Compreendendo que tudo mudou



ATENÇÃO GENTE: sei que vocês querem, tanto quanto eu (acreditem), chegar no fim da história. Se agora eu demoro um pouco mais para postar, é principalmente porque estamos chegando num ponto muito especial. E eu não posso acabar com a história falando qualquer bobagem, tenho estudado com afinco todos os livros para garantir um final digno a essa Fic! Portanto, não desistam, ok? Estou realmente trabalhando para garantir que vocês adorem o final, e que leiam minha próxima Fic.
Obrigado pelo apoio de todos, beijos!!!

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À partir daquele momento, os dois Potter, Harry e Ginny, eram um só. E não só por causa da união carnal, mas principalmente por causa do casamento. Hermione só conseguia imaginar como aquilo tudo acontecera...

Ron adivinhou os pensamentos dela, e disse:

- Não há muito o que explicar, Mione. O certo é que Harry pediu permissão aos meus pais e conseguiu concretizar a união deles. Não existe fórmula certa pra esse feitiço, o Feitiço do Amor Infinito.

- Mas qualquer pessoa pode realizar esse feitiço, Ron?

- Não, Mione. Somente alguém muito poderoso, além de apaixonado, claro, poderia realizar. Eu ouvi falar de apenas três casamentos como esse durante toda minha vida. Somente um nesse século! E como eu disse, os ingredientes certos são impossíveis de serem determinados. Apenas um é o mesmo para todo mundo... – dizendo isso, Ron corou violentamente, porque sabia que Hermione perguntaria instantaneamente qual seria esse ingrediente...

- Qual, Ron?

Ron olhou para Harry e Ginny, como se pedisse permissão para contar. No que os dois assentiram afirmativamente, ele gaguejou:

- É... algo que só uma mulher pode dar, e uma única vez.

Mione continuou fixando-o, esperando que ele terminasse. Antes de ouví-lo, porém, já havia deduzido a resposta, e disse junto com ele:

- O sangue de sua defloração.

Ginny sentiu um ímpeto muito forte de rir ouvindo o irmão falar daquilo tão... naturalmente! Pensou em como os pais receberam o pedido de Harry, nos irmãos que ficariam possessos de não poder participar daquilo tudo...

Pensando nisso tudo, foi uma grata e grande surpresa quando os quatro desceram e encontraram todos os Weasley, com exceção de Percy, na sala comunal. Obviamente o momento que atravessavam não pedia comemorações, mas era de se esperar que eles não deixariam de se pronunciar... os Weasley são realmente especiais...

- Minha filha, como eu poderia negar isso à você! A felicidade que eu sei que você só terá ao lado de Harry... Harry, meu menino! Meu filho! – a Sra. Weasley chorava e apertava os dois, sufocando-os em seus carinhos.

- Ah mãe, larga os dois. Harry e nós temos umas contas pra acertar... – Fred falava em nome dele, de George, Will e Charlie. Todos tinham um semblante ameaçador, e ao mesmo tempo indecifrável no rosto.

Harry temeu por segundos apenas, porque todos eles sabiam, agora, que Ginny não era mais uma menina... era uma mulher... Seus temores afastaram-se completamente quando todos explodiram em risadas.

O Sr. Weasley, depois da gostosa gargalhada que dava, olhou profundamente para Harry.

- Harry, foi a coisa mais decente e certa que você poderia ter feito. Reconheço que fiquei um pouquinho assustado, mas eu já esperava por isso... sabia que vocês se amavam e que precisavam estar juntos para enfrentar tudo isso. Eu e Molly estamos muito orgulhosos de vocês dois. Muito felizes também!

A festa não se prolongou muito, apesar dos protestos de alguns, e da quantidade enorme de doces, bolos, salgados, todos trazidos por Dobby da cozinha do castelo. Todos tinham tarefas à cumprir, no trabalho, na Ordem...

Tudo foi muito rápido, mas maravilhoso. Todos se retiraram em menos de uma hora.

Sendo deixados sozinhos novamente, os quatro precisavam voltar ao trabalho. Mas, antes que qualquer um deles pudesse dizer algo, Harry disse:

- Quando Hagrid chegar aqui com o sangue do unicórnio, temos outro ritual a realizar. E mais outro ritual, definitivo, se realizará na presença de Voldemort.

Todos olhavam para Harry sem entender nada. Harry ainda completou, como se adivinhasse o pensamento dos presentes:

- Vocês saberão no tempo certo o que fazer. Não se preocupem. Confio plenamente em vocês.

Ron olhou sério para Harry e disparou a pergunta que todos queriam fazer:

- O diário já cumpriu sua tarefa?

- Sim e não, Ron. Na verdade, o diário, como tantas outras coisas que ouvimos e vimos nesses anos juntos, não é a resposta para tudo. É apenas um dos objetos mágicos que desencadearam um processo. – Harry falava pausadamente, como se também tivesse se dado conta daquilo naquele momento. – Existem coisas mais fortes e importantes do que planejamento e a certeza de que tudo vai funcionar.

Harry seguiu com sua explicação.

- Existem muitas dúvidas sobre coisas que aconteceram em todos os anos que estamos juntos. Pode ser que esclareçamos algumas delas no decorrer de nossa jornada, mas não é importante saber todas as respostas. Às vezes, o instinto é de muito maior valia. O amor. A compreensão. O perdão. A união dos amigos. O amor fraternal.

- Vocês se lembram das características exigidas aos participantes do Torneio Tribruxo? Eu vou lembrá-los: perícia em magia, coragem, poderes de dedução e capacidade de enfrentar o perigo. Então... encarem nossa luta dessa maneira, porque precisaremos dessas coisas. E de mais algumas...

- Lembro-me que Bartô Crouch me disse, no mesmo ano do Torneio: “A coragem diante do desconhecido é uma qualidade muito importante em um bruxo... muito importante...”. E eu concordo. Porque eu enfrentei Voldemort todos esses anos sem jamais temê-lo. Enfrentei muita coisa e fui vitorioso porque não tive medo. Não importa o quanto alguém tente nos colocar para baixo, ou diminuir nossos méritos, porque nós sabemos, dentro de nós, do que somos capazes. Ninguém pode afirmar o contrário. Isso é manipulação, para que não acreditemos em nós mesmos, assim enfraquecendo nosso próprio poder. É, o poder que nasce com todos nós. Que é inerente ao ser humano, seja bruxo ou não. Como vocês acham que a Escola consegue encontrar os bruxos filhos de trouxas?

- Dumbledore sempre foi um bruxo poderoso. Não apenas pelo seu conhecimento profundo em magia, mas principalmente por acreditar nas pessoas, por acreditar no amor. E o amor pode ser perigoso se caminhar longe do raciocínio.

- Vocês não testemunharam a batalha entre Voldemort e Dumbledore como eu. E digo a vocês que Dumbledore sempre deixou tudo muito claro, eu é que não conseguia enxergar as coisas... Pelo menos não naquela época, sem maturidade para tanto.

Harry pegou a Penseira novamente. Puxou um fio prateado da cabeça e depositou-o na bacia. E mostrou aos amigos a lembrança daquele dia no átrio do Ministério da Magia... Aterrorizados, os amigos assistiram às cenas da batalha entre Voldemort e Dumbledore, mas Harry chamou a atenção deles para a discussão...

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- Você não está tentando me matar, Dumbledore? Está acima de tal brutalidade?
- Ambos sabemos que há outras maneiras de destruir um homem, Tom.
- Não há nada pior do que a morte, Dumbledore!
- Você está muito enganado. Na verdade, sua incapacidade de compreender que há coisas muito piores que a morte sempre foi sua maior fraqueza...
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Ron, Ginny e Mione entreolharam-se. Compreenderam como deve ter sido difícil aquele momento, e o quanto significavam aquelas palavras de Dumbledore...

Harry continuou falando:

- Eu errei e acertei muitas vezes em tudo o que já fiz. Mas só agora compreendo que Sirius tinha seu papel a cumprir, assim como Dumbledore... mas que eles tinham que me deixar, para que eu cumprisse a profecia. Eles sabiam que o coração deles poderia trair minha tarefa, me desviar do meu caminho... e ninguém pode matar Voldemort: somente eu.

- Eu fui protegido por muitas pessoas, e principalmente por Sirius e Dumbledore, todos esses anos. Dumbledore disse ter sido o “erro de um velho” não ter me contado sobre a profecia antes do 5º ano. Mas ele esteve certo o tempo todo. Eu não poderia compreender tudo o que compreendo agora com 11 anos...

- E Dumbledore me falou sobre uma sala no Departamento de Mistérios que está sempre trancada. Que “contém uma força mais maravilhosa e mais terrível do que a morte, do que a inteligência humana, do que as forças da natureza. E talvez seja também o mais misterioso dos muitos objetos de estudo que são guardados lá. É o poder guardado naquela sala que você possui em grande quantidade, Harry, e que Voldemort não possui. Esse poder o levou a tentar salvar Sirius hoje à noite. Esse poder também o salvou de ser possuído por Voldemort, porque ele não poderia suportar residir em um corpo tomado por uma força que ele detesta. No fim, não teve importância que você não pudesse fechar sua mente. Foi o seu coração que o salvou.”

A emoção e a coragem tomavam conta do ambiente. Entre olhares de entendimento e ansiedade, Hagrid despontou na sala comunal.

- Harry, aqui está o sangue de unicórnio. Firenze me ajudou a convencer Elessar, o unicórnio macho mais velho do rebanho, a dar o sangue. E ele aceitou. Quando pedimos certas coisas a criaturas mágicas como unicórnios, há sempre uma surpresa... eles não morrem ao doarem sangue para causas nobres, Harry. Aqui está.

Hagrid estendeu sua enorme mão em direção a Harry, entregando-lhe em mãos o sangue do unicórnio Elessar. Ainda estava morno.

- Se precisar de mais algo, Harry, me avise! Preciso resolver assuntos pendentes com a Professora McGonagall, preciso ir! – dizendo isso saiu tão rápido quanto entrou.

Os quatro se entreolharam. Sabiam que o momento exigia concentração máxima. Harry pediu para que Ron e Mione fossem chamar Luna e Neville também.

Quando os seis estavam juntos, Harry pediu para que eles fossem até seus quartos e trouxessem algo pessoal, de muito valor sentimental, para que pudessem começar o segundo ritual do dia.

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