Capítulo 07



DESTINOS ENTRELAÇADOS


Autora: Rosana
Revisora: Marjarie

Capítulo 07



Cassandra por onde andava, sentia os olhares convergirem sobre si, mas não ouviu a mínima gracinha em relação aos pais, ou ao fato de ambos não serem casados. Como já estava acostumada na antiga escola, a ser apontada pelas mais diversas situações, não se constrangeu, dava sorrisinhos para alguns que retribuíam, talvez por medo de levarem um socão no nariz.
Cruzou com Draco no corredor, mas dessa vez ele estava ladeado por seus guarda-costas, mas não pôde deixar de soltar uma risadinha ao olhar para o nariz dele ainda inchado.
O fato interessante que Hermione escondera no café da manhã ela acabou descobrindo antes do jantar. Saíra uma matéria completa no Profeta Diário sobre sua vida.
Alguns professores disseram que Cassandra era uma boa aluna, mas vivia metida em confusões, o que lhe acarretava várias detenções. Isso não foi surpresa para os alunos de Hogwarts, depois dos últimos dias. Os professores continuavam dizendo que talvez por ela ser descendente de Vlad Drakul, ela tenha certo desapego às regras.
- É uma garota inteligente, mas parecia destinada a apenas causar vergonha aos avós, perdi a conta de quantas detenções dei a ela, e quantas vezes, precisei chamar o Sr. Colomano à escola. Nada deu resultado. Ela parecia ficar pior. – um professor disse a nosso repórter.
- Ela era bem violenta, me deu um soco uma vez, quase arrancou meus dentes. Tenho pena dos alunos de Hogwarts. – comentário de um aluno de Scarisoara.
Alguns vizinhos do Castelo dos Colomano disseram que ela havia sido deserdada pelo avô, depois de tudo que eles fizeram por ela, essa era a paga da neta.
- Cassandra sempre foi uma garota difícil, passava horas na cidade, causando tremenda preocupação nos avós. – uma vizinha pronunciou-se. – Mas de fato é uma surpresa ela ser filha daquele assassino. Imagino a vergonha de Sonja. – a mulher completara.
Cassie leu a matéria com um sorriso nos lábios. Realmente tinha dado um soco num aluno, pois ele insinuara que as altas notas em seus N.O.M.s fora por interferência do avô, ela ficara possessa.
Quanto às detenções, era realmente verdade, adorava provocá-las exatamente para causar vergonha no avô e na sua alta linhagem real. A vizinha deveria ser a senhora Stoloja, amicíssima da avó, pois esta vivia reclamando da neta. Queria saber agora se elas continuavam amigas. Era certo que a mulher deveria estar horrorizada pensando que muitas vezes poderia ter sido morta pela filha do assassino Sirius Black.
Quanto a ficar na cidade, era outra verdade, preferia sair do castelo e ficar andando sem rumo, além de ser divertido estar entre os trouxas.
Não deixaria essa matéria incomodá-la, isso seria apenas o começo. Jogou o jornal de lado e começou a comer, tranqüilamente, para surpresa de quem estava por perto, pois esperavam uma reação mais violenta da parte de Cassandra.

HPHPHP

O dia seguinte transcorreu como o anterior, mas no final da aula de Poções a Professora Minerva interrompeu, pedindo a Snape se poderia soltar Cassandra antes. O professor deu um sorriso maquiavélico imaginando que a garota ia cumprir a sua detenção, e a autorizou a sair, mas viu suas esperanças caírem por terra quando ouviu McGonagall dizer à menina:
- Você tem uma visita.
- Sério? Quem? Não conheço ninguém, a senhora sabe.
McGonagall deu alguns passos pelo corredor antes de falar.
- Seu avô, Cassandra.
- O que ele pode querer? – Cassie se perguntou em voz alta.
- Vá até a sala do diretor, ele a está esperando lá. A senha é lambe-dedo.
Cassandra seguiu apreensiva, o que será que o avô estava fazendo ali? Se fosse para levá-la embora, de jeito nenhum que iria.
Bateu à porta da sala do diretor e entrou pedindo licença, viu o avô de costas sentado a uma cadeira, enquanto Alvo Dumbledore fitava Petre com irritação nos olhos.
Olhou para ambos, mas não disse nada. Não tinha mesmo o que falar ao avô.
Dumbledore se levantou e, rodeando sua mesa, aproximou-se de Cassandra colocando a mão em seu ombro.
- Vou deixá-los a sós para que possam conversar. – apertou levemente o ombro da menina e se retirou.
Cassie esperou, mas o avô ao menos se levantou da cadeira para olhá-la. Se ele queria que ela dissesse a primeira palavra, ficariam ali por séculos.
- Eu sabia que isso aconteceria. – Petre disse enfim. – Ver a história da minha filha chocalhada na boca de todos. Como se ela fosse uma qualquer. – ele falou jogando uma edição do Profeta Diário em cima de Cassandra, que o pegou no ar.
Cassie segurou-se para não falar nada. Calma. Muita calma.
- Era isso que você queria Cassandra? Ver o nome de sua mãe dito com ironia por pessoas estranhas? Ver a sua história no jornal? Ser famosa? – nesse ponto Petre já se levantara e fitava a neta nos olhos. – Você conseguiu, sua avó ao menos pode sair de casa, as amigas riem da desgraça de nossa filha.
- Se derem risada, é porque não são amigas...
- Calada.
Cassie silenciou, mais de susto que de medo.
- A casa Colomano está em desgraça e é tudo por sua culpa.
- Eu não tenho culpa se a minha mãe não contou ao Sirius que estava grávida.
- Não ouse culpar sua mãe pela desgraça que seu pai a fez passar! – Petre gritou. - O que você acha que ele teria feito? Casado com ela? Não se iluda, o homem era um rebelde, ele teria virado as costas a vocês duas.
- Nunca iremos saber, não é vovô?
- Não me chame de avô. – ele retrucou em tom baixo mas feroz. – Nunca mais me chame de avô.
Cassandra olhou espantada para o homem a sua frente. Certo que eles brigaram a última vez que se viram, também era correto que ele lhe deserdara, mas essa agora era nova.
- Ok. – falou despreocupada. – Sr. Colomano. – continuou com ironia.
- Eu tomei uma decisão, deveria ter feito isso há anos atrás, mas sua avó me fez prometer que cuidaria de você. Graças a Merlim essa promessa perdeu a valia no momento que você decidiu sair do castelo.
Cassie esperou, mas o avô parecia estar longe.
- Você não pode mais usar o nome Colomano. – ele disse de repente.
- O quê? – Cassie perguntou espantada. – Como não? É o nome da minha mãe, fui registrada com ele...
- Esse é o nome da minha família, um nome de grandezas além da sua imaginação, infelizmente ele acaba comigo, porque eu exijo que você não o use mais. – disse severo.
- Você não pode fazer isso... - Cassie começou a dizer indignada, mas foi interrompida.
- Posso e já fiz. – estendeu-lhe um pergaminho que ela pegou rápida.

Declaração de Renúncia
A partir do presente momento, Cassandra C. Colomano, filha de Cibele Colomano e Sirius Black, residente no momento na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, está terminantemente proibida de continuar a usar o sobrenome Colomano, da Casa Colomano, herdade do Principado da Valáquia.

Latimer Vlasi
Escritório de Registros Civis
Depto. Da Romênia
Ministério da Magia


Cassandra, leu e releu a tal declaração, não acreditando que o avô chegara tão baixo. Então ele estava cortando definitivamente os laços não é mesmo? Deu uma risada, misto de deboche e divertimento.
- Espero que agora você esteja feliz. – falou estendendo o papel a ele. – Enfim se livrou completamente da sua neta.
- Eu nunca tive uma neta, não uma nascida fora de um casamento e ainda por cima filha de Black. – Petre quase cuspiu as últimas palavras.
- Por que você aceitou a minha mãe de volta? Pelo jeito não gostava dela também, então por que ficou comigo depois que ela morreu?
Petre desviou os olhos da garota.
- Não pense nem por um momento que eu queria ter sua mãe de volta ao castelo, não com um bebê que não parava de gritar em seus braços. Mas sua avó ficou com pena de vocês e as aceitou.
- E o que ela acha disso aí? – Cassie perguntou com um estranho nó na garganta, ao pensar na mãe tendo que se humilhar para esse homem, pelo bem da filha.
- Sua avó concorda comigo que não devemos ter mais nenhum laço com a filha de Black.
- Eu sou filha de Cibele também, e por mais que esteja escrito aí nesse papel que não posso usar seu sobrenome eu sou sua neta. Sou da casa Colomano assim como da Casa Black, e isso você não vai poder esconder mais, já que todos sabem não é?
- Com esse papel aqui... – e ele balançou o pergaminho com raiva. – Você não é mais nada, já que tem tanto orgulho da casa Black, porque não usa o nome dele?
- Pois é o que eu vou fazer. – ela falou virando-se para a porta.
- Você ainda vai perder esse ar arrogante garota, como a sua mãe um dia teve que mendigar acolhida para nós, você vai querer voltar, e vai ter a porta na cara, porque no castelo você não entra nunca mais.
Cassie parou à porta com a mão na maçaneta, sem virar-se para o avô disse:
- Nem que eu tenha que me aliar a Voldemort eu vou pedir algo a você... Petre. – e com isso saiu fechando a porta suavemente.
Nossa, como eu me controlei bem, pensou Cassandra descendo a escada circular. Seu avô, não, Petre Colomano a pegara de surpresa.
- Mas até que não me saí mal. – disse em voz alta para si com um sorriso não muito animador.
Tinha que ser honesta consigo mesma, apesar de não ter amor pelos avós, e saber que a recíproca era a mesma, ser colocada de lado sem um sobrenome para carregar, deixara-a com um bolo na boca do estômago. Deu de cara com Alvo Dumbledore parado no corredor em frente à gárgula. Os dois se fitaram por um instante.
- O senhor sabia? – Cassie perguntou recebendo um aceno positivo do diretor.
- Você está bem? – ele perguntou.
- Tudo bem professor, me pegou de surpresa, mas eu me recupero. – tentou sorrir mas conseguiu apenas fazer uma careta.
- Se você precisar conversar sobre o assunto, estarei em minha sala Cassandra.
- Valeu professor. Vou indo, tá bom?
Dumbledore ainda ficou parado no corredor observando a garota se distanciar, não entendia os motivos de Petre, ao menos queria sabê-los, nada justificava renunciar a uma neta, ainda mais, a uma como Cassandra. Soltou um profundo suspiro e seguiu para sua sala.

HPHPHP

Cassandra, depois de contornar o canto do corredor começou a correr, o sinal do fim das aulas acabara de soar, e ela desviava de outros alunos rapidamente, tinha que ir para longe, sair do castelo, estava sentindo-se sufocar, precisava de ar, e rápido.
Passou como um tiro pelos alunos que a fitaram espantados, Neville gritou seu nome mas ela ao menos ouviu, desceu voando pelas escadas, saiu correndo pela porta do hall principal, nem sabia direito para onde ir, só não queria ver e conversar com ninguém nesse momento.
Não queria por nada nesse mundo chorar por um motivo tão besta quanto era aquele de perder o direito ao seu sobrenome, mas não conseguiu evitar por muito tempo segurar as lágrimas. Caiu de joelhos no meio do campo de quadribol escondendo o rosto nas mãos. Chorou. Um choro sentido, desabafando talvez, todas as mágoas, dos anos que passara no castelo dos avós.
Por que o avô fizera isso? Por que a odiava tanto? Tinha que ter mais motivos do que apenas ser filha de Sirius.
Cassandra sentou-se sobre os calcanhares soltando um suspiro de tristeza, olhou para o céu ainda azul de final de tarde.
- Chega de autocomiseração Cassandra. Erga a cabeça, você não vai deixar aquele velho amargo derrotá-la não é? - Cassie falou consigo mesma.
- De jeito nenhum. – respondeu à sua pergunta em voz firme, levantando-se enquanto caminhava de um lado para outro.
- Ele nunca conseguiu dobrá-la, não é agora que você irá se entregar. – continuou falando sozinha.
Mas e agora? Seria como Madonna com um nome apenas? Deu risada de seu pensamento, bom pelo menos seria diferente. Ou começaria a usar o nome Black? Não fazia a mínima idéia se a mãe colocara Sirius como seu pai. Como se descobria essas coisas? Talvez Dumbledore pudesse ajudá-la. Ou talvez a professora McGonagall, não queria abusar de Dumbledore.
Virou-se para retornar ao castelo, pois ficara perdida em pensamentos por tempo demais, quando viu um vulto negro correndo em sua direção, antes que pudesse firmar os pés sobre o chão, Black pulou em seus ombros derrubando-a enquanto lambia seu rosto.
- Black seu maluco, precisa aprender a usar menos a força. – Cassie resmungou tentando empurrar o canzarrão de cima de si, mas o máximo que conseguiu foi afastá-lo um pouco. – Você estava com saudades não é? – ela falou conseguindo enfim sentar. – Sabe, eu andei pegando algumas detenções. – o cão latiu como se estivesse dando-lhe uma bronca. – É eu sei, tinha prometido a mim mesma pegar mais leve, mas o Snape é tão terrível como o Dobby contou pra gente, e eu extrapolei em nosso último encontro, falei tudo o que queria, e também um pouco mais.
Cassie continuou conversando com Black, o cão sentara-se no chão ao seu lado apoiando a cabeça no colo dela, como se de fato estivesse entendendo tudo que a dona dizia. Era bom conversar com alguém sem ficar medindo o que deveria dizer, Black era um excelente ouvinte.
- E aí? O que você me diz da gente ter o mesmo nome? Vai ser demais não é? Pelo jeito seremos somente nós dois daqui por diante.
Cassandra levantou-se limpando as vestes e seguiu enfim para o castelo com Black pulando ao seu lado, agora já era noite fechada e o jantar já deveria estar na metade. Como não queria ver ninguém, depois de se despedir de Black com um forte abraço, seguiu direto para as escadas, passou pelo retrato da Mulher Gorda dando com um Salão Comunal completamente vazio. Sentou-se no sofá em frente à lareira fitando o fogo, perdida em pensamentos. Nem se deu conta de que os alunos começavam a entrar, ou ao menos que alguém se sentara ao seu lado.
- Cassandra. – alguém falou alto dando-lhe um susto.
- Neville. Oi, desculpa você falou algo?
- Você está bem? Chamei três vezes e você parecia perdida em pensamentos.
- Tá tudo bem, só estava pensando em umas coisas. – falou voltando a olhar o fogo.
- Você passou correndo por mim à tarde, eu queria dizer que trouxe suas coisas da aula de Poções. – ele falou apontando a mochila sobre a mesa à frente.
- Ah Neville, tinha até esquecido da minha mochila. Obrigada. E desculpa não ter te visto. – ela falou lançando-lhe um rápido olhar.
- Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou percebendo os olhos vermelhos, clara indicação de que ela chorara.
- Aconteceu, aconteceu sim. – ela falou séria.
Neville ainda fitou Cassandra por alguns segundos, mas como ela não disse mais nada ele se levantou.
- Que houve? - Rony perguntou a Neville apontando Cassandra.
- Ela não disse. – Neville respondeu ainda fitando a menina. – Ela chorou.
- Chorou? – Harry perguntou interessado. – Será que o Malfoy aprontou mais alguma?
- Se aprontou, duvido que a Cassandra ia chorar, mais fácil bater nele de novo. – Hermione falou. – É outra coisa.
- Eu vou lá. – Harry disse afastando-se.
- Eles não estavam brigados? – Neville perguntou.
- Parece que se acertaram. – Rony comentou.
- Oi. – Harry disse sentando-se ao lado de Cassandra.
- Hn. – ela resmungou, sem tirar os olhos do fogo.
- Não quer conversar?
Ela apenas deu de ombros.
- Malfoy te chateou?
Aceno negativo.
- Alguém te chateou?
Outro aceno negativo.
- Alguém mais disse algo contra sua mãe?
Dessa vez Cassie não acenou, abaixou a cabeça soltando um suspiro triste.
- Que foi Cassie?
- É a primeira vez que você me chama de Cassie. – ela falou dando um leve sorriso.
- Eu posso?
- Claro. Eu gosto. – disse olhando para ele, que nesse momento percebeu os olhos vermelhos.
- Você chorou.
- É, não deu para evitar. Eu odeio chorar, fico com nariz de palhaço.
- Fica nada. No máximo, nariz de elfo.
Cassie deu uma leve risada, ficando em silêncio em seguida. Harry não falou mais nada, deixou-a decidir se queria conversar.
- Harry. – ela começou incerta.
- Fala.
- Eu tomei uma decisão hoje, mas gostaria de pedir a sua opinião. – ela falou séria.
- Se eu puder ajudar.
Cassandra, como sempre foi direto ao assunto.
- Bom, é o seguinte. Você se importaria se eu usasse o sobrenome do Sirius?
Harry ficou surpreso por um segundo. Não esperava a pergunta. Encarou Cassandra por alguns segundos sem dizer nada.
- Ah deixa pra lá, foi uma idéia estúpida. – Cassie falou levantando-se.
- Volta aqui. – Harry se refez rápido e puxou-a pelo pulso fazendo-a sentar de novo. - Por que essa idéia agora? – ele perguntou.
- Isso importa? – Cassie não tinha muita vontade de dizer o que o avô fizera, mas o tom de voz saíra tão magoado que Harry ficou curioso.
- Na verdade importa, já que o motivo dessa súbita idéia a deixou tão triste.
Cassandra encarou Harry surpresa por ele ter ligado os fatos, a expressão do garoto mostrava tanta simpatia que quase chorou de novo. Engoliu em seco desviando os olhos.
- Meu avô... – ela começou a falar baixinho. - Quer dizer Petre Colomano, trouxe uma declaração hoje me obrigando a não usar mais o sobrenome dele. – falou mais baixo ainda.
- Eu não acredito. – Harry gritou indignado levantando-se, assustando Cassandra e os outros alunos que estavam no salão.
Ele olhou dos lados dando uma risadinha sem graça e sentou-se de novo.
- Será que eles estão brigando? – Neville perguntou.
- Acho que não, a Cassandra ainda não bateu no Harry. – Rony gracejou.
- Ele fez isso? – Harry perguntou dessa vez em tom mais baixo. – Mas ele é seu avô.
- O que não quer dizer que isso signifique me amar. Você mais do que ninguém deveria saber disso. – ela disse.
- É, eu sei. – ele falou. – Espera aí. Como é que você sabe tanto sobre mim? E nem tenta dizer que andou ouvindo por aí. Não cola mais.
Realmente não colava. Teria que dizer o nome da sua fonte.
- Foi o Dobby.
- Dobby?
- Ele é amigo do Dudu, elfo dos meus avós... quer dizer dos Colomano. Quando você libertou o Dobby ele fez uma visita ao Dudu, e contou o quanto maravilhoso, grandioso, bondoso, e todos os osos que você possa imaginar sobre o humilde e modesto Harry Potter.
- Ele não falou tudo isso. – Harry disse totalmente sem graça.
- Ah ele falou sim. Fora o valente, audacioso, eu já falei grandioso?
- Tá, tá, eu já entendi. – ele falou vermelho de vergonha.
Cassandra deu risada do constrangimento de Harry.
- Então você não vivia bem na casa de seus avós.
- É, as coisas não eram muito fáceis por lá. – não queria entrar em detalhes. - Hoje eu sei que é por causa do Sirius, mas deve ter mais coisa aí nesse pudim de carne.
- Está chateada?
- Fiquei, por um momento. Ser ignorada é ruim, ser deserdada, também. Mas ser proibida de usar o sobrenome da sua mãe... Senti como se fosse um pergaminho velho sendo descartado.
Os dois ficaram em silêncio observando o fogo na lareira, os sons no Salão Comunal da Grifinória ia aos poucos diminuindo. Rony e Hermione ainda estavam por ali, e não resistiram mais à curiosidade, aproximaram-se sentando nas poltronas perto de Harry e Cassandra, que nesse momento pareceram acordar de seus pensamentos, cada qual perdidos na vida fora da escola.
- Tudo bem com vocês? – Mione perguntou.
- Está. – os dois responderam juntos.
- Bom, acho que vou dormir. O cansaço das detenções bateu aqui. – Cassie falou levantando-se.
Harry num impulso segurou-a pelo pulso.
- Eu ainda não respondi à pergunta que você me fez.
- Deixa pra lá, andei pensando que seria legal ter um nome só. – Cassie falou dando uma risadinha, que não convenceu Harry de que fosse sincera.
- Senta. – falou puxando-a.
- Que história é essa de um nome só? – Rony perguntou.
Cassandra e Harry trocaram um olhar, ela deu de ombros.
- Cassandra decidiu trocar o sobrenome Colomano por Black. – Harry falou para espanto dos outros dois.
- Mas se você quer usar o sobrenome de Sirius dá para acrescentar na frente de Colomano. – Hermione falou.
- Não, não dá. – Cassie disse soltando um suspiro. - Ah Harry, você conta a eles, e depois me diz a sua opinião. Esse assunto já me cansou por hoje. Vou dormir. Boa noite.
Cassandra ergueu-se rápida não dando chance a Harry de puxá-la de novo, subiu para o quarto das meninas jogando-se na cama com roupa e tudo. Achou que demoraria a pegar no sono, mas estava mais cansada do que imaginara.



HPHPHP

- Nossa, esse Petre Colomano deve ter freqüentado a mesma escola que seu tio, Harry. – Rony brincou, mas estava abismado com o que o amigo lhe contara.
- Tadinha da Cassandra. – Mione falou pesarosa.
- É. – concordou Harry pensativo.
- E o que você vai fazer? – a amiga perguntou a Harry.
- Ela foi legal pedindo a sua opinião. – Rony falou.
- Concordo com o Rony, afinal ela poderia muito bem pegar o sobrenome do Sirius, sem ao menos dizer nada, estaria no direito dela.
- É. – concordou de novo o lacônico Harry.
Mione e Rony esperaram o amigo dizer o que decidira, mas ele ficou em silêncio.
- E então? – ambos perguntaram ao mesmo tempo.
Harry deu um sorriso aos amigos e levantou-se erguendo os braços acima da cabeça bocejando.
- Vou dormir.
Os dois amigos ficaram olhando-o subir as escadas de boca aberta.
- Eu não acredito. O que é que ele tá pensando da vida? Acho que ele vai proibi-la de usar o nome Black. – Rony falou.
- Eu acho que ele já decidiu, mas quer falar primeiro com a Cassandra. E ele vai dizer que por ele está tudo bem. – Mione falou contrariando a opinião de Rony.
- Quer apostar? – Rony perguntou estendendo a mão a Mione.
A garota fitou o amigo por uns segundos e decidindo-se, apertou a mão dele.



Continua....


N.A.: Credo, que capítulo curtinho....Fui até dar uma olhadinha na seqüência, mas não tinha muito haver, então resolvi deixar curtinho assim mesmo....
Esse Petre Colomano é uma peste não? Sabem que depois desse capítulo eu decidi algumas coisinhas quanto a ele?...eheheeh...altos planos da Rô....
Harry e Cassie já estão mais envolvidos não? Que vocês acharam? A Cassie dando uma de forte, adoro essa menina...eheh...
Pessoal, quem disse que Sirius tem olhos azuis, por favor, preciso saber em qual livro e qual página, está essa referência, OK? E se foi alguma entrevista de J.K. respondendo essa questão, em que site está.
Gente, eu bem que gostaria de atualizar antes, mas não tem jeito, eu sinto muito por ser assim, mas é complicado escrever uma fic, até posso postar tudo que tenho, um capítulo por semana, mas e depois? Eu estou escrevendo com calma e tranqüilidade, por isso vamos devagar e sempre...entenderam né?..ehehe...além do mais eu tenho outras fics exigindo atenção, e vida particular, é, eu tenho uma também...eheheheh..então já imaginaram? Não dá para passar horas aqui na frente do PC digitando que nem uma maluca, por mais que eu queira contentá-los.

Agradecimentos:
Melody,
valeu pelo comentário. Snape realmente mereceu tudo que ouviu da Cassie. Draco apanhando mais? É uma idéia..ahahahah....Olha, eu comentei no final do capítulo passado que não encontrei referência nos livros sobre a cor dos olhos do Sirius, pode ter passado batido. Você está dizendo que são azuis, teve uma outra garota que disse o mesmo, mas eu preciso saber onde está, você pode me dizer? Qual livro e qual página.

Maria Eduarda, eheheh....o atualiza pelo amor de Deus, foi bom....eu faço o possível, para ser rápida, mas eu tenho outras atribulações, sinto com a demora, só espero que você não desista de ler. Nossa, essas paródias musicais, foram complicadas...ahaha..mas ficaram divertidas...

PVPP, oi, você nem sabe como ainda dou risada quando leio o que a Cassie aprontou nessas detenções....normalmente é o que eu mesma faço, não em detenções, claro..ahaha...mas quando estou fazendo um servicinho chato, eu solto a voz, coitados dos vizinhos...ahahahah...não sou nada afinada..eheheh,..valeu por deixar comentário.

Um abraço a todos que estão lendo.


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