A camara das serpentes gemeas



CAMARA DAS SERPENTES GEMEAS


Harry aparatou em um lugar lotado de arvores, onde mesmo se a luz do sol estivesse forte não ultrapassaria a imensidão verde, Harry olhou para os lados onde estavam Hermione, Rony e Blackforge, que também estudavam o lugar com atenção, talvez a exceção de Blackforge que já havia visitado o lugar inúmeras vezes e possivelmente apenas estava pensando.
-Curioso, esse lugar está diferente desde a última vez que estive aqui – disse ele tocando o ar gentilmente.
Ele ainda tocando o ar começou a andar lentamente, andou por alguns segundos, mas depois ele simplesmente parou e disse:
-Perdi o rastro.
-Não precisamos de rastro, olhe senhor – disse Harry apontando para frente onde se via uma casa, muito destruída, as raízes das árvores entravam por entre a madeira, material dominante na estrutura da casa, a porta da casa não existia mais, em seu lugar existia apenas um emaranhado de galhos e raízes que bloqueavam a passagem, as janelas também haviam sido consumidas pelas árvores, o teto da casa (ou o que sobrou dele) era feito de um material parecido com barro, estava muito destruído, as árvores lançavam seus grossos galhos por entre as telhas e com o passar do tempo ia destruindo-as, a casa estava coberta por folhas secas que deixavam ela com um visual selvagem e sombrio, o ar gélido e seco da floresta abafava praticamente qualquer som ou ruído, a casa parecia ter sido atacada por dezenas de árvores vivas abruptamente.
-O que houve aqui senhor, as árvores se revoltaram e atacaram essa casa? – perguntou Harry.
-Isso não estava aqui desde a última vez que eu estive nesse lugar.
-Há quanto tempo isso ocorreu? – perguntou Hermione confusa.
-Umas duas semanas ou menos talvez – disse Blackforge ainda contemplando a casa aturdido.
-Mas como essa casa foi ficar assim?
-Eu que é o que vamos descobrir não é? – respondeu Blackforge caminhando em direção a casa.
-Eu tenho impressão que essas árvores vão ficar menos gentis à medida que nos aproximamos. – disse Harry sacando a varinha e se aproximando.
-Exatamente o que eu pensei também, Harry – completou Blackforge – caso haja algum ataque por parte dessas arvores, chamem o calor em sua ajuda.
-Senhor, deva eu...?
-Sim Harry, faça. – respondeu Blackforge sacando a varinha e a erguendo.
-Peguem suas varinhas e se preparem para o pior, como dizia o velho Dumbledore: agora não são os desafios da natureza que enfrentaremos e sim os de Lord Voldemort. – disse Harry pondo-se à frente do grupo.
-Accio horcrux!
Harry ouviu algo rugir ao longe, as árvores começaram a se movimentar, um vento repentino começou a soprar, sibilos ruidosos foram ouvidos, farfalhar de árvores e outros muitos sons curiosos.
-O que foi isso? – perguntou Rony.
-Provavelmente vamos descobrir mais cedo do que queremos – respondeu Blackforge rapidamente.
-O horcrux está aqui? – perguntou Hermione.
-Se o horcrux não estiver aqui, há algo de igual importância nesse lugar, ninguém se daria ao trabalho de enfeitiçar árvores e soltar criaturas aqui à toa.
Eles caminharam em direção a velha casa, tendo cuidado para não tropeçar em galhos ou em pontas de raízes que estavam no chão, esse que estava lotado de folhas secas, que quando eram pisadas pareciam que soltavam uivos de dor.
A porta vista de perto era mais assustadora ainda: uma porta de madeira comum, sendo esmagada por grossos galhos que se estendiam até se enterrar no chão bruscamente.
-Como entramos? – perguntou Rony.
-Pela porta – disse Harry completando com um aceno da varinha no que os galhos irromperam em chamas.
-Boa tentativa, Harry, porém muito óbvia, não acho que essas plantas sejam...comuns.
O fogo que estava nos galhos depois de poucos segundos se extinguiu, e para a surpresa de todos: os galhos não mostravam nenhum sinal de queimadura ou de qualquer dano que fosse.
-Eles provavelmente estão com um bom feitiço anti-chamas.
-Então o que o senhor sugere?
-Algo menos sutil – respondeu Blackforge enigmaticamente.
-Menos sutil como? – perguntou Harry.
-Primeiro eu quero fazer um teste. – disse Blackforge fazendo um breve aceno com a varinha no ar de onde foram criados dois reluzentes machados de guerra, que se moviam graciosamente no ar.
-Isso qualquer trouxa poderia ter feito, senhor – disse Harry com uma certa displicência.
-Eu sei, Harry por isso mesmo que eu vou tentar. – respondeu Blackforge com um sorriso gentil e o olhar espumando de uma enérgica malícia.
-Mas porque você irá tentar então? – perguntou Rony.
-Você, eu não acho que tenha notado, mas Harry certamente os notou.
-Os feitiços anti-trouxas? – disse Harry.
-Exatamente.
-Mas o que te faz pensar que essas plantas não são protegidas contra cortes também?
-Não sei, só há uma maneira de saber. – respondeu Blackforge, fazendo sinal para que os machados agissem.
Os machados investiram violentamente contra os grossos galhos que tampavam o caminho deles, quando o encontraram, o barulho gerado pela colisão foi parecido com o de um encontro violento de metal contra metal, assim que a colisão aconteceu, pedaços dos machados voaram para todas as direções e por um triz não machucando alguém.
Harry olhou para Blackforge, exibia uma expressão triunfante e com um sorriso que dizia “eu te disse”.
-O Harry avisou que isso não funcionaria – disse Rony indiscretamente.
Blackforge apenas sorriu graciosamente e apontou novamente para os galhos dizendo:
-Sugiro que olhe novamente para lá.
Os galhos tinham um considerável rombo no meio, onde possivelmente passaria um humano adulto abaixado.Blackforge olhou para Harry sorrindo e disse:
-Eu te disse que daria certo.
-Você teve sorte dessa vez – acrescentou Harry também sorrindo.
Eles entraram por entre a fenda na porta um a um, primeiro Blackforge depois Harry, Rony e por último Hermione, o lugar parecia ter sido, há tempos atrás, uma sala de estar, pois tinha o que parecia ser uma televisão que estava lotada de musgo, onde só era possível nota-la graças a antenas que saiam do topo da caixa, poltronas também com musgo, o chão estava infestado de limo, o que dava a casa um tom silvestre e indomável, o ar úmido e pútrido era carregado pelo vento até chegar aos narizes de cada pessoa que estava na casa, as paredes estavam bem destruídas.Como a casa ainda mantinha-se em pé era um mistério para Harry.
-Cuidado para não escorregarem no limo – sussurrou Blackforge para eles.
-Senhor, vamos nos dividir para poder procurar mais rapidamente.
-Em duplas, aqui só tem dois quartos.E cuidado, pois alguém parece ter reforçado a segurança nesse lugar.
Harry fez sinal para Rony para que ele o seguisse, eles seguiram para um quarto onde a porta havia sido arrancada, a cama estava aos pedaços, o chão estava lotado de tralhas sujas e mal-cuidadas, Harry parou por um instante e estudou o lugar e depois de alguns instante concluiu.
-Rony, erga essa cama devagar.
-Por que?O que você acha que tem abaixo dela?
-Não sei ainda, mas tem alguma coisa importante abaixo dela.
Rony ergueu a cama lentamente, dando visão a um tapete que estava, ao contrário de praticamente toda a casa, limpo.
-Eu sabia, vá chamar o prof. Blackforge, diga a ele que eu achei a entrada.
Rony correu para fora do quarto, enquanto Harry olhava o quarto com afinco, esperava encontrar algo lá que chamasse sua atenção.Dois minutos depois, Rony retorna, porém sozinho.
-Cadê eles Rony?
-Eles também disseram que encontraram a entrada.
-Como assim?Encontraram?Eu vou lá ver, você fique aqui, qualquer coisa grite.
E saiu do quarto em direção ao outro, chegando lá viu um quarto exatamente como o outro, a exceção da cama, pois a desse quarto era uma de casal.
-Onde está a entrada que vocês falaram que acharam? – perguntou Harry rapidamente no que Blackforge apontou para o centro do quarto, onde eles viram um tapete com umas duas cobras deitadas de lados opostos (uma com a cabeça para a esquerda e a outra para a direita), que era idêntico ao que ele havia encontrado no outro quarto.
-Impossível! – exclamou Harry – esse tapete é exatamente igual ao outro que eu encontrei no quarto do Tom Riddle, pai.
-Ah, vejo que Voldemort nos subestimou novamente, ele achou que viríamos sozinhos para um lugar sórdido como esse.
-Como senhor?
-Apenas um desses lugares nos leva até o horcrux, Harry.
-Ainda não entendi, senhor – acrescentou Harry aturdido.
-Se eu estiver certo naturalmente, o horcrux está escondido em um desses quartos, mas como tem dois...Um deles naturalmente nos leva a outro lugar.É só, nós o escolhermos com atenção.
-O senhor trouxe Felix Felicis com você senhor? – perguntou Harry.
-Ah, eu esqueci de te dizer, eu duvido muito que Lord Voldemort vá colocar uma passagem pelos seus horcruxes assim, tão fácil.
-Como assim, senhor?
-Harry eu acredito, entenda é apenas uma possibilidade, que essas duas salas estejam encantadas para trocarem seus conteúdos, entre si.
-Mais ou menos como se, por exemplo: se eu entrar nessa câmara essa câmara se tornará a mais difícil? – perguntou Hermione.
-Exatamente isso.Sim, temo que essas salas sejam enfeitiçadas para mudar seu conteúdo, a idéia de Voldemort entregar seu horcrux a sorte não me parece do feitio dele.Sugiro que tenhamos que nos separar para tentar entrar.
-Mas e se...
-E se nós não voltarmos? – completou Blackforge – Eu acho que estamos aqui por livre e espontânea vontade, também creio que qualquer um de vocês daria sua própria vida por um pedaço da alma de Voldemort.Estou certo?
Eles assentiram a cabeça e continuaram a ouvir atentamente.
-Srta.Granger, vá com o Harry, sr.Weasley venha comigo.
-Mas senhor, como sabe que conseguirá abrir a entrada?
-Se eu estiver certo, as cobras do tapete são a entrada.Vou tentar abrir, Harry fique aqui e veja se aprenda.
Blackforge sacou sua varinha e começou a fazer alguns movimentos com ela, murmurando baixinho, tocando as cobras levemente, lançando feitiços nela, mas as cobras pareciam inalteráveis.
-Já faz mais de meia hora, que estou tentando abrir isso, não vejo outra maneira de Voldemort ter selado isso – disse Blackforge com sinceridade.
-Feitiço fidellus? – perguntou Harry temeroso.
-Eu não vejo outra resposta há não ser essa.Voldemort pode ter lançado o fidellus em cima de uma alavanca ou algo parecido.
-Mas se ele fez realmente isso...
-É, receio que tenhamos que encontra-lo e subjuga-lo para conseguir o segredo.
-Mas isso é quase impossível, Voldemort é muito poderoso, até o senhor mesmo já disse inúmeras vezes que não pode derrota-lo.
-E aqueles machados? – perguntou Rony.
-É claro, pode ser que Voldemort tenha mais uma vez subestimado algumas habilidades trouxas, obrigado senhor Weasley.
Blackforge sacudiu a varinha e mais uma vez foram criados os costumeiros machados de guerra, feitos de um metal lustroso e bonito, que agora reluziam mais do que antigamente, pareciam felizes por sua importante tarefa.
-Por favor, se afastem daqui, eu não quero acidentes – murmurou Blackforge.
Ele acenou para os machados agirem, mais uma vez foi ouvido o som de metal colidindo com metal e também mais uma vez naquele dia os machados voaram para longe aos pedaços.
-Podem se aproximar, não funcionou. – disse Blackforge em tom melancólico.
-Já tentou fogo, professor – perguntou Harry tirando a varinha das vestes novamente.
-Por que você mesmo não tenta, Harry – respondeu Blackforge.
-Incêncio! – murmurou Harry apontando a varinha para o tapete.
O tapete imediatamente irrompeu em chamas, queimou por longos minutos até que o fogo finalmente se extinguiu deixando uma grande cortina de fumaça, quando essa foi dispersa, foi possível ver o tapete novamente:intacto, a única mudança, foi nos olhos das cobras que agora mudaram de cor para um vermelho-fogo, que por coincidência era da mesma cor que o feitiço incendiador de Harry.
-Se abaixe, Harry – berrou Blackforge pulando em cima de Harry.
Um segundo depois disso as cabeças das cobras se mexeram no tapete e lançaram de volta fogo no lugar onde Harry estava, acertando apenas o ar.
-O que foi isso? – perguntou Harry assustado.
-Eu devia saber que elas estavam prontas para revidar a feitiços hostis. – respondeu Blackforge.
-Tem alguma idéia de como vamos entrar? – perguntou Harry a Blackforge.
-Sinceramente?Não – respondeu Blackforge triste.
-Tem certeza que o horcrux está aqui? – perguntou Rony.
-Tenho, ele só pode estar aqui.
-Bom, então temos que pensar em outra maneira de entrar.
-É temos mesmo.
Eles pararam lá e começaram a pensar em uma maneira de conseguir entrar, mas nada ocorria a Harry, Voldemort mostrou-se, pela primeira vez em tempos, sábio, ele havia escondido, provavelmente, a forma de entrar no lugar verdadeiro onde ele havia escondido o horcrux com a forma de se esconder mais eficaz: o feitiço fidellus, eles teriam muito trabalho se quisessem abrir a entrada.
-Não há como cancelar os encantamentos aqui? – perguntou Harry.
-Não, eu até poderia tentar, mas a força que Voldemort empregou para fazer essa proteção provavelmente vai muito além dos nossos limites.
-Ah, por Merlim como eu fui burro – disse Harry com uma mão na cabeça e guardando a varinha.
-O que houve?
-Eu já sei como eu posso entrar.
(N/A: aqui terminaria o cap. se eu não tivesse querendo continuar a escrever é claru.haauhauhauhau)
-Como? – perguntaram os três juntos.
-Assim
-Abra – disse Harry em língua de cobra.
As cobras a princípio não se mexeram, mas depois começaram a se mover em círculos até que ser criado um buraco no meio do tapete, onde era possível um adulto passar com folga.
-Brilhante, aposto que Lord Voldemort nos dias de hoje acredita cegamente que é o único falante da língua das cobras.Vamos entrar?
-Espere, você não pode entrar ai sem mim. – disse Harry a Blackforge.
-Ah, é claro, precisamos de um ofidioglota entre nós – disse Blackforge pensativo. – isso acaba por comprometer nosso plano, não?
-É infelizmente, não podemos nos separar, teremos que ir juntos até o final, mesmo que o caminho seja o pior possível.
-Voldemort montou uma entrada com uma forma de entrar, e se algum outro bruxo entrasse ele certamente acha que os próximos obstáculos o deteriam, vamos ver se ele tem razão. – disse Blackforge levantando a varinha e pulando no buraco no tapete.
-Aqui está bem escuro, mas por enquanto está calmo, podem descer – disse Blackforge.
-O que ele quis dizer, com por enquanto? – perguntou Rony.
Harry nem respondeu, assim que Blackforge deu o sinal ele desceu, escorregando pelo túnel, que se estendia o bastante para quem olhasse de cima não conseguisse ver absolutamente nada.Harry colidiu com o chão pouco depois de descer, e foi ajudado por Blackforge a levantar.O lugar era úmido como toda a casa, era iluminado por uma luz verde vinda de algum lugar que Harry não conseguia ver, o chão era de terra, as paredes possuíam fendas escuras e sombrias que atingiam uns cinco metros, as paredes eram muito distantes umas das outras; pelo menos cem metros de extensão.
-Vamos para frente, Harry – disse Blackforge.
Eles caminharam em meio à luz verde até chegar a um ponto onde a terra acabava: uma ponte era estendida de uma ponta a outra, nos lados, não era possível ver o final, parecia que alguém tinha cavado um buraco no lugar, ou melhor, a pessoa teria destruído o chão naquele território e havia deixado uma pequena ponte de madeira e cordas para passar.
-Provavelmente apenas uma pessoa poderá passar por ai, estou certo, senhor?
-Não, por incrível que pareça – disse Blackforge pensativo – essa ponte foi feita para levar mais de uma pessoa em relativa segurança.
-Mas, Voldemort não deixaria...
-Eu sei Harry, estou tão surpreso quanto você.O que levaria Voldemort a colocar essa ponte de propósito aqui.
-Há não ser que tenha algo lá do outro lado que só ele poderá dominar, como um basilisco que ele mesmo cuidou, por exemplo. – disse Rony.
-Se tivesse um basilisco aqui eu já saberia, acredite em mim.
-Mas então o que faremos? – perguntou Hermione.
-Voldemort não iria facilitar as coisas assim colocando essa elegante ponte em nosso caminho se ele não tivesse certeza que mais à frente ele nos pegaria.
-Então o que você me diz?
-Vamos descer – respondeu Blackforge com firmeza.
-Você ficou louco, nós morreríamos tentando, num da pra ver nem o final disso aqui. – disse Rony indignado.
-Senhor, tem certeza disso – perguntou Harry surpreso.
-Sim, e quanto à profundidade, tenho plena certeza que não é tão fundo quanto nossos olhos querem nos fazer pensar.
-Do que você está falando?
-Eu ainda não sei, mas há alguma coisa ai que me diz que nosso caminho será mais calmo, do que pela ponte.
-Entendo, eu acho que Voldemort queria que se houvessem visitantes eles escolhessem entre o bem e o mais fácil. – acrescentou Harry partindo em direção ao precipício.












AOS LEIRORES




O q acharam do cap???perceberam q ta um poko mais extenso do que us outros?o próximo eu vo tenta faze maior ainda...COMENTEM PLZ....mais uma vez eu aviso: a fic ta chegandu ao fim, talvez uns dez capítulos ou menos, vo me esforça ao Maximo pra posta um cap. por dia....não garanto nada....fui



COMENTEM!!!!























































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