Na casa dos Prince



Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!
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Cap. 03 – Na casa dos Prince.

Em seu esconderijo Harry sai do banho e encontra uma lontrinha na mesa de cabeceira, numa letra bem feita e miudinha, não entende porque sua amiga escreveu só para pedir que ele lesse o jornal do dia seguinte. Pede a Edwiges que vá ao correio mais próximo e volte com um Profeta Diário Londrino. Ele aguarda ansioso a volta da coruja, pensando no que seria tão importante para Hermione querer que ele tivesse um exemplar, vê a coruja pousar no peitoril da janela e corre para apanhar o jornal e lá está, na primeira página, uma notícia que o deixa extremamente feliz:

MAIS UM COMENSAL DA MORTE CAPTURADO

“Esta noite mais um comensal da morte foi capturado. O bruxo que atende pelo nome de Pedro Pettigrew considerado morto há pelo menos 17 anos foi capturado ontem por um velho amigo de Escola o Professor Remo Lupin na cidade de Madri – Espanha. Segundo Lupin, não teve problema em capturar o bruxo, pois este já havia sido nocauteado por uma bruxa que prefere não se identificar. Ele estava torturando um bruxo para arrancar-lhe informações e foi surpreendido pela bruxa que o reconheceu e imediatamente avisou ao ex-colega de turma do próprio Pettigrew.

Pettigrew vai ser julgado por vários crimes ligados a ações dos que se autodenominam Comensais da Morte. Também responderá por ser um animago ilegal e por ter fingido sua própria morte para incriminar o já falecido Sirius Black. Pettigrew teve sua varinha partida e se condenado pode pegar de 60 a 150 anos de prisão, ou seja, no seu caso prisão perpétua, mas temos esperança de que de acordo com o tamanho das atrocidades que veio cometendo, seja condenado a morte, essa sim será uma boa sentença.”

Harry terminou de ler a notícia e sorriu. Agora um dos traidores já estava preso, só faltava mais um e ele tinha certeza que Hermione iria encontrá-lo facilmente, ele e Rony tinham conversado após se despedirem dela e reconheceram que de todos eles, ela era a mais excepcional e a mais sensata. Nenhum dos dois poderia ter vivido esses seis anos sem tê-la por perto, simplesmente ela era sua confidente, mais que uma irmã e para Rony ela era e sempre seria seu grande amor.

*
*
*

Hermione já havia voltado a Londres e estava no correio trouxa procurando lugarejos com a rua indicada pelo senhor Pontes, tinha encontrado vários lugares e os eliminava de acordo com a localização. Sabia perfeitamente como seria um esconderijo para um bruxo discreto: Uma cidade trouxa, quase abandonada, onde os moradores fossem reservados e cartas pouco destinadas, o lugar ideal para quem não queria chamar muita atenção para si próprio.

Descartou de cara todos os bairros das grandes metrópoles e se concentrou nas pequenas cidades, uma em particular lhe chamou atenção e seu coração acelerou essa sim era uma cidade com a cara de Severo Snape, no meio de um vale. Agradeceu ao funcionário e saiu de lá. Procurou um local sem movimentação e desaparatou.

Estava próximo de uma usina desativada e mesmo sendo verão um vento frio passou por ela, fazendo todo seu corpo se arrepiar, desde que saiu nessa missão essa foi à primeira vez que sentiu o medo invadir-lhe, mas essa não era a hora de recuar, continuou caminhando por algumas ruas estreitas e sujas, até chegar a uma rua onde uma plaqueta tão suja quase não deixava ler o nome, mas ela conseguiu enxergar que era a rua que procurava.

Sacou a varinha e segurou-a entre a capa para não chamar atenção, apesar de não haver não ninguém por perto. Andava olhando as casas com bastante atenção, não sabia qual delas era a casa dele, procurava por algum sinal que indicasse que em alguma dela morava um bruxo. Seguiu andando pelas casas até chegar à última da rua, que estava com todas as cortinas fechadas e uma luz esverdeada saía pela fresta embaixo da porta.

- É essa! Encontrei.

Muito cautelosamente se aproximou e tentou encontrar uma fresta em alguma cortina, mas não havia nenhuma, apurou os ouvidos para ouvir algum ruído e também não ouviu som algum.

- Deve ter saído. Pensou ela.

Criou coragem, engoliu seco, apontou a varinha para a fechadura e murmurou:

- Alohomora! Nada aconteceu.

- Claro sua idiota, ele é um comensal, não iria deixar fácil pra você.

Resolveu dar uma geral por fora da casa e observar alguma movimentação no interior.

- Ah, Harry, como gostaria daquela sua capa agora.

Escondeu-se atrás de uma sebe maltratada, de onde via perfeitamente a porta e poderia ouvir algum ruído. Estava tão concentrada nisso que não percebeu alguém aproximar-se por trás de si. No momento seguinte Hermione sentiu uma mão pesada a segurar pelo pescoço e suspendê-la do chão.

- Carne! Hummm que maravilha!

- Largue-me. - Ela falou com sua voz sufocada. Pôde ver o rosto de quem a segurava, era Fenrir Greyback, tentou gritar, mas dessa vez sua voz não saiu, o aperto já estava forte demais. Como da vez em que esteve em Hogwarts, não estava transformado, mas sua crueldade ultrapassava o dia de lua cheia, atacava sempre que queria.

- Procurando algo? - Perguntou enquanto cheirava sua pele como um lobo cheira sua presa. - Ah, não pode falar não é mesmo. - E soltou Hermione de uma vez no chão. Ela caiu por cima do braço e lágrimas desceram de seus olhos por causa da dor.

Ela se encolheu contra a parede da casa e novamente ele a suspendeu pela garganta.

- Você será uma linda lobinha, adoro sangue novo. E escancarou os dentes para mordê-la, nesse momento ela viu um lampejo de luz prateada e a última coisa que sentiu antes de desfalecer foi que um homem de cabelos pretos a colocou em seus braços.

Severo Snape olhou o Lobisomem caído no chão com ar de repugnância. Carregou Hermione para o interior da casa e a levou até um quarto no andar de cima.

- Judithe! - Chamou.

Na mesma hora um elfo doméstico apareceu aos pés da cama em que se encontrava a jovem bruxa.

- Sim, meu amo. Judithe está aqui.

- Vê esta jovem? Quero que cuide dela, veja o que precisa e vigie-a, assim que acordar vá chamar-me. Estarei lá embaixo resolvendo uns assuntos e volto para vê-la.

- Sim, senhor, Judithe vai cuidar da moça.

Severo desceu as escadas e dirigiu-se para fora, onde o lobisomem ainda estava paralisado.

_ Enervate!

Greyback levantou e olhou para Snape a sua frente, ele parecia simplesmente furioso.

- Quem lhe deu permissão de vir a minha casa sem ser convidado?

- Alguém deu aquela garota?

- Não mude o assunto Fenrir, não sou nenhum daqueles tolos com quem está acostumado a tratar. Porque estava aqui?

- O Lorde das Trevas me enviou.

- O Lorde, não precisa mandar ninguém aqui, quando quer falar comigo, dirige-se a mim diretamente.

- Ele queria que viesse ver se a jovem já estava aqui, a informante dele no Saint Mungus disse que um velho bruxo fora levado pra lá e ela consegui que ele dissesse que a moça esteve procurando por você e ele havia falado que procurasse por aqui.

- E ele não podia me falar isso?

- Está tratando outros assuntos agora. Não leu o jornal hoje?

- Tenho coisas muito mais importantes do que ler aquelas baboseiras que aquele jornal idiota escreve, e se você já viu o que queria suma daqui.

- Pettigrew foi capturado. Todos estão aguardando alguma notícia, aquele rato sempre foi um traiçoeiro, pode querer dá com as línguas nos dentes e entregar todos, o Lorde quis cuidar disso pessoalmente.

- Terminou?

- Não está preocupado? Ele não morava aqui? Sabe muito bem onde você se esconde.

- Não estou preocupado se é o quer saber, confio tanto nele quanto em você. Pra mim nem ratos nem lobisomens são grande coisa. Se terminou, tenho muito mais coisas para fazer agora.

Greyback lançou um último olhar na direção da casa e foi embora. Snape entrou e ficou andando de um lado para o outro da sala.

- Maldição, era só o que me faltava agora, aquele inútil do Pettigrew ser preso! Agora terei que ir embora agora mesmo! E aquela intragável não acordou ainda. Como posso ir? Droga! Dumbledore, ainda iremos acertar nossas contas pelo que esta me fazendo passar!

Andava de um lado para o outro da sala. Nervoso. Esbarrou em algo pequeno e soltou um palavrão.

- Perdão meu senhor, perdoe Judith, ela só veio avisar ao senhor dela que a jovem acordou.

- Obrigado, Judithe. Eu já estou indo vê-la. Quanto a você providencie mantimentos para uma longa viagem, vamos passar um tempo na cabana, arrume tudo sim?

- Sim meu senhor. Judithe arruma tudo.

Snape ainda hesitou antes de subir as escadas, entrou no quarto onde Hermione descansava, a garota estava sentada na cama com as costas apoiada numa almofada e olhou para ele quando entrou, ainda estava pálida, havia algumas marcas vermelhas em seu pescoço. O braço já estava curado.

Ficaram se encarando alguns segundos, os olhos castanhos dela tinham uma expressão fria e de desprezo enquanto que os dele simplesmente a olhavam com preocupação. Sentimento que há muito tempo havia deixado sua mente. Ele decidiu quebrar o silêncio.

- Senhorita Granger, não há esperava tão cedo, desculpe pela recepção que teve, pretendia algo bem mais humano para sua recepção.

- Não diga. - Ela pôs o maior tom sarcástico que tinha. - Já eu esperava por algo muito pior.

- Não pareceu que esperava. Estava quase sendo mordida quando me aproximei.

- Estava preparada para você, não para aquilo. Mas eu devia ter adivinhado que suas companhias são lastimáveis.

- Vejo que não deixou de ser a mesma arrogante de sempre, salvei sua vida e ainda ousa me afrontar.

- Não pedi para me salvar. Teria me poupado de olhar para sua cara de traidor.

- Como ousar falar comigo nesse tom? Esqueceu que está na minha casa?

- Falo com você no tom que quiser, perdeu todo o respeito quando fez o que fez, se é que você ainda tinha algum.

- Suponho então, que tenha vindo até aqui saber da verdade?

- Verdade? Nunca ouviu dizer que contra fatos não há argumentos? Não vim até aqui para ouvir nenhum conto da carochinha vim para me vingar de você.

- E o que eu fiz contra a senhorita para querer se vingar de mim?

- Alem de ter nascido? Você não precisa que uma intragável “sabe-tudo” lhe lembre o que fez não é mesmo? Deve estar tudo gravado na sua mente. O que fez não afetou só a mim, mas a todo mundo bruxo.

- Senhorita Granger, eu realmente vou apreciar discutir certos assuntos com a senhorita, mas não agora. Todos esses anos eu nunca aturei você nem seus amiguinhos, mas admito que entre vocês, você é a mais sensata e vai querer saber alguns fatos antes de fazer um julgamento errôneo de mim. Depois, quem sabe, posso deixá-la se vingar.

- Julgamento errôneo? Em qual sentido?

- Porque não escuta a história Granger... tsc tsc... Está me decepcionando... Sempre foi tão sensata.

- Não custa nada mesmo escutar, afinal não tenho outra opção. Mas não espere que eu vá acreditar.

- Ótimo então, onde estão suas coisas? Vamos fazer uma pequena viajem.

- Não sabia que prisioneiros viajavam... Achava que eram trancafiados em algum “local apropriado”.

- Após escutar o que eu tenho a dizer você me diz o que acha que é. Por enquanto vamos buscar suas coisas, partimos em dez minutos.

- Eu não confio em você, não vou a lugar nenhum!

- Você não está em condições de decidir, Granger, portanto prepare-se passaremos aonde estão suas coisas, ou se preferir pode ficar sem carga nenhuma assim não tenho tanto trabalho.

Ele deu meia-volta e saiu do quarto. O olhar de fúria que ela lhe lançou não foi visto, mas as vibrações do sentimento puderam ser sentidas.

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