Fofoca e Tapas



19. Fofocas e Tapas

Tonks chegou em casa e largou suas coisas no meio do caminho. Foi até a cozinha, bebeu um copo d’água e suspirou. Mais uma vez estava só. Sem Lupin, Snape a abandonara sem nenhuma satisfação e agora arrumou uma briga com seus pais e sua melhor amiga. Sem seu filho, sem seu emprego e ainda devia dinheiro para sua mãe. O que havia com ela nesses últimos tempo? Tudo dava errado! Faltava também ser atacada por um Comensal. Ao pensar nisso, ela engoliu em seco :já havia sido atacada por Belatriz Lestrange, sua tia. Foi para o quarto, tomou um demorado banho e, em seguida, tirou um cochilo.



Dias se passaram desde que a metamorfomaga saiu de casa e pouca coisa mudou. Sarah voltou para a casa dos pais, os Tonks continuaram suas vidas como se nada acontecera nos últimos dias, embora fosse difícil, Ninfadora procurava emprego, Lupin finalmente deixou a casa dos Weasley e começou a morar na casa de um tio, que vivia sozinho. Remo nunca gostou do velho, porem ele sempre oferecia abrigo ao sobrinho, que sempre recusava pois queria ganhar a vida sem ajuda. As circunstancias eram outras. Grayback sabia que ele era um traidor e sem duvidas viria atrás dele. Tinha que se proteger o Maximo possível, ter poucos contatos com o mundo exterior, pelo menos por enquanto. Snape ainda permanecia na casa dos pais.
- Eu já disse que posso fazer a poção, Belatriz!
- Sim, mas o Lord manda uma dessa todos os dias para você. Reclame com ele.
Os dois seguidores de Voldemort não estavam tendo seus melhores dias naquela semana. O professor exigia e a serva se recusava a fazer o que quer que fosse. No fim, sobrava para Rabicho executar tudo, isso sob ameaças de ambos bruxos. O rato estava cada vez mais saturado daquilo. Sua missão era ajudar em algumas coisas na recuperação de Snape e não fazer tudo. O Ranhoso já estava bem melhor, podia andar, comer na cozinha, ler livros, preparar aulas e até dar umas voltas pelo povoado. Na manha de quarta-feira escreveu para Dumbledore uma carta, dizendo que fora estuporado por Comensais da Morte em Hogsmeade e que estava se recuperando num lugar que não podia dizer o nome, pois a mensagem poderia ser interceptada. Mesmo quando sua saúde voltou ao normal, o Mestre ordenou para que ele ficasse na casa de seus pais por mais algum tempo, porque planejou algumas missões para o fiel servo.
- É estranho, não acha? O Lord queria que eu voltasse a ativa logo para espiar, agora muda de planos.
- Não questione o Lord. Ele é mais inteligente que nós dois juntos.- Comentou Belatriz, em meio a uma tarde em que passeavam na margem do rio imundo do vilarejo. Seu nojo crescia a cada passo. Tudo estava deserto. Ela fora obrigada a ir; recebera ordens de não deixar Snape sozinho e estar atenta à suas necessidades, para sua enorme aversão. O odiava. Primeiro por ser um dos melhores Comensais, segundo que fora perdoado pelo seu Amo e, ela tinha certeza, que Severo fingia.
- De fato, não o questiono, mas com relação de nós sermos menos inteligentes, mesmo juntos, que o Lord eu concordo. Você não tem muito no que contar quando se trata de inteligência, não?
- Acredite, estou fazendo o possível para te tratar bem, mas se me irritar...
- Prestará contas ao Lord. Pensa que ele lhe perdoará? Ele não perdoa, não esquece.
Snape estava certo, teria que agüenta-lo até o fim daquela tarefa. Como ele era arrogante... Ai, que fardo! Ela se calou.
- Até você sabe que sou um membro importante no clã, não quer admitir, mas sabe disso. Sou poderoso e engenhoso.
- Ah,é mesmo? E como me explica o fato de ter sido salvo por um garoto de sexto ano. Um Malfoy! Um Malfoy!
- Nem todos podem ganhar todas.- resmungou o professor, mal-humorado, tentando imaginar a cena. – Assim como você no Ministério.
A bruxa sentiu o sangue ferver nas veias, contudo mudou de assunto logo.
- O que não entendo, nem os outros Comensais, era o motivo que o levou a ir ao 3 Vassouras naquela noite. Por que foi? Você não é de sair e muito menos de ir a lugares públicos.
- Tive um encontro de negócios.- disse Severo, usando seus talentos de Oclumencia.
- Tá certo. Me engana que eu gosto.-comentou a mulher com sarcasmo na voz. - É verdade. Eu sei o motivo. Você realmente estava esperando alguém. Deixa eu ver se acerto- e fez uma cara que quem tentava pensar em algo hiper difícil, mas que mostrava que era puro fingimento.- Ninfadora Tonks!- falou, estalando os dedos.
Ele contraiu os lábios. Era um bom mentiroso, porem dessa vez parecia que a resposta estava estampada em sua testa.
- Pela sua cara, eu acertei. Vamos me conte, o que há entre vocês dois?
- É melhor sentar, porque vai demorar para saber a resposta.
A mulher corou. Ninguém falava assim com ela, nem mesmo ele. Possuía outros artifícios para obter uma resposta.
- Se não quer me dizer, tudo bem. Mas lembre-se que tenho recursos que te obrigue a isso.
- Por exemplo?
- Eu reviso a comida que Rabicho faz. Não seria impossível você ingerir com ela algumas gotas de Veritasserum. Isso não é uma ameaça. É ...digamos....um comentário.
Snape apertou os dentes. Estava perdido. Dependia diretamente dela e daquele rato. Se as ordens de seu Mestre fossem diferentes...
- Está bem. Sua sobrinha estava envolvida no problema de sábado à noite.
- Me conte. Preciso me animar um pouco.
Ele a fitou desconfiado.
- Está bem. Talvez você goste. Como sabe, eu incentivei Sirius Black a ir até o Ministério naquela noite. Lembra-se?
- Prefiro não lembrar- comentou Bela com cara de desdém. Fora naquela ocasião que seu Mestre teve que se apresentar pessoalmente porque não conseguira obter a profecia.
- Como queira. Você deixou Tonks desacordada naquela ocasião e teve que ser levada para o St. Mungus para...
- AVADA KEDAVRA.- gritou a bruxa, apontando a varinha para algo atrás de um carro abandonado. Eles correram até ele e viram o corpo inerte de um cachorro vira-lata.
- Podia ser um espião.
- Estamos seguros aqui, nesse lugar. Ninguém bruxo vem.
- Então, continue- disse, guardando a varinha nas vestes.
E Severo contou a historia, mas com poucos detalhes, apenas o necessário. Quando terminou, ambos já se encontravam no centro da sala da mãe do professor.
- Você fez tudo isso? – perguntou a puro sangue, chocada.
- Sim.
- Não sei o que dizer. Nunca pensei que pudesse levar tão a sério sua vingança contra os marotos. Se superou dessa vez.
Snape lhe lançou uma cara de tédio. Umas das portas se abriu e dela Rabicho saiu, carregando uma pilha de roupas sujas. Andava reclamando. Belatriz se dirigiu a ela.
- Ei, você. Traga-me um chá.
Ele parou no meio de seu trajeto e se voltou para a dupla.
- Por que você não faz? Caso não tenha visto, estou ocupado.
- Oh, Rabicho eu vi. Mesmo assim eu te ordeno!- falou com autoridade.
- Não vou te obedecer! Só atendo ao Lord.
- Como queira.
Numa fração de segundos, Lestrange lançou um raio laranja contra Pedro. O feitiço o atingiu bem nas nádegas e com a dor saiu em direção à cozinha, espalhando pelo chão as roupas, com as mãos segurando o traseiro.
- Continue Severo.
Este fitou desconfiado a porta na qual o animago saíra.
- Ele já foi – disse Lestrange olhando para a mesma direção.
- Ele é um traidor, temos que tomar cuidado.
- Sim, mas prossiga. O que vai ser agora?
- Humm...já disse. Quero ter todos os direitos de um homem num relacionamento de casal. E depois ....quem sabe?
- Pretende assumir algo sério?
Snape bufou.
- Definitivamente, Azkaban te enloqueceu.
- Não fuja do assunto. É claro que não assumiria nada. Você sempre sai de algum problema usando seus talentos de persuasão, afinal fez isso quando o Lord perdeu tudo.
- Você não muda- afirmou o professor, sorrindo ironicamente para a acompanhante- Mas com relação ao compromisso acertou. Eu não assumiria nada. Nunca deixaria de servir ao Lord, ainda mais por ela.
- O que vai fazer quando voltar para Hogwarts?
- Provavelmente colocar os assuntos em dia com Dumbledore, corrigir algumas tarefas...
- Não se faça de imbecil. O que será da Tonks perguntei.
- Bem, vou explicar a ela que fui atacado em Hogsmeade, o que foi verdade. Em seguida darei mais uma dose de Amortentia. Tenho um caldeirão cheio no meu escritório.
- Mas é o intervalo que você deve dar a ela a poção?
- A cada três semanas. Senão perde o efeito.
- Humm....bem, então acho que vai conseguir.
- Tenho certeza, agora, se me permite vou me trocar para o jantar.- e o professor saiu, subindo as escadas.
Bela permaneceu na sala por alguns instantes, encarando os móveis envelhecidos pelo tempo. O que ambos não sabiam era que durante a conversa, Rabicho estava lá, ajuntando as roupas sujas no chão. Quem diria que um feitiçozinho lançado pela puro sangue nele seria tão útil....





Tonks voltava para seu apartamento depois de uma longa caminhada por Hogsmeade. Finalmente, depois de mais de um mês de desempregada, conseguiu trabalho. Não era exatamente como de um auror. Na verdade, nada tinha a ver com auror. Conseguira um emprego de vendedora na Zonko’s. Seu salário era pouco, porem era melhor que nada. Possuía uma grande dívida com sua mãe por causa da Pedra Ônix. Se surgisse uma oportunidade melhor na área profissional....tantos anos de estudo para auror e agora isso não servia para nada. Ao menos, ficaria próxima de Snape e poderia fazer uma cobertura melhor na segurança da escola. E de quem era a culpa de ter sido despedida no Ministério? Lupin, é claro. Tudo isso por ele ser um lobisomem. Nunca devia ter se envolvido com ele. Agora, pagava o preço disso. Se houvesse pensado em Severo antes... sua vida teria sido muito melhor.
Decidiu ir até Hogwarts para saber notícias de seu amado, pois desde de que sumira não conseguia dormir direito. Será que lhe acontecera algo? Será que estaria morto? O estomago da moça se revirou....não agüentaria isso. Morreria junto com ele.
Estava fechando a porta de seu apartamento, quando alguém aparatou em sua frente: Pedro Pettigrew. O assusto foi imenso, tanto que a metamorfomaga tropeçou em seus pés, mas por sorte se apoiou na parede para não cair.
- Calma, só quero conversar. – falou Rabicho.
Nesse instante um jato azul saiu da varinha de Ninfadora e não acertou o animago por muito pouco.
- Seu rato imundo, assassino.
- Eu vim em paz. Tenho que lhe contar algo.
Um feitiço acertou o servo do Lord na mão anteriormente mutilada. Ele soltou um gemido e empunhou sua varinha também para se defender.
- Escute, tenho que lhe contar algo. É sobre o Snape, se estiver interessada. Não se pergunta o motivo de ter desaparecido?
A garota engoliu em seco. O que aquele cara poderia saber sobre Severo?
- O que você sabe sobre Severo?
- Vim aqui abrir seus olhos.
- O que você disse?
- Isso mesmo, pensei que seria bom eu te contar sobre o que o seu adorado Severo faz.
- E o que ele faz?- perguntou a moça com os braços cruzados, entediada.
- Ele lhe dá uma poção do amor, só isso.- comentou como se fosse pouca coisa.
Ela jogou o pescoço para o lado direito e aos poucos sua boca fez um sorriso, que aumentava a cada segundo. Depois de um tempo, ele se transformou numa gargalhada. Pedro a observava, abobado. Por que ela fazia isso? Quando o ataque de riso cessou, ela prosseguiu.
- Que piada! Acho que não está cumprindo as ordens do seu Amo corretamente e tem sido torturado tanto que seu cérebro foi afetado.
- Talvez não acredite, mas ouvi uma conversa entre seu “amorzinho” e Belatriz.
- Claro que ouviu. – falou com uma voz sarcástica.
- É sério. Ele apenas quer se aproveitar de você e larga-la depois.
- Vem cá. Por que está me dizendo isso? Por que está prejudicando Snape?
Foi a vez de Rabicho engolir em seco. Fazia tudo aquilo pois queria se vingar de Snape. Dos maus tratos, da arrogância, da preferência do seu Senhor. Queria acabar com ele.
- Não te interessa. – respondeu.
- Sei. Se já acabou, faça o favor de deixar minha casa senão...- ela empunhou a varinha.
- Está bem, mas lembre-se do que lhe falei.
E o bruxo desaparatou.
A moça ficou perdida em seus pensamentos ali mesmo. Pedro era a segunda pessoa que afirmava tal coisa. Impossível....Severo jamais faria algo contra ela. Ele a amava, disso sabia. Salvara sua vida mais de uma vez... e Lupin também. Por algum motivo, o estomago de Tonks se contraiu ao pensar no ex. Não, Remo era página virada em sua vida, embora Snape não fosse flor que se cheire. Talvez ele...a metamorfomaga sacudiu a cabeça freneticamente, como se quisesse afastar de si uma mosca que voava em torno dela. Seu amor seria incapaz de engana-la...nunca, nunca, nunca faria isso. Continuou a fechar a porta de seu apartamento e rumou para Hogwarts.




O inverno já não estava tão rigoroso como antes. De vez em quando, tímidos raios de sol se encontravam no telhado da Escola de Magia e Bruxaria. A neve aos poucos derretia e formava pequenas poças d’água. A própria Hogsmeade parecia ter mudado de visual com o fim da estação. Tonks aparatou na frente dos portões de Hogwarts e mandou um patrono avisar alguém do castelo que queria entrar. Ao conjurar a proteção contra dementadores, notou que o animal quadrúpede e grande, que aparecia desde a morte de seu primo, surgiu ao pensar “Expectro Patronum”. Era estranho...não amava Lupin mais. O vulto lobisomem deveria ter mudado de forma novamente, pois estava apaixonada por Severo. O que Ninfadora não sabia era que no fundo de seu coração amava Remo, porem a poção do amor a impedia de enxergar isso. Hagrid veio atende-la e convidou-a para entrar.
- Como vai Ninfadora, faz muito tempo.
- É verdade Hagrid. Dumbledore se encontra?
- Não, acho que teve que sair para resolver algumas coisas com Scrimgeour. Mas logo volta, vem esperar na sala dele.
- Como está tudo por aqui?
- Na mesma. Com poucas novidades. Quem tem novidade é você, não é mesmo?
- Eu?
- Sim. Fui na Zonko’s mais cedo hoje e me disseram que vai trabalhar lá agora. Parabéns pelo emprego.
- Obrigada. Não é o trabalho que sempre almejei ,contudo não tenho muita opção.
- Agora poderá ficar na segurança novamente com a gente.
- É. Escuta Hagrid. Onde está Snape? Não o vejo a duas semanas.
- Você não soube? Ele foi atacado por um Comensal.
- O QUÊ? – gritou Tonks, parando de andar.
- Shhhhhiiii.....quieta. Os alunos estão comendo no Salão Principal, vão te ouvir.
- Hagrid, por favor, me conte o que aconteceu.
- Calma Ninfadora.- Tonks nem se deu ao trabalho de corrigir o uso de seu primeiro nome porque estava desesperada por Snape. -Parece que um Comensal o atacou em Hogsmeade, por sorte ele conseguiu se recuperar e escapou, mas sua saúde foi afetada. Ele mandou uma carta para o Prof. Dumbledore avisando que está tudo bem.
- Onde ele está?
- Não sei. Ele não disse para ninguém saber, contudo garantiu que voltaria logo.
- Não acredito, por que ninguém me avisou?- perguntou ela nervosa.
- Bem, porque faríamos isso? Pensamos que você não tinha tanta amizade com ele assim- ele ergueu uma sobrancelha. Quase nenhuma pessoa sabia de seu envolvimento com o professor.
- Sou da Ordem, quero saber o que acontece.- disfarçou.
- O diretor achou melhor manter sigilo. Dissemos aos alunos que Snape foi viajar com urgência e Olho Tonto está no seu lugar. Receio que não vá ficar muito tempo, ele não quer assumir o cargo.
- Não acredito, não acredito. Não devia ter deixado ele sozinho voltar para a escola. Devia ter ido com ele.- Comentou ela, deixando escapar algumas lágrimas.
- Ninfadora, você o viu naquela noite?
- Foi, o cumprimentei no sábado, que era seu aniversário.
- Viu algo?
- Não, saí antes dele.
- Calma Tonks. Ele se recuperou. Pronto...chegamos. Pode esperar o Prof. lá em cima. Ordem da Fênix.
A gárgula, que impedia a entrada para a sala de Alvo, se desviou para o lado, revelando uma escada em espiral, na qual Tonks subiu sozinha. Hagrid voltou para o Salão Principal.
A moça chegou no andar superior e se deparou com a porta fechada. Enxugou o rosto e entrou no lugar. Aqueles objetos de prata nos mesmos lugares, livros e mais livros nas prateleiras, os quadros estavam todos acordados olhando para alguém sentado de costas para a porta. Tonks se aproximou um pouco do outro visitante ate que...finalmente reconheceu os cabelos castanho-claros daquele homem.
- Sr. Lupin?!
O homem se virou e aqueles belos olhos castanhos encararam os verdes dela ( sua aparência voltara a recusar a metamorfomagia depois do sumiço de Snape). Sr. Lupin? Desde quando ela o chamava assim? Senhor era tão formal...nem parecia que ambos já tiveram um filho juntos. Eles se olharam por quase um minuto. Algo dentro dela queria faze-la correr até ele e o beijar como a tempo não fazia, porem era impedida pela Amortentia. Remo se levantou e a cumprimentou como ela o fez:
- Como vai, Srta Tonks?
- Bem, vejo que veio falar com Dumbledore também.
- Sim, me mudei da aldeia de lobisomens. Agora moro com meu tio Gerald Lupin. Vim comunicar isso ao diretor. Se Grayback me encontrar...- ele baixou a cabeça deprimido. Era incrível como a conversa estava fria.
- O quê?
Remo a encarou.
- Ele acabará comigo. Depois do que eu fiz...
- E o que você fez?
Ele ergueu uma sobrancelha. Alguém dos quadros pigarreou.
- Sua prima não lhe contou?
Nesse momento, caiu a ficha em Tonks.
- Por falar nela, soube que vocês andaram se metendoaonde não é chamado. Quem lhe deu permissão? Alguma vez fiz isso com você?
O lobisomem se calou. Que direitos ele tinha? Como ela mesmo disse uma vez, não eram namorados, noivos, casados, amantes, nada. Aquilo não era de sua conta.
- Você está certa.
- Que bom que entende. Não pense que só porque tivemos um filho você pode se intrometer na minha vida.
Uma diretora de um dos quadros murmurou “Que absurdo!Eles nem são casados para terem um filho.”
- Desculpe, eu errei- Lupin hesitou- Mas você tomou uma poção...
- Do amor?- Ninfadora o interrompeu.- Já me disseram.
- Ah- ele preferiu não insistir. Pelo visto, sua amada não acreditaria.- Como vão você e Snape?
- Mais ou menos, nós...- ela piscou. Pensou por um instante numa idéia, até que a indagou- Foi você! Foi você quem atacou Severo. Como não pensei nisso antes? Foi você Lupin!
- Do que você está falando?
- Não finja! Foi você quem atacou Severo e não um Comensal. Ele te encobriu, quis tirar a sua culpa para não te prejudicar. Como pôde fazer isso?
- Não fui eu. Nem sabia que Snape foi atacado.
- Mentiroso!
- Ninfa..escuta..
- NÃO ME CHAME DE NINFA DE NOVO. FOI VOCÊ QUEM COMEÇOU COM ISSO. QUEM QUIS TERMINAR TUDO? EU SEI O QUE ACONTECEU. VOCE NÃO GOSTOU DE EU TER TE ESQUECIDO POR ISSO TENTOU ATRAPALHAR TUDO COM SEVERO. – Tonks chorava novamente e berrava.
- Calma, eu juro que não foi assim. Calma, Ninfa.
- Eu te conheço. Sempre tentando me afastar dele- ela diminuiu o tom de voz pois perdera a força e murmurou – Eu não sou mais sua Ninfa.
Lupin se sentou novamente e cobriu o rosto com as mãos. Ele não a merecia. Um lobisomem em seu lado só traria problemas. Fez tudo aquilo porque a amava demais. Com relação ao uso da poção, era totalmente contra.
- Só não admito que diga que o ataquei. É verdade que tivemos uma briga, mas não o fiz desaparecer e nem sei como isso aconteceu.
- Ah, então vocês brigaram! Confesse tudo logo!
- Me escute Tonks – ele se ergueu. Não deixaria ela falar assim com ele.- Não tive nada a ver com isso. Quem sabe o que realmente se passou? Quem sabe se foi atacado mesmo? Não seria a primeira vez que ele...
- Está chamando-o de mentiroso?
- Bem, não seria a primeira vez que...
- Está chamando-o de mentiroso?
- Estou.
Na hora, Ninfadora foi até ele e lhe deu uma bofetada bem na face esquerda do rosto. Ele nem conseguiu distinguir seus dedos, só sentia a dor incomoda.
- Espero que agora aprenda a respeitar um pouco mais Severo. Adeus.
Ela girou os calcanhares, rumou direto para a porta e a bateu com força. Dois minutos depois, Remo fez a mesma coisa, porem não foi atrás dela, e sim para a casa.
- Uma das vantagens de estar aqui é que podemos presenciar os barracos. – comentou um dos diretores nos quadros.


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N/a: Gente toh com muita pressa aogra....postei pq nao queria ficar mais d uma semana sem atualizar............

Fernanda, Cici e Clara ( seja bem vinda !) Obrigada por tudo...prometo q da proxima faço um agradecimento melhor........me perdoem

Beijos e obrigada meninas, d verdade.

Gude Potter

PS: Vcs perceberam q a poçao está perdendo o efeito com a Tonks?

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