O paradeiro de Lupin



20. O paradeiro de Lupin


Ruas desertas, vento frio, o relógio marcava duas da madrugada, alguns restos de arvores que outrora foram maltratadas... nem sabia onde estava exatamente, porem tinha certeza que o lugar era aquele. Ali devia ter sido um lugar muito rico, mas poucos vestígios comprovavam isso. Não havia quase nada, só uma casa, na qual a fachada se decompunha descaradamente. Uma pessoa normal pensaria que apenas um louco moraria naquilo. Tudo era sujo, nojento, enferrujado e perfeitamente...seguro. Um esconderijo perfeito. Nem o mais inteligente bruxo de todos os tempos pensaria em procurar um assassino ali. Não era a Mansão Riddle, era uma moradia abandonada, provavelmente por trouxas, a mais de um século . Depois de quase trinta minutos andando, Snape parou em frente à porta úmida e encostou com delicadeza a ponta de sua varinha na fechadura. Com a mínima simplicidade, ela se abriu, dando espaço para o visitante passar. A imundice do hall era igual ou pior que o lado exterior. A cada passo, o barulho dos sapatos ecoavam. Uma longa escada no centro levava ao segundo andar. Os corrimãos todos empoeirados, vidros de janelas embaçados. Com certeza, alguém de fora não conseguiria enxergar a parte interior. Algo que lembrava finos fios de ouro contornavam as esquadrias e não deixavam duvidas que eram feitiços que impediam a quebra dos vidros, impossibilitando invasões. Os quadros eram vários, contudo estavam tão judiados pelo tempo que nem era possível identificar os desenhos pintados neles. Severo parou para admirar um. Parecia que haviam varias mulheres vestidas ao estilo Grécia Antiga, com pernas nuas, cabelos bem arrumados e que corriam atrás umas das outras, contudo nada na obra de arte se mexia. Era um objeto trouxa, numa casa trouxa. O apreciador continuou ali por alguns momentos. Aquelas senhoritas transmitiam algo familiar em Snape, mas não sabia o quê.
- São Ninfas, beldades da Antiguidade Grega. Eram mulheres encantadoras que faziam qualquer homem perder a cabeça. – Uma voz grave, que não ouvia a muitos anos, soou no alto da escada. Rodolfo Lestrange observava o colega Comensal. O ex prisioneiro estava definitivamente acabado: dentes mais amarelos que o sol, barba quase totalmente branca por fazer, grandes quantidades de cabelos grisalhos, corpo magro e até mesmo seus olhos castanhos perderam o brilho de antes.- Gostou do quadro?
- Diferente, posso dizer assim. Nunca vi arte trouxa.- disse o professor sem tirar os olhos do quadro.
- Nossa, que inocência! Se não soubesse que seus pais foram trouxas eu talvez acreditaria– comentou o puro sangue com irreverência.
- Quem morou aqui? – falou Ranhoso, tentando mudar de assunto.
- Trouxas. Nunca viríamos se não soubéssemos que é seguro.
- Mas você e Belatriz não moram aqui com o Lord, ou moram?
- Não, eu moro no norte da Grã- Bretanha, numa mansão cheia de feitiços, impossível para qualquer intruso entrar. Agora Belatriz....você sabe melhor que eu onde ela mora agora.
Snape bufou discretamente. Rodolfo era muito ciumento. Se casara com Black pois sua família combinou com a de Bela. Sempre soube que nunca houve amor entre ambos, apenas conveniências, possessão, dinheiro e a paixão pelas artes das trevas. A maioria dos Comensais suspeitavam que a Sra Lestrange tinha um caso com Voldemort, porem ninguém nunca afirmou ou insinuou nada. Só suspeitas. Até mesmo o irmão de Rabastan desconfiava, mas nunca tirou satisfações com o seu senhor. Não era maluco, pois o Lord com certeza o mataria. A simples idéia da mulher morar só com dois homens numa casa abandonada o deixava roxo de raiva. Rabicho nunca colocaria um dedo em cima dela, Snape, por outro lado, faria que ela colocasse o dedo em cima dele. O professor de Hogwarts era engenhoso e o puro sangue sabia disso. Quando quer algo, faz de tudo para conseguir. Não seria difícil fazer alguma trapaça para com Belatriz. Porem esta era muito esperta e não se deixaria levar.
- Como conseguiu se casar com alguém como ela? Insuportável.
- Ao menos, eu me casei.
Severo sentiu um músculo em sua bochecha tremer. Aquele cara era mais arrogante que si mesmo. Mas se Rodolfo soubesse de seu plano com Tonks...
- Onde o Lord se encontra?
- Está lá em cima com Grayback.
- Ótimo, vou falar com ele.
- O Lord está ocupado. Não quer ser incomodado por ninguém.
- Acontece que não sou ninguém. Minha função é mais importante que a sua. Não fiquei escondido na minha casa depois do fracasso no Ministério.
Foi a hora de Rodolfo sentir o sangue ferver nas veias e, como se não bastasse, Snape percebeu o incomodo sentimento no “colega”e, com satisfação, sorriu, vitorioso. Subiu as escadas e caminhou para onde julgou ser o escritório. Uma porta estava entreaberta e o professor conseguiu identificar as duas vozes ali dentro.
- A culpa foi toda sua. Avisei que não queria erros no ataque àqueles trouxas. Como foi que fracassaram?- um ruído igual ao silvo de uma cobra perguntou.
- Parece que havia um traidor entre nós, Milorde. Tenha paciência que o encontraremos e o faremos se arrepender de ter nascido.
- Paciência, paciência, paciência...é tudo que me pedem. Enquanto eu peço a vocês muito menos que isso. Mais de uma década tive paciência.
- Milorde, prometo que...
- NÃO, NÃO QUERO MAIS SABER DE DESCULPAS! PEÇO A VOCES, LOBISOMENS, ALGO TAO PEQUENO COMO DESTRUIR UM VILAREJO E ME DIZEM DEPOIS QUE FORAM TRAÍDOS POR UM LOBSOMEM IMUNDO! NÃO QUERO APENAS QUE O FIM DESSE ANIMAL COMO TAMBEM QUERO MAIS CAPACIDADE DO SEU GRUPO, GRAYBACK.
Um breve rosnado foi ouvido. Segundos depois, um grito ensurdecedor como o de um cachorro sendo maltratado. Era obvio que o tal Grayback estava sendo torturado por Voldemort. Após uns momentos, o silencio voltou.
- Espero que tenha lhe servido de lição. Não admito falhas, erros. Encontre esse traidor ...e o mate. Ninguém atrapalha os planos de Lord Voldemort.
- Sim, Milorde.
Snape sentiu os joelhos darem uma breve tremida com a pronuncia do nome. Fenrir abriu a porta e saiu, sem antes olhar torto para o Ranhoso.
- Severo.- A voz semelhante a serpente o chamou. – Entre.
O Comensal o fez. Aquilo nem era um escritório realmente. Os moveis estavam corroídos por traças e um sofá com tecido desfiado descansava no canto de uma parede. De costas para Severo mas de frente para a janela. Uma figura alta, encapuzada, com olhos vermelhos e longos dedos finos observava o horizonte negro.
- Vim assim que recebi seu recado de Belatriz, Milorde.
- Hummm......soube que foi nocauteado por um bruxo em Hogsmeade. O que aconteceu Severo? – comentou Voldemort, sem encara-lo ainda.
- Tive uma briga, Senhor.
- Sei. Nunca pensei que pudesse brigar por causa de mulher.
Era incrível como seu Mestre era poderoso. Conseguia “ler” sua mente até mesmo de costas.
- Sim, Senhor.
- Hummm.....deve estar se perguntando por quê o manti isolado. Tenho a suspeita de Dumbledore estar mostrando a Harry Potter documentos sobre meu passado e revelando segredos meus.
- E como...?
- Não me interrompa! Como dizia, não posso deixar que isso continue, podem descobrir o modo de me derrotar.
- Mas o senhor é imortal.
- Ainda não. Preciso acabar com Potter antes. E preciso também de Dumbledore fora do caminho e é aí que você entra.
- Não entendi.
- Simples. Quero que o filho de Lucio mate-o, porem temo que falhará. Necessito de uma segunda pessoa para fazer o homicídio, alguém que encubra Malfoy.
- Está sugerindo...?
- Sim. Fique de olho naquele garoto. Se ele conseguir, ótimo. Se não... você fará o serviço. Assim, cumpriria ao mesmo tempo o Voto Perpétuo que fez com Narcisa, não?
Snape engoliu em seco. Belatriz, aquela........era obvio que contaria ao seu amo sobre o pedido da irmã.
- Milorde, devo explicar...
- Não meu caro Severo, não precisa. Não me importa quem faça o trabalho, me importa que o façam. Sendo você ou não, tire aquele garoto da escola e traga-o para mim.
- Sim, Milorde- Snape fez uma curta reverência.
- Sei que você vai conseguir fazer tudo. Como? Não faço idéia, contudo...se teve capacidade suficiente para pensar em uma poção do amor para dar à prima de Srius Black, um plano para matar Dumbledore também não será difícil.
Maldita Belatriz.....devia saber que ela contaria tudo para o seu Lord, porem....aproveitando a deixa...
- Senhor, ouvi uma parte de sua conversa com o lobisomem Grayback enquanto estive no corredor. Soube que estão atrás de um lobisomem. Poderia me atrever a perguntar quem é ele?
- Acho que você o conhece muito bem, afinal foi ele que o deixou desacordado a quase três semanas.
- Lupin?
- Sim. Ele me atrapalha a tempos, desde quando os Potter viviam. Merece uma lição para aprender que ninguém atrapalha Lord Voldemort.
Mais uma vez os joelhos de Snape cambalearam com a menção do nome. Tentando disfarçar, falou.
- Se quiser posso descobrir onde ele está.
Pela primeira vez desde o inicio da conversa, o bruxo se virou e encarou o Comensal. Sua expressão era de ansiedade.
- Como faria isso?
- Ainda não sei, mas tenho meus modos.
- Tenho certeza que sim. Seria uma boa chance de se vingar por ter te estuporado em Hogsmeade e teria o caminho livre para se divertir com a Multicores, não?
Maldita Belatriz.....pela terceira vez naquela noite. Fofoqueira.....com certeza foi um erro contar a ela a historia com Tonks, embora o Mestre saberia de todos os jeitos possíveis.
- Farei tudo para ajudar ao partido das Trevas.
- Sei disso.É um dos poucos em quem confio totalmente. Não é como aqueles lobisomens, mas tenho que agüenta-los pois são importantes para a Guerra. Ah sim......é melhor que volte para Hogwarts amanha mesmo. Sua ausência foi comprida.
- Como queira, Senhor.
E com outra reverência, Snape se dirigiu ao Mestre e se retirou. Algo dentro de si era pura felicidade. Era uma honra receber uma tarefa daquelas do seu Lord pessoalmente, mesmo que fosse perigosa. Era tão superior, mais que os outros Comensais, que os lobisomens, que os gigantes, que os dementadores....
Ao terminar de descer as escadas encontrou Rodolfo, com a mesmíssima cara emburrada de antes e o fitava com os olhos semi-cerrados. Severo queria provoca-lo de algum jeito, mostrar que era melhor, ele o Seboso, o impopular da escola...
- Até logo Rodolfo, nos veremos logo.
- Com certeza nos veremos.
- É, darei lembranças suas à sua mulher lá em casa. Ela deve estar arrumando meu quarto agora...
Nem olhou para o puro sangue. Com um sorriso de provocação no rosto, saiu da Mansão.




Finalmente, chegou o dia de Severo voltar a Hogwarts. Tudo estava arrumado. Saiu de casa, não sem falar para Belatriz que suas fofocas para o Lord serviram de algo. Possuía agora a mais importante missão de sua vida, porem devia ficar de olho em Draco para que ele não cometesse erros. Agora, os dois Comensais voltariam para suas antigas vidas: Rabicho voltaria para servir a Voldemort e Belatriz para o marido ciumento.
Ao aparatar em frente dos portões da escola, o professor foi atendido por Minerva, que o cumprimentou e o acompanhou até a sala de Dumbledore. O diretor escrevia num pedaço de pergaminho e parecia muito concentrado com o que fazia. Será que era algo relacionado com o passado de seu Mestre? Algo relacionado com Harry Potter? Se pudesse ver...
Alvo ergueu a cabeça, encarou Snape e deu um sorriso.
- Ah, Severo, fico feliz que tenha se recuperado. Como está?
- Olá diretor. Estou bem, fiquei esses dias todos na casa de meu irmão trouxa. – o Ranhoso fez todos os seus talentos de oclumência se unirem naquele momento. Dumbledore nunca soube se Snape tinha ou não mais irmãos, ainda mais trouxa. Isso era possível, afinal seu pai era um trouxa.
- Fico feliz por você. Tenho certeza que os sonserinos sentiram sua falta nessas semanas.
- Os sonserinos e uma integrante da Ordem da Fênix.- completou McGonagall, que ainda permanecia na sala.
Seboso a encarou, levantou uma sobrancelha, demonstrando curiosidade, embora já soubesse quem era a pessoa.
- Ninfadora veio aqui várias vezes me procurar para saber de você.- afirmou o diretor.- Parecia muito abatida com sua ausência.
- Nos tornamos muito amigos nesses últimos meses.
- Isso é ótimo! É bom que pare com rixas antigas e tenha contato com os Black. Talvez Sirius não gostasse disso, mas acho que os laços entre os membros da Ordem seriam mais fortes.
- Sim, ela é uma garota encantadora.- Que Snape era esse? Até mesmo ele se assustou com o que dissera.
- Ninfadora veio aqui muitas vezes saber de você e até encontrou com Lupin.
Um velho ressentimento brotou no professor. Aquele lobisomem....de novo. De repente, algo veio à mente de Snape. A poção...seu efeito estava no fim. Eram quase três semanas de ausência. E aquele encontro com Lupin.....poderia lhe dar uma recaída antes do tempo......precisava vê-la.
- O que Lupin queria? – perguntou, tentando se fazer de mais inocente possível.
- Houve alguns problemas com os lobisomens. Ele se mudou da aldeia, está para me dizer onde mora mas não o localizo.
- Ele disse que iria para uma casa de um parente.- comentou um dos bruxos que tocavam alaúdes sentados em poltronas. – Não me lembro quem.
- Tem certeza, Alécio? – perguntou o diretor.
- Sim, ele falou para aquela mocinha parente dos Black, antes dela bater nele.
Hummmm......então Tonks sabia onde Remo estava?! Lord Voldemort ficaria tão feliz em saber ...E Tonks e o lobisomem brigaram.....? Que peninha...
- Acho que Lupin voltará para lhe contar Alvo. Se não o fez antes é porque não pôde.- argumentou Minerva.
- Sim, vamos esperar então. Seja bem-vindo de volta, Severo.
- Obrigado senhor. Se me der licença preciso me organizar para voltar às aulas.
- Sim, vá.
O professor saiu com um discreto sorriso no rosto. Tinha que encontrar Ninfadora rápido, antes de Dumbledore.



A campainha soou, tirando assim Tonks de seu jantar. Ela passou a comer cedo e ir deitar logo, pois não podia chegar a atrasada um segundo sequer no trabalho. Limpou a boca com o guardanapo e fez tudo que havia na mesa levitar até chagar à pia da cozinha.
- Quem é? – perguntou quando ficou de frente para a porta, porem não a abriu.
- Snape.
O coração de Ninfadora deu um salto. Ela estranhou a visita, pois algo estava errado. Sempre pensou que quando Severo voltasse de seu inesperado sumiço, Tonks não acreditaria, começaria a chorar, contudo não foi o que aconteceu. Ela estava....normal.
Abriu a porta e olhou para o visitante, que não mudara nada. Ele apenas avançou, passou as mãos por sua cintura bem definida e a beijou. Foi um beijo morno, que demorou alguns segundos para a bruxa apoiar suas mãos nos ombros dele. Não havia intensidade, desejo, nada. Estava tão frio...Devia ser o choque dela. Ao terminarem, Snape comentou.
- Que saudade de você.- e deu um selinho nela, antes de fechar a porta.
- Nossa, eu não te esperava Severo.
- Eu sei, desculpa ter vindo agora, mas soube que trabalha na Zonko’s não? Isso é ótimo, podemos nos ver com mais freqüência.- e sorriu.
Ela retribuiu o sorriso, porem foi visivelmente forçado. Algo não ia bem.
- Você está tão triste, o que foi?
- Nada, apenas....acho que não tenho nenhum assunto para puxar conversa. Faz tanto tempo...fico feliz que esteja bem.
- Melhor agora.- a tomou em seus braços e quando ia beija-la novamente, a metamorfomaga enroscou com o sapato no pé de uma cadeira próxima a eles, impedindo das intenções de Snape se concretizarem. Tudo estava tão estranho...
- Vim lhe dar satisfações sobre a noite do meu aniversario. E fui atacado por um Comensal e ...
- Eu sei que foi o Lupin- comentou ela, se afastando do “namorado”.
- Sabe? É foi ele mesmo.- Essa não era totalmente a verdade, mas queria complicar a vida do lobisomem um pouquinho.
- Eu o encontrei outro dia. Parecia bem triste, tadinho. – e Ninfadora olhou para o horizonte através do vidro da janela. Seus olhos mostravam tristeza. Severo insistia.
- Sei que fiz você ficar a noite toda me esperando, mas porque não compensamos juntos o tempo perdido? – ele se aproximava novamente dela.
- O que sugere?
- Bem, a noite está tão bonita...o que acha de torna-la mais bonita ainda? – dizia enquanto beijava seu pescoço e seus lábios subiam até sua orelha, seduzindo-a.
- Severo, eu...- ela não queria, não sentia nada com seus beijos e toques.
- Shhiii....teremos muito tempo para conversar depois, amanha- e a beijou de um modo possessivo. Agarrou-a com força, apertando seu corpo. Ela não correspondia, porem tentava afasta-lo com as mãos, enquanto ele a beijava no pescoço.
- Severo...não...não quero....
Ele não ouvia. Queria ela. Adiou aquilo por muito tempo e não importava sua recusa, teria que acontecer, mesmo que fosse a força.... A beijou na boca e sentiu que a moça acompanhava-o, porem num ritmo lento, despercebido, quase que nada. O desejo de antes, o amor, tudo acabou. Era como se tornasse comum, sem aquela antiga magia. Tão comum como piscar. Foi então que o agressor lembrou....o efeito da Amortentia já terminara ou isto estaria por acontecer. Por isso a frieza dela, é claro. Mas ele a queria e tinha que ser naquela noite. Se fosse por vontade própria seria muito melhor. Interrompeu tudo e, ofegando, pediu a ela:
- Desculpe, não consigo me controlar quando te vejo. Você teria um pouco de cerveja amanteigada?
- Sim, também estou com sede. Espere um momento, vou buscar.
E assim ela saiu da sala. Sem ninguém o ver, Snape desarrolhou o pequena garrafinha que trazia consigo. Poção do Amor. Tonks precisava urgentemente daquela dose. A moça voltou trazendo duas cervejas amanteigadas nas mãos. Colocou sobre a mesinha de centro.
- Deixa que abro, Multicores.
Severo tentou tirar a rolha com as mãos e ficou algum tempo assim, enquanto Tonks ria.
- Para quê você tem uma varinha se não a usa?
- Quero tentar algo diferente e...o que é aquilo na janela?
- Ah, é minha coruja, Grazildz. Ela não é tão atraente, mas é muito eficiente.- comentou a ex auror, depois de olhar para a janela. Esse momento foi o essencial para o Ranhoso adicionar a poção à uma das garrafas, sem a acompanhante perceber.
- Vamos brindar então?
- Sim. Ao seu retorno.
- Tim-tim.
Antes que bebessem, o fogo da lareira do apartamento tornou-se verde e dele saiu o rosto de Molly. Com o susto, a anfitriã derrubou a garrafa no chão, que se quebrou em mil pedacinhos. Snape olhou para os cacos como se sua vida dependesse daquilo. Colocara toda a poção no conteúdo do objeto de vidro. Molly falou ao ver os dois:
- Ah, olá Snape. Soube que havia sido atacado, mas vejo que está muito bem.
- É, Molly, obrigado pela preocupação- comentou, com cara azeda.
- Tonks, querida, gostaria de almoçar com a gente no domingo?
- Ah, não sei. Está tão longe domingo....
- Por favor, seria muito bom. Se quiser vir também Severo, é bem vindo.
- Obrigado, Molly, porem tenho que me organizar. Passei tempo demais fora.
- Bem, gostaríamos que fossem. Qualquer coisa me avisem, sim?
- Claro, Molly.- respondeu Tonks, animada.
- Até mais, se cuidem queridos.- e a Sra Weasley desapareceu.
“Queridos” quem ela pensava que era?
- Ah Severo, minha bebida....
- Hummmm....tudo bem. Não vai faltar oportunidade para brindarmos. – falou mal-humorado.
- Sim, com certeza.
- Então? Você encontrou Lupin na minha ausência?
- Sim. Ele está bem.- afirmou mais animada ainda, o que não agradou o acompanhante.
- Que bom. Onde está morando? Faz tempo que não o vejo.
- Ah, ele está com um tio, um tal de .....Gerald Lupin...é , esse mesmo. Acho que vou lhe fazer uma visita.
Por algum motivo, a lembrança da breve discussão com Remo se fora, como se esquecesse de tudo de mal dele e o perdoasse.
- Hummm......Gerald Lupin, ele mora nos arredores de Londres, se não me engano.
- Não sei disso, Severo.
- Tudo bem. Mas já é tarde, suponho que deva acordar cedo.
- Sim. Fico feliz que esteja bem Severo.Se cuide – disse isso se levantando e abrindo a porta para o visitante sair.
- Pode deixar. Ficarei bem. Adeus Multicores.
E saiu. Ao ouvir a porta bater às suas costas, pensou “Ficarei melhor do que nunca, agora que o Lord saberá onde seu adorável lobisomem se encontra”

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N/a: GEnte to com pressa d novo....quando posto d sabado a noite nao tenho temo p/ fazer nenhum agradecimento pessoalmente....me perdoem...prometo q semana q vm farei direitinho....Vlw meninas.

Esta ultima semana tive muitas provas, nem tive tempo d escrever direito......prometo q na proxima farei melhor....desculpas.....

Comentem please...
BEijos

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