CUMPRINDO A PROMESSA



CAPITULO 20 :



CUMPRINDO A PROMESSA.



Havia um assunto ainda pendente: Malfoy. O gênio de Harry manifestava-se, cada vez que imaginava Draco falando com Voldemort sobre Gina. Como não tinha provas, não poderia acusá-lo, mas a chance de acertar as contas estava próxima e Harry não pretendia desperdiçá-la: A final do campeonato de quadribol.



Na manhã do jogo, ao saírem do salão depois do café, o quarteto deparou-se com Malfoy e seus trogloditas.



- Então Pottinho, voltou com a pobretona, é? Vão acabar casando... Tome cuidado cicatriz, vai acabar cheio de filhos, é tradição dos Weasley procriar como ratos...



Harry sinalizou para que Rony não se manifestasse. Aproximando-se, encarou Malfoy e falou pausadamente:



- Se eu fosse você, Draco, parava de pensar nos meus filhos com Gina, e começava a me preocupar com a possibilidade de não poder ter os seus! Nos vemos no jogo.



Rony riu até chorar enquanto desciam para os vestiários. Hermione ficou mais precavida:



- Ele vai jogar sujo pra dar o troco, Harry. Pode esperar!



- Ele vai tentar, mas eu dou conta da ameba... – Vendo que Gina parecia preocupada, Harry acalmou-a: - Você faz os gols, o.k.? Deixe Malfoy comigo.



O jogo começou e nosso herói logo viu que Mione estava coberta de razão. O time da Sonserina tentou compensar com violência a falta de talento. Draco, que nunca vencera Harry na captura do pomo, usou a tática de “colar” no rapaz para atrapalhá-lo na busca. Quando viu o pomo a poucos metros de distância, Harry concentrou-se e, sem se dar conta, fez um gesto com a mão na direção de Malfoy, afastando-o como se faz com um inseto incômodo.



Malfoy foi parar estatelado contra as arquibancadas metros abaixo e Harry pegou o pomo com facilidade. Aquilo foi demais para o sonserino. Tirando a varinha do uniforme, encantou um balaço, fazendo-o disparar contra Gina. Rony, que comemorava com a irmã, viu e agarrando-a pelas vestes, desviou-a da bola. Harry voou para o chão, desceu da vassoura, marchou até onde Malfoy estava e desferiu-lhe um direto de esquerda no nariz.



- Eu avisei para ficar longe dela!



O loiro ficou no chão, chorando e prometendo vingança, enquanto segurava o nariz ensangüentado. A torcida da Grifinória comemorou mais ainda. Harry aproximou-se de Gina, e passando a mão em seus cabelos, pediu preocupado:



- Você está bem?



Gina, só sorrisos, confirmou antes de beijá-lo. Rony e Mione chegaram neste momento.



- Belo soco cara!



- Como foi que você fez aquilo Harry? - Pediu Mione, mais séria.



- O que? Socar o Malfoy?



- Não. Jogá-lo contra as arquibancadas com um gesto de mão?



Só então Harry deu-se conta do que fizera.



- Não tenho a menor idéia.



Hermione quis perguntar mais, porém Rony interferiu:



- Agora não Mione. Foi um jogo difícil, ganhamos a taça e agora merecemos comemorar, o.k.? Dê um tempo ao cara!



== * ==



Conforme os dias passavam, e a euforia de ter escapado de Voldemort novamente se esvaía, Harry voltou a pensar na profecia. Ter tido Gina dependendo dele, e não saber como defendê-la, e nem a si mesmo, contando apenas com a sorte e a intuição, era algo que o estava incomodando.



Alguns dias antes dos exames finais e dos NOM’s de Gina, Harry aproveitou que os amigos e a namorada estavam estudando e seguiu certa noite para a sala de Dumbledore. Bateu à porta e não foi surpresa quando o bruxo respondeu:



- Pode entrar, Harry.



O diretor encarou interessado o rapaz a sua frente.



- Bem, em que posso ajudá-lo?



- Eu gostaria de passar as férias na escola, senhor.



- Posso perguntar por que?



Harry inspirou enquanto pensava como explicar o que queria.



- Quero aproveitar para estudar maneiras de atacar Voldemort.



Se o diretor surpreendeu-se, disfarçou muito bem. Harry continuou:



- Até hoje eu só me defendi. Contei com ajuda de outros e com muita sorte. Mas isso não vai ser o suficiente, se eu quiser viver, não é? Quando tiver que enfrentar Voldemort de novo, quero ter alguma chance, por menor que seja, de cumprir a profecia e continuar vivo.



Dumbledore pensou um pouco e então respondeu:



- Estou de acordo. Só peço duas coisas, Harry: passe duas semanas com os Dursleys. Sei que não gosta, mas assim renovará o feitiço que fiz há anos e, naquela casa, Voldemort não poderá pegá-lo.



Harry consentiu, muito a contra gosto.



- E depois, passe mais uns dias na Toca com os Weasley, pelo menos até seu aniversário. A tarefa a que está se propondo não será fácil. Aproveite para fortalecer-se, física e emocionalmente. Depois eu mesmo estarei aqui, e acredito que também possamos contar com a profª. MacGonagall, com Lupin e com Moody , para ajudá-lo Harry. Inclusive a descobrir e a usar seus novos poderes.



- Novos poderes?



- Ora Harry, você jogou o Sr. Malfoy, com força considerável, para fora do campo. E isto sem encostar em sua varinha! Devemos estudar o fato... E então, de acordo?



- Tudo bem. – Harry sorriu.



- Por falar nos Weasley, acredito que saiba que não posso deixar impune o episódio do castigo que aplicou, por conta, no Sr. Malfoy.



- Sim senhor.- Respondeu Harry desanimado.



- Então, digamos, duas horas com a Srta. Weasley, na sala Precisa, fazendo uma redação sobre fundamentos do quadribol seriam suficientes, não concorda?



Harry olhou espantado. Os olhos do diretor faiscavam para ele por trás dos óculos. Chacoalhou a cabeça afirmativamente, feliz. Para a redação precisaria no máximo de meia hora, o resto do tempo estaria sozinho com Gina em uma sala que podia ser bem romântica ...



Despediu-se e quando já estava saindo da sala, Dumbledore falou:



- A propósito, foi um belo soco!



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