De Volta




Harry e Draco fizeram uma entrada triunfal na Sala Comum dos Slytherin, e tiveram que recontar a história do carro voador centenas de vezes. Mas Harry escreveu ainda nessa noite aos Malfoy a pedir-lhes desculpa pelos danos causados no carro, e por tudo o que acontecera.


As aulas começaram no dia seguinte. Harry reparou que Pansy comia cereais ao pequeno-almoço, e alguns pedacinhos de morango. Nunca tinha reparado no que Pansy comia para o pequeno-almoço. 

Draco recebeu uma carta dos pais. Estavam desiludidos, e diziam a Draco que esperavam mais senso da parte dele e de Harry. E diziam a Harry para não se preocupar com o carro. Harry pensou que poderia ter sido bem pior.


Mas Desgraçado Weasley recebeu um gritador. E Harry e Draco riram-se quando Miss Weasley chamou ao seu filho de idiota, e que o pai estava com problemas no trabalho porque o seu próprio filho quebrara leis que ele defendia. Arthur Weasley trabalhava no gabinete de Utilização Imprópria de Artefactos Muggles. 


Além disso, a vida de Weasley nas aulas era complicada, uma vez que a sua varinha partida não parecia ter emenda, era cómico ver coisas estranhas a acontecerem quando o Gryffindor tentava produzir um simples feitiço. 


- Daph, não sejas assim. - Blaise sussurrou, de repente. Nesse mesmo primeiro pequeno almoço - Estás a chateá-lo.  

Greengrass começara a fazer cócegas a Harry, quando ele se recusara a corrigir-lhe o trabalho de poções. "Não sejas pai, Blas" Daphne respondeu, sarcástica. Blaise suspirou, e levantou-se da mesa. Harry  percebeu que não era o melhor momento para falar do assunto. A oportunidade surgiu, estranhamente, na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. 

Gilderoy Lockhart parecia achar que Harry andava a fazer carros voarem para ser notícia, uma vez que ele lhe passara o “bichinho da fama”, quando apareceram na primeira página. Harry rapidamente percebeu que era inútil tentar explicar-lhe o que realmente acontecera e optou por se desviar do Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas nos corredores 


A primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas foi uma brincadeira completa.


 


Primeiro, Lockhart meteu-os a responderem a um questionário completamente idiota sobre os seus livros, que consistia em perguntas do estilo “Qual é a cor preferida de Gilderoy Lockhart?”. Claro que Harry sabia responder a todas as perguntas - tinha memória fotográfica. Foi o único a ter nota máxima, mas a única vantagem foi que ganhou dez pontos para os Slytherin.


 


Depois, soltou um bando de Duendes da Cornualha, que lhe agarraram na varinha e a atiraram pela janela fora. A maioria dos Slytherin fugiu, por isso, Lockhart encarregou Harry e Daphne de resolverem a situação. E só aí Harry percebeu que era o primeiro momento a sós que ele e Daphne tinham em muito tempo.


 


- Queres contar o que aconteceu entre ti e o Blas? – Harry perguntou, mandando um feitiço de imobilização total contra o grupo de duendes que destruía a sala. Notara a ausência de referências ao namorado durante o verão, notara um estranho afastamento dos dois na Mansão Malfoy, reparara na quantidade de conselhos que Blaise lhe pedia nas cartas...e lembrava-se de alguns episódios semelhantes ao do pequeno-almoço. 


 


- Eu mudei, K? – Ela perguntou, sentando-se na secretária de Lockhart. Percebendo que já não era preciso atacar os duendes com os livros.


 


- Estás mais alta. – Harry encolheu os ombros, com um sorriso. – De resto, acho que não.


 


- Ele parece que quer mudar-me. – Daphne suspirou. – Está sempre a criticar-me quando eu sou sarcástica, ou quero organizar uma partida, ou alguma coisa que quebre as regras. Parece que quer que eu me torne uma criatura fofinha e cumpridora, como a Millie ou a Pansy.


 


Harry não sabia o que dizer. Sentou-se ao lado dela, e pôs o braço em torno do seu ombro, enquanto agitava a sua varinha e mandava os duendes para dentro da gaiola. Não imaginava Daphne sem o seu sarcasmo e a sua despreocupação...


 


- Ele gosta de ti como és. – Disse, após uma pausa, querendo acreditar nas suas palavras. Ele gostava. 


 


- Não sei…- Suspirou Daphne. Depois, encolheu, tipicamente, os ombros. – Mas isso resolve-se. Sabes que a Pansy está interessada em ti, não sabes?


 


Harry limitou-se a sorrir. A notícia deixava-o estranhamente feliz.


Em Poções, que continuavam a ser duplas e com os Gryffindor, Snape aperfeiçoara o método #Remediar a Poção do Weasley#, e agora punha Harry a corrigir as poções de um ou mais alunos, geralmente, seleccionava as três piores poções de uma turma. 


Draco tinha a mesma função e eles alternavam entre as aulas. E, assim, se arrastavam na tarefa impossível. As notas de poções de ambos baixaram.


- Nem ele conseguia remediar aquela coisa que o Longbottom fez. – Suspirou Drak frustrado, depois da segunda aula de poções.


- Chama-se “castigo silencioso”. Ele não nos diz que nós estamos de castigos, mas todos o sabemos. E, também, sabemos porquê. – Harry suspirou, também.


- E só de pensar que ele ainda está a pensar no “verdadeiro castigo”…- Draco fez uma careta.

- Aguentem-se. - Daphne juntou-se-lhes. Aparentemente, ela e Blaise tinham-se entendido, porque caminhavam de mãos dadas. - Agora, nunca mais fazem carros voar.

- Principalmente, se o Weasley estiver no banco de trás. - Harry afirmou.

Hermione Granger passava por eles, nesse momento. Sorriu e declarou: "Tanto quanto sei, terias sido expulso se não tivessem trazido o Ron, Potter."

- Ah. Antes expulso que morto. - Harry respondeu. Depois, virou-se para Draco. - Tenho de ir à biblioteca. Até logo. 

- Mas o que é que tu tens para fazer na biblioteca no primeiro dia de aulas? - Draco perguntou, sarcástico.

- Requisitar um livro. - Harry respondeu. 

- A sério, Potter? - Draco perguntou, sarcástico, enquanto Harry se afastava. 

Granger, também, fora para a biblioteca. Estava a ler um livro de poções, provavelmente, a pesquisar para o artigo que Snape os mandara escrever. Harry encontrou o livro que procurava, era o segundo da série O Príncipe do Amanhecer. 

- O Através do Caldeirão, uh? - Harry pegou no livro que Hermione Granger lia. - Esperava melhor, Granger. O Sublime Criação tem uma abordagem muito mais complexa. 

- Isso é um conselho, Potter?

- Hum...O Weasley safou-me de ser expulso, não foi? - Harry sorriu - Eu faço com que a única Gryffindor com miolos consiga uma boa nota. E ficamos quites.

- Isso é ilógico. - Hermione suspirou, com um meio sorriso. - Mas suponho que serve.

Granger trocou, realmente, de livros. E conseguiu uma boa nota no trabalho. 

Daphne pôs em prática os planos que tinham feito na Mansão Malfoy. 

Entrou na Torre dos Gryffindor com o manto de invisibilidade de Harry, e retirou vários boxers da mala de Finnigan e Thomas.  
Pendurou-os, com a ajuda de Blaise, na parede por detrás da mesa dos professores no salão nobre.
 
Os dois Gryffindor ficaram super embaraçados, quando viram a Professora McGonagall a retirar as peças da parede, enquanto perguntava, aos altos berros, a quem é que elas pertenciam. 

Harry estava feliz por estar de volta. Harry estava sentado ao de Pansy, e abraçou-a, enquanto ela se ria, perdidamente. Daphne piscou-lhe o olho, e Malfoy sorriu-lhe. 
 

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Comentários (1)

  • Xandevf

    Blz to sentindo um clima Daphne x Harry, e uma idéia quetal a Gina e a Luna criarem um grupo de marotos pra contabalancear os Sonserinos, o que poderia ser aproximação de Harry dos Wesleys, derrepente a defesa de uns primeranistas independente da casa. O Harry dessa história me parece mais confiante e tenaz.

    2013-03-13
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