, na frente do fogão, parecia que a Sra. Weasley estava ensinado algo para elas. Elas se viraram.

- Oi Harry, querido. – disse a Sra. Weasley – Estava preocupada com você. Por que demorou tanto para descer?

- Eu acabei pegando no sono. – respondeu o menino. – Sra. Weasley, será que teria algum suco de abóbora? Eu estou morrendo de sede.

- Sim, claro... Hermione trouxe aqueles que sobraram no malão de vocês aqui pra cozinha. – Sra. Weasley dizia enquanto andava até a geladeira e pegava um suco para Harry.

- Muito Obrigado! – Harry agradeceu a Sra. Weasley, depois olhou para Gina e sorriu, pois estava aliviado e feliz em ver que ela estava bem.

Quando Harry saiu da cozinha, Fleur e Gui entravam na casa, em seguida um homem e uma mulher mais velhos, que Harry deduziu ser os pais dela, entraram junto com Gabrielle. Mais atrás ainda, vieram dois homens e duas mulheres que Harry não conhecia. Todos estavam apenas os esperando para o jantar. Harry cumprimentou os pais de Fleur, que ficaram muito felizes em conhecê-lo. Afinal, fora ele quem salvara Gabrielle, mesmo que ela não estivesse correndo um perigo real, mas ele não sabia disso, na hora pensara que ela morreria se ele a deixasse, depois acabou se achando um idiota por ter imaginado que Dumbledore deixaria alguém morrer dessa maneira. De qualquer jeito, provara ter fibra moral, o que lhe dera vários pontos no Tribruxo e uma admiração muito grande de Fleur e agora de sua família também. Depois de ser apresentado aos “estranhos”, Harry descobrira que seriam os padrinhos e madrinhas de Fleur, então se perguntou quem seriam os do Gui.
Rony, como sempre, estava estonteado com a beleza da garota, mas Harry já estava acostumado a ver aquele olhar besta do amigo. Hermione não parecia estar se sentindo tão normal com o jeito de Rony, parecia com ciúmes, mas Harry também sabia o porquê, sabia que os dois amigos gostavam um do outro mais do que uma simples amizade, sabia disso pelo menos desde o quarto ano. Nunca ousou contar a eles, deixara-os descobrirem sozinhos, mas parecia que não seria fácil. Todos se sentaram à mesa e começaram a comer o banquete que a Sra. Weasley preparou, era muita comida, parecia que estava alimentando uma escola. Todos pareciam entretidos em conversas com os amigos ao lado. Harry tentava conversar com Rony, mas ele ainda ficava um pouco zonzo quando Fleur pedia a ele para passar a tigela de frango. Harry estava sentado do lado direito da mesa, bem na ponta, Gina do lado esquerdo da mesa, na outra ponta, ela e Hermione estavam afundadas em alguma conversa interessante. Harry virou-se para Rony e resolveu tirar uma dúvida.

- Quem são os padrinhos e madrinhas de casamento do Gui?

- Os padrinhos são o Lupin e o Carlinhos e as madrinhas vão ser a Tonks e uma amiga do Gui que trabalha com ele, mas que não pode vir hoje.

- Posso ter a sua atenção, por favor? – Carlinhos se levantara com o copo na mão. – Eu queria fazer um brinde a esse casal que esta prestes a se casar. Olha, eu conheço o Gui há muito tempo, afinal ele é meu irmão. Entretanto não faz muito tempo que conheci a Fleur, e tenho que dizer a verdade. Eu acho que os dois são perfeitos um para o outro. Todos que se amam são perfeitos um para o outro, os exemplos estão nessa mesa, papai e mamãe, Lupin e Tonks, Sr. e Sra. Delacour, Gi... – Fred deu uma cotovelada de leve em Carlinhos – Ah... Com certeza não será diferente com esses dois, então, eu desejo um feliz casamento!

Harry sorriu para Gina que retribuiu sorrindo também. Mesmo naquela situação que os dois estavam, não poderiam deixar de achar engraçado a cena. A Sra. Weasley chorava de emoção, enquanto Fleur e Gui se beijavam.

- Hei... Carlinhos... Você esqueceu de um casal. – disse Fred, e todos olharam para ele.

- É... Quem? – perguntou Carlinhos surpreso.

- Rony e Hermione. – respondeu Jorge. Rony que estava tomando um gole de cerveja amanteigada cuspiu tudo em Harry. Hermione que comia um pedaço de frango se engasgou e começou a tossir, só parando quando Gina usou um feitiço. Rony que se recuperara do susto, tentou agredir os gêmeos, mas Carlinhos o segurava.

- Muito engraçado, Jorge – disse Hermione que voltara ao normal – Estou morrendo de rir.

A menina estava mais vermelha que os cabelos de Gina. Rony, que ainda não desistira do ataque, e agora tentava sacar a varinha também estava escarlate. Hermione se levantou e foi para o quarto, Gina a seguiu. Rony conseguira se acalmar, sentou na cadeira, percebeu que Harry não parava de rir e o empurrou, a cadeira de Harry foi pro chão junto com ele. O garoto mesmo no chão não parava de rir, levantou-se e foi para o quarto ainda rindo, para ele o jantar já havia acabado, Rony, que não estava mais com fome foi também. Os que sobraram na mesa continuaram comendo como se nada tinha acontecido. Fred e Jorge rindo muito de sua brincadeira, a Sra. Weasley não gostou muito da atitude dos gêmeos e ralhava com eles. Harry e Rony chegaram ao quarto, deitaram nas camas. Passado algum tempo.

- Eles estão certos. – comentou Harry – Você não acha que já demorou muito pra acontecer algo entre vocês?

- Você está maluco? Eu e a Mione? – berrou Rony indignado, agora sentado na cama. – Nunca!

- Vai me dizer que você não gosta dela? – disse Harry também sentando.

- Claro que não... – respondeu Rony olhando pra baixo e pra esquerda.

- Mentira! Quando olha pra esquerda está inventando.

- Que besteira! Isso não existe!

- Claro que existe, eu li em um livro.

Os dois ficaram em silêncio alguns minutos, olhando um pra cara do outro.

- Se você leu ou não, eu não sei. Mas eu admito que era mentira. Eu até gosto dela, mas nunca ia dar certo, nós somos muito diferentes, e duvido que ela goste de mim. – disse Rony desolado.

- O que? Você só pode estar brincando... – disse Harry rindo de novo. – Cara, ela gosta tanto de você, como você dela, talvez mais. Você não lembra como ela ficou quando você estava com a Lilá?

- É... Talvez... Mas agora vamos dormir, já está tarde.

- Pode dormir. Eu não vou, pelo menos não agora. Dormi muito hoje de tarde.

Rony murmurou algo em resposta, Harry entendeu como “tudo bem”, mas não tinha muita certeza. Harry resolveu descer, mesmo que tinha acabado de subir. Achava que Rony iria querer conversar, mas como ele queria dormir, não teria o que ficar fazendo. Aparatou para fora do quarto, não queria fazer barulho. Desceu as escadas o mais silenciosamente possível. Apenas o Sr. e a Sra. Weasley, os gêmeos e Carlinhos continuavam na sala.

- Harry, o que você está fazendo acordado? – perguntou o Sr. Weasley

- Eu dormi de tarde e agora não estou com sono. – respondeu o garoto.

- Então senta aqui com nós “Eleito”. – falou Fred rindo.

Harry, também rindo, sentou junto com eles em um dos sofás que havia ali.

- Como que está o Rony? – perguntou Jorge.

- Ele ficou brabo, mas depois acabou assumindo que gosta dela. – respondeu Harry.

- Demorou... – comentou Fred.

- É, mas vocês não precisavam expor ele daquela maneira. – ralhou a Sra. Weasley. – Poderiam os deixar perceberem sozinhos.

Passaram algum tempo conversando sobre isso. Depois a Sra.Weasley passou a programação do casamento e então percebeu que já era tarde e mandou todos pra cama. Harry continuava sem sono, mas faria um esforço para dormir. Deitou na cama e, rindo, ficou pensando como seria essa “viagem” deles se Rony e Mione estivessem juntos. Após beijos, abraços e muito amor, o garoto acabou pegando no sono.
Harry acordou com o raio do sol em seus olhos. “Não deve ser mais que oito horas” pensou o garoto quando olhava pela janela e admirava aquele céu que estava tão azul quanto na manhã passada. Olhou para a cama de Rony, mas o garoto não estava mais ali. “O que o Rony está fazendo à uma hora dessas?” se perguntava Harry enquanto descia para o café da manhã, ou pelo menos era isso que ele imaginava.

- Até que enfim, hein... – disse Rony recebendo o garoto no portal da cozinha, estava usando as vestes que normalmente usava para jogar quadribol – Pensei que tinha falecido lá na cama.

- Já íamos mandar alguém verificar se você estava bem, querido. – falou a Sra. Weasley enquanto chegava perto de Harry e colocava as costas da mão em seu rosto, para ver se o garoto estava com febre.

Harry olhou para o resto da cozinha, parecia que tinham acabado de comer ali porque havia vários pratos na pia, enquanto alguns iam se lavando sozinhos.

- Acabamos de almoçar, mas eu deixei um prato reservado para você, querido. Por que você não se senta enquanto eu vou te servindo? – perguntou educadamente a Sra. Weasley.

Harry sentou, sentia-se estranho, nunca havia dormido tanto daquela maneira, pensou que fosse por causa da pressão em cima dele, mas então lembrou que Rony e Hermione também tinham alguma pressão, mas mesmo assim não ficaram dormindo até de tarde. “Deve ter sido porque eu fui dormir tarde” afirmou o garoto encerrando a conversa com seu cérebro. A Sra. Weasley serviu a Harry alguns pastéis de carne que ele comeu sem reclamar.

- Harry, vamos jogar um quadribol agora? Ta um clima perfeito para isso. – dizia Rony olhando para o céu através da janela – A Gina, o Fred e o Jorge concordaram em ir. Hermione irá só para assistir.

Gina... Aquele nome lembrava a Harry tudo de bom que havia no mundo. “Não posso me aproximar muito, mas uma partida de quadribol não fará nada mal não é?” pensou o garoto.

- Tudo bem. Mas cadê eles?

- Estão vindo ai.

Gina, Fred e Jorge entraram na cozinha também com suas roupas de quadribol, Hermione vinha atrás deles. Harry cumprimentou todos eles, e deixou que os gêmeos rissem de sua cara por acordar de tarde. Harry foi ao quarto correndo se trocar e pegar sua vassoura, não queria perder nem um minuto, fazia muito tempo que não jogava uma partida. Desceu voando as escadas, e passou pelos presentes na cozinha como um jato em sua Firebolt. Voou para fora da casa e depois de fazer um giro no ar, diminuiu a velocidade e pousou em frente à cozinha. Todos aplaudiram. E quando estavam se preparando para subir em suas vassouras e irem.

- Gina e Hermione, eu gostaria de pedir para que vocês ficassem. – disse a Sra. Weasley com cara de quem realmente sentia por ter que fazer aquilo – Mas hoje vai ter o ensaio do casamento e, Gina, você é uma das damas de honra. E você Hermione, poderia substituir amiga do Gui, que também não poderá vir hoje.

Gina ficou muito brava, jogou sua vassoura no chão e adentrou a casa, Hermione aceitou numa boa, afinal, não era fanática por quadribol. Os quatro garotos se olharam, deram de ombros, e foram embora voando em suas vassouras.
O jogo transcorreu muito bem. Estavam jogando sem posições fixas e como não tinham um pomo, o jogo encerraria quando alguma dupla chegasse aos mil pontos. Muitas vezes podiam ver Harry voando em direção ao gol para desviar a goles que ia entrando, outras vezes era fácil perceber a dificuldade que Rony tinha em escapar de um balaço, que era o único por não ter muita gente eles acharam que dois complicaria demais, tamanha era sua falta de experiência, afinal, ele era o goleiro, e não lidava muito com essa bola. Jorge e Fred ganharam por novecentos a oitocentos, resolveram encerrar a partida antes porque começava a escurecer e as bolas ficavam cada vez mais difíceis de serem enxergadas, e voltaram para A Toca, Rony e Harry estavam acabados, mas os gêmeos pareciam ter acabado de começar o jogo. Talvez por isso, se ofereceram para guardar as vassouras da família enquanto Rony subia na de Harry e iam voando pra dentro da casa, quase atropelando a Sra. Weasley, que ralhou com eles após desviar. Harry deixou Rony à frente do banheiro, na hora que fez voz de condutor e disse “Próxima parada, Quarto!”. Os dois tentaram rir, mas até os músculos da boca estavam cansados. Harry voou até o quarto e caiu na cama, estava todo sujo, por causa de algumas quedas ao esbarrar em Fred e Jorge, mas não conseguira lembrar disso. Estava todo machucado, cãibras eram o que não faltavam no menino. Usou alguns feitiços de cura e a dor diminuíra um pouco, a melhor idéia era pedir para a Sra. Weasley o curasse, mas primeiro precisava tomar um banho, mas pra isso teria que esperar Rony, que fora na frente. Após alguns minutos, Harry substituiu o amigo e foi tomar banho, não demorou muito e os dois apareceram na cozinha, famintos. A Sra. Weasley fez o melhor que pode com as dores, mas ainda assim os dois mancavam de leve. Gina e Hermione riam deles quando eles atravessavam a cozinha mancando em direção a mesa.

- Nunca mais jogo quadribol em dupla contra eles, é suicídio... Eles são malucos! – exclamou Rony devorando o seu rosbife.

Os dois estavam comendo quando os gêmeos entraram sorridentes na cozinha, Rony sentou o mais longe possível dos “Lunáticos assassinos” como ele mesmo murmurou quando os viu. Quando terminaram de comer foram ao quarto, talvez jogar xadrez-bruxo ou Snap explosivo, porque o Sr. Weasley chegaria tarde naquela noite, Fleur e Gui, provavelmente, estavam namorando pelos terrenos da família Weasley e Carlinhos tinha saído com alguns amigos e também não tinha hora pra voltar. No momento em que estavam no apogeu do primeiro jogo de xadrez, no qual Rony iria dar o xeque-mate, Hermione desaparata no quarto dando um baita susto nos dois, mas principalmente em Rony que acabou jogando as peças longe.

- Você está querendo me matar? – perguntou o garoto com o coração muito acelerado.

- Desculpem... Eu realmente precisava falar com vocês... – disse ela olhando de um para o outro. – É sobre quando nós vamos...

- Eu estava pensando em dois dias após o casamento. – comentou Harry.

- Dois dias? Você não acha um pouco premeditado, Harry? – perguntou a menina.

- Na verdade, eu acho que a gente “meditou” até de mais já. – respondeu Harry encarando a amiga. – Não podemos esperar mais, vamos acompanhar o casamento, no outro dia arrumamos as coisas, e partimos na manhã seguinte.

Hermione acabou concordando com Harry. O garoto estava notando uma atitude um pouco estranha nos dois amigos, eles andavam concordando muito com ele. Talvez porque pensavam que ele era o líder e ele que mandava.

- Vocês dois podem dar suas opiniões também. Só porque eu sou “o Eleito” – Harry riu nessa hora – não quer dizer que tenham que me obedecer.

- Não é isso Harry... Nós confiamos no seu julgamento. Se você acha melhor ir nesse dia, nós confiamos que esse será o melhor dia para partirmos.

Rony concordou com a cabeça. Harry olhou para os dois, se achava o cara mais sortudo do mundo por ter amigos como esses que mesmo nas horas mais difíceis não só ajudavam como também confiavam no garoto. Harry só não dera um grande abraço nos dois porque Hermione logo aparatara de novo, dizendo que tinha deixado Gina sozinha. Ainda tinha essa, a pequena ruiva que tão bela aparecia nos sonhos do garoto, que o fazia viajar só com seu perfume, agora não podia ficar ao lado dele, pois ele tivera a grande idéia de protegê-la. Grande idéia essa que estava custando caro ao coração do jovem bruxo, e a fera que antes uivava alto no corpo de Harry toda vez que via Gina, agora estava adormecida sem esperanças de poder receber aquele calor que vinha do corpo da menina quando os dois se abraçavam ou se beijavam. “Foi uma boa idéia” precisava se lembrar Harry toda vez que pensava em Gina.

- Já falou com ela? – perguntou Harry encarando o amigo.

- Não... Vou esperar um pouco sabe... – respondeu Rony corando.

- É... Eu acho que você deveria fazer o quanto antes.

- Tudo bem... Mas vê se não pressiona.

- Todo mundo precisa de um empurrãozinho. – disse Harry levantando e dando um empurrão de leve em Rony, que premiou o amigo com outro empurrão tão leve quanto o que levou. Rony levantou para se trocar, Harry aproveitou e deu um empurrão muito forte no amigo que caiu na cama. Fingindo que o empurrão tinha machucado pegou o travesseiro e foi pra cima de Harry dando lhe travesseiradas. Harry caíra na cama, e Rony continuava a acertá-lo, os dois rindo muito, até que a porta abriu.

- Que está acontecendo, ouvimos alguns barulhos e... – eram Hermione e Gina que entraram correndo e apreensivas no quarto. As duas perceberam o que se passava, deram meia-volta e saíram murmurando “Garotos...”. Os dois se recompuseram, trocaram de roupa e foram dormir.

Finalmente o dia do casamento chegara, estavam todos correndo pela casa, berrando uns com os outros, Harry deveis em quando escutava um: “Mãe, essa calça não vai servir” ou “Mãe, essa camisa não serve mais”, não era a toa que ele acordara, a porta do quarto estava escancarada, a toda hora via a Sra. Weasley correndo de um lado para outro indo a auxilio de um dos filhos. O garoto percebera que era hora de levantar e achar uma roupa digna de um casamento, mesmo que a cerimônia fosse apenas de tarde, era melhor deixar tudo arrumado. Pegou as vestes que usou no Baile de Inverno em seus quarto ano e colocou em cima da cama, e desceu para a cozinha. Quando estava no corredor Harry tinha que desviar da Sra. Weasley, que continuava correndo de um lado para o outro.

- Harry... Querido... Pode... Descer... E... Tomar... Café... – disse ela ofegante, mas sem parar de correr.

Na cozinha, as comidas estavam todas em cima da mesa, Harry sentou-se sozinho e comeu alguns lanches e tomou suco de abóbora. Estava um dia perfeito para casamento, o sol estava raiando forte, mas mesmo assim aquela névoa permanecia, não tão forte, mas continuava presente.
As horas até a cerimônia passaram voando, já estavam todos presentes no lado de fora d’A Toca. Cadeiras brancas faziam três filas de um lado, e mais três do outro, agora estavam lotadas. Todos os professores de Hogwarts haviam comparecido, todos os membros da ordem, até Hagrid veio, mas teve que vir sozinho, pois Grope não estava muito disposto a vir também. A Sra. Weasley havia entrado com Gui, e os padrinhos e madrinhas também já estavam lá na frente. Harry, Rony e Hermione sentavam na terceira fileira do lado esquerdo. Harry usava uma roupa preta, com calça preta, a mesma do Baile de Inverno, que por incrível que pareça ainda serviam bem no garoto. Rony, que havia ganhado vestes de presente dos gêmeos, estava com a mesma roupa que Harry, mas era branca ao invés de preta. Hermione estava com um vestido vermelho, e Harry teve que sentar entre os dois pra disfarçar as “babadas” de Rony. O tapete vermelho que ficava entre as fileiras da esquerda e as fileiras da direita estava bastante decorado com flores, cada cadeira que estava em cima do tapete também tinha uma flor presa. Estavam todos esperando a noiva, a Sra. Weasley já estava chorando, o Sr. Weasley tentava acalma-la, ao lado dos dois estava a Sra. Delacour, naquela que era a única linha com quatro cadeiras, e na linha de cadeiras atrás estavam Fred e Jorge e Lino Jordan, que fora convidados pelos gêmeos. Gina e Gabrielle vinham andando pelo corredor, a hora do casamento chegara, a noiva vinha logo atrás junto com seu pai. Estava linda, com o tradicional vestido branco, de véu e grinalda. O Sr. Delacour sentou ao lado de sua mulher e o padre começou o casamento.
Fora uma cerimônia muito linda, aparentemente todos estavam muito emocionados e felizes com o casamento. Gui e Fleur já haviam ido embora em uma limusine branca, muito bonita, que tinha os dizeres “Recém-Casados”, foram para a sua lua-de-mel, que seria em alguma ilha na Grécia. A Sra. Weasley continuava muito emocionada, mesmo horas após o ocorrido. Estavam dando uma grande festa por causa do casamento mesmo sem os noivos presentes. Era tarde da noite, mas ainda estava muito barulhenta a casa dos Weasley, bebidas e comidas à vontade. Hagrid, que também tinha chorado muito, agora havia passado um pouco da conta na bebida e cantava alegremente. Harry, Rony, Hermione e Gina dançavam animadamente na sala, pareciam ter esquecido de tudo o que iria acontecer.
Não demorou muito até amanhecer, estavam todos largados na sala, desmaiados. Foram acordar somente horas mais tarde. E tomaram um café, e depois cada um seguiu seu rumo, Hagrid voltou para Hogwarts, os membros da Ordem, provavelmente voltaram para suas casas, mas os quatro bruxinhos continuavam sentado á mesa tomando café para talvez conseguirem acordar.

- Cara, que festa, hein? Estou exausto – exclamou Rony que mal conseguia ficar de olhos abertos.

- É mesmo... A festa estava perfeita, o casamento foi muito bonito. – disse Hermione ainda relembrando alguns momentos.

- Olha... Corujas – avisou Gina olhando pela janela.

Quatro corujas vinham descendo em direção A Toca, logo identificadas como corujas de Hogwarts. Cada um deles pegou a que era endereçada ao seu nome. Pensaram que era a lista de materiais, mas se enganaram:

- Hogwarts... Não... – tentou dizer Hermione

- Hogwarts não abrirá – falou Rony

Na verdade, isso não os pegou muito de surpresa, pois essa era uma grande possibilidade.

- Isso nunca aconteceu – afirmou Hermione – Pelo menos não consta nada em Hogwarts, uma história.

- Pelo menos agora vai ter que constar. – disse Rony ainda relendo a carta – Afinal, a história de Hogwarts pode estar acabando por aqui, não? Ai sim... Poderia ser Hogwarts, uma história.

- Não fala besteira Rony – disse Gina batendo três vezes na madeira – Eu tenho certeza que quando vocês acabarem com essa aventura, a escola reabrirá.

Os três concordaram. O dia foi destinado à arrumação das mochilas, pois malões não seriam fáceis de serem carregados. Harry pedira para o Sr. Weasley comprar para ele uma daquelas barracas mágicas, caso precisassem dormir em alguma floresta ou algo assim. Dobby fora, a mando de Harry, à Gringotes pegar alguns galeões e também trocar alguns por dinheiro trouxa, afinal era melhor prevenir do que remediar. Como Dobby estava “trabalhando” para Harry agora, ele lhe dava salários, pois senão Hermione poderia matá-lo. A Sra. Weasley deu a eles algumas comidas instantâneas, para o caso de não acharem algum lugar para comer. Estavam preparados.
Harry acordara preguiçoso, sentia algumas dores de cabeça, mas nada que pudesse atrapalhar aquele dia. Olhou para Rony, que parecia dormindo, mas murmurou algo:

- Cara, hoje é o dia...

- É... É hoje. – disse Harry sentando na cama.

- Você está preparado? – perguntou Rony também sentando.

- Eu tenho que estar.

- É... Você está certo. Agora vamos descer, porque provavelmente a Mione deve estar nos esperando.

Os dois se trocaram e colocaram as mochilas nas costas, e desceram. Espantaram-se ao ver membros da Ordem sentados na sala junto com os Weasley e junto com Hermione. Cumprimentaram todos, tomaram café da manhã. Escutavam as noticias que Moody ia contando, além do mais, tinham feito o feitiço do fiel do segredo, e agora todos já poderiam ir para a “casa de Harry”. Os três garotos iriam para Godric’s Hollow de Nôitibus Andante, e estavam praticamente partindo, saíram da casa, e foram em direção ao portão d’A Toca, despediram-se de todos. A Sra. Weasley estava chorando, já sentia saudades de seu filho e dos outros dois mesmo antes deles partirem, os outros membros acenavam para os garotos. Estava faltando alguém ali: Gina. Harry a procurou com os olhos, até que sentiu uma cotovelada de leve, era Hermione, ela apontava para A Toca. O garoto olhou, e a viu, em uma das janelas que ficava virada para entrada d’A Toca. Os três acenaram para a menina, que acenou de novo com uma mão e limpou as lágrimas com a outra. Harry chamou o Nôitibus com a mão, se virou e entrou no ônibus. Rony e Hermione o seguiram. Viraram-se para todos, pela última vez acenaram, e agora a porta fechava e eles iriam embora.





Capitulo grande ateh d+... desculpa... naum teve nenhuma batalha e nenhuma novidade, mas prometo q no proximo cap. vai ter pelo menos um duelo, e saberemos mais sobre lilian e tiago!! ah... e axo q o proximo cap eh o melhor de todos... pelo menos o melhor de todos ateh agora, o q naum eh mto dificil... mas entaum blz... aguardem e tomara q gostem, mas vai demora um poko pq essa semana vo fik fora, mas provavelmente final de semana que vem eu posto.

Votem... Comentem... Leiam.... Divulguem... façam qualquer coisa, mas por favor, façam!

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