Um encontro, um pai.



Cap.31
20 horas depois Draco já estava na Inglaterra. E a família de Selene deveria partir em dois dias.
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¾ Draco! – disse Gina ao ver ele entrar pela porta do apartamento, muito antes do que ela previa que ele viesse.
¾ Se arrume, rápido por favor! – disse ele depois de um abraço longo e apertado nela, e depois de enxugar as lágrimas dela.
¾ vamos para onde?
¾ Para a mansão, vou colocar meu pai no lugar dele.
¾ Certo!
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A carruagem estava bem mais rápida do que de costume, chegou logo a casa, mais não entrou pelos portões, como normalmente faria, parou sob ordens dos passageiros.
¾ Pode ir embora. - disse Draco.
Gina enlaçou sua mão na de Draco e foi andando com ele, no clima de inverno que se sucedia, sem neve, apenas temperaturas muito baixas, que deixavam o tempo misto neste fim de inverno.
Eles abriram o portão, aliais, Draco abriu o portão, e entrou o mais sorrateiramente possível, junto com Gina.
Chagaram a escadaria de pedra, Draco abriu a porta.
¾ Gina, que quero que com a ajuda de Locke, tire todos daqui, seus filhos...
¾ Nossos! – disse ela num protesto quase inaudível, com a voz um tanto fraca.
¾ Nossos filhos, devem estar em um dos quartos principais trancados, saia daqui com eles, leve todos para o apartamento.
¾ Certo... e você?
¾ Vou colocar meu pai no devido ligar dele.
¾ Vai duelar com ele?
¾ Não de minha parte, mais tenho que estar preparado para tudo!
¾ Ta, e boa sorte! – disse ela beijando ele, e entrou na casa, indo para o lado oposto dele, sem fazer barulho.
Subiu a escadaria, e foi ver Selene, a porta estava trancada, murmurou um feitiço, mais não funcionou, tinha que pegar a chave. Desceu de novo e foi até a cozinha pedir ajuda a Locke.
¾ Você por aqui sua... – disse Milla ao vê-la, mas em um segundo,3 varinhas estavam apontadas para ela. A de Gina, a De Locke e a de Iam.
¾ Eu estou com uma cópia das chaves!
¾ Ele confia mesmo em você heim! – disse Iam.
¾É claro que não, essas cópias são as que os elfos têm, eu peguei emprestado deles.
¾ Vamos logo! – disse Gina.
Os três voltaram para o quarto de Selene, e Locke abriu a porta.
Selene estava lá dentro, visivelmente mal, parecia estar muito doente e de fato estava.
¾ Vocês... – começou ela, fraca.
¾ Não se esforce mais, e acredite, vai ficar tudo bem! – disse Gina. E se dirigiu a Iam. – Leve ela por pó flú para o St Mungus. Eles saberão o que fazer... e não me espere! – disse Gina puxando Locke para irem atrás dos filhos dela.
¾ Sabe onde estão? – perguntou ela.
¾ Sei sim, num dos quartos.
¾ O que Lúcio fez com eles?
¾ Nada, bom, pelo menos nada que não seja típico dele com crianças. Não se preocupe, o senhor Draco passou por isso.
¾ É aqui? – perguntou ficando de frente para a porta.
¾ É!
Locke abriu a porta, e Gina entrou primeiro, para ver seus filhos deitados na cama, com Alice chorando e Cris também. Ele limpou as lágrimas ao vê-la, mais não pode se conter e saiu correndo para abraça-la ao soluços quando a viu, Alice, correu para seus braços e também começou a chorar.
¾ A mamãe está aqui, com vocês!
¾ Vamos, rápido! – disse Locke.
¾ Venham comigo, eu vou tirar vocês daqui!
Eles seguiram até a sala onde geralmente se usava para viajar de flú.
¾ Você fica?
¾ Fico, eu ainda sou empregado da casa.
Os três, um de cada vez, foram de flú.
¾ Onde estamos mãe?
¾ È aqui que a gente vai morar agora!
¾ Por quanto tempo? – perguntou Alice.
¾ Eu não sei, eu ainda não sei!
¾ E o papai?
¾ È, aquele homem falou dele!
¾ Bom, o pai de vocês... eu espero que ele chegue logo!
¾ A gente vai morar com ele?
¾ Vai, vai sim...
¾ Oba!! – disse Alice.
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Draco, com a varinha em punho se aproximou do escritório de seu pai, estava controlado, calculista usando de todo o seu sangue frio.
Chegou perto da maçaneta, se preparando para usar um feitiço forte para abri-la, mas ao virar ela percebeu ela aberta, e empurrou a porta.
O que viu não era o que exatamente esperava, a sala estava vazia, com as janelas abertas. Isso o deixou mais apreensivo, seu pai odiava janelas abertas.
Andou com extrema cautela, olhando para todos os lados que conseguia, preparado para alguma surpresa. Foi até a mesa dele, que estranhamente estava vazia, sem nenhum objeto, apenas com um pergaminho em branco.
“Tudo o que eu podia esperar!” pensou ele irônico.
Revistou algumas gavetas, que estavam remexidas ou vazias, com uma teoria se formando em sua mente. Conferiu o cofre, que estava vazio, mais não se importou, o dinheiro a que Lúcio Malfoy tinha acesso, não era nem 5% de toda a fortuna.
Foi até o pergaminho, e pingou tinta, de um tinteiro, algumas palavras e números se formaram.
30 do 03, fuga, vingança... morte...
Não entendeu nada, mais o quer que fosse tinha a ver com o dia 30, do mês 3, Março, era dia 28, então, saberia em breve o motivo da fuga de seu pai.
Apenas para confirmar foi ao quarto dele, para lá, ver roupas jogadas, e uma mala faltando.
“Menos outro problema!”
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Ele voltou para o apartamento, logo depois, com o resto de suas coisas, para encontrar Gina, fazendo um lanche, na cozinha.
¾ Como está Selene?
¾ No St. Mungus, internada, receio que ela não vá resistir, disse, com um olhar triste e vazio, de onde escapou uma lágrima, mas ela logo limpou. –e Lúcio?
¾Ele fugiu, e saberemos o porque daqui a 2 dias! – disse ele estendendo o pergaminho para ela. – o que está fazendo?
¾ Sanduíches, eles não comem há muito tempo... estão no quarto!
¾ É...é... – disse ele meio encabulado, nada na vida tinha preparado ele para isso.
¾ Vai lá, você consegue! – disse ela sorrindo para ele.
¾ Não vai me dar conselhos?
¾ Vou deixar você fazer sozinho!
Draco foi em direção ao quarto suando frio. Não entrou direto, espiou. Viu os dois dormindo abraçadinhos. Eram lindas crianças, de cabelos incrivelmente loiros, sardas, e peles muito brancas.
Pareciam cansados, pareciam uns anjinhos.
Ele chagou perto, agachou perto da cama, e começou a brincar com o cabelo da menina, que cheirava a talco. Depois também brincou com o cabelo do menino, que parecia muito com ele.
O menino, fez menção de se mexer, e foi abrindo os olhos devagar. Draco ficou só olhando, com um medo jamais sentido antes.
Ele levantou a cabeça, e olhou para o homem, perto de si, que estranhamente parecia consigo, ficou olhando, o outro também, por alguns segundos. Não se falaram, só se olharam, um entendimento mútuo, dos dois lados. Uma amizade, paterna, que fez Draco perder o medo.
¾ Cris, volta aqui, eu to com frio! – disse Alice também acordando. – quem é que... – disse ela, e olhando para o homem a sua frente.
Sentiu a mesma afinidade com Cris, mais do seu jeito mais extrovertido.
¾ Papai? – perguntou ela, mas não para Draco, e sim para Cris, que fez que sim com a cabeça.
¾ Papai! – disse ela se jogando no colo dele, que mesmo pego de surpresa, segurou ela. – meu nome é Alice, e o seu?
¾ Draco!
¾ O meu é Cris! – disse ele meio tímido.
¾ Prazer, Cristopher não é?
Ele fez que sim com a cabeça.
¾ Porque...
¾ Por muitos motivos, - antecipou a resposta da pergunta que já sabia a continuação. – um dia, eu prometo que te explico todos eles, ouviu, mais o importante é que agora eu estou aqui, e vou ficar com vocês.
¾ E mamãe também não é?
¾ É!
Cris, sorrio, e também abraçou ele. E a partir daquele momento, Draco entendeu o que era ser pai, e eles o que era ter um pai, uma relação para sempre, que não se lembrou nunca do tempo perdido, e sim, do tempo que eles ainda tinham.
¾ Agora vamos comer! – disse Gina entrando com uma bandeja cheia de sanduíches.
¾ Acho que você fez demais! – disse Cris, vendo a bandeja grande, cheia de sanduíches também grandes.
¾ Sabe, realmente... – disse Draco.
¾ A gente congela!
¾ Eu não vou comer isso congelado não! – disse Alice.
¾ Nem a gente! – disse Cris, se referindo a ele e o pai.
¾ Nem eu! – disse Gina.
¾ A gente dá para a gata! – disse Alice.
¾ Que gata? – perguntou Gina.
¾ Aquela! – disse Cris apontando para um filhote de gata com uma fita rosa.
¾ Onde você acharam isso?
¾ Nos deram, naquele castelo.
¾ Você gostou dele? – perguntou Draco a Alice.
¾ É muito escuro!
¾ Concordo! – disse Draco.
E os 4 começaram a comer os sanduíches, sentados no chão!
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