n'O Beco Diagonal




Laís já havia tomado café e deixado a mesa pronta para Snape.Como já tinha quase terminado o "Atalhos para Poções" ela resolveu ler outro livro.Os que estavam mais bem cuidados se referiam a Artes das Trevas.Realmente,as Artes das Trevas eram muitíssimo interessantes,complexas e extremamente "viciantes".Laís leu um,que dava instruções para um bruxo criar um feitiço poderoso.Era muito difícil e complicado para um bruxo criá-lo.De fato,Snape deve ter ralado muito para criar o "Sectumsempra" .Ela leu mais uns livros finos,e logo estranhou Snape não descer para o café.A garota,preocupada,foi verificar em seu quarto.Ela subiu as escadas e se dirigiu ao quarto do mestre de poções.O quarto tinha uma pintura clara,uma cama de casal ( esse deveria ser o quarto dos pais de Snape ) ,um criado-mudo ao lado da cama,um guarda-roupa realmente muito velho,e a porta que se encontrava ao fundo deveria ser o banheiro.Laís verificou-o por inteiro,inclusive no banheiro,mas ele não se encontrava lá.Resolveu ir ao laboratório.


Ele não se encontrava lá também.A garota ficou realmente preocupada.Ele não iria sumir assim,sem dar nenhuma notícia.Ela ficou na porta,andando de um lado para o outro,com as mão para trás e muito ansiosa e nervosa.Ficou ali por longos e longos minutos,até que a raiva de ele não aparecer a dominou e ela falou,não,gritou:


–Por Merlin!Onde está aquele morcegão seboso?


A porta da frente se abriu,e um homem de cabelos negros e longos disse,ironicamente:


– O "morcegão seboso" está aqui.


Laís,ficou feliz e furiosa com Snape,mas pulou nos braços dele,num abraço demasiadamente longo.Depois do momento 'fofura' Laís se soltou do abraço,e a raiva faiscava dos seus olhos


–Aonde esteve?


–Ministério. - disse Snape,pondo a capa de viagem em cima da poltrona


–O que? - respondeu a menina indignada - Você me privou de um passeio ao Ministério?


–Estava numa audiência.Não poderia levá-la mesmo que quisesse.


–Audiência de quem?


Snape suspirou e disse:


–Malfoy.


–Ah..sim.Foi como testemunha,defesa,acusação?


–Fui apenas presenciar. Dumbledore me pediu.


–Ah..claro.O senhor não teve a brilhante ideia de me deixar ir não é? - a voz da garota estava carregada de ironia - O brilhante Severo Snape não teve a competência de levar uma menina ao Ministério para conhecer lá,porque ,simplesmente, ela não poderia ficar esperando umas horas porque é apenas um bebê. - a menina gritou com as últimas palavras


–Laís,acalme-se.Não vou privá-la de um passeiozinho ao Ministério.Mas não hoje.Faremos outro passeio.


–É o que eu estou pensando? - a menina se acalmara


–Se estiver pensando n'O Beco Diagonal...sim.


A menina ficou totalmente feliz.Um passeio ao Beco Diagonal.Sempre quis fazer isso.Ela falou,super feliz:


–Podemos ir agora?


Agora? Acabei de retornar do Ministério,por favor,me deixe ao menos descansar.


–Tudo bem,tudo bem.


Snape foi tomar um banho e Laís continuou lendo os livros.Tinha enormes curiosidades para perguntar a Snape.Como em quanto tempo ele precisou para criar o feitiço,quanto teve que estudar e quantas vezes o usou e ele saiu errado.Mas,logo,a menina percebeu que já passara muito tempo,então resolveu ir para o quarto,se arrumar para o passeio.


Tomou banho e vestiu o sobre-tudo que tinha pegado de Snape.Colocou botas pretas de couro,com um salto de mais ou menos 5 cm.Guardou a varinha,como de costume,na bota. Pegou o colar que sua mãe lhe dera de aniversário.Um colar com uma foram de coração,que ao ser aberto,dava acesso a duas fotos.Por incrível que pareça,as fotos que ela tinha eram de Snape e Lílian crianças.Jamais mostraria aquele colar a Snape.De jeito nenhum.Ela fechou o colar e prendeu no pescoço.


Seus cabelos enormes estavam ressecados por conta da água salgada do mar,então a menina passou um creme para pentear e prendeu-o com um coque frouxo,no meio da cabeça.Ela pegou de dentro da mala uma bolsinha,que continha algumas pequenas maquiagens.Tirou um frasquinho preto de delineador e passou em cima dos olhos,puxando o traço levemente.Pegou o lápis preto e passou em baixo dos olhos,que agora estavam claros.Sem fazer mais nada,ela desceu rapidamente,com a carta de Dumbledore nas mãos.Encontrou Snape lendo os livros que lera mais cedo.Ele já vestia a capa de viagem,o que significava que estava esperando pela menina.


Ele desviou os olhos do livro e encontrou com os de Laís.Ela sorria de uma forma realmente graciosa.


–Vamos? - ela perguntou inocentemente


–Vamos, mas ,onde está sua varinha?


A menina ergueu levemente a perna e tirou da bota direita a varinha azul claro.Snape ficou indignado:


–Você guarda a varinha na bota? - Laís ouviu o comentário e preparou-se para retrucar,mas Snape a impediu falando mais - Você não cansa de ser ...esquisita?


–E você? Não cansa de ser rude frio e chato,ranhoso?


Snape respirou para não responder para a garota,que deu um sorrisinho irônico,anunciando a sua vitória.


Eles caminharam até a porta de casa,Snape com uma cara furiosa e Laís se segurando para não rir.Aquela conversa pequena tinha sido realmente engraçada.


Aparataram no mesmo instante e logo estavam n'O Beco Diagonal.


Laís estava marivilhada com tudo aquilo.As lojas,as pessoas,tudo.Ela se conteve,mas por dentro estava gritando e pulando de felicidade.


Snape a conduziu para a loja Madame Malkin - Roupas para Todas as Ocasiões. Ele entrou com a menina e a senhora logo pegou as vestes de Hogwarts,já que Snape era um professor,a senhora logo deduziu para onde Laís iria.Ela vestiu a garota com as vestes de Hogwarts e ajustou-as.Minutos depois,Snape pagou a bruxa e eles sairam da loja,em direção á Floreios e Borrões.Snape permitiu que a menina entrasse antes que ele,mas quando entrou,sentiu que a menina congelou e ele também.


Harry Potter estava na loja,comprando livros para o 4º ano de Alvo Severo.Harry logo viu Snape e se aproximou.Laís achou que talvez fosse explodir de tanta felicidade.


–Olá,professor Snape.


–Olá senhor Potter.


Laís olhava diretamente nos olhos verdes de Harry.


–Olá,senhorita.


–Olá Harry Potter.


–Professor...quem é ela? - perguntou Harry,incrédulo


–Minha afilhada.Ela já leu os livros de Joanne,então já sabe de tudo.Bom,quase tudo, na verdade.


Harry se virou para Laís e Snape saiu para apanhar e pagar os livros da menina.


–Você já leu os livros de Jo?


–Já sim.Eu sempre adorei tudo.Eu..eu te amo. - a menina pulou nos braços de Harry. - Desculpe - me. - disse soltando-o


–Sem problemas.Se você leu os livros,sabe então do que o seu padrinho fez por mim,não?


–Com certeza.Snape é o meu herói.O homem mais corajoso do mundo.Achei super lindo da sua parte dar o nome dele para o seu filho. - ela olhou de relance para Alvo Severo - Se me permite dizer ele realmente é lindo.Principalmente os olhos.


–Obrigada.De coração.Olha,eu vou tomar sorvete depois com meus filhos,Rony e Mione.Se quiser nos acompanhar...


–Eu adoraria - Laís viu Snape se aproximando com os livros nas mãos - Mas acho que o professor Snape não me deixaria ir.


Os dois olharam para Snape,e Laís encarou-o nos olhos,suplicando com o olhar.


–Professor,Harry me convidou para tomar sorvete com os outros.Eu...posso ir?


Snape passou dos olhos de Laís e encarou Harry.Ele suspirou e disse:


–Tudo bem.Mas não se esqueça que temos que fazer uma visita ao Olivaras.


–Obrigada professor.


Snape saiu dali para comprar o resto do material da menina,enquanto Laís se dirigia a Gina,com Harry ao seu lado.


–Olá - disse Gina para Laís


–Olá.Quero que saiba que é uma honra estar aqui com vocês


Neste momento,Rony e Hermione se aproximavam,com Rose e Hugo ao lado.


–Oi Harry.Oi Gina - disse Hermione - Olá pequena.Qual é o seu nome?


–Me chamo Laís.Sou afilhada de Snape.


Rony se assutou ao ouvir a pronuncia do nome 'Snape' mas perguntou assim mesmo:


–Afilhada dele?Você é nascida trouxa?


–Sou - respondeu Laís olhando para Hermione - Como acha que eu conheço vocês?


Todos riram.


–Aonde está Snape neste momento? - perguntou Gina


–Ele está comprando o meu material. - respondeu Laís,completamente sorridente


–Comprando o seu material? - Rony pareceu ficar indignado - Você por acaso amoleceu aquele coração de pedra?


–Não chame ele assim - Harry e Laís falaram a mesma coisa no mesmo instante,e isso provocou um silêncio muito incômodo


Gina tentou puxar o assunto da sorte dos nascidos trouxas que leem Harry Potter, porque ele entram no mundo bruxo sabendo quase tudo.Assim seguiram para a sorveteria conversando.Ao chegarem lá,Laís começou a contar como eles são retratados no mundo trouxa,como são idolatrados e chamados carinhosamente de "O Trio de Ouro"


A conversa que Laís nunca esperara ter estava acontecendo.Eles sairam da sorveteria.Laís estava conversando com os mais velhos Rose,Tiago e Alvo Severo.Eles lhe contavam tudo sobre Hogwarts e como Snape age como professor.Contaram também que todos são da Grifinória e perguntaram :


–Em qual casa você acha que vai ficar?


Laís pensou um pouco.Nunca poderia ser da Sonserina,por ser nascida trouxa.Tampouco iria para a Grifinória.Lufa-Lufa também não.


–Acredito que eu deva ir para a Corvinal.


–Corvinal ? - perguntou Tiago - Você tem mais cara de Sonserina...


–Eu adoro a Sonserina - confessou Laís - Mas sou nascida trouxa.Jamais iria para a Sonserina.


Harry estava ouvindo a conversa e logo falou:


–É a primeira vez que vejo alguém lamentando por não poderia ir para a Sonserina.


Todos deram gostosas risadas,e Laís corou.Para a sua sorte,Snape estava vindo rapidamente em sua direção.


–Laís,temos que ir ao Olivaras.Já comprei tudo para você.


Laís sorriu e se virou para os outros.


–Foi realmente uma honra conversar com vocês.


–Imagina - disse Hermione


–Até Hogwarts,Laís. - disse Alvo Severo


–Até - disse Rose


–Até lá. - respondeu Laís


Harry deu uma pequena piscada para Laís,que respondeu a todos com um aceno de mão.


Snape apenas cumprimentou formalmente todos,sem gesticular uma palavra sequer, e se virou caminhando com Laís até o Olivaras.


–Boa tarde,senhor Olivaras.


O velho se virou e encontrou Snape e Laís.


–Boa tarde,professor Snape.Vejo que trouxe alguém.


–É...a senhorita Tenaviald veio registrar sua varinha. - A menina levantou a perna e tirou a varinha azul claro da bota direita.


–Senhorita,se importa de demonstrar a sua habilidade com a varinha?- disse Olivaras


–Não,é claro. - Laís apontou para um vaso em cima de uma mesa - Wingardium Leviosa


O vaso flutou da mesa para o chão,onde a menina suspendeu o feitiço.Depois,gritou ;


Reducto ! - O vaso se estraçalhou em mil pedaços depois fora reconstituído quando a menina falara :


Reparo


–Muito bom - disse Olivaras - Muito bom mesmo.Agora me diga,a varinha se materializou para você?


–Sim senhor.


–Bom,eu tenho uma varinha igual a essa aqui em minha loja.Como a senhorita deve saber,não existem varinha iguais,portanto a varinha que está na sua mão é apenas uma materialização.


–Mas eu consigo executar feitiços normalmente com ela.


–Feitiços simples.Alguns úteis e apenas alguns de batalha.


–Então,eu tenho que trocar a minha varinha?


–Certamente. - Olivaras se dirigiu a uma estante totalmente desarrumada.Laís olhou para Snape,que se mantivera no canto sem ser notado.


Quando o velho voltou,trazia uma caixa de varinha.A menina colocou a 'materialização de sua varinha' sobre a mesa e pegou a outra.Quando a menina tocou a varinha,a outra esfarelou-se em cima da mesa.


Ele explicou porque isso ás vezes acontece com os nascidos trouxas,e que não precisaria pagar a varinha.Eles agradeçeram e sairam da loja.


Snape e Laís se dirigiram a um canto e aparataram na porta de casa.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.