Capítulo 06



DESTINOS ENTRELAÇADOS


Autora: Rosana
Revisora: Marjarie

Capítulo 06



Cassandra seguiu o professor até sua masmorra. Ele entrou, sentando-se à sua mesa e fitando a garota com um brilho furioso nos olhos.
- Fiquei sabendo que você bateu em Malfoy.
- Eu professor? Eu sou uma garota, como poderia ter batido em Malfoy? – ela falou em tom inocente.
- Há testemunhas Colomano.
- Foi um acidente. Ele foi pegar a minha vassoura, acho que queria ajudar, mas puxou muito forte, como eu sou mais fraca, soltei e acabou acertando a testa dele sem querer. Foi isso que aconteceu. – Cassie explicou calmamente.
- Não foi o que ele disse.
- É claro que não foi. Ele é Sonserino e eu sou Grifinória, provavelmente eu corri atrás dele pelo salão com a vassoura batendo várias vezes na cabeça dele. – ela disse dando risada.
- Isso não é uma piada. – Snape rosnou.
- Não foi uma piada, só estou contando a história do Malfoy mentiroso.
Snape a encarou por uns segundos e quando viu já estava falando o que não deveria.
- Você não se parece nadinha com sua mãe.
Cassie arregalou os olhos. Eis o que esperava há tempos.
- O senhor a conheceu? – não resistiu em perguntar.
- Sim. – ele disse de má vontade. – Era uma boa garota. Vocês são parecidíssimas fisicamente, mas as semelhanças terminam aí. – completou.
Cassie morria de vontade de perguntar mais, mas foi paciente e esperou, não queria mendigar informações, não dele. Só que esperou em vão, pois Snape não disse mais nada.
- Só isso? Posso ir? – perguntou um tanto arrogante, quem sabe se o provocasse mais um pouquinho.
- Você é igualzinha a ele. – Snape disse tão baixinho que Cassie mal ouviu.
- Ele quem?
- Seu pai.
- O que você sabe sobre meu pai? – ela questionou, também em tom baixo.
- Você? – ele retrucou sarcástico. – Posso lhe aplicar outra deten....
- Fale. – ela gritou perdendo imediatamente a calma de antes – Como você sabe do meu pai? – Cassandra apoiou ambas as mãos na mesa do professor, encarando-o nos olhos.
Snape deu uma leve estremecida, mas Cassie duvidava que fosse de medo.
- Isso não vem ao caso. – ele disse enérgico, tentando fugir de responder, desviando os olhos.
- Quem lhe contou? - Cassie tentava manter-se sob controle, mas era difícil.
- Sua mãe. – Snape respondeu enfim.
- Eu não acredito, ela não falou para ninguém, só uma pessoa sabia...
- Eu descobri sem querer que ela estava grávida, aí somei dois mais dois, e quando perguntei quem era o pai ela não negou. Nem precisava, somente de olhar para você já sei de quem herdou esse jeito arrogante e desafiador. Black era igualzinho. – agora que começara, Snape não conseguia parar.
- Você o odiava não é? É por isso que me trata tão mal. Não tem nada a ver eu ser da Grifinória.
- Eu a trato como você merece.
- Não, você trata os alunos como se fossem cachorros. Neville você não suporta porque ele não consegue trabalhar na sua frente, ele morre de medo de você, e você adora isso. Harry você odeia por ser filho de quem é, você levou alguns trotes na escola e amarga isso até hoje, vive...
- Quieta. – ele gritou levantando-se. – Quem você pensa que é para me analisar, me julgar, você não sabe nada da minha vida.
- Engano seu. Eu sei tudo pelo que você passou, todas as ofensas, zombarias e brincadeiras. Você é tão cego e centrado em si mesmo que não vê que faz e ajuda os outros a fazerem com Harry exatamente o que fizeram com você, é tão mal como Thiago e Sirius foram com você, senão pior, pois hoje você é um homem adulto, sabe muito bem o que está fazendo, vive dizendo que eles eram arrogantes, mas você é muito mais.
Snape por um momento ficou sem fala.
- Você ousa me comparar àqueles idiotas pomposos?
- Pomposo é você. Não digo que Sirius estava certo, o que fizeram foi errado, mas você revive esse erro hoje tratando seus alunos com deboche, você desconta neles suas mágoas pessoais, você é um péssimo professor. – Cassandra já gritava nesse ponto da conversa. Perdera totalmente o controle, fazia tempos que tinha isso tudo engasgado na garganta, bem antes de colocar os olhos nesse homem.
Severo Snape nunca na vida fora tão afrontando quanto agora, nem mesmo pelos antigos rivais da escola, a vontade que tinha era de bater nessa garota. Cassandra devia ter lido seus pensamentos.
- Vamos lá professor, desça mais um pouco. – provocou irônica, agora que começara não tinha noção de quando parar.
- Saia. – ele disse em tom baixo, mas feroz.
Cassie ainda ficou a fitá-lo.
- Saia daqui, eu não quero mais ver a sua cara, você é tão superior como Sirius Black. É bem filha dele.
Cassandra virou-se para a porta, estava tensa e ainda brava, não deveria ter perdido o controle, mas foram anos de amargura sabendo como Harry era atacado por esse homem. Quando chegou próxima à porta viu uma sombra movimentar-se, correu, abrindo-a de supetão, mas apenas entreviu as vestes virando o corredor.
- Droga! Droga! Alguém ouviu. Quero ser um troll se não foi um Sonserino. – falou encarando Snape com raiva. – E foi tudo culpa sua! – gritou, saindo correndo da masmorra.



HPHPHP


Idiota! Você é uma idiota. Cassie pensava enquanto corria desabalada em direção à sala de Dumbledore. É claro que alguém descobriria, era a cara da mãe. Mas tinha que ser esse homem? Justo quem mais odiava seu pai. E agora, a notícia estaria correndo à boca pequena, filha de pais não casados, e ainda por cima do notório assassino Sirius Black, é tudo com que sonhei.
- Cassandra. – ouviu alguém gritar seu nome, mas nem deu atenção.
- Aonde ela vai naquela pressa toda? – Rony perguntou ao lado de Harry.
- Será que Snape aprontou alguma? – Mione comentou, parecendo preocupada.
Os dois amigos ficaram com Harry às escadas esperando o retorno de Cassandra, mas ela mal os viu quando passou correndo. Harry nem pensou muito, saiu disparado atrás da menina.
- Harry! – gritaram os amigos.
Ele não poderia deixar para depois a conversa que queria ter com Cassandra. Chegara a hora das desculpas e colocar de lado as ofensas do dia. Magoara a garota por duas vezes, tudo por culpa do seu temperamento que desde ano passado andava meio quente. Está certo, ela lhe devia desculpas também. Daria-lhe a chance de pedi-las, pensou esperançoso.
Tinha que ser honesto consigo mesmo, e admitir que ficara um pouco preocupado por ela ter passado que nem um furacão. O que será que Snape dissera a ela?
Cassandra escorregou na frente da gárgula que guardava a entrada da sala de Dumbledore.
- Eu quero entrar. – disse, mas ela nem se mexeu. – Abre logo seu monte de pedra, não tá vendo que é importante?
- Gritar não vai adiantar. – disse uma voz atrás dela.
Cassie deu um pulo de susto, virou-se dando de cara com Harry, ficou olhando-o por alguns segundos. Talvez fosse melhor assim, ele saber de sua boca.
- O diretor sempre escolhe nomes de doces. – Harry falou sorrindo, pelo menos ela não o mandara embora. – Doce de Hortelã, Diabinhos de Pimenta, Pudim de Arroz, Ratinhos de Sorvete, Bom-Bom Explosivo. – Harry foi enumerando vários tipos de doce. - Mingau de Aveia. – nesse momento a gárgula deu pulo de lado deixando entrever uma escada espiralada. - Quem imaginaria, mingau de aveia, e eu falei por falar. – ele tentou brincar com Cassandra, mas ela estava muito séria. – Será que podemos nos falar depois de você resolver o que tem que resolver? – ele perguntou inseguro apontando para a escada.
Cassandra o encarou e rápida, pegou o braço de Harry puxando-o em direção à escada.
- Você vem também.
Harry ficou tão surpreso com a manobra, que não teve tempo de dizer nada. A escada espiralou subindo e os dois se viram diante de uma porta de carvalho. Cassie bateu com força e ouviram a voz do diretor convidando-os a entrar.
Cassandra entrou ainda puxando Harry pelo braço, nem olhou dos lados, fitou Dumbledore diretamente nos olhos, séria. Na hora ele percebeu que algo havia acontecido.
- Snape sabe. – foi falando, o que chamou a atenção de Harry.
- Professor Snape Cassandra. – Dumbledore a corrigiu.
- Esse mesmo. – ela falou com um gesto como quem diz que não se importa com o título do homem. – Alguém mais ouviu.
- Sobre o quê? – Dumbledore perguntou lançando um olhar de esguelha a Harry.
- Meus pais.
- Entendo. – ele falou cruzando as mãos com os cotovelos apoiados em cima da mesa. – E Harry veio com você....
- Ele não veio comigo, me seguiu e me ajudou a entrar, decidi que ele deve ficar sabendo por mim.
Harry que até esse momento acompanhava a estranha conversa sem entender nada, se interessou.
- Saber o quê? – perguntou olhando para Cassandra e em seguida para Dumbledore.
- O senhor concorda? – ela perguntou sem fazer conta de Harry.
- Saber o quê? – Harry perguntou de novo.
- É a sua vida criança. – Dumbledore apenas disse.
Cassie ficou olhando para o professor por alguns minutos e Harry já estava ficando cansado da situação.
- Saber o quê Cassandra? E fala logo que já estou começando a ficar irritado com esse silêncio.
- Isso está virando rotina não é mesmo? – ela falou irônica.
- O quê? – o garoto perguntou.
- Você se irritar. Senta.
Harry em vez de fazer o que ela pedira cruzou os braços e fitou-a sério. Dumbledore apenas sorriu da batalha de vontades travada a sua frente.
- Ah, muito bem, faça como quiser. – Cassie concedeu. – Harry, não há um jeito de dizer isso de uma forma delicada, então... Meu pai é Sirius Black.
Harry a encarou achando que não ouvira direito, sorriu acreditando que era uma brincadeira, olhou para Dumbledore, mas este não sorria, apenas fitava o vazio.
- Isso é uma piada? – perguntou enfim a Cassandra.
- Você acha que eu estou brincando?
- Ele nunca me falou de você, aí aparece assim de repente dizendo-se filha dele, e espera que eu acredite nisso? – ele perguntou ainda em tom de riso.
- Ele não sabia de mim.
- E você?
Cassandra deu uma leve pausa.
- Soube há dois anos atrás.
Harry andou de um lado para outro da sala. Sirius tinha uma filha. Cassandra era filha dele. Bom, explicava os olhos da garota lembrá-lo de Sirius, eram iguaizinhos. Mas se eles não se conheciam, como explicar Black? E ela chamar Snape de ranhoso?
- Tem algo errado. – disse.
Cassandra não entendeu.
- Seu cachorro chama Black, e você diz que não o conhecia.
- Coincidência. – ela falou sem desviar os olhos.
- E chamar o Snape de... – calou-se lançando um olhar para Dumbledore. - ... daquilo que você chamou. Sirius que lhe deu esse apelido.
- Coincidência. – agora ela não o encarou. Realmente fora um lapso.
- Uma ova. O que está faltando você me contar? E porque está me contando somente agora?
- Snape sabe, e alguém ouviu nossa conversa hoje, aposto que nesse momento todos estão falando da filha do assassino.
- Sirius não era um assassino. – Harry gritou aproximando-se tanto da garota que quase colou seu nariz ao dela.
- Eu sei Harry, mas é o que irão dizer, por isso sugiro que você comece a controlar seu gênio, senão quiser ficar o ano inteiro cumprindo detenção. – ela falou calma. – E não grita mais comigo. Isso já está me cansando. – completou apontando o indicador no peito dele para afastá-lo.
Ele afastou-se, mas não pediu desculpas.
- Se não fosse por isso, você não me contaria? – ele perguntou.
- Talvez mais para frente, não sei se você percebeu, mas nós dois não estamos nos falando muito ultimamente. Você nem fala dele, não sabia sua reação se contasse nesse momento, poderia não acreditar, ou poderia gritar comigo de novo. – falou as últimas palavras com ironia.
Harry sentiu uma pontada de culpa, mas suprimiu-a. Não sabia exatamente o que pensar, fora enganado, mas estranhamente entendia os motivos dela para não lhe contar.
- Como você soube? – perguntou curioso.
- Ouvi uma conversa entre meus avós.
- Foi por isso que veio estudar aqui em Hogwarts, por causa dele?
- Não, meus motivos são outros que não vem ao caso.
- Tem haver comigo? – ele perguntou em tom de desafio.
- Por que você acha que o mundo gira ao seu redor? Acorda garoto, eu também tenho uma vida.
- Você acaba de lançar essa bomba em cima de mim. O que quer que eu pense? – ele gritou de novo.
- Que há outras pessoas no mundo além de você e seus problemas. – nesse momento até Cassandra gritava, ambos esquecidos que o diretor estava bem ali ouvindo e assistindo tudo.
Dumbledore até estava gostando do embate, mas pigarreou ruidosamente para se fazer presente. Ambos viraram-se para ele assustados, mas ainda bravos.
- Muito bem. Agora que a notícia foi dada, porque os dois não conversam calmamente sobre o assunto? Cassandra, eu sei que você está curiosa para saber mais sobre seu pai. Harry, quanto a você, espero que seja delicado com a menina e conte-lhe os momentos que passaram juntos.
Os dois olharam-no de boca aberta com a sugestão, e fitaram-se um tanto quanto suspeitos.
- Vamos crianças, vamos. Agora que já entraram em um acordo, vão conversar sim?
Harry e Cassandra saíram da sala de Dumbledore em silêncio fitando-se para ver quem daria o primeiro passo.
Os dois foram andando em direção à Torre da Grifinória, o constrangedor silêncio perseguindo-os. Deram de cara com o pior ser que Harry esperaria encontrar nesse momento.
- Ah Potter. E a nova garota. Que bonitinho. – disse Pirraça rodeando-os.
- Passa fora Pirraça. – Harry resmungou.
- Está irritadinho é? – e virando-se para Cassandra. – E você está me saindo melhor que a encomenda, três detenções em três dias, isso é um novo recorde sabia?
Cassie apenas deu uma olhada em Pirraça, ainda estava com raiva por sua história ter sido descoberta tão rápido.
- Mas também, você é filha do Black assassino, não é?
- Ele não é assassino! – gritaram Cassie e Harry juntos, o que por um momento até assustou Pirraça, que voou mais alto.
Se Pirraça já estava sabendo, toda escola também estaria.
- Black assassino, Black assassino. Tem filha maluca. Potter pirado, tem amiga maluca. – ele ficou cantando a musiquinha, enquanto Cassandra e Harry se afastavam irritados.
- Esse Poltergaiste é irritante. – Cassie resmungou.
- Ouraios. – Harry falou a senha para o quadro que se abriu deixando-os entrar. - Tem que fazer de conta que ele não está falando. – Harry disse se referindo a Pirraça.
- Como você fez agora a pouco? – Cassie retrucou irônica.
- Eu não vi você agindo melhor que eu.
- Então, não me dê conselhos, que você não segue.
- Não foi um conselho. – Harry disse irritado por ela estar irritada, visto que era para ele estar furioso por ela não ter lhe contado sobre Sirius. – Mas aqui vai um, no futuro seja mais honesta.
- Quem você está chamando de desonesta? Eu apenas omiti uma informação. Na realidade não tem nada haver com você esse assunto, apenas contei para você não ser o último a saber.
- Mentirosa. Contou porque alguém ouviu.
- Não me chama de mentirosa. – Cassie gritou fechando a mão em punho, odiava que lhe chamassem de mentirosa, já estava pronta para partir a cara de Harry.
- Mas você mentiu. – ele continuou sem fazer conta da raiva dela.
- Tira os óculos. – ela falou de repente.
- O quê? – Harry ficou confuso por um momento.
- Eu não bato em quem usa óculos, tira logo porque eu posso deixar essa regra de lado.
Antes que Harry pudesse responder Hermione se aproximou deles.
- Por que vocês dois estão gritando? – ela perguntou.
Cassandra olhou dos lados, caindo em si ao ver o salão comunal da Grifinória cheio de alunos em silêncio fitando os dois. Inspirou fundo e abriu lentamente as mãos, na verdade duvidava que fosse dar um soco mesmo em Harry, mas chegara muito perto. Virou-se para se retirar, quando o ouviu.
- Pronto Cassandra. – Harry disse.
Cassie olhou-o, e viu que ele segurava os óculos na mão, e tinha os olhos cheios de desafio, por um instante sentiu uma vontade louca de dar risada, mordeu o lábio inferior para se segurar.
- Hoje não Potter, mas não abuse da sorte. – e com isso afastou-se.
- O que houve? – Hermione perguntou.
- Nem queira saber. – Harry disse seguindo a direção que Cassandra tomara.
- É verdade que você bateu no Malfoy? – Harry ouviu Dino perguntando a Cassandra.
- Foi um acidente.
- Você cantou hoje? Que música? – agora era um dos alunos do primeiro ano que perguntava.
Harry até deu um sorriso ao lembrar de Cassie dançando na frente de Malfoy para irritá-lo. Jogou-se em uma poltrona próxima, morto de cansaço, e ao olhar para Cassandra viu que ela tinha olheiras, pois além dessa noite ela ficara a anterior trabalhando. Harry se sentia dividido em relação a essa garota, às vezes lhe dava raiva pela petulância dela, outras ele a admirava por sua coragem em desafiar Snape. Depois ela lhe irritava e dali a segundos ela já fazia algo que lhe dava vontade de rir. E ela mandara-o tirar os óculos pois não batia em quem os usava, não sabia se ficava com raiva ou se dava risada da desaforada menina.
- Bicycle Race. – ele a ouviu responder.
Quem estava em volta pediu um trechinho, mas Cassandra prometeu que outro dia cantaria, pois hoje já estava um pouco rouca.
- Dá para contar agora o que aconteceu? – Rony perguntou a Harry, com Mione ao seu lado.
Harry fitou os amigos um a um. Soltou um profundo suspiro, não sabia bem o que sentir ao saber da última novidade, agora olhando para Cassandra, entendeu o motivo dela às vezes lhe lembrar Sirius, o mesmo olhar desafiador, a mesma sede de aventuras, e os olhos negros, idênticos aos do padrinho.
Por que ela não se revelara antes? Por que esconder de Sirius que ele tinha uma filha? Por que somente agora ela tinha vindo para Hogwarts? Cassandra ainda tinha que responder a muitas perguntas.
- Vocês nem sabem de quem Cassandra é filha. – disse enfim para os amigos.
- De quem? – os dois perguntaram juntos.
- Sirius.
- O QUÊ? – Rony e Hermione soltaram um grito que silenciou o salão da Grifinória.
Cassandra olhou para os três e deu um sorrisinho maroto, Harry quase retribuiu, mas controlou-se, afinal ele quase levara um soco dela hoje.
- Eu vou dormir. – Cassandra falou se levantando.
Ao passar por Harry ele se levantou e falou baixinho:
- Não tenho certeza se quero falar de Sirius com você.
- E eu pedi que você fizesse isso? – ela retrucou o encarando séria. – Não vou pedir nada a você Harry. Não mesmo. – Cassandra continuou andando em direção ao quarto das meninas.
- Conta essa história direito. – Rony pediu.
Harry sentou-se de novo, e contou aos amigos tudo que acontecera na detenção e depois na sala de Dumbledore.



HPHPHP


Cassandra ficou acordada a maior parte da noite, com medo de ter pesadelos novamente, cochilava um pouco e acordava assustada olhando dos lados. Resultado, na manhã seguinte parecia um porco espinho irritado, o que não era nada bom, pois já sentira no Salão Comunal da própria Grifinória, alguns olhares enviesados.
Sentou-se à mesa do Salão Principal para o café da manhã, e para seu completo desgosto viu Draco Malfoy se aproximando. Claro que ele seria o primeiro a dar uma de engraçadinho, Cassandra ficaria surpresa se fosse diferente.
- Então, agora sabemos porque você foi expulsa de casa. – ele foi logo dizendo.
Cassie continuou a tomar a sua xícara de café calmamente.
- Filha do Sirius Black. Que coisa Cass.... – ele não completou o nome de Cassie, provavelmente lembrara do aviso anterior. – Filha de um notório assassino que passou 12 anos na prisão dos Bruxos. E se você não tomar cuidado vai seguir o mesmo rumo que ele.
- É esse seu medo Malfoy? Ser preso junto com seu pai?
Draco a olhou com raiva.
- Não se esqueça que seu pai ainda está lá. – ela continuou, levantando-se.
- Não por muito tempo. – ele disse antes que pudesse se conter.
- Ah é? Pode ser. Talvez você queira se juntar a Voldemort, quando ele libertar seu pai. – Draco estremeceu ao ouvir o nome do bruxo mais temido. – O quê? Você tem medo do chefe do seu pai? – Cassandra deu uma risada divertida. – Bom, realmente não estou surpresa. De fato não mesmo.
Draco previra esse encontro de maneira diferente, essa garota era irritante por virar a conversa para seu lado.
- Com o que você não está surpresa?
- Com a sua covardia. Ataques pelas costas, choramingos para professores quando está machucadinho. – ela falou tocando a testa dele de leve, no que foi repelida no ato com uma tapa de Draco. – Que é isso Malfoy, não gosta de ser tocado? – Cassie provocou ainda mais.
- Não pela filha de um assassino.
- Duas vezes. Cuidado, você só tem mais uma. – ela falou séria.
Draco, um pouco lento mal percebeu a ameaça no tom de Cassandra.
Nesse momento Harry entrou pela porta do Salão Principal, levantara-se mais cedo imaginando o falatório que seria sobre Cassandra ser filha de Sirius, não sabia exatamente o que faria, mas queria estar por perto. Surpreso percebeu Cassandra já tomando o café da manhã, e logo viu quem estava próximo a ela. Claro que Malfoy seria o primeiro a fazer gracinhas com a informação. Harry aproximou-se dos dois em tempo de ouvir as últimas palavras de Draco.
- Talvez sua mamãezinha também tenha sido expulsa de casa, afinal você é uma bastarda não é mesmo? Seus avós provavelmente não iam querer uma vagab....
Draco não conseguiu terminar a sentença, levou um soco poderoso no nariz que o derrubou para trás, Cassie só não voou no pescoço dele, porque Harry conseguiu segurá-la pela cintura.
- Termina o que você ia dizer seu seboso filho de um comensal. Me solta Harry. – ela gritou.
Nesse momento o salão principal já estava bem mais cheio de alunos que estavam parados fitando a confusão que Cassandra armara.
- Cassandra, pelo amor de Deus, você quer outra detenção? – Harry falou para ela ainda segurando-a.
- Você não ouviu o que ele disse. – ela gritou fitando Malfoy que se levantava com a mão no nariz, que sangrava.
- Eu ouvi. Mas não vale a pena, ainda mais por ser mentira.
- Você quebrou o meu nariz. – Draco choramingou.
- Fala de novo da minha mãe e do Sirius que eu quebro bem mais que seu nariz. – Cassie gritou.
- Senhorita Colomano, mas o que pensa que está fazendo? – Professora McGonagall perguntou aproximando-se dos três rapidamente.
- Ela me bateu. – Draco disse apontando para Cassandra.
- Bati sim, e vou bater de novo. – Cassie disse brava, mas ainda sendo segura por Harry.
- Potter, solte a Colomano. – a professora falou ao garoto.
- Ela vai bater mesmo nele. – ele disse, mas fez o que a professora pedira.
- O que houve aqui?
- Ela me bateu e eu não fiz nada. – Draco disse ainda com a mão no nariz que sangrava profusamente.
- Ah seu moleque mentiroso. – Cassie ia voar para cima do garoto novamente, mas Harry foi mais rápido, segurando-a de novo. – De que lado você está? – Cassie perguntou virando-se para Harry.
- Do seu. E por mais que eu queira que você bata de novo no Malfoy, agora não é o melhor momento.
- Fiquem quietos. – a professora gritou. – Venham comigo. Os três.
- Você vai me meter em confusão de novo. – Harry sussurrou.
- Eu? Você é que se meteu de novo onde não foi chamado. – Cassie virou a sua frustração para o pobre do Harry que apenas tentara ajudá-la.
- Você queria o quê? Que a deixasse ser expulsa de Hogwarts? Pensa comigo, você já levou três detenções. Três. E em menos de uma semana. Eu não sei quanta boa vontade ainda há para com você.
- Nenhuma foi culpa minha.
- A segunda foi.
- Bom, essa talvez tenha sido. – ela concordou.
- Muito bem, comecem a falar. – pediu a professora Minerva assim que entraram em sua sala.
Draco e Cassandra começaram ao mesmo tempo.
- Quietos. Potter! – Minerva falou virando-se para o garoto.
- Eu peguei só o final, professora. – ele disse. - Draco ofendeu a mãe da Cassie chamando-a de... bom de.... – ele olhou de lado, não queria repetir a palavra.
- Vagabunda. – Cassie o ajudou.
- Malfoy. – a professora indignou-se.
- Eu não cheguei a falar. - ele resmungou.
- Realmente, ele só falou metade, mas pelo que disse antes me chamando de bastarda e Sirius de assassino eu até agüentei muito, viu professora. Eu não vou ficar parada enquanto qualquer um ofende a minha família. A senhora pode registrar isso aí. – Cassandra falou de cara fechada e ainda com raiva.
- Mas bater no Malfoy não é a solução. – McGonagall disse.
- Pode até ser, mas como eu disse, ele ultrapassou os limites, eu agüentei muito.
- É mentira dela, eu não disse nada disso.
- Disse sim, seu mentirosinho.
- Disse nada, você que é mentirosa, enganando todo mundo sobre seu pai.
- Que mentira eu contei seu covarde?
- Sobre ser uma Colomano.
- Ah mas eu vou encher a sua cara de soco. – Cassie se enfureceu ainda mais e já ia partir de novo para cima de Malfoy.
- Cassandra, Malfoy. Quietos. Esqueceram de onde estão?
Os dois ficaram em silêncio fitando-se com fúria. Harry estava a postos para segurar Cassandra de novo, pois ela estava de punhos fechados pronta para desferir outro soco em Malfoy.
- Eu vou falar apenas uma vez. Malfoy mais nenhuma palavra sobre a filiação de Cassandra. E Cassandra se eu ver você de novo resolvendo os seus problemas com socos, terá bem mais que apenas uma detenção. – Cassie ia retrucar que não fora culpa sua, mas a professora Minerva ergueu a mão pedindo silêncio. – Não diga nada, eu não terminei. Vocês podem ir Malfoy e Potter.
- Mas ela não vai receber detenção? – Malfoy perguntou.
- Pode ir Malfoy. – a professora insistiu, apontando para a porta.
Os dois meninos saíram, Harry lentamente e relutante fechou a porta.
- Sente-se Cassandra. – a professora disse para a garota.
- Estou bem de pé.
- Eu mandei sentar. – McGonagall foi incisiva, não deixando margem a dúvidas.
Cassandra afundou em uma cadeira de braços cruzados com cara de sofredora.



HPHPHP


- Sabe Potter, percebi que você e Colomano vão se dar bem. Black não era seu padrinho? Ela é quase sua parenta não é? – Draco não resistiu em provocar Harry ao saírem da sala da professora McGonagall
- Não enche. – Harry resmungou sem olhar o outro.
- Com certeza, depois dessa ela vai ser expulsa.
- Você fez de propósito não é? Cassandra não lhe deu atenção e você disse o que disse exatamente por isso.
- A menina tem confusão, escrito na testa. Eu só dei um empurrãozinho. Foi tão fácil. – Draco se gabou.
Harry é que já ia partir pra cima de Malfoy quando Snape apareceu no corredor.
- Draco! Fiquei sabendo de um problema no Salão Principal.
- Colomano professor, aquela garota deveria ser expulsa, ela quebrou meu nariz. – o menino lamuriou-se em tom fingido.
- Vá para a enfermaria. – falou dando um tapinha no ombro de Draco. – E você Potter? Pelo visto ajudou a encrenqueira.
- Para falar a verdade eu a segurei. Mas já estou arrependido. – Harry disse carrancudo enquanto olhava Draco se retirar com um sorriso irritante no rosto.
- Vocês dois são farinha do mesmo saco, mas vou agora mesmo dizer a Diretora da sua casa que essa menina não pode mais ficar no meio dos alunos. – e dizendo isso, bateu na porta da sala da professora Minerva e já foi entrando.



HPHPHP


Professora Minerva interrompeu o sermão que passava em Cassandra com a entrada do Professor Snape.
- Já a expulsou, Professora McGonagall?
- Não expulsei e nem irei, Severo. – ela respondeu fechando a cara.
- Não vai? – Cassie e Snape disseram juntos, ambos surpresos.
- É claro que não. Apesar de já ter dito a Cassandra que ela fez uma coisa muito errada e lhe passar uma severa detenção, Malfoy começou toda a situação. Sugiro que você cuide melhor dos seus alunos, eles adoram criar um caso e colocar os meus alunos em problemas.
- Agora a culpa é do Malfoy? – Snape se indignou.
- Entenda como quiser. Pode ir Colomano, depois conversamos sobre a sua detenção.
Cassandra saiu rapidinho da sala da professora, e assim que fechou a porta soltou um suspiro de alívio.
- Tudo bem? – Harry perguntou.
Cassie assustou-se pois não o percebera esperando-a.
- Está. – ela disse. E pegando Harry pelo braço, seguiu com ele em direção ao Salão Principal como se na noite de ontem eles não tivessem trocado insultos. – Ela não vai me expulsar. Pode acreditar nisso? Até eu me expulsaria. Reconheço que passei da conta, mas o Malfoy... – Cassie fechou a outra mão em punho e deu um soquinho no ar. – Ele pediu por aquele soco.
- Concordo com você, mas acho que é melhor tentar se controlar mais. – Harry falou um pouco surpreso pela animação de Cassandra, nem parecia o vulcão de antes, pronto para entrar em erupção.
- Eu vou tentar Harry. Prometo. – ela falou dando um aperto de leve no braço dele. – Queria agradecê-lo, eu sei que me irritei com você por ter me segurado, mas se você não tivesse feito isso, provavelmente Malfoy estaria sem os dentes agora.
- Isso ia ser interessante de ver. – Harry falou dando risada ao imaginar a cena.
- Melhor seria, de nariz torto, sem os dentes e...
- Cabelos dançantes. – os dois completaram, caindo na risada.
E foi assim que entraram no salão principal para terminarem o café da manhã. Hermione e Rony depois da noite anterior, acharam que Harry ainda se manteria distante de Cassandra. Qual não foi a surpresa de ambos, ao ver os dois dando risada.
- Qual foi a piada? – Rony perguntou sorrindo.
- O nariz torto do Malfoy. – Harry respondeu.
- E a falta de dentes. – Cassandra completou.
- Você também arrancou os dentes dele? - Mione perguntou assustada.
- Vontade não faltou, mas fiquei somente na imaginação. – Cassie disse pegando um pãozinho e passando manteiga.
- Por que você bateu nele?
- Primeiro ele veio com aquela fala mansa dele, que sabia porque eu tinha sido expulsa de casa. – Cassie disse agora séria. – E claro que meteu o Sirius no meio, mas o pior foi ter chamado a minha mãe do que não devia. – Cassie terminou amassando o pão que tinha na mão.
- A Mione também já bateu nele uma vez. – Rony disse como quem não quer nada, para constrangimento da amiga.
- Fala sério? – Cassie olhou para a outra surpresa.
- Foi só um tapa, nem tirou sangue. – Hermione fez que não era tão importante.
- Ah Hermione, você não sabe como isso me deixa feliz. Malfoy apanhando de garotas. – Cassie falou como se estivesse dando a manchete de um jornal.
Nesse momento houve a revoada tradicional de corujas deixando cartas e encomendas para os alunos.
Hermione pegou seu Profeta Diário e quando o abriu virou rapidamente a primeira página escondendo-a. Cassandra não notou nada de diferente, mas Harry já acostumado à manobra percebeu, e trocou um olhar com a amiga.
- Harry também já bateu nele. – Rony continuou como se as corujas não houvessem entrado. – Jorge, meu irmão ajudou. Fred não pôde, porque seguraram-no, e eu não estava por perto. Isso foi no ano passado.
- É, e nós três fomos expulsos do time de quadribol por isso. – lembrou Harry.
- Parece que o Malfoy gosta de apanhar né? – Cassie falou sorrindo.
- Você teve muita sorte em não ser expulsa. Qual foi a detenção dessa vez?
- Não deu tempo da Professora dizer, Snape entrou bem na hora. Aquele r... – Cassie não terminou a palavra que ia usar olhando meio de lado para Harry.
Os quatro adolescentes, silenciaram de repente. Ainda era meio difícil para Harry falar de Sirius, não sabia se conseguiria algum dia.
- Sábado tem treino de quadribol?
- Quando será a visita a Hogsmeade?
Hermione e Rony falaram ao mesmo tempo tentando quebrar o constrangimento que se instalara à mesa.
- Acho melhor a gente ir para a aula. – Cassie falou levantando-se.
- Espera. – Harry falou indo atrás dela.
- Será que eles vão brigar de novo? – Rony perguntou, seguindo com Hermione atrás dos outros dois.
Harry alcançou Cassandra à porta do salão Principal e foi andando com ela em direção à primeira aula do dia, DCAT.
- Quando eu disse ontem à noite que não tinha certeza sobre querer falar do Sirius, não foi por má vontade. – Harry disse depois de alguns segundos.
- Eu sei. – Cassie respondeu sem olhá-lo.
- Não está brava?
- Claro que não. O Sirius pode ser meu pai, mas eu não o conheci, e para você ele foi o mais próximo de um parente legal que você teve. Eu sei que deve doer muito pensar no que aconteceu. – Cassie falou olhando para baixo, parou de repente, obrigando Harry a parar também. – Não vou forçar a barra Harry, quando você quiser conversar sobre ele, estarei pronta para ouvir, mas senão quiser, por mim tudo bem. – continuou, agora o encarando nos olhos.
Harry fitou os olhos negros de Cassie tão parecidos com os de Sirius e assentiu em agradecimento. Talvez estivesse sendo egoísta em não querer dividir com Cassie os momentos que tivera com Sirius, mas nesse momento não era ainda capaz de falar sobre o padrinho, a culpa ainda o corroia por dentro.
Foi assim que Eveline avistou os dois da porta da sua sala, Harry tão parecido com Thiago, os mesmos cabelos bagunçados, e Cassandra delicada como a mãe e a personalidade forte do pai. Gostaria de abraçar os dois, pois morria de saudades dos amigos, agora todos mortos.
Não pôde evitar soltar um suspiro ao pensar em um amigo que estava vivo, mas que não a queria por perto. Melhor não ir por esse caminho. Deu uma tossidela discreta, chamando a atenção dos dois jovens, que entraram na sala sorrindo para a professora.
Harry sentou-se ao lado de Rony e Mione, e Cassandra seguiu em direção a Neville que lhe sorriu.
- Acho que o Neville tá apaixonado pela Cassandra. – Rony sussurrou para os amigos.
- Também acho. – disse Mione para surpresa dos outros dois, pois ela não era muito dada a fofocas. – Mas a Cassie o trata como trata os alunos do primeiro ano. Só espero que Neville não se decepcione muito.

Continua...



N.A.: Oi pessoal! Eu sei, eu sei, demorei horrores, mas ultimamente tudo anda muito atrapalhado, não, a verdade eu que me atrapalho sozinha..ehehehe...
Mas não se preocupem, a história vai continuar.
Então que acharam desse capítulo? Meio contraditória a nossa Cassandra...ahahahah...mas é bem por aí mesmo, uma pavio curto q esquece rápido....
Tudo que a Cassie disse ao Snape, na verdade foi um desabafo da autora que vos fala.
Se alguém souber a cor dos olhos do Sirius me digam, eu procurei e não encontrei, então fiquei com a cor negra, quando descrevi os olhos da Cassie.
Gente, eu sei que ando demorando, para postar os capítulos, mas eu tenho montanhas de coisas para fazer, quem me conhece sabe que andei enlouquecendo e estou escrevendo várias fics ao mesmo tempo, além das minhas coisas pessoais.
Por isso, podem cobrar atualização, sem problemas, só que não posso garantir retorno imediato...ehehehehe

Agradecimentos:-
Naty,
olha vou tentar agilizar a atualização, mas não posso prometer nada, já que a partir de agora os capítulos têm que ser muito bem, lidos e revisados. Faltam algumas coisas, como nomes de jogadores de quadribol, algumas aulas e outros detalhes, que precisam ser inseridos, mas valeu por estar lendo, gostar e querer continuação. Valeu mesmo.

Melody, também adoro Queen...eheheh....valeu por comentar as paródias, tive ajuda da minha revisora Marjarie...eheheh... Eu tentei mesmo fazer a Cassie com um pouco de Sirius já que a mãe dela era mais introspectiva. Vai ter romance sim, lógico, meio devagar, mas bem fofinho...Você é bem observadora, ao notar as corujas de Cassie e Harry...mas não me lembro deles se tocarem dessa similaridade..eheheh...talvez crie algo nesse sentido. Valeu.

Obs:- A senha Ouraios, significa basilisco em grego.

Obrigada a todos os leitores.







Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.