Uma missão....



Title: Departamento de Mistérios
Author name: Jesse Kimble
Author e-mail: [email protected]
Category: Drama
Rating: G
Spoilers: PS, CoS, PoA, GoF, OOTP.
Shippers: Sei lá, descobriremos no desenrolar da história.
Summary of the chapter: Harry está novamente no Departamento de Mistérios. Como ele foi parar lá e o que estará fazendo? Pós-Hogwarts
Disclaimer: Blá blá blá... eu não sou dona do Harry Potter (embora quisesse ser tão gênia ao ponto de ter criado td isso) eu só sou uma fã maluca por HP que não sobrevive sem escrever fan-fics!




Capítulo Um - Uma Missão...


Ele estava novamente caminhando pelo frio e escuro corredor do Departamento de Mistérios, com um firme propósito, determinado a finalmente alcançar seu objetivo... a porta negra abriu-se para ele como sempre, então ele se viu na sala circular com suas muitas portas...

Mirando pela segunda porta, havia reflexos de luzes dançando na parede e no chão. Havia em sino que parecia ser de cristal. Dentro, um beija-flor envelhecia e depois voltava a ser um ovo em um curtíssimo espaço de tempo, mas não ele não tinha tempo para perder com isso, devia apressar-se - Sirius precisava dele.

A próxima sala era extremamente familiar; já a visitava tantas vezes durante as noites que passava na Rua dos Alfeneiros. Maior que a anterior, fracamente iluminada e retangular, e seu centro era afundado, formando um grande poço de mais de cinco metros de profundidade. Ele estava parado no nível mais alto de uma série de bancos de pedra que corriam a toda volta da sala e desciam íngremes como em um anfiteatro, ou como o tribunal onde Harry tinha sido uma vez julgado pela Wizengamot.

No lugar de uma cadeira com correntes, porém, havia um estrado no centro do poço e sobre ele um arco de pedra que parecia tão antigo, rachado e corroído que Harry se admirou que ainda se sustentasse em pé. Sem se apoiar parede alguma, o arco estava fechado por uma cortina ou véu esfarrapado que, apesar da imobilidade do ar circundante, esvoaçava muito levemente como se alguém tivesse acabado de tocar.

Tinha a estranha sensação que havia alguém parado logo atrás do véu, no outro lado do arco. Na verdade, sabia muito bem quem deveria estar ali. Harry parou diante da Câmara da Morte, silenciosa e vazia. Ele sabia que tinha chegado tarde demais, não havia nada que ele pudesse fazer... Na verdade, havia.

Relembrando seu objetivo inicial, Harry voltou à sala cheia de relógios. O armário com o que Harry supunha ser vira-tempos não parava que cair, quebrar e então se erguer novamente. Harry se aproximou da fonte de luz em forma de sino, ergueu a varinha e murmurou "Hædec creo chiragra".

Uma onda luminosa soprou em sua direção como um vento suave. Harry a captou com um movimento da varinha e então a iluminação do local se extingüiu, deixando-o na mais completa escuridão. Harry não acendeu a ponta da varinha e caminhou pelo lugar tateando as paredes ao seu redor.

Passou pela sala circular e subiu sozinho pelo elevador até o átrio. O lugar onde uma vez esteve a fonte dos irmãos mágicos estava também vazio.

Harry aparatou em Little Whinging e foi para a casa. Estava exausto, mas resistiu à tentação de se atirar na sua confortável cama. Ao invés disso, pegou um vidrinho em seu malão com uma poção de cor meio avermelhada e bebeu. Era realmente amarga, mas era graças à ela que ele conseguia se manter acordado há mais de uma semana. Ele não podia perder tempo dormindo durante o dia; além do mais, dormir era perigoso.

Tomou um banho gelado quase de olhos fechados, o tempo todo desejando que a sua cabeça parasse de doer tanto, para que ele pudesse pensar direito. Colocou novamente sua capa sem se importar com o que os Dursley diriam, pegou a varinha e desceu para a cozinha.

Duda já estava à mesa, se enchendo com comida que a tia Petúnia preparava. Tio Válter o olhou com cara de muitos poucos amigos mas logo voltou a se concentrar em sua enorme porção de bacon.

- Então, já decidiu o que vai querer ou vai ficar só escolhendo comida? - intimou tia Petúnia.

- Eu vou só tomar um copo de leite. Obrigado por se preocupar, tia Petúnia. - respondeu Harry com um sorrisinho irônico.

- E vai sair assim na rua? - perguntou a tia quando ele se acomodou à mesa.

- Assim como?

- Com essa... roupa - respondeu ela fazendo cara de nojo.

- Não tem nada de errado com ela. - respondeu Harry. Seu bom humor tinha voltado agora que a poção animadora já fizera efeito, e não seria os Dursley que iria irritá-lo.

- Tinha que ser coisa da sua gente... - murmurou ela em tom de clara reprovação.

Harry se levantou antes que ela pudesse encontrar mais algum defeito e se despediu.

- Bom, tenho que ir. Volto... - ele parou por um instante para pensar - assim que puder.

E saindo da casa de número quatro, desaparatou em Hogsmeade, para percorrer a pé o caminho que separava o povoado da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Empurrou a pesada porta da entrada da escola e percorreu os corredores passando por alguns alunos, seus alunos. Entrou na sala dos professores onde encontrou Minerva McGonagall e Severo Snape absortos em uma conversa.

- Bom dia! - cumprimentou ele, enquanto pegava alguns pergaminhos em seu armário.

- Olá, Harry! - respondeu McGonagall - Você chegou tarde, mas ainda tem tempo de tomar café no Salão Principal.

- Não, obrigado. Eu já tomei. Vou terminar de preparar a aula enquanto isso.

Os dois professores observavam Harry com apreensão, mas foi Snape quem falou primeiro:

- Você foi visto, Potter.

Harry parou imediatamente o que estava fazendo e se virou para encará-los.

- Como? - perguntou ele, sem compreender. Seu coração disparara. Como eles sabiam?

- Você foi visto no Departamento de Mistérios, Potter. - falou Snape, com sua voz fria e calculista - Agora, o que o levou a invadir o Ministério da Magia no meio da madrugada?

- Esse é um assunto que só diz respeito a mim, Snape. - respondeu Harry, irritando-se com a pergunta e fechando a porta do armário com força.

- Aparentemente esse assunto diz respeito ao diretor de Hogwarts também, porque ele quer vê-lo.

Harry largou alguns pergaminhos na mesa e sentou-se, apoiando a testa na mão esquerda. Tentava concentrar sua atenção na leitura, mas a informação que o professor lhe dera incomodava. Snape e McGonagall não deveriam saber que ele passara duas madrugadas seguidas no Departamento de Mistérios. Dumbledore não deveria saber.

- Você deveria tomar café com Dumbledore no Salão Principal, Potter. - insistiu Snape.

Ele fechou os olhos. O bom-humor que lutara tanto para manter agora esvanecia rapidamente. O fato de ter sido descoberto pela pessoa que mais odiava na escola o perturbava, e por que sua cicatriz doía tanto desde a primeira noite que fora sozinho ao Departamento de Mistérios?

- Potter?

Harry apertou com força a testa, desejando esquecer a dor por alguns momentos então se levantou bruscamente sem notar que continuava com a mão na cabeça.

- Eu falo com Dumbledore depois! - falou ele, quase gritando com Snape.

Passou a se apoiar na mesa com a mão direita enquanto usava a outra para recolher os rolos de pergaminhos. Desistiu dois segundos depois, quando viu que ao invés de organizá-los estava bagunçando e derrubando-os no chão. Sentou-se exausto na ponta da cadeira, curvando-se até que sua cabeça chegasse aos joelhos e respirando fundo.

O barulho de algo sendo depositado na mesa à sua frente o fez levantar a cabeça para olhar. Snape estava de pé e tinha colocado um cálice à sua frente.

- Beba isso, Potter, antes que você caia no meio do corredor.

Harry sentiu uma grande vontade de jogar o cálice contra a parede, de cuspir na cara de Snape e dizer que nunca beberia nada que ele preparasse, mas não tinha forças nem para agarrar o copo.

Com um gesto que pareceu a Harry ser extremamente brusco e desrespeitoso, Snape o empurrou e fez suas costas atingirem o encosto da cadeira. Sua cabeça estava tão pesada... ele não conseguia mais focalizar direito a sala... não pode oferecer nenhuma resistência quando o professor forçou a poção por sua garganta... somente fechou os olhos e sentiu como se estivesse caíndo...




***
Quando ele acordou não pode dizer quanto tempo havia se passado - ainda era de dia. Antes que pudesse procurar os óculos a sua volta, alguém os entregou nas suas mãos.

- Professor Dumbledore?

- Professor, Harry? - perguntou Dumbledore com um sorriso. - Faz mais de um ano que você não me chama assim.

Harry sentou-se no sofá. A sala em que estava era oval, e ele reconheceu imediatamente o lugar que visitara tantas vezes: a sala do diretor de Hogwarts.

- Eu devo ter dormido muito. Que horas são?

- Três e meia da tarde.

- É, eu dormi muito. - concluiu Harry.

- Severo o trouxe para cá depois que você quase desmaiou na sala dos professores. Ele assumiu suas aulas por hoje e disse que seria melhor que deixassemos que você descansasse pois você parecia não dormir há uma semana.

- Ele está certo... - disse Harry, observando pela janela o bonito dia de junho. - Eu não tenho tempo para dormir, tenho estado muito ocupado ultimamente...

- Ocupado invadindo o Ministério da Magia no meio da madrugada?

- Snape me disse que a Ordem descobriu. - murmurou Harry, sua voz parecendo demonstrar um pouco de vergonha e arrependimento.

- Érico viu você. Everardo também, mas isto não é importante. Não quero saber o que você estava fazendo lá Harry, até porque se você quisesse, já teria me dito. Mas preciso alertá-lo para o perigo do que você está fazendo...

- Eu sei, mas... - Harry começou e Dumbledore calou-se no mesmo instante, prestando atenção no garoto, que finalmente decidira contar seus planos ao diretor. - ... eu passei os últimos dois anos pesquisando, Dumbledore. Eu sei o que é guardado no Departamento de Mistérios.

- Muitas coisas são estudadas no Departamento de Mistérios, Harry.

- A maior parte delas sobre a nossa natureza. Sobre formas de melhorar o espaço, escolher o tempo em que vivemos e o mais importante, determinar nosso próprio destino.

Dumbledore observava Harry atentamente, mas não parecia estar surpreso com as descobertas do garoto.

- "Mais que nossas qualidades, são nossas escolhas que revelarão quem realmente somos." - escolhendo as palavras com cuidado, Harry repetiu o que o diretor tinha lhe dito há mais de sete anos.

Dumbledore sorriu.

- Você me disse isso uma vez, Dumbledore. Quando lhe perguntei porque o Chapéu Seletor tinha me colocado na Grifinória. - relembrou Harry, com os olhos passeando pelos quadros dos diretores, e chegando até o topo do armário onde estava depositado o chapéu.

"E então você veio com aquela maldita profecia.", continuou Harry, com um tom de desgosto. Levantou-se e repetiu a profecia, mais para si mesmo do que para Dumbledore. "E um deve morrer pela mão do outro, porque nenhum dos dois pode viver enquanto o outro sobreviver..."

- Onde você quer chegar, Harry?

Harry permaneceu em silêncio por alguns minutos, pensativo. Então de repente decidiu-se e falou:

- Eu fui até o Departamento de Mistérios porque estou tentando descobrir como posso matar Voldemort.


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