Capítulo 12



DESTINOS ENTRELAÇADOS


Autora: Rosana
Revisora: Marjarie

Capítulo 12


Quando o trem chegou na estação de King Cross, Harry e os outros encontraram uma pequena surpresa. Na verdade, uma não muito boa na visão do garoto.
Tonks e Lupin esperavam os garotos a um canto da Estação, meio fora de vista dos outros alunos, para não chamarem muita atenção.
- Olá. – Tonks os cumprimentou.
- Boa viagem? – Lupin perguntou ao ajudá-los com as bagagens.
- Muito boa. – Rony respondeu dando uma risadinha quando viu Draco desembarcando.
Na entrada da estação um carro com dois bruxos mal encarados os aguardavam.
- Guarda-costas. – explicou Lupin.
A viagem transcorreu naturalmente, ainda que feita numa velocidade anormal, até mesmo para os padrões de Harry que estava acostumado a andar de Nôitibus.
- É para desviar de algum possível perseguidor. – explicou Tonks, ao ver a cara de espanto dos garotos.
- Você não acha que eles sabem que vamos para a Toca? – Mione perguntou depois de bater a cabeça com força no vidro quando o motorista fez uma curva muito fechada.
- Podem armar alguma cilada no caminho. – Lupin falou à garota.
Cassie aparentemente era a que mais se divertia jogando o corpo com força de um lado para o outro, como as crianças fazem quando estão entediadas trancadas dentro de um carro. Black que não estava gostando do balanço, escorregava a cada curva fechada, no bagageiro do carro.
- Agüenta aí, amigão. – Cassie disse ao animal tentando dar um tapinha na cabeça dele, mas o carro fazendo uma curva fechada, tornou seu feito impossível.
- Como você consegue se divertir? – Mione perguntou meio irritada.
Cassandra deu uma risada divertida.
- Li Pollyana quando era menor. – foi a explicação marota.
Rony e Gina não entenderam a referência, o que fez Cassie virar-se para eles dizendo:
- Pollyana era uma garotinha que não tinha uma vida muito fácil, mas ela aprendeu a ver o lado positivo em todas as coisas ruins que lhe aconteciam. Garota esperta. Ensinou-me que a vida é cheia de encantos, até nas coisas ruins.
- Realmente Pollyana era uma garota muito esperta. – Lupin disse ao ouvir a garota.
- Parece ser muito sábia também. – Gina falou de forma interessada. – Gostaria de ler o livro algum dia.
Chegaram à Toca ainda discutindo o livro que Cassandra lera na infância. Todos desceram do carro aliviados, ou melhor nem todos.
- Nossa, você é muito bom no volante. – ouviram Cassie dizer ao motorista. - Você poderia vir nos buscar na volta.
- Não! – foi o coro de vozes aflitas.
- Mal-humorados. – a menina resmungou conseguindo arrancar um quase sorriso do motorista.
Black saltou do carro aliviado quando Harry abriu a porta do bagageiro, deitou-se no chão soltando um profundo suspiro.
- Vocês não são aventureiros. – Cassie reclamou com os amigos.
- Se isso é aventura eu não sei o que é maluquice. – Gina falou.
Começaram a caminhar em direção à casa, com Cassie observando tudo a sua volta. A Toca, meio torta e acrescida de cômodos como se estivessem empilhados, causou-lhe uma impressão favorável, bem diferente do castelo enorme em que crescera, frio e sem calor.
A porta abriu-se nesse momento, aparecendo por ela o irmão Weasley mais velho.
- Vocês chegaram rápido. – ele disse surpreso.
- Se tivesse que ficar mais um pouco naquele carro, teria passado mal. – Rony falou parecendo estar meio verde.
Carlinhos cumprimentou um por um dos garotos até que Cassandra, entrando por último, ganhou um abraço apertado do amigo.
- Ei princesa, você fez falta esses meses.
Cassie deu risada retribuindo o abraço.
- Também senti sua falta e dos meninos.
- Que meninos? – Rony perguntou curioso.
- É como a Cassie chama os dragões.
- Sei, meninos. Só você mesma para chamar aqueles monstros de forma carinhosa.
Harry teve que desfazer a cara emburrada ao ter visto a maneira carinhosa de Carlinhos cumprimentar Cassie, pois a senhora Weasley entrava nesse momento na sala abraçando e beijando os filhos, e dando mesmo tratamento a ele e Mione.
- Mãe. – chamou Carlinhos. - Essa é Cassandra.
- Olá querida, seja bem vinda à Toca.
- Obrigada, senhora Weasley. Espero não estar me intrometendo no Natal da família.
- O que é isso menina, você é amiga de meus filhos, e não poderia de jeito nenhuma passar o Natal sozinha. Além do que, parece que tem um compromisso no Ministério não? Arthur a levará. – falou dando um tapinha no ombro dela. – Vamos para a cozinha, preparei um lanche para vocês. Harry querido, você está meio magro. – ela falou tomando o rumo da cozinha.
Cassie rapidamente olhou para o garoto, achando-o meio pálido mesmo.
- Está mesmo. – ela disse aproximando-se dele. – Não dormiu direito? – perguntou olhando-o de baixo, já que era bem menor que ele. Ergueu-se nas pontas dos pés encarando-o quase encostando os narizes. – Você não me disse que não estava bem.
- Quer parar com isso? – ele disse colocando as mãos nos ombros da menina para que ela se abaixasse. – Estou bem. A senhora Weasley tem a mania de me encher de comida sempre que venho aqui.
- Ela está certa. – Cassie falou puxando-o em direção à cozinha, sendo acompanhados por um Rony que não parava de tirar sarro no amigo, dizendo que ele arrumara duas mães agora.
- Você está gostando de Hogwarts? – Carlinhos perguntou sentando-se à frente de Cassie.
- É melhor que em Scarisoara. – ela respondeu enquanto colocava pãezinhos no prato de Harry. Tão empenhada estava em fazê-lo comer, que amontoou uma pequena pilha.
Harry deu um suspiro frustrado quando ela bateu-lhe na mão na tentativa de tirar alguns dos pãezinhos. Hermione e Rony abafaram uma risada.
- Rabo Córneo sentiu a sua falta. – Carlinhos falou tentando não dar risada das atitudes de Cassie para com Harry.
- Ah ele é uma graça mesmo. Black também sentiu falta dele.
- Você está zoando né? – Rony disse de olhos arregalados.
Cassandra e Carlinhos deram risada, e o rapaz começou a contar que o dragão mais feroz da coleção, para espanto de todos, adorava Black. O cachorro não deu o menor sinal de medo ao entrar inadvertidamente no cercado, e Rabo Córneo aceitara o animal estranho e nada fizera contra ele, era o único que conseguia se aproximar do enorme dragão.
- Caramba. Esse cachorro é bem corajoso mesmo. – Rony falou olhando pela janela vendo Black correr atrás dos pequenos gnomos. Bichento que já fazia isso há alguns anos apenas ficou olhando deitado à vontade debaixo de uma árvore.
- Por que você decidiu ir para Hogwarts? – Carlinhos perguntou de supetão o que Cassie mais temia.
Ela levantou o olhar para ele, já tinha pensado numa resposta, mas assim de repente as palavras simplesmente sumiram de sua cabeça. Ainda mais por todas as atenções estarem voltadas para ela. Foi salva pela entrada de um senhor na cozinha, provavelmente o senhor Weasley, que cumprimentou a esposa, filhos e convidados.
- Você deve ser Cassandra. – falou sentando-se à cabeceira da enorme mesa.
- Sim senhor.
- Temos um compromisso no Ministério não é?
- Sim. O senhor sabe onde eu devo ir?
- Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos. Engloba registros de nascimento, casamentos e óbitos.
- Sei.
- Talvez você precise de uma testemunha.
Cassie se surpreendeu. E essa agora?
- Sério? Duvido que meus avós sirvam. – falou pensativa.
- E Dumbledore? – Harry perguntou.
- É, ele sabe da verdade, mas não gostaria de incomodá-lo.
- Mais ninguém? – o senhor Weasley perguntou.
Cassandra abaixou a cabeça, quando se lembrou de outra testemunha impossível.
- Snape. – falou em tom resignado.
- Melhor esquecê-lo. – Rony disse. – Duvido que ele a ajude.
- Eu tenho certeza. E agora senhor Weasley?
- Que tal pedirmos ao professor Dumbledore uma carta com seu testemunho. Deve ser válido não? – Mione perguntou para o Senhor Weasley.
- Excelente idéia Mione. O que seria de nós sem você! – Rony exclamou passando o braço pelos ombros da garota dando um leve aperto, ao que ela ficou rubra ante o elogio inesperado.
- Concordo. Muito boa idéia. Vou escrever para ele depois. – o senhor Weasley disse.
- Não precisa senhor Weasley. Eu mesma escrevo. O senhor já vai fazer muito em me acompanhar. – Cassie falou.
O bruxo disse que não seria trabalho nenhum mas, por fim, concordou com ela.
A conversa generalizou pela mesa, com as meninas combinando de irem até o Beco Diagonal para comprarem os presentes de Natal. A senhora Weasley não estava muito contente com os planos, mas Lupin a tranqüilizou dizendo que ele e Tonks serviriam de guarda-costas.
Cassie não teve muito tempo de folga, pois Carlinhos voltou à carga perguntando porque ela mudara de escola. A conversa antes alta, esmoreceu na mesma hora. Todos curiosos de saberem os reais motivos da menina ter saído de casa.
- Bom, realmente se tornou impossível viver no castelo depois que eu soube do Sirius. – ela falou meio nervosa pela mentira, retorcia as mãos em baixo da mesa, quando Harry as segurou. Ela olhou-o sentindo-se culpada. Devia contar, tinha que contar, mas por um momento ficou insegura da reação dele.
- Seus avós não gostavam muito dele não é? – Lupin perguntou.
Cassie olhou-o, só nesse momento percebendo que Lupin e Sirius haviam sido amigos de infância.
- Você sabe porquê? – ela perguntou.
- Na verdade nós nunca entendemos a raiva dele. Imaginávamos que fosse porque Cibelle era filha única. Ciúmes de pai protetor.
- Era mais do que isso. - Cassie disse baixinho.
- É. Mas o que seria? – Lupin perguntou a ninguém em particular, com o olhar perdido. Saber ser o único remanescente do antigo grupo de amigos cortava-lhe o coração. Pettigrew não contava mais.
Olhou Harry e Cassandra, lado a lado. Como o destino unira esses dois adolescentes. Sorriu, um brilho no olhar trazendo de volta o Lupin dos bons tempos. Imaginou o que os amigos diriam se vissem os filhos juntos. Porque sem dúvida eles estavam juntos.
Carlinhos não ficou satisfeito com a resposta de Cassandra, conhecia a garota desde os 11 anos e sabia quando ela mentia. O que ela estava escondendo? Fosse o que fosse ela lhe contaria se precisasse de um ombro amigo.
Sorriu lembrando de quando a conhecera. Uma garotinha pequenina, de longos cabelos, peralta e esperta tentando pegar um dragão não muito dócil. Vira na pequena a irmãzinha que deixara em casa e adorava. Adotara-a de imediato, ainda mais por perceber como agiam estranhamente os alunos da escola perto dela, e por em casa ela não ter o mínimo de consideração da família.
Cassie soubera guardar seu segredo muito bem, não contara sobre Sirius, e isso ele lhe perguntaria mais tarde.
Levantou-se da mesa fazendo um sinal discreto para ela segui-lo. Cassie pediu desculpas e disse ter assunto de meses para colocar em dia com Carlinhos. Harry fechou a cara na hora, morrendo de vontade de segui-la.
- Ela não gosta de homens mais velhos, lembra meu camarada? – Rony disse a Harry, o que causou um coro de risadas de Gina e Mione, mas a senhora Weasley e o senhor Weasley não entenderam nada. – Eles estão namorando mãe. – Rony explicou.
- Verdade? – a senhora se espantou.
- Não... – Harry começou. – Bom, sim... – na verdade ele não tinha certeza, pois não falaram a palavra namoro.
- Ela o beijou na frente de toda a escola. É óbvio que estão namorando. – Mione disse exasperada com a inocência de Harry.
- Não se preocupe querido. – a senhora Weasley disse a Harry. – Carlinhos me contou que Cassandra não tinha amigos na antiga escola, era o confidente dela e ele sempre a tratou como uma irmãzinha.
Harry não sabia se sentia alívio ao ouvir a informação ou ficava mais preocupado por não saber de metade do que Carlinhos sabia da vida de Cassie.

HPHPHPHPHP

Cassandra seguiu Carlinhos até um banco colocado em baixo de uma das árvores do jardim, sentando-se ao lado dele.
- Então? Vai me contar a verdade? – ele perguntou.
A garota soltou um profundo suspiro. Sabia que não conseguiria enganá-lo, poderia dizer, que depois de Black, Carlinhos era a pessoa que mais a conhecia, quer dizer, o que ela permitia que ele conhecesse.
Dos sonhos ele sabia, mas não que eram com Harry Potter. Isso ela nunca contara.
- É o Harry, não é? – o duro, é que Carlinhos sempre fora muito esperto.
Suspirou de novo, acenando que sim.
- Está se arriscando?
Agora o aceno foi de negação.
- Ele sabe?
Cassie sentiu os olhos se encherem de lágrimas, virou a cabeça na direção contrária para que ele não percebesse.
- Nem precisa responder. – ele falou abraçando-a pelos ombros.
Cassie apoiou-se nele, mas não deixou que nenhuma lágrima deslizasse pelo rosto. Não se permitiria chorar. Ainda não.
Harry da janela da cozinha viu a cena toda e dizer que ficou com ciúmes era pouco. Sentiu o estômago contrair de maneira esquisita, mas também sabia que não poderia pensar besteiras. Pensamentos dúbios, mas era melhor nem olhar, senão daria um soco na cara do irmão do amigo antes que percebesse.
Cassandra desvencilhou-se de Carlinhos, levantando-se.
- Vai ser ótimo passar uns dias aqui. Vou dar uma volta. – falou já andando em direção a uma colina distante.
- Quer companhia?
- Preciso ficar sozinha. – falou sem olhar para trás, sendo seguida por um Black saltitante.
Carlinhos ficou olhando a menina distanciar-se. Filha de Sirius! Não tivera muito contato com ele, mas sabia que havia sido um homem sofrido, pelos anos que passara em Azkaban por um crime que não cometeu. Depois que saíra tivera um pouco de alegria graças ao afilhado Harry. Mas se Cassie houvesse aparecido para ele, quanto mais feliz ele não teria sido, pensou, soltando um profundo suspiro.
- Cassie não está aqui? – Harry perguntou de repente ao lado de Carlinhos que levou um susto.
- Ah, oi Harry. Não ouvi você se aproximando.
- A Cassie. – Harry pediu sério.
Carlinhos tentou ficar sério, mas estava muito aparente, o ciúme do garoto.
- Ela foi caminhar na colina.
Harry tomou a direção que a menina seguira, sem dizer mais nada.
- Harry! – Carlinhos chamou. – Ela é como se fosse a Gina.
O garoto parou ao ouvir seu nome, mas nem seu virou, levantou o braço acenando, como quem diz, que aceitava o que o outro dissera, e seguiu seu caminho.
Cassandra encontrou um campo no alto da colina, um espaço aberto e gramado, pois apesar do frio intenso, ali naquela região ainda não nevara. Viu alguns arbustos, que provavelmente estariam cheios de flores na primavera.
Black corria de um lado para o outro, animado, dando saltos dignos de um atleta do basquete. A menina sentou-se no chão pegando alguns ramos de arbustos e grama, usando uma magia de renascimento, fez surgirem algumas flores coloridas, para fazer uma guirlanda, quando Black se aproximou, passou-a pelo pescoço do cão, que ficou sentado calmamente.
- Nossa, parece que você ganhou o primeiro lugar na competição de salto em altura. – ela brincou e Black começou a latir. De repente com as orelhas de prontidão, saiu correndo. Cassandra virou-se para trás vendo Harry se aproximar.
- Oi. – ele falou sentando ao lado dela.
- Olá. – ela respondeu sorrindo. – Você comeu tudo? – perguntou atenciosa.
Harry bufou contrariado.
- Não está com frio? – dizendo isso já foi passando seu cachecol pelo pescoço de Harry.
- Quer parar de me paparicar? Não é minha mãe. – ele falou arrancando o cachecol.
- Que Vlad me livre de ser mãe de um garoto que não gosta que se preocupem com ele. – resmungou já se levantando.
- Vem cá, pavio curto. – Harry disse puxando-a pela mão, fazendo-a cair quase em cima dele. – Eu gosto que você se preocupe comigo. Mas não precisa exagerar.
- Você está magro.
- Eu sempre fui magro.
- Com olheiras também.
Isso ele não poderia refutar, afinal não estava dormindo bem. Tinha medo de dormir e perder a próxima aparição de Sirius. Olhou para Cassandra pensando se deveria contar a ela sobre o sonho.
Cassie ficou em silêncio, e Harry ficou brincando com os dedos da mão dela que ainda segurava. Melhor ter certeza sobre Sirius.
- Seu papo com o Carlinhos foi bom? – perguntou ele.
- É. – ela respondeu monossilábica.
- Não quer conversar comigo?
Ela deu de ombros.
- Isso é ótimo, porque também não quero. – falou enquanto a virava para ele dando-lhe um suave beijo nos lábios. – Prefiro beijá-la.
Cassie deu uma risadinha, e passando os braços pelo pescoço dele, empurrou-o em direção ao chão.
- Boa idéia.
O beijo começou calmo, mas as coisas ficaram mais quentes, Harry virou Cassie ficando por cima dela. Afastou-se ofegante, e viu que a garota mantinha os olhos fechados.
- Acho melhor pararmos. – ele disse.
- Sim. – Cassie concordou.
Um segundo depois beijavam-se de novo.
- Eu gosto de beijar você. – Cassie disse ao ouvido dele.
- Gosto de ser beijado por você. – ele falou sorrindo.
Os dois fitaram-se nos olhos, Cassie engoliu em seco ao se ver tão pertinho de Harry.
- Eu... – começou, mas foi interrompida por Black, que chegou latindo e se jogou em cima dos dois. – Black! – Cassie gritou.
Harry que estava por cima rolou de lado levando o cachorro junto, que achando ser brincadeira, deitou-se em cima dele dando-lhe uma boa lambida no rosto.
Cassandra caiu na risada ao ver a cara de Harry.
- Cassie, quer me ajudar por favor?
- Eu não. Está muito divertido ver você sendo beijado pelo Black. – ela retrucou numa quase imitação do que Harry lhe dissera no trem.
- Grrrr.
- Nossa, Harry seu rosnado é bem parecido com o do Black. – ela brincou.
Nesse momento Harry conseguiu se desvencilhar do cachorro e levantou-se fingindo estar bravo. Cassie numa fingida encenação de que estava com medo se encolheu no chão.
- Acho que você está precisando de um castigo. – ele disse aproximando-se. – Que tal um beijo com baba de cachorro? – ameaçou.
- Não. – Cassie gritou levantando, e saiu correndo.
Harry a seguiu com Black nos seus calcanhares latindo alegremente. Os três desceram a colina em desabalada correria. Cassie ria às gargalhadas quando chegou próxima ao jardim, pois Harry fora impedido por Black que o derrubara no chão, gostando da brincadeira.
- O que vocês estão aprontando? – Mione perguntou aproximando-se, mas ao ver o tombo de Harry com Black por cima, começou a rir também.
Harry chegou até elas, andando, com os cabelos mais que desalinhados, óculos tortos, roupas sujas e folhas pelos cabelos.
- Andou rolando na grama com o Black? – a amiga perguntou ainda rindo.
- Não só com ele. – foi a pronta resposta com um olhar sugestivo para Cassandra, que para surpresa dele, corou. – Parece que você está ficando vermelha Cassie. Tomou muito sol? – ele brincou com ela que, se possível, ficou mais constrangida ainda.
- Foi. Será que a Senhora Weasley não está precisando de ajuda? – perguntou seguindo em direção à cozinha.
- Covarde! – ele ainda gritou.
Percebeu Mione olhando-o com expressão curiosa.
- Você gosta dela. – ela disse numa afirmação.
- Claro que gosto. – Harry falou surpreso.
- Não. Não me fiz entender. Você gosta dela. Sabe? Gostar mesmo. Talvez amar. – arriscou.
Harry virou o rosto para o lado sem poder encarar a amiga. Hermione quase riu. Isso era ótimo, depois da Cho ela achara que Harry andava meio perdido em relação às garotas, mas talvez ele estivesse esperando a Cassie. Ficava feliz por ele, já havia muita coisa acontecendo na vida do amigo que não eram boas.
- Ela me faz bem. – ele disse de repente.
- Isso é bom.
- Ao mesmo tempo, tenho medo.
- De quê? – Mione perguntou sem entender.
- De que dê errado. De que nada disso é para mim. De perdê-la. – completou baixinho.
Hermione engoliu em seco. Queria tanto que o amigo fosse feliz, mas sabia o que se passava na cabeça dele. A tal profecia que ele enfim lhes contara o que era, pesava sobre seus ombros. Depois de ficarem alguns segundos em silêncio, Hermione colocou a mão no ombro dele.
- Talvez você devesse aproveitar o hoje, Harry. Deixe o amanhã para depois.
Harry fitou Mione, soltou um profundo suspiro, e acenou que sim.
- Ei vocês dois, venham ajudar. – Rony gritou do lugar onde estavam arrumando a mesa para o jantar.

HPHPHPHP

A família e visitantes foram para o Beco Diagonal, pela Rede de Flu. Lupin foi na frente e ficou esperando um a um sair pela lareira.
- Adoro isso aqui. – Cassie falou animada rodando em volta de si mesma, os olhos correndo para todos os lados da rua mais famosa entre os bruxos.
- Você já conhecia o Beco? – Mione perguntou.
- Ah sim. Fiquei aqui uns dias antes das aulas começarem.
- Sozinha? – Harry quis saber.
Cassie passou o braço pelo dele e saíram andando pela rua.
- Sim. Quer dizer, com o Black. – falou desviando os olhos. – Olha ali. – disse ao mesmo tempo em que se dirigia para frente da loja de Artigos de Qualidade para Quadribol, onde havia estojos para limpezas das vassouras, livros com técnicas de vôo e uniformes oficiais dos times mais famosos de Quadribol.
- Não podemos nos separar. – Lupin disse aproximando-se dos dois adolescentes, e retornando para junto dos outros.
- Ah é! Eu tinha me esquecido. Desculpa. – Cassie falou.
- Mas vai ser estranho andarmos todos juntos. – Tonks comentou. – Poderíamos nos dividir.
- Será seguro? – Molly Weasley perguntou, olhando dos lados, atenta a qualquer aproximação.
- Eu e Molly vamos visitar os gêmeos, na loja. Quem gostaria de ir conosco? – o Senhor Weasley perguntou.
- Ah eu quero conhecer a loja do Fred e Jorge. – Rony disse, no que Hermione concordou.
- Eu já fui na loja antes das aulas começarem. - Cassie comentou.
- E eu preciso comprar... uma coisa – Harry queria comprar os presentes dos amigos sem tê-los por perto, mas como faria com o da Cassie?
- Você é péssimo em disfarçar. – a garota sussurrou em seu ouvido no que ele lhe deu um leve cutucão.
- Então está bem. Tonks e eu ficaremos com Harry e Cassandra. Encontramo-nos em frente à Sorveteria Florean. – Lupin avisou.
- O que você vai comprar? Pode me ajudar com os presentes deles, eu não sei os gostos dos pais do Rony. Para a Gina eu já sei. – Cassie metralhava sem dar um só fôlego. Virou-se para Tonks. – Será que há condições de irmos numa livraria trouxa?
- Eu não sei. O que você acha Lupin.
- É necessário?
- Com certeza. Mas eu posso ir sozinha. Acho que não terá nenhum problema.
Um coro de nãos, mostrou-lhe que estava enganada.
- Ninguém anda sozinho. Tonks leva você. – Lupin disse em tom sério.
- Tá bom. – ela aceitou sem discussão. – E aí Harry? Me dá uma dica, o que compro para a Mione?
- Um livro?
- Seria muito óbvio. O que a Mione nunca na vida compraria para ela?
- Uma vassoura. – o garoto respondeu dando risada.
- Ah Harry! Tem que ser algo que ela não compraria, mas que usaria se ganhasse, entende?
- Na verdade, não.
Cassie bufou, rodando os olhos. Entre palpites da parte de Harry, e recusas da parte de Cassie eles pararam para discutir sobre os presentes. Até que Tonks resolveu interferir.
- Que tal um estojo de maquiagem? – perguntou olhando para Cassie. – Na Bella’s há alguns realmente incríveis.
- Sério? Essa é uma excelente idéia Tonks. Obrigada.
- Garotas. – Harry sussurrou para Lupin que sorriu.
- Acho que vou dar ao Rony uma camisa oficial do Chudley Cannons. – Cassie comentou com Harry.
- Acredito que ele não a tiraria nunca mais. – Harry falou sorrindo, pois o amigo era fissurado no time.

HPHPHP

Na livraria trouxa, Cassandra logo achou o que procurava. Enquanto o atendente embrulhava o livro, lançando olhares suspeitos para os cabelos espetados verdes de Tonks, Cassie viu um cartaz que a deixou de boca aberta por alguns segundos.
- Vocês ainda têm ingressos? – perguntou esperançosa, com os olhos brilhando.
- Sim. Vai querer?
- Que pergunta. Quero um... não, quatro. – mesmo que os outros três não fossem usados, ela tinha certeza de que os venderia fácil. O duro seria driblar a segurança. Mas o sorriso astuto que se formou em seus lábios, disse a quem o visse que sua mente já montava todas os esquemas possíveis e imagináveis. Não perderia esse evento por nada desse mundo.
- Você parece animada com sua compra. – Tonks disse no caminho de volta ao Beco Diagonal.
- Sim. Achei que seria mais difícil encontrar. – Cassie respondeu sorrindo de orelha a orelha. Sua vontade era sair pulando pela rua, mas conseguiu se controlar muito bem.
Ao passarem em frente a uma joalheria, Cassie viu o presente perfeito para Harry. Não resistiu e, puxando Tonks, entraram para perguntar o preço.
- Eu vou levar. Embrulhe para presente.

HPHPHP

Cassie acordou na manhã de Natal com a cama recheada de presentes. Nem sabia como tinha conseguido dormir, estava tão animada.
- Acordem! Acordem! – gritou chacoalhando Mione e Gina.
Gina ficou feliz por ganhar uma edição do livro de Pollyana, nos meses seguintes ela faria força para jogar o jogo do contente.
Hermione olhava do estojo de maquiagem para Cassie com a boca aberta.
- Olha só Mione, você nem precisa saber passar a sombra, o pincel faz isso por você. Maquiller! – Cassie disse dando uma demonstração. No mesmo instante, o pincel levantou-se no ar e... foi direto dentro do olho de Hermione. – Você precisa fechar o olho Mione. - Cassie falou dando risada. Em seguida foi a vez do batom. E parecia que estava dando tudo certo, até Cassandra que se animara, resolver que uma camada mais forte ficaria melhor.
- E, se você quiser uma maquiagem mais carregada, é só dizer a palavra mágica de novo, que ele passa uma camada extra. – e colocando ação às palavras fez o estojo mágico dar outra demonstração de suas qualidades.
Quando Mione olhou-se no espelho pela segunda vez arregalou os enormes olhos castanhos e quase deu um grito. Estava parecendo realmente uma... não saberia definir uma o quê. A sombra, apesar de passada certinha estava fortíssima, mais para pink do que rosa, o batom, aumentara o contorno da sua boca. E o Blush realmente ficara meio redondo nas bochechas.
- Acho que exageramos. – Cassie falou fazendo força para não dar risada.
Gina não foi tão complacente, rolava na cama da cara de Hermione, quando os meninos entraram no quarto.
- O que é isso? Você ganhou uma máscara de palhaço? – Rony, vestido com a camiseta que Cassie lhe dera, perguntou se juntando às risadas de Gina.
- Acho que não deu muito certo. – Cassie comentou com Harry, mas era visível a sua vontade de dar risada.
- É, estou vendo.
Hermione depois de jogar um travesseiro na cabeça de Rony, retirou a maquiagem com um feitiço de limpeza.
- Obrigada Cassie. Mas acho que fico somente com a camada mais leve.
- Concordo. – a garota disse dando risada.
Nesse momento um barulho prenunciou o aparecimento de dois penetras. Dobby agarrado ao pescoço de Monstro, surgiram juntos no meio do quarto das meninas.
- Harry Potter. Dobby trouxe-lhe seu presente de Natal. E obrigou Monstro a vir junto. Ele não queria nem desejar Feliz Natal ao senhor e à princesa Cassandra... – falou soltando o outro elfo, que resmungou passando a mão no pescoço, e encostou-se num canto do quarto, próximo ao malão de Cassandra.
- Monstro não vai desejar Feliz Natal para ninguém. Não vai, não vai. Monstro odeia todos. Traidores do sangue, amantes de trouxas, impuros... – resmungava sozinho de cabeça baixa.
- Não tem problema Dobby. – Harry falou sem olhar o outro elfo.
- Ah esse Monstro, não é um bom elfo. Não é mesmo. – Dobby falou raivoso lançando um olhar mortal ao outro. – Mas Dobby trouxe ao senhor Potter um presente. – e dizendo isso estendeu a Harry algo embrulhado em um tecido cheio de estrelas brilhantes.
Para Cassie o elfo deu um embrulho parecido, mas em vez de estrelas havia sóis amarelos por todos os lados. Os dois abriram ao mesmo tempo, e trocaram um olhar espantado. Cada um ganhou a metade de um coração de chocolate, juntado-os, encaixavam perfeitamente.
Cassie continha-se para não dar risada. Harry olhava pasmo para as metades dos corações de chocolate. Hermione e Gina, riam tapando a boca com a mão e Rony já se dobrava no chão de tanto dar risada.
- Vocês não gostaram? – Dobby perguntou, os olhos enchendo de lágrimas.
- Não Dobby. É lindo. – Cassie falou ajoelhando-se ao lado do pequeno ser. – Nunca vi nada tão romântico como o seu presente. É como se fossem as metades dos nossos corações... – ela falou pegando a mão de Harry. - ... que juntos formam um coração apenas. Meu e do Harry. – Cassie nem sabia de onde havia tirado tanta besteira, percebeu apenas que Gina e Mione saíram às pressas do quarto arrastando um Rony que já chorava de tanto rir. Harry apertou a mão de Cassie controlando-se magistralmente.
- Dobby feliz por princesa e grande Harry Potter estarem juntos. Sempre disse a Dullas que vocês seriam perfeitos um para o outro. – falou sorrindo e fungando ao mesmo tempo.
Cassie sorriu de volta e olhou para Harry que nesse momento fitava Monstro, que estava quase dentro do malão de Cassie.
- O que você está fazendo aí? – Dobby gritou pegando o elfo pelo cangote.
- Nada. Nada. Monstro não estar xeretando.
- Ah seu velho intrometido. Não deveria ter trazido você comigo. – Dobby falou pegando o elfo pelos braços e arrastando-o para longe. – Pode deixar Harry Potter, eu levo esse ser embora daqui. - com um estalo os dois desapareceram.
Cassie e Harry fitaram-se ainda segurando suas metades de coração de chocolate e não agüentando caíram na risada.
- Ele sempre é original assim? – ela perguntou olhando para o chocolate.
- Não. Dessa vez ele conseguiu se superar.
Cassie olhou para Harry, estranhamente estava um pouco tímida de dar-lhe seu presente.
- Vem comigo. – falou puxando-o, passaram pelos amigos na escada que ainda riam e seguiram na direção do jardim. – Esse é o seu. – estendeu-lhe uma caixinha, embrulhada em papel dourado. – Se você não gostar, não precisa usar, mas é que quando vi achei que era a sua cara, então... – Harry calou as palavras com um suave beijo em seus lábios.
- Obrigado. Seja o que for eu vou adorar. Afinal foi escolha sua não?
Cassie acenou que sim, dando uma risadinha.
Harry abriu a caixa com calma, sem rasgar o papel de presente, dentro, preso a uma corrente de ouro, havia um leão, de perfil, pousado nas patas traseiras, a boca enorme como se estivesse rosnando.
- É igualzinho ao brasão da Grifinória. – ele comentou surpreso.
- É. Achei a coincidência incrível, fora que é seu signo também.
Harry olhou-a surpreso.
- Você sabe quando é meu aniversário?
- Mas é claro. – ela falou dando risada.
- Acredito que foi o Dobby.
- Quem mais? – ela sorriu marota e ia virar-se para entrar quando Harry segurou-a pelo braço.
Ele deu um beijo mais demorado na garota, abraçando-a pela cintura.
- Obrigado. Adorei o presente. – falou colocando a corrente no pescoço. – Este é o seu. – estendeu para ela um pacote que trazia por dentro da jaqueta.
Cassie pegou uma caixa quadrada e fina nas mãos, olhou-a com curiosidade. Sem a paciência de Harry para tirar o papel, rasgou-o de qualquer jeito. Suspirou, e abriu. Arregalou os olhos quando viu um porta-retratos prateado com uma foto de um homem jovem e bonito, que lhe sorria. Por um instante a respiração ficou suspensa em seu peito. Sirius! Não o Sirius que ela vira nas fotos do Profeta Diário, mas o Sirius jovem e feliz, de uma época sem preocupações. Virou-se de costas para Harry com os olhos marejados, ainda pregados na foto.
- Você não gostou? – ele perguntou preocupado colocando a mão no ombro dela.
Cassie acenou em negativa.
- Sinto muito. – ele falou.
- Não. – ela conseguiu encontrar a voz, virando-se para olhar Harry. – Eu gostei. Na verdade, eu amei. Só que... – abaixou os olhos para a foto de novo.
- Só que...
- Sinto uma culpa tão grande. – falou soltando um soluço.
- Cassie. – Harry puxou-a para seus braços e Cassie deixou-se enlaçar, as lágrimas deslizaram por seu rosto, e ela não as impediu. Chorou pelo que não havia conhecido. Por si e pelo pai.
Hermione e Rony, através de uma das janelas, observavam Cassie e Harry. A garota não pôde impedir que uma lágrima caísse, enxugou-a discreta mas ele viu. Rony passou o braço pelos ombros de Mione e ela encostou a cabeça no ombro dele. Ficaram ali observando os amigos até que eles entraram na casa.

HPHPHP

Cassie e o senhor Weasley estavam prontos para irem ao Ministério dois dias após o Natal. Depois que Harry dera-lhe o retrato de Sirius e que ela desabara em seus braços, seu ânimo melhorara e a Cassie de sempre voltara. Mas agora, para surpresa dos amigos, Cassandra estava silenciosa.
- Você está bem? – Harry a puxou para um lado.
- Tá... quer dizer, estou. – ela falou tentando sorrir.
- Não parece. Cassie, confiança, vai dar tudo certo.
- Eu sei. – falou encarando-o. – Você tem certeza?
- Que vai dar tudo certo?
- Que eu posso mesmo fazer isso.
- Cassie... – ela estava insegura. Era tão difícil, ou melhor impossível imaginar uma Cassandra insegura que Harry se espantou. Abraçou-a fazendo-a encostar a cabeça em seu ombro. – Eu não imagino outra pessoa capaz de carregar esse sobrenome que não seja você.
Cassie sorriu aliviada, deu um beijinho no pescoço de Harry, enlaçando-o pela cintura.
- Obrigada! – disse simplesmente.
- Querem parar de namorar? Já está na hora. – A senhora Weasley apressou a garota. – Arthur querido, tome cuidado.
- Você sabe mesmo andar de metrô? – Arthur Weasley estava meio em dúvida, se fosse Harry, com quem ele já havia saído, estaria mais seguro.
- Sim senhor. Estou acostumada com o mundo trouxa. Pode confiar em mim que não vou perdê-lo em Londres, Senhor Weasley. – Cassie falou dando uma palmadinha no braço do bruxo.
Arthur Weasley olhou com uma expressão meio sofredora para os outros que ficaram acenando da porta da Toca. Cassie abanou a mão e saiu saltitando próxima ao homem mais velho.
- Essa menina não sabe andar? – Molly Weasley perguntou a ninguém em particular.
- Não. – foi a resposta de Harry, Rony e Mione.

HPHPHP

- “Nível dois, Departamento de Execução das Leis da Magia, que inclui a seção de Controle do uso Indevido da Magia, o Quartel general dos Aurores e os Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos.” – uma voz de mulher disse ao mesmo tempo em que as portas do elevador se abriam.
Cassie ainda estava abismada com o que vira no átrio de entrada. Os bruxos atarefados chamaram-lhe a atenção, mas o que admirara mesmo fora a fonte que havia no átrio. Achara que haviam colocado outras estátuas no lugar das que haviam sido destruídas na batalha contra Voldemort, mas aparentemente se enganara. Não resistira em jogar um sicle de prata pedindo que tudo desse certo.
- Aqui. – o senhor Weasley disse-lhe, abrindo uma das inúmeras portas do longo corredor, onde se lia, Escritório de Registros Civis.
Entraram em uma sala tendo à frente um balcão de mogno polido, atrás dele uma bruxa olhou-os por cima dos óculos que trazia na ponta do nariz. As vestes negras dando-lhe um aspecto severo, ajudado ainda, pelo coque na nuca, extremamente apertado. Até seus olhos pareciam ter ficado esticados.
- Pois não? – perguntou em tom baixo e tranqüilo.
- Olá. Temos uma reunião marcada com o Superintendente. – o Senhor Weasley falou sorrindo, no que não foi retribuído.
A mulher folheou um enorme livro em cima do balcão. – Alteração de sobrenome, Cassanda C. Colomano, por Cassandra C. Black.
O senhor Weasley olhou para Cassie pedindo confirmação no que ela acenou concordando.
- Isso mesmo. - o bruxo disse.
- Aguardem.
Os dois sentaram-se nas cadeiras desconfortáveis em silêncio. Não se passou muito tempo quando a porta foi aberta num rompante, e Cassie quase pulou de susto, mas quando viu quem era semicerrou os olhos de maneira nada amigável.
- Severo. O que está fazendo aqui? – o senhor Weasley perguntou ao recém chegado, também surpreso.
- Dumbledore pediu que eu viesse. Mas devo dizer que vim contra a vontade. – falou encarando Cassandra.
- O que você quer? – ela perguntou erguendo-se.
- Você? – ele retrucou arqueando a sobrancelha.
- Não estamos em classe e muito menos em Hogwarts. Não vejo porque devo lhe prestar reverência. – ela respondeu irônica.
- É assim que trata alguém que veio lhe prestar um favor? – Snape disse aproximando-se da menina.
- Favor? – Cassie quase rosnou. – Eu nunca pediria um favor a você.
- Cassandra. – o senhor Weasley falou meio que advertindo.
- Dumbledore pediu que eu viesse servir de testemunha no seu caso. Não pense que eu faria isso de vontade própria.
- Eu não preciso de você como testemunha minha.
- Seria uma grande ajuda. – o pai de Rony falou olhando de um para outro.
- Acredita que sozinha conseguirá? – Snape perguntou à Cassandra, sem olhar para o senhor Weasley.
- Prefiro continuar apenas como Cassandra, sem sobrenome, do que dever um favor a você. Pode ir embora.
Snape aproximou-se mais de Cassie como que querendo inibi-la, mas ela não recuou um passo, ergueu a cabeça e encarou-o de frente.
- Orgulhosa, arrogante...
- Com muita honra. – Cassie o cortou. – Eu não preciso de você aqui. Vá embora.
O senhor Weasley ofegou. Snape parecia querer esganar Cassandra, mas ela nem piscou encarando-o nos olhos.
- Pois muito bem. – Snape falou virando-se num repente, abriu a porta, mas antes de sair disse: - Eu a ajudaria pela sua mãe.
- Você acha mesmo que depois da maneira que me tratou, minha mãe aceitaria sua ajuda? Jamais.
Snape lançou um olhar de dar medo em Cassie, mas ela não desviou seus olhos. O professor de poções saiu então batendo a porta com tanta força que estremeceu os gonzos onde ela era presa.
O silêncio na sala era total, até a bruxa atrás do balcão trazia uma expressão um tanto quanto assustada.
Cassie soltou a respiração que prendera de forma ruidosa e lançou um olhar de desculpas ao senhor Weasley.
- Acha que fez o certo? Recusando a oferta dele e ainda enfrentando-o?
- Não sei se foi o melhor para a reunião, mas me senti muito bem recusando a ajuda dele. Ah, como me senti. – Cassie falou já sorrindo. - Nem tente entender senhor Weasley, o senhor sabe como Snape trata o Harry, e não tem sido muito diferente comigo. Eu não poderia nunca aceitar o que ele estava oferecendo.
- Está bem. Tomara que você não se arrependa, caso algo dê errado.
- Nunca me arrependerei. – Cassie disse com certeza.

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- E então? – Harry foi perguntando, enquanto se aproximava correndo, de Cassie e do senhor Weasley que chegavam nesse momento na Toca.
- Pode me chamar de senhorita Black. – Cassie falou sorrindo.
Harry abraçou-a pela cintura erguendo-a a altura de seus lábios e deu-lhe um beijo demorado.
- Parabéns. – falou a ela.
O Senhor Weasley afastou-se sorridente dos garotos.
- Foi tudo bem Arthur? – a senhora Weasley perguntou à entrada da casa.
- Sim... Apesar do começo tumultuado. – ele disse suspirando.
Seguiu a esposa até a cozinha e sentou-se pesadamente.
- Então pai, como foi? – Rony perguntou entrando na cozinha nesse momento, Mione vinha atrás seguida de Gina.
- Melhor Cassandra contar a vocês.
A garota e Harry apareceram na porta e pelo sorriso dos dois, os amigos perceberam que tudo havia dado certo.

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- Você vai ter mais problemas com o Snape. – Mione predisse.
- Acredito que sim. – Cassie falou sorrindo.
- Não me parece preocupada. – Gina olhou a garota sentada do outro lado da mesa.
- Nem um pouco. É libertador dizer umas verdades para o ranhoso. – Cassie ao perceber o que tinha dito, olhou rápido para Harry.
- Não se preocupa comigo. – ele adivinhou o que ela diria apenas pelo seu olhar. – Pode chamar o ranhoso de ranhoso, quando você quiser. – completou sorrindo.
- Ah que ótimo. – a menina suspirou aliviada. – Esse apelido é perfeito para ele.
- Mas foi mesmo uma sorte, eles terem aceito apenas a carta do Dumbledore. – Hermione comentou.
- Na verdade, depois de todas as notícias do Profeta, eles perceberam que a história toda era real. Além de que, o superintendente conhecia o Sirius, e disse que eu sou muito parecida com ele. ‘Os mesmo olhos e a mesma expressão desafiadora. Não há como negar’. – Cassie falou engrossando a voz, para imitar o tom tonitruante do superintendente.
O senhor Weasley deu risada da imitação quase perfeita da menina.
- Mas você não nos disse o que significa o C. depois de Cassandra. – Rony comentou o que sempre lhe atraíra a curiosidade.
Cassie, para espanto geral, ficou meio envergonhada.
- Não gosto desse C. – falou simplesmente.
Harry olhou-a por alguns segundos, num repente lembrou-se do sonho que tivera com Sirius. Seus olhos brilharam intensamente. Será? A mãe de Cassie havia colocado como segundo nome o que Sirius escolhera no caso de ter uma filha um dia? Seria um tiro no escuro, mas ele não resistiu em provar sua teoria.
- Cassiopéia. – falou em tom alto.
Cassandra levantou a cabeça, espantada e de olhos arregalados.
- Como...?
- O quê? – Rony perguntou sem entender.
- O segundo nome da Cassie, é Cassiopéia. – agora Harry falou com certeza, sorrindo aberto para os outros.
- Onde você viu? Quem te contou? Isso é impossível... – Cassie falou ainda espantada. – Harry! – quase gritou exigindo uma explicação.
Harry olhou para ela, deveria contar, ela precisava saber, mas algo o segurou. Ela não acreditaria.
- Digamos que uma coruja me contou. – disse apenas.
Cassie fitou-o durante alguns segundos, tentando imaginar quem poderia ter lhe contado. Harry estava lhe escondendo algo, sentia isso.
- Na verdade Cassiopéia só é mais uma prova de que Cassie de fato pertence à família Black não? – Hermione comentou.
Quando todos a olharam sem entender, ela soltou um suspiro profundo.
- Vocês não prestam atenção nas aulas de astronomia? Sirius é uma estrela da constelação de Cão maior, e o irmão dele Régulo, uma estrela da constelação de leão. Cassiopéia é uma constelação. – explicou como se tudo fosse óbvio.
- Sério? – Rony estava pasmo.
Cassie começou a dar risada, quando ela não conseguiu se controlar os outros olharam-na como que pedindo uma explicação. Ela abanou as mãos como quem diz, agora não vai dar prá falar, e continuou rindo. Harry começou a sorrir e só de ouvir as gargalhadas dela, não resistiu, acabou rindo também. Os amigos não entenderam nada mas a coisa toda parecia ser tão divertida, que em poucos segundos todos riam, sem fôlego, e sem saber o motivo.
A senhora Weasley entrou nesse momento na cozinha, olhou-os, balançou a cabeça e saiu resmungando.
- Crianças.

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Dois dias depois da ida de Cassie ao Ministério, o grupo de amigos estava rodeado em volta da lareira. Harry e Rony jogavam xadrez, Hermione lia um livro e Cassie apenas fitava o fogo, idéias mil passando por sua cabeça.
- Seria bom dar uma volta. – Cassie disse como quem não quer nada.
- Uma volta? No jardim? – Rony perguntou sem levantar os olhos do jogo.
- Na verdade, em Londres. – disse baixinho para que os adultos não ouvissem.
- Você acabou de vir de lá, e já quer voltar? – Rony resmungou. – Além do que não é nada divertido sair com escolta.
- Sem escolta. – Cassie disse mais baixo ainda.
- Está maluca? Esqueceu do perigo que nos ronda? – Mione perguntou brava, mas também em tom de sussurro.
- Na verdade, eu não esqueci. – Cassie disse suspirando. – Mas esperar por algo que ao menos sabemos o que é me deixa com vontade de fazer alguma coisa.
- Você anda muito impaciente mesmo. - Harry comentou, pois havia reparado que Cassandra, às vezes sorria do nada, outras ficava olhando dos lados, e não parava quieta um segundo. Parecia ter energia de sobra para gastar. – Vai aprontar alguma não é?
- O quê? Eu? – ela espantou-se, parecendo honesta, mas Harry não se deixou enganar. Ela ia aprontar alguma.
Cassie ficou em silêncio, sabia que era sonho levar os amigos com ela, teria que ir sozinha, seria arriscado claro, poderia ser pega, mas não era em Voldemort que pensava. Lupin e Tonks eram suas preocupações.

HPHPHP

No dia seguinte Cassandra tentou agir normalmente. Não queria levantar suspeitas, mas não houve jeito. Harry lançava-lhe olhares especulativos, e ela apenas sorria para ele.
De noite deitou-se mais cedo, o que acarretou perguntas sobre ela estar se sentindo bem. Acalmando a senhora Weasley que queira lhe fazer um chá, disse que estava se sentindo apenas cansada.
- Essa menina não pára, por isso é que está cansada. – a velha senhora falou como que para si mesma.
Harry trocou olhares com Rony e Mione, os três amigos em dúvida sobre o ‘cansaço’ de Cassie.
Cassandra trocou-se colocando calça jeans preta e um top também negro, uma jaqueta preta por cima, apesar do frio intenso, tinha certeza que iria passar calor. Três brincos prateados em cada orelha, e pulseiras amarradas para não tilintarem, nos pulsos, completaram seu vestuário. Estava pronta, agora era só esperar. Deitou, cobrindo-se dos pés à cabeça.
O coração batia enlouquecido de antecipação. Ela o veria. Ai que emoção.
Fechou os olhos ouvindo os rumores da casa. Hermione e Gina entraram em silêncio, trocaram-se e deitaram. Cassie ficou esperando ansiosa que todos dormissem, para aventurar-se a tirar a cabeça de debaixo do cobertor.
Olhou as amigas, devagar e em silêncio levantou-se, pé ante pé, saiu do quarto, com as botas nas mãos para não fazer barulho. Em vez de descer as escadas, preferiu pular uma das janelas do corredor, jogou as botas primeiro, que caíram com um baque seco, esperou alguns segundos, não ouvindo nada, seguiu as botas. Caiu ajoelhada no gramado. Nisso uma sombra mexeu-se num arbusto próximo. Quase gritou de susto, mas era apenas Black e a um comando baixinho o cachorro aproximou-se sem latir.
- Sinto muito Black. Hoje você fica. – falou acariciando a cabeça do cachorro. – E não vai me dedurar. – pediu antes de se afastar.
Black deitou-se, pousando o queixo no chão, com um olhar de abandono ganiu baixinho.
Cassandra já estava a uma boa distância da Toca. Quando ergueu a mão com a varinha para chamar o Nôitibus alguém a agarrou por trás, tapando sua boca. Esperneou e chutando, acertou uma canela.
- Ai Cassie, quer parar de se debater. Sou eu.
Ela relaxou no mesmo instante. Harry!
Quando ele a soltou, virou-se dando de cara com, além de Harry, Rony e Hermione.
- O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou num sussurro.
- A pergunta é, o que você está fazendo saindo às escondidas? – Harry retrucou no mesmo tom dela.
- Bem que o Harry disse que você estava aprontando alguma. – Rony falou mais baixo ainda.
- Por que vocês estão sussurrando? Estamos longe da Toca. Ninguém irá nos ouvir. – Hermione comentou em tom normal.
Os três olharam para Mione e depois para a casa.
- Você não respondeu a minha pergunta? – Harry e Cassie viraram-se um para o outro ao mesmo tempo.
- Você primeiro. – disseram juntos.
- Odeio quando você faz isso.
Nisso Rony e Mione apesar da situação e lugar começaram a rir ao ver os amigos falando a mesma coisa ao mesmo tempo.
Cassie suspirou profundamente.
- Estou indo a Londres. – falou enfim.
- Londres? - os amigos repetiram.
- Assistir a um show.
- Show?
- De quem?
- Sozinha?
Cassie olhou-os irritada, pela enxurrada de perguntas.
- É, sozinha. Lembram-se quando eu disse que estava a fim de ir a Londres? Ninguém se prontificou a dar uma escapulida. Então resolvi ir sozinha.
- Por que é muito perigoso. - Hermione falou.
- E sei, mas sabe-se lá quando eu terei outra oportunidade como essa.
- De quem é o show? – Rony perguntou de novo.
- Você poderia ter dito que queria ir a um show. – Harry falou, meio bravo por ela não ter confiado nele.
- É, eu poderia. Mas não quis que você fosse só porque eu vou, depois vai que acontece algo, vou me sentir culpada. – ela disse encarando-o.
- E se acontecer algo com você?
- Acha mesmo que Voldemort está atrás de mim? Ou que ele estará num show? Acredito que não. – nem quis pensar nas desconfianças de Dumbledore quanto ao sumiço de seu professor.
- Isso é muito perigoso. – Mione falou para si mesma. – Se nos pegam.
- O que você quer dizer com se nos pegam? – Cassie voltou-se para ela.
- Você não acredita mesmo que irá sozinha não é? – Harry perguntou.
- Vocês não precisam se preocupar comigo. Vou e volto rapidinho. Caso eu seja pega, podem dizer que não sabiam de nada.
- De jeito nenhum que você vai sozinha – Harry falou num tom que não admitia réplicas.
- Eu não vou me sentir culpada caso os peguem. – Cassie falou continuando a andar.
- Ninguém me disse ainda de quem é o show! – Rony gritou.
- Shhhh!!! – os outros três falaram com Mione tapando a boca do amigo.
- Nós estamos longe da casa. – Rony falou se soltando da mão de Hermione.
- Sim, mas para falar em tom normal, não sair berrando.
Cassandra olhou Harry e os amigos. Na verdade, queria mesmo que eles fossem com ela, mas não queria colocá-los em situação ruim com Lupin, Tonks, e principalmente Dumbledore, pois todos confiavam que os garotos não fariam nada de maluco.
- Vocês têm certeza? Ainda dá tempo de voltarem.
- Você volta com a gente? - Mione perguntou esperançosa.
- Não. Eu vou a Londres. – Cassie respondeu firme.
- Sozinha não. Eu vou com você. – Harry disse.
- Que remédio. Também vou. - Mione falou.
- Eu não vou perder essa, de jeito nenhum. Mas você pode me dizer de quem é o show? – Rony perguntou pela quarta vez.
Cassie deu uma risadinha marota.
- Robbie Willians.
- Quem? – Rony nunca ouvira falar naquele cara.
- Sério? – Mione perguntou a voz estranhamente esganiçada. – O Robbie? Aquele que canta Angel? Eu não acredito. Porque você não disse que era ele? Vamos logo.
Cassandra caiu na risada ao ver a ânsia da amiga, e seguiu-a. Harry apenas balançou a cabeça mal acreditando que Hermione era fã do cantor inglês.
- Quem é Robbie Willians? – Rony perguntou de novo a Harry. Já não estava gostando nadinha desse cara ao ver a reação de Hermione.

Continua...

N.A.: Oi pessoal! Cansados de esperar? Eis enfim o capítulo..meio grande, para compensar a demora, ia ficar maior ainda, mas decidi cortar.
Eu só gostaria que vocês ficassem tranqüilos, posso demorar, mas vou terminar essa história, OK? Ela já está com roteiro pronto até o final, se eu não tivesse ao menos isso nem teria começado a postar, então quem acompanha Destinos Entrelaçados, pode continuar a ler, ela vai ter final.
Agora eu gostaria de algumas opiniões, é possível? Eu penei com os presentes de Harry para Cassie e vice-versa, vocês gostaram? Não ficou meio, sei lá, falta de originalidade..eheheh....
O da Hermione, surgiu num estalo, eu fui escrevendo sem ter pensando nisso antes e acabei gostando da idéia. O do Rony foi óbvio, mas como eu nunca consegui comprar uma camisa oficial do meu time, por ser muito cara, imagino que o Rony também não tenha, pelo mesmo motivo..ahahah....
O Snape aparecer para tentar ajudar a Cassie, eu sei que a idéia surgiu num e-mail, agora não me recordo com quem, alguém comentou querer que a Cassie batesse de frente com Snape e eis....
O livro Pollyana foi bate-papo com a Lelê...valeu Letícia...
A amizade da Cassie com Carlinhos...não foi bem dessa maneira que idealizei, mas quando estava escrevendo a Cassie teve outras idéias...
Acho que era isso.
Espero comentários de apreciação e os que não apreciaram, por favor comentem também. Educadamente, claro...
Ah sim, se você não está recebendo resposta ao seu review, é porque seu e-mail está com algum problema, tem alguns endereços que mando, eles voltam, OK? Pois respondo a todos.
Beijos


Notas da Marjarie:-
Olá!!! Olha a revisora atrasada aqui outra vez XD
E agora vocês vão me aturar em cada capítulo porque, como a Rô liberou esse espaço, daqui eu não saio hehehe. Mas é que me sinto toda radiante e saltitante em poder comentar a fic dessa amiga q admiro tanto ^^
Mas vamos ao cap. Nha, confessem, o Harry é tudo de bom né? Eu fico babando com esse jeito tão lindamente romântico dele, minha nossa, que perfeição... a Cassie é tão sortuda *_* será que ela deixa eu seqüestrar o Harry? hehehe
Harry ciumento é uma graça também e mostra ainda mais o quanto o fofo gosta da Cassie.
E o que foi essa cena deles se beijando? Tão lindo!!!! Quase desmaiei de emoção... mas primeiro eu desidratei de tanto chorar por ver que não tenho mais chance em ter o Harry querido hahaha
Mas esse final me deixa tão preocupada, a Cassie que me desculpe, mas ela foi meio cabeçuda querendo sair, aiaiai, esses jovens inconseqüentes.
- Cassie, aprenda com a tia Mar, só saia em tempos de perigo se for para ir em algum evento de anime (sou otaku hehe), certo? - olho para o lugar onde deveria estar Cassie, mas ela já está saltitando para longe.
- Fui ignorada - sento no chão com carinha tristonha quando uma enorme sombra se aproxima. - Black!!!! Cachorro lindo e fofo, você vai escutar os ensinamentos da titia Mar né? - como resposta Black coloca a língua para fora e começa a babar na garota.
- Aiai, sem comentários...
Vou ficando por aqui antes que eu me empolgue e não me aquiete mais hehehe
beijinhos a todos e até logo ^^
Mar


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