Alta Inquisidora.



Capítulo 12 – Alta Inquisidora.


 


Harry e Rony seguiram para a Torre Norte depois do almoço. Ainda discutindo as notícias do café. Harry ainda estava querendo saber quem tinha informado o ministério sobre a pena de sangue.


A turma logo ficou sabendo sobre o novo cargo da ‘adorada’ professora. Ninguém gostou da notícia.


- Espero que o conteúdo do jornal de hoje não tenha obscurecido a visão interior de vocês. – disse Trelawney, mas como uma voz que Harry podia classificar como normal. – Voltaremos a estudar sobre interpretação de sonhos. Mas teremos uma visita e interrupções. Vocês podem ler mais sobre o capitulo enquanto esperamos.


Cinco minutos se passaram quando o alçapão se abriu revelando a Sapa. Harry soltou um suspiro triste, devia ter adivinhando sobre isso.


Mas Trelawney parece que tinha.


- Prof Umbridge ou devo chamar de Alta Inquisidora. – disse a professora de adivinhação. – Estava te esperando.


- Não precisa mostrar seus poderes pra mim. – disse Ela. – E melhor me chamar de Professora. Não quero ser superior a ninguém.


- Por ninguém devo entender todo mundo. – cochichou Rony para Harry que se esforçou para não esboçar reação.


- Não estou mostrando meus poderes, Professora. – disse Trelawney. – Só estou demonstrando que estou disposta a ajudar você no seu novo cargo. Não queria que chegasse com a aula já iniciada. E nem quero ser interrompida pelas suas perguntas.


Umbridge se surpreendeu com isso, ela queria pegar todos os professores de surpresa.


- Bom não queremos atrapalha mais as aulas. – disse a Sapa. – Quantos anos você ocupa esse cargo, exatamente?


- Quase dezesseis anos.


- Já é um bom tempo - disse a Professora Umbridge, tomando nota em seu bloco. - Foi o professor Dumbledore quem indicou você?


- Isso mesmo - respondeu rapidamente. – Ele ficou impressionado com meus poderes.


Umbridge fez outra anotação. Harry pode ver um sorriso enigmático em Trelawney.


- E você é tataraneta da famosa vidente Cassandra Trelawney?


- Sim - disse a Professora Trelawney, com sua cabeça posta mais alta.


Outra anotação no bloco.


- Mas eu acho, Corrija-me se estiver errada, que você é a primeira na sua família desde Cassandra a possuir Visão Interior?


- Essas coisas costumam pular gerações. Videntes só aparecem para o mundo quando são necessários.


O Sorriso de Umbridge sumiu. As coisas não estavam saindo como ela queria.


- Você poderia prever algo para mim? – perguntou ela docemente.


- Prefere leitura de mão, folhas de chás, bola de cristal, vísceras ou interpretação de sonhos que é o enfoque da aula de hoje?


- Quero uma profecia. – disse Umbridge.


- Sinto muito, não posso fazer isso para você agora. – disse Trelawney. – Essas coisas precisam de preparação. E você não está aqui para avaliar meus poderes, mas minha aula.


Umbridge sentiu o golpe, ou melhor, contragolpe. Não tinha planejado que os professores não tivesse medo dela. Pareciam tão confiantes. E pior ela estava certa. Ela estava ali para avaliar a aula, se ela podia ou não fazer uma profecia não era a questão ali, se ela desse uma aula descente ela não poderia fazer nada.


E foi justamente o que aconteceu. Uma aula totalmente diferente do que ela dava. E pela primeira vez em três anos, Harry não ia morrer assim que saísse da sala.


 


Os grifinórios seguiram para a aula de DCAT.


Encontraram Mione esperando por eles.


- Tiago mandou um recado pra você. – disse ela. – Bem era pra mim também.  Ele disse pra não fazer nada hoje. Tem horas para atacar e outras para assistir o inimigo agindo.


Um olhar demonstrou que houve um entendimento entre os três.


Harry pegou seu livro e deixou a varinha no coldre. E viu que os amigos fizeram o mesmo, mas as varinhas estavam nos bolsos.


- Bom Dia. – disse Umbridge quando todos se acomodaram.


- Bom Dia, Professora Umbridge. – responderam em uníssono e bem monotonamente.


- Guardem suas varinhas e abram seus livros. – disse ela feliz de todos terem entendido o cumprimento.


Alguns ainda insistiram em ter as varinhas para fora e muito a contragosto pegaram seus livros.


- Vocês já terminaram o Capítulo 1, podem começar o 2. – disse a professora.


Todos suspiraram e passaram a ler. Bem pareciam ler. Rony apenas fingia ler, nem mesmo se preocupava em mudar de página.


Harry ao menos mudava as paginas de vez em quando, mas sua mente voltou para noite de sábado, mais precisamente a ideia de Mione.


Se a aula era para observar o inimigo, eles teriam que atacar de outra forma. E um grupo de estudos para a matéria da Sapa, priorizando a parte prática poderia ser uma destas formas.


Mas antes ele precisava de mais uma opinião.


Ele terminou seu almoço de olho em uma pessoa, assim que ela terminou foi atrás.


- Gina, podemos conversar. – disse ele não se importando com as amigas da ruiva.


- Claro. – disse ela, com um sorriso. – Vamos logo que não quero ser pega nos corredores fora do horário.


Acharam uma sala vazia. E Harry lançou feitiços de privacidade que Sirius insistiu em ensinar.


- O que você acha da ideia da Mione. De criar um grupo de estudos? – perguntou ele.


- Não vejo problemas nisso. – disse ela. – Claro que se for algo que a Sapa não saiba vai dar trabalho.


- E quando a eu ser o responsável, digo você me seguiria em uma aula sendo que a Mione tem notas maiores? – perguntou ele.


- Notas são relativas aqui. – disse ela. – Ela pode se sair melhor nas provas porque entende melhor a teoria. Mas você consegue pegar melhor os feitiços e eles são mais poderosos que os dela. Sem contar que você é um ótimo professor. Você tem me ajudado a semana toda com as minhas matérias.


Harry corou um pouco.


- Bom então agora resta saber o que Mione está pensando quanto a isso. – disse ele.


Gina se levantou e deu um beijinho nele.


- Vamos. Não quero os chatos dos meus irmãos implicando por algo que não fiz.


Assim que foram entraram no salão comunal foram abordados por um trio de ruivos.


- Posso saber onde vocês estavam? – perguntou Rony.


- No armário de vassouras do quarto andar. Do lado oposto da biblioteca. – disse Gina de forma petulante.


- Fazendo o que? – perguntou Fred.


- Ou não devemos saber? – perguntou Jorge.


- E batemos nele assim mesmo? – perguntou Fred.


- Querem mesmo tentar algo. – disse Gina já com a varinha na mão.


Os ruivos perceberam que foram longe de mais e recuaram.


Enquanto isso Harry se aproximou de Mione.


- Isso é verdade? – perguntou a morena.


- Claro que não. – disse Harry corando o que deixou ela desconfiada. – Vamos dar prosseguimento com a sua ideia contra a sapa.


- Ótimo Harry. – disse ela. – Vou fazer os planejamentos e depois te falo.


- Só espero não me arrepender. – disse ele voltando para perto de Gina.


 


- Harry, vem aqui comigo. – disse Mione dias depois, ofegante, ao entrar na sala comunal.


Harry, Rony e Gina acabaram seguindo a monitora.


- Algo sobre a sua ideia? – perguntou Rony.


- Não, algo diferente. – disse ela. – Eu nunca esperaria por isso.


 Eles pararam em frente ao quadro que dava para a cozinha.


- Você não está tentando criar uma revolução dos elfos, né? – perguntou Harry.


- Eu só queria ver se libertei algum com os gorros. – disse ela. – Mas encontrei algo inusitado.


Ela abriu a porta e logo perceberam do que ela estava falando.


No meio da cozinha tinha uma elfa com um belo vestido que destoava dos uniformes dos elfos do castelo. Ela parecia comandar os outros.


Ela se virou para receber os visitantes, e Harry viu quem era.


- Winky? – disse ele.


- Harry Potter. – disse ela. – em que Winky pode servir hoje?


- Alguns biscoitos e um pouco de suco. – disse Gina recebendo um olhar feio de Mione e Rony. Ele queria mais.


- Você está melhor hoje.  – disse Harry para Winky.


- Harry Potter é gentil com Winky. – disse ela, alisando o vestido. – Winky tem mestre novo, e ele é bom para Winky.


- Mestre novo? – perguntou o moreno.


- Sim, Mestre veio a cozina e viu Winky. E quiser ser o mestre de Winky. Ele disse que se eu estava sofrendo pelo meu mestre antigo, Winky era um bom elfo. Mestre disse pra Winky que mestre Bartô demitiu Winky para proteger o mestre e seu filho.


- Mas ele te deu roupas. – disse Rony.


- Isso não é roupa. – disse Winky com raiva. – Isso é uniforme. Mestre disse que mostra que eu sou uma boa elfa se estou bem vestida, e mostra que Mestre é bom também. Mestre até dá dinheiro pra Winky comprar as roupas para ela. Disse que não quer ver Winky com uniforme velho. Agora Winky é respeitada e comanda a cozinha enquanto Mestre está na escola.


- Obrigado, Winky. – disse Harry.


Eles saíram. E Harry começou a rir.


- O que foi Harry? – perguntou Mione, já que os outros dois começaram a rir também.


- Você não percebeu. O novo mestre de Winky conseguiu fazer o que você queria sem fazer nada do que você queria. – disse ele voltando a rir.


- Não entendi. – disse ela.


- Winky tem o respeito, roupas dignas, um salário, e tudo que você quer para os elfos, mas não deixou ela livre. Mantém os direitos dela, mas a mantém feliz. – disse Harry. – Sim, Mione. Você pode ver, ela está feliz.


- E nenhum elfo foi libertado. O que será que aconteceu com meus gorros? – perguntou ela mudando o assunto.


Ninguém respondeu.


 


Harry sentiu que algo estava errado. Minerva estava com olhar mortal que assustaria até o mais poderoso dos comensais.


- Entrem logo. – disse ela para os alunos.


Harry então viu o que estava errado. Umbridge estava sentada em um banco perto da mesa da professora de Transfiguração.


- Vamos dar sequencia a aula anterior, onde.


- Hem hem. – Umbridge tentou chamar atenção.


- Onde vocês estavam fazendo caramujos desaparecer. – disse a professora.


- Hem hem. – disse Umbridge de novo.


- Precisa de uma pastilha pra garganta? – perguntou a professora.


- Não, obrigada. – disse Umbridge com um sorrisinho estranho. – Eu só queria saber se recebeu meu recado sobre o horário da avaliação.


- Isso é obvio, senão teria perguntado o que fazia na minha sala. – disse Minerva e se virando para a turma. – Agora vamos tentar algo mais difícil. Invertebrados são mais simples e Vertebrados são...


- Hem hem. – disse Umbridge novamente.


- Tem certeza de que não quer uma pastilha? – perguntou Minerva com raiva.


- Não, eu só queria...


- Então pare de interromper a minha aula. Como você vai poder avaliar meus métodos se não para de interromper a aula.


Umbridge se preparou para anotar algo, quando a porta se abriu.


- Desculpe professora McGonagall, mas a Madame Pomfrey precisava de uma ajuda. – disse Tiago entrando. - Aqui está a notificação dela.


- Tudo certo. – disse Minerva com um sorriso maroto no rosto. – Pode se sentar.


- Sra Umbridge o que você está fazendo aqui? – ele perguntou para a Alta Inquisidora.


- Eu estou aqui para avaliar as aulas de Transfiguração. – disse ela.


- Não me lembro de ter permitido que você fizesse isso. Pelo menos na minha turma. – disse ele.


- Você vai ver que não preciso de sua autorização. - disse Umbridge.


- Engano seu. Com Alta Inquisidora de Hogwarts é uma funcionaria da escola, portanto tem que seguir as regras do acordo.


Umbridge se sentiu um girino preso em uma poça olhando para uma cobra.


- Remarcarei.  – disse ela saindo. – Você receberá meu aviso.


Minerva deu um sorriso para Tiago e voltou à aula.


 


O fim de semana de Hogwarts se aproximava.


Harry foi avisado por Mione que ela estava planejando propor o grupo de estudos para mais gente.


- Você tem que ver como popular essa ideia se tornou. – disse ela.


Mas isso não foi o que mais preocupou Harry.


Dois dias antes aconteceu uma cena que o revoltou.


Gina estava na mesa da Corvinal comendo com Luna. Quando um menino da mesma casa chegou perto dela.


- Weasley. – disse Miguel Corner. – Gostaria de saber se você quer ir comigo na visita a Hogsmeade.


- Não vou poder. – disse ela. – Já tenho compromisso.


- Compromisso com quem? – perguntou o rapaz.


- Com Tiago. Ele me pediu para apresentar o vilarejo pra ele.


- Ele pode ir com outra pessoa. – disse Corner. – Nós nos entendemos muito bem no Baile.


- Nos conversamos no Baile. – disse a ruiva. – eu vou com quem quiser, quando quiser, e não vai ser você que vai me dizer o contrário.


- Algum problema? – perguntou Tiago chegando perto deles.


- Nenhum. Só estou dizendo para o Corner que vamos juntos para Hogsmeade. – disse Gina com um sorriso feliz. – Tudo confirmado, né?


- Claro. – disse. - Nada vai me atrapalhar neste dia.

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Comentários (3)

  • Harry Dumbledore

    Ficou excelente!! E adorei o Tiago a rebater contra a umbridge.Quero mais Harry e Ginny por favor!!! e nao demore a postar :) H.D. 

    2013-04-21
  • Carolzynha LF

    Adorei a aula de adivinhação, tomo na cara sapa velha. Quero mais momentos Harry e Gina ta ok?

    2013-04-20
  • Natascha

    ficou ótimo!

    2013-04-20
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