O Traidor



N/A: Pera ai, eu não consigo ver nada, *tossindo* tem muito pó aqui... Olha quanto mofo, olha quanta sujeira... Mas, fazer o que, tudo culpa minha, nunca mais voltei a escrever, ai ficou tudo assim... Sim, isso é um milagre, eu fiz outro capítulo. Eu poderia até dizer que é um presente de Natal, mas quando eu postar não vai ser mais Natal, e a Fic não é tão boa assim, pra servir de presente. Hmm... Eu acho que vocês querem ler, não? Então... Lá vai!! Quero ver comentários heim!


Capítulo 12: O Traidor




Sentia grãos de areia em sua boca, no seu rosto e por toda sua roupa. Passou a mão pelos olhos, sacudiu a camisa e a calça, limpou os óculos e cuspiu o que restara em sua boca. Agora conseguia abrir os olhos, mas o resultado não foi muito agradável, apenas via areia: era um deserto. O garoto começou a andar, a felicidade que antes invadia seu corpo, por ter passado pela sua cabeça a idéia que havia conseguido uma Horcurx, agora desaparecia e um novo sentimento surgia: a desesperança.

Além da dificuldade de caminhar pela areia, as partes onde subia as dunas dificultavam mais ainda para o garoto. Mantinha em sua cabeça que se estava ali, algo iria encontrar. Mas mesmo assim, estava acabado. Não fisicamente, mas principalmente, mentalmente. Suas pernas ainda agüentavam, mas sua cabeça não podia acreditar que todo sacrifício pode ter sido em vão, ou que ele pode até morrer caminhando.

Seu tênis estava cheio de areia, e o incomodava ao andar, Harry simplesmente os tirou, e os deixou ali mesmo, junto com o par de meias. A falta de concentração no caminho, causado pela falta de esperança, fazia o garoto tropeçar, mas sempre levantava e continuava encarando o deserto, pois uma pequena parte de seu cérebro ainda achava que havia “luz no fim do túnel”. Ao rolar morro a baixo, ele mais uma vez sentiu areia por todo corpo, e parecia desacreditado no barulho que chegava aos seus ouvidos, parecia um riacho. Abriu os olhos o mais rápido possível, e constatou que era mesmo um pequeno rio, mais parecido com um lago, a sua frente. Ele nem demorou em levantar e correr em direção àquele “sonho”. Mas, ao pular de cabeça, o que ganhou foi apenas um corte... Era uma miragem.

- Não! – berrou ele ao cair numa das mais antigas peças que a visão pode criar. – Eu preciso de água. Estou morrendo aqui!

Foi aí que o garoto começou a colocar os pensamentos em ordem, parece que a pancada não tinha sido tão ruim assim. Harry “lembrou” que era um bruxo e tinha uma varinha em seu bolso, e que poderia ter água a hora que quisesse.

- Aquamenti! – falou ele apontando a varinha para sua boca. Bebeu um pouco de água, depois virou a varinha para seu corpo, pare se refrescar.

Estava um pouco recuperado, mas ainda não via saída. Continuou andando, voltara a ficar fraco e a tropeçar em algumas partes: estava faminto. A sua frente havia mais uma duna, ele se jogou na areia, não tinha forças pra subir. Começou bem devagar, subindo engatinhando. Após muito esforço, chegou ao topo, olhou o caminho que teria ainda pela frente, e um pequeno sorriso perpassou pelo seu rosto. Seus olhos viam uma floresta, mas sua cabeça não acreditava. Harry dessa vez não saiu correndo, igual fez com o lago, dessa vez foi um pouco mais cauteloso. Sabia que a chance daquilo ser uma miragem era muito grande.

Quando alcançou a primeira árvore, mesmo com sua barriga roncando, ele ficou feliz, pois percebeu que realmente era uma floresta. Olhou para os lados, não havia ninguém. As árvores continham um fruto colorido, estranho, que Harry nunca tinha visto em sua vida. “Pode estar envenenado” pensou ele “Mas, se eu não comer, morro de fome, melhor arriscar”. E dizendo isso, arrancou alguns e desatou a comê-los. Parecia que tinha voltado a ser Harry Potter. Levantou, e continuou seguindo pela trilha, até chegar a um caminho de pedras, que terminava em uma escada gigantesca. Ele começou a subi-la, chegou ao topo e seus olhos brilhavam. Mantinha os dois presos no objeto no meio do patamar, que mais parecia um altar. Era a taça de Hufflepuff. Quando o garoto fez menção de pega-la, uma voz a suas costas fez com que ele desistisse.

- Você não está achando que vai pegar a taça assim, e desaparecer, não é? – perguntou algo que parecia um Comensal da Morte, que havia se adaptado à floresta. Mas parecia mais animal do que humano. Ao lado dele havia mais três iguais, mas esses eram totalmente animais e maiores.

- É, essa era a idéia. – respondeu Harry tentando descobrir o que eram aquelas coisas.

- Mas então, mudança de planos. Ataquem! – berrou a fera. Os três que estavam em volta dele, correram em direção a Harry, subindo pela escada.

Harry não teve tempo nem de pegar a taça e não pôde descer pela escada. Teve que ir rolando pelo barranco que havia sido usado para construir o altar. Correu para o meio da floresta. Não era uma grande idéia, pois os animais deveriam conhecer a floresta como a palma de suas patas. O garoto tentou acerta-los com alguns feitiços enquanto corria, mas eles defenderam. Chegavam cada vez mais perto do bruxo, que não agüentava mais correr, mas continuava, pois senão seria morto. Os três iam alcançá-lo a qualquer momento, quando algo pulou de uma árvore, e se pôs entre Harry e os bichos. O garoto parou de correr, queria saber o que era aquilo. Parecia ser mais uma daquelas feras, mas essa não era igual às outras, tinha algo que parecia um cabelo comprido, parecia ser uma fêmea. Quando ele ia voltar a fugir, o animal fez com que os outros três corressem assustados. O bruxo não entendeu o porquê, mas parecia que esse novo bicho queria ajudá-lo.

- Prazer, meu nome é Cairã. – cumprimentou a fera com sua pata.

- Eu sou Harry Potter. – respondeu Harry – Desculpe-me, mas o que são vocês?

- Eu sou uma humana, que foi magicamente transformada nisso, para poder sobreviver por aqui. Os três que estavam correndo atrás de você eram minhas crias, e aquele outro é o Zauê, o pai das crias. – Harry parecia ainda confuso – Mas, nós não temos um nome especifico, pois somos os únicos criados e ninguém além de Você-Sabe-Quem nos conhece.

- Mas por que você me ajudou?

- Porque mesmo que eu tenha sido criada para destruir qualquer um que entrasse aqui, eu não acho justo, pois você nunca fez nada de mal pra mim. Mas, não ache que você esteja muito protegido, pois a qualquer hora os três voltam a mando de Zauê para acabar comigo. Ele já estava suspeitando que eu estivesse traindo o grupo.

- Mas magia não funciona com vocês?

- Funcionar até funciona, mas nós temos patas muito resistentes para rebater os feitiços, então, enquanto nós estivermos concentrados em você, nenhum feitiço seu irar nos afetar.

- E o que pode matá-los?

- Eu não posso responder. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado colocou um feitiço em nós para que não possamos contar como nos destruir. Acho que ele já esperava por um traidor. Mas lembre-se “Toda a natureza do mundo pode ser destruída, menos a do seu quintal” e leve isso com você, vai ajudá-lo. - Harry esticou a mão e Cairã colocou uma faca nela – Agora vá que eles estão vindo.

Harry começou a correr, olhou para trás e os três pareciam ter alcançado sua mãe, mas o garoto não poderia parar para ajudar, seu novo instinto sobrevivente fazia com que ele corresse. A frase dela vinha em sua cabeça, mas ele não entendia. “Toda a natureza do mundo pode ser destruída, menos a do seu quintal...” pensava ele “O que pode ser? E se... Pera aí! Não acredito que Tia Petúnia vai me ajudar”. Harry parou e se virou, os três animais que haviam alcançado-o também pararam uns vinte metros a sua frente. “Se a floresta Amazônica for destruída, Tia Petúnia não vai ligar, mas se arrancarem uma pétala de seu quintal, ela poderia até matar alguém”. Os três voltaram a correr, Harry arrancou uma planta do local, mas parece não ter dado muito certo, pois eles ainda corriam em sua direção. O garoto rolou para o lado, para escapar da primeira fera, mas ao cair os outros dois vieram em sua direção.

- Incendium! – berrou Harry apontando a varinha para uma árvore ao seu lado. Ela começou a pegar fogo, e os dois que vinham atacá-lo, pararam. O garoto começou a lançar vários feitiços na floresta, para destruir tudo. O fogo era muito grande já, os três animais ficaram muito assustados, e acabaram sendo pegos pelo incêndio. O bruxo não tinha completamente pensado no que iria fazer, pois agora estava quase preso. Poderia fugir por trás que não havia fogo ainda, mas estaria se distanciando da taça. Nos lados, só via fogo se aproximando, e em sua frente um grande tronco caído, em chamas. Harry correu para frente, corria o mais rápido possível. Quando chegou perto da hora de pular:

- Aquamenti! – berrou ele, apagando uma pequena parte do fogo, mas suficiente para ele conseguir passar. Pensou ter saído totalmente ileso, mas sua camisa começara a pegar fogo, e ele rapidamente a tirou. Seus braços estavam arranhados e em sua barriga uma marca de queimado aparecia, mas ele ainda conseguia seguir em frente.

Harry chegou andando até o pé da escada e olhou para o topo: Zauê estava o esperando.

- Então vejo que você sobreviveu a eles.

- Mas como você não se sentiu nem um pouco mau, eu destruí sua floresta. – Zauê deu uma pequena risada.

- Ah, a Cairã esqueceu de lhe contar eu acho, eu não sou daqui. Eu fui trazido aqui e transformado nisso que sou. Por isso não me importo para tudo isso. Acho que o deixei sem opções para me matar, não é? Mas, tudo bem, não vou fazer você sofrer.

Zauê correu em direção a Harry, o garoto se viu sem saída. Pulou para o lado, mas a fera voltou a tentar acertá-lo, ele levantou e saltou por cima dela, mas não sem antes sofrer um corte na perna, caiu no chão de costas, e não conseguia levantar. O animal veio pra acabar com ele. Era a hora perfeita, Harry pegou a faca que ganhou de Cairã e enfiou no coração de Zauê quando esse pulou pra cima do garoto. O bicho ficou sem reação, caiu no chão sangrando, e em pouco segundos, morreu. O bruxo levantou, aos poucos, e seguiu em direção à taça. Estava fraco, mas conseguia andar ainda, mesmo que fosse tropeçando. Chegou ao altar, retirou a taça e seu coração disparou ao ver o chão, que estava embaixo do altar, desaparecer. Harry guardou a taça na mochila, e fez o que tinha que fazer, desceu pelo buraco.



Voltando à Ordem:


Gina pegou uma mochila, guardou algumas coisas lá. Estava revoltada, não podia acreditar que não tinham como prioridade achar Harry, depois de tudo que ele tinha feito por todos. Tinha salvado Hermione e Rony inúmeras vezes, mas se eles não seriam amigos o bastante para ir atrás dele, pelo menos ela iria, e era só nisso que pensava: que além de companheira era muito fiel. Colocou a mochila nas costas e saiu do quarto. Quando alcançou o patamar, Hermione apareceu para tentar impedi-la.

- Gina, onde você está indo?

- Não é da sua conta! – a ruiva começou a descer a escada.

- Não há nada que você possa fazer, a não ser que esteja escondendo algo de nós. Você sabe de alguma coisa?

A garota parou no secundo passo que tinha dado.

- Você não está insinuando que eu esteja tentando bancar a heroína, ao não contar algo, está? – falou Gina ainda de costas para Hermione.

- Não, desculpa. É só que, pelas informações que temos não há lugares para procurar. Aonde você vai?

- Para o lugar no qual o Harry desapareceu.

- Você não pode ir lá! É muito perigoso!

Gina virou-se para ela.

- E quem vai me impedir? - falou ela apertando muito forte a varinha em sua mão.

- Gina, calma, você não está raciocinando bem. Você está apenas no calor do momento, eu entendo.

- NÃO, VOCÊ NÃO ENTENDE! – berrou a pequena bruxa – IMMOBILUS!

Hermione ficou imobilizada. Rony veio correndo para ver o que tinha acontecido. A Sra.Weasley também apareceu lá embaixo, mas Gina já tinha saído. Tiraram o feitiço de Mione.

- Aonde ela foi? – perguntou a garota.

- Desceu as escadas e saiu. – respondeu o ruivo.

- Você sabe para onde ela foi? – perguntou Molly.

- Ela foi para o ex-orfanato. Ela está mudada com a situação. Esse desaparecimento do Harry a transformou. – Hermione parecia chocada – Nós precisamos ir atrás dela, antes que ela faça alguma besteira.

- Então vamos. – falou Rony. – Nós pegaremos nossas coisas e iremos.


No ex-orfanato:


Gina acabara de descer do Nôitibus. Caminhou até a porta e a abriu com um simples Alohomora.

- Lumus! – e uma pequena luz saiu da ponta de sua varinha. Procurou um pouco e achou alguns lampiões na parede. O lugar estava muito diferente da vez em que Hermione e Rony estiveram ali. Agora parecia uma simples casa. A garota percebeu um pequeno barulho ao seu lado – Quem está aí?

- Jimminy Billy Bob – respondeu alguém saindo debaixo de alguns papéis – e você?

- Gina Weasley. – respondeu ela, o que assustou o “mendigo”.

- Então, você é uma bruxa? – perguntou outro “mendigo” que vinha se aproximando. Junto com ele tinha mais dois, sendo quatro no total.

- Sim... Como você sabe? – perguntou ela muito assustada.

Logo que ela respondeu, um capuz preto ia surgindo por sobre a cabeça de cada um deles, e uma manta preta ia envolvendo o corpo deles. Não eram mendigos, eram Comensais da Morte. Os quatro sacaram a varinha, Gina fez o mesmo.

- Quatro Comensais contra mim... Vejo que ficaram muito justos ultimamente.

- É, quatro Comensais contra você... Vejo que está morta. – respondeu um deles.

Gina riu.

- Não se eu for mais rápida. Estupefaça! – falou ela já acertando um deles. Mas rapidamente teve que desviar de vários feitiços que vinham em sua direção. Era apenas três agora, mas ainda era apenas ela contra eles.

A garota corria de um lado para o outro, saltava, usava feitiços escudos. Mas estava ficando cansada, não agüentaria por muito tempo. Até que quando foi desviar de um feitiço, pulou para o lado e foi acertada na perna por um deles. Estava caída bem no canto da sala, quando a porta se abriu ferozmente: Hermione e Rony entraram por ela. Os dois procuraram com os olhos, e o garoto viu a irmã caída no canto.

- Gina, você está bem? – perguntou ele.

- Sim. – ela tentou levantar, mas logo caiu.

- Lupin achou isso em Hogwarts. Beba. – falou o ruivo. Gina bebeu na hora.

- O que era?

- Uma poção restauradora.

- É, estou me sentindo como se tivesse acabado de chegar.

Quando os dois levantaram, perceberam que Hermione fazia um escudo para os três não serem atingidos, mas era de dois lados, ou seja, eles também não podiam usar nenhum ataque, pois o escudo barraria. A menina não agüentaria por muito tempo.

- Cada um vai enfrentar um. – falou ela. – Você está bem Gina?

- Sim, melhor com a poção. – respondeu Gina envergonhada. – Obrigada.

Hermione apenas sorriu para ela. Com um sinal com a mão, avisou para eles que o momento de parar com o escudo havia chegado. Uma grande sucessão de feitiços foi vista. Rony duelava com um dos Comensais ali mesmo. Hermione foi levando o seu mais para o fundo, para ele não poder ajudar nem ser ajudado pelo seu amigo. Gina via seu adversário subir a escada correndo. Ele lançava alguns feitiços por cima das costas, sem ver o que fazia. Passavam perto de Gina, e um deles destruiu os dois primeiros degraus. A ruiva teve que saltar sobre eles e começou a correr atrás dele.

Já no patamar da escada, ele tentou correr, mas sem muito esforço parou num corredor sem saída, e teve que se virar para enfrentar ela.

- Incarcereous! – ele tentou. A corda foi até Gina, mas a garota a rebateu com o Protego.

- Expelliarmus! – foi à vez de ela atacar, mas o Comensal se defendeu facilmente. A garota não iria conseguir nada se ficasse nesse defende/ataca com o seu oponente. No momento, o único jeito de acertá-lo, era com a agilidade e a surpresa. Precisava pega-lo desprevenido, e o melhor jeito de fazer isso, era com os feitiços não-verbais. Mas para isso, ela precisava se concentrar, e focar-se nesse duelo, esquecer que Harry tinha desaparecido.

- Estupefaça! – berrou ele, ela apenas desviou. Sua cabeça agora voltava para o duelo. Estava totalmente preparada. – Estupefaça! – berrou novamente o Comensal, estava começando a ficar desesperado. Gina, sem pronunciar uma única palavra, defendeu-se do feitiço e fez com que a varinha dele voasse.

A garota correu até ele com a varinha mirando sua cabeça.

- Nem um movimento, entendeu? – disse ela chegando mais perto. Quando se aproximou, deu um chute na perna dele, que o fez cair no chão. Ela ficou com uma perna no peito dele e a varinha ainda apontada. – Onde está o Harry?

- Eu não sei. Mas mesmo que soubesse não lhe contaria. E você sabe disso. – respondeu ele com um risinho.

- Você está muito feliz para quem está prestes a morrer.

- Você está muito envolvida nisso, às vezes comete erros.

- O que? Como assim?

O Comensal movimentou rapidamente o seu braço, aproveitando a pequena distração de Gina. Bateu forte com a mão na parte de trás da perna dela que estava em seu peito, fazendo a garota cair. Logo a empurrou e correu para pegar sua varinha. Quando conseguiu recupera-la, voltou apontando ela para a ruiva.

- Eu disse que você comete erros.

- Sim, você estava certo, mas não pense que está tudo acabado.

- Tudo acabado não está, mas você está acabada.

- Não se eu continuar mais rápida.

Com a varinha levemente apontada para ele, e sem abrir a boca, a garota apenas viu o Comensal sair voando e bater com a cabeça na parede e depois batê-la novamente no chão.

- Gina! – Hermione e Rony apareceram correndo. – Você está bem?

Rony parou para vê-la e Hermione foi ver o Comensal. Colocou dois dedos em seu pescoço.

- Ele está morto. – Hermione virou-se para Gina. – Você está ferida?

Gina até se assustou. Achou que a amiga lhe faria varias perguntas, lhe acusaria de tudo, que era tudo culpa dela, que ela não deveria ter saído de casa.

- Não, só um pouco chocada. – respondeu ela. – Mione, me desculpa ter te atacado lá em casa, eu perdi a cabeça. Vocês estavam certos, não há o que fazer. Temos que ir atrás das pistas sobre as Horcruxes, e é só isso que nos resta.

- Não, eu é que peço desculpas. – tanto Rony quanto Gina a encaram. – Não podíamos desistir de Harry assim tão fácil. Temos que acha-lo.

Um sorriso passou pelo rosto da ruiva, que tentara se levantar. Os três desceram a escada.

- Sabe o que a gente pode fazer? – perguntou Hermione. – Vamos perguntar para o Lupin se sobrou ainda poção da verdade, e podemos interrogar os Comensais que a gente amarrou. Aí, talvez possamos arranjar informações sobre o Harry.

Os outros dois assentiram, e saíram correndo da casa para voltar à Ordem.


Voltando ao Harry:


Era um buraco escuro, parecia que os desafios que ele teria de enfrentar para voltar a Londres ainda não tinham acabado. Sentia água em seus pés, e o cheiro era horrível, parecia o esgoto. “Acendeu sua varinha” e tentou achar a saída.

- Você não vai precisar disso. – falou uma voz conhecida para Harry. E logo o lugar ficou todo iluminado.

- Cairã? – o “animal” que tinha ajudado Harry a fugir da floresta, que o garoto pensou estar morto, estava parado a sua frente. – O que aconteceu?

- Ah, você não achou que aqueles três conseguiriam me matar, não é? – respondeu ela sorrindo. – Mas, se você está procurando a saída é por aqui. – falou Cairã apontando para uma escada que levava a uma tampa, que realmente parecia de bueiro.

- Sim, mas, eu destruí a sua floresta, você também não deveria sofrer, como os outros?

- Não, como eu falei antes, Você-Sabe-Quem me trouxe para lá. Eu não tinha nenhuma ligação com aquilo.

Harry assentiu e dirigiu-se para a escada. Agradeceu à “amiga” e ia subindo a escada.

- Antes que eu me esqueça. – falou ela. O garoto virou-se para ouvir, e antes que pudesse se defender, levou uma patada na cara e caiu de costas no chão.

- O que você está fazendo? – perguntou ele. – Por acaso esse é um tipo de despedida da sua raça? Se for, poderia ter deixado para outro visitante!

- Não, estou apenas servindo ao meu mestre.

- Mas, se você queria me matar, por que me ajudou a passar pelos seus amigos?

A fera deu uma risada.

- E os deixar levarem todo o crédito? Não! Fiz com que eles falhassem, para depois eu lhe matar, e levar todo o crédito por isso. E falando em lhe matar.

O bicho correu em direção a Harry, que tentou lançar um feitiço, mas como sempre ela se defendeu. Pegou o garoto e o jogou, fazendo o bater com as costas na escada e cair de cara na água.

- Eu já não te falei que isso não vai funcionar? Mas você é lerdo pra aprender heim... – Cairã ia novamente para atacá-lo.

Harry não conseguia ver nada muito nítido. A patada que havia levado havia prejudicado sua visão, e o que podia ver, não o satisfazia. Aquele animal vindo correndo, e o garoto ali sem defesa. O bruxo apenas conseguia ver os flashes de sua vida passando em sua cabeça, e a principal coisa que lembrava: Gina...








N/A: É, então é isso... Eu queria pedir desculpas pelas novas coisas que estou inventando, e eu sei o quanto isso está ficando longe da versão da Rowling, mas eu não esperava mesmo chegar perto do que ela poderia escrever, ninguém espera isso.

Duas coisas para esclarecer:

No deserto, eu não mencionei, mas o Harry tentou Aparatar, mas não conseguiu. O que o levou a conclusão que havia um “campo de força das trevas” envolvendo o local (teoria do garoto).

Quando o Rony diz que o Lupin o entregou a poção, dizendo que tinha achado em Hogwarts, não pensem que Rony e Mione foram até Hogwarts antes de irem até Gina, mas sim que, quando eles iam saindo de casa, o Lupin estava na Ordem, e os entregou.


Eu não vou falar muito, pois quero deixar mais tempo para vocês comentarem, e, por favor, COMENTEM! VOTEM!

Até o próximo capítulo!

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