A Ordem



Capítulo 3 – A Ordem


 


Assim que Harry aparentou se acalmar um pouco, os seus amigos pediram detalhes sobre o ataque.


- Eles falaram pra gente do ataque. – disse Gina. – Mas detalhes que é bom, nada. Nem mesmo sabíamos se você estava realmente bem. Até sua carta chegar.


- Eu só não descobri quem prendeu os dementadores. – disse Harry. – Vocês ouviram algo sobre isso?


- Nada. – disse Fred.


- Tem alguns membros da ordem que não conhecemos. – disse Jorge.


– Pode ser um deles. Alguns não vieram ainda aqui. – completou Fred.


- Como nosso querido irmão Carlinhos. – disse Jorge.


- E o Percy? – perguntou Harry.


- Nem pergunte por esse idiota. – disse Gina. – Ele saiu de casa, falando que ninguém o apoia, e que se ficarmos contra o ministério estaremos contra ele.


Harry ficou em choque. Tudo bem que Percy era um pouco diferente do resto dos Weasley, mas a esse ponto? Renegar a própria família e ainda ser capaz de acabar com ela.


- Não mencione ele perto da mamãe. – disse Rony. – Ela até tentou conversar com ele, mas o imbecil está irredutível. Ela voltou chorando.


Agora era definitivo, Percy não estava mais entre seus amigos. Ele que não passasse pela sua frente.


- Meninos. – chamou Molly. – A reunião já acabou. Podem vir pra cozinha. E se lembrem de não fazer barulho.


- Eu que não quero acordar a Sra Black.  – disse Harry.


- Você já teve o desprazer de conhecer ela? – perguntou Gina.


- Sim. A Tonks esbarrou no porta-guarda-chuva de perna de trasgo. – respondeu ele.


- Não sei como ela consegue fazer isso toda vez. – disse Gina.


Os dois saíram rindo. Mione dava um olhar pensativo, enquanto os irmãos Weasley eram confusos e um tanto raivosos.


Harry deu uma boa olhada na cozinha, que era no fim da escada. Tinha uma grande mesa, o que justificava a reunião ser ali. Um fogão, que tinha um caldeirão borbulhante. Alguns pergaminhos sobre a mesa, que foram rapidamente recolhidos por Gui.


- Eu avisei que deviam ser todos recolhidos no fim da reunião. – disse Molly chateada.


- Desculpe mãe. – disse ele. – Tudo bem, Harry?


- Tudo. – disse Harry meio confuso, o primogênito Weasley devia estar no Egito.


- Aqui está o seu jantar. – disse Molly.


Harry comeu em silêncio. Observando todos. Só quem permaneceu na casa foram os Weasley, Remo e Tonks. Essa mostrava seus poderes metamórficos, o que deixou Harry irritado. Mione e Gina pediam seus favoritos.


Depois do terceiro prato, por insistência de Molly. Ele respirou fundo e começou.


- Alguém vai me explicar o que está acontecendo?


- Nada está acontecendo. – disse Molly.


- Sem quer te desrespeitar, Sra Weasley, mas fui atacado por dois dementadores, expulso de Hogwarts por alguns minutos, vou ter que participar de uma audiência no ministério, que não gosta mais de mim, e agora sou resgatado da casa dos meus tios. Tem algo acontecendo.


- Molly, seria melhor que respondêssemos as perguntas deles. – disse Sirius.


- Se vocês querem contar, tudo bem. Mas o convidar a perguntar é demais. – disse Molly.


- Molly. – disse Harry. Era a primeira vez que ele a chamou assim, o que deixou ela emocionada. – Querendo ou não, eu estou envolvido nesta guerra. Ficar alienado não vai me fazer bem nenhum, pelo contrário, não saberei do que eu tenho que me defender.


- Mas... mas... – disse ela. – Meus filhos não precisam de ouvir nada.


- Mãe, isso não adiantaria. – disse Gui. – Eles são amigos do Harry. Vão precisar ajuda-lo.


- Ok, mas vou escutar tudo e interromper se achar que já foi longe de mais. – disse a ruiva.


Harry não perdeu tempo.


- O que está acontecendo? O que Voldemort está fazendo? Não vi nenhuma morte ou desaparecimento estranho, mesmo no mundo trouxa. O que é essa Ordem? O que estamos fazendo para combater os comensais? Por que mesmo com alguém me vigiando, permitiram que os Dursley me tratassem daquele jeito.


- Você é pior que sua mãe. – disse Sirius. – Vou responder aleatoriamente essas perguntas. Primeiro, Essa é a Ordem da Fênix, uma organização secreta criada por Dumbledore para combater Voldemort na primeira guerra.


- Você ouviu Dumbledore me pedindo para convocar todos depois do Tribruxo. – disse Remo. – Temos reunindo novos aliados, como Tonks, Kingsley, os Weasley. Mas tudo anda meio difícil. Principalmente que o Ministério anda acreditando em uma revolução por nossa parte, não podemos ser muito explícitos.


- Eu mesmo pedi transferência para cá.  – disse Gui meio triste. Harry sabia de como ele gostava de seu trabalho nas tumbas. – Mas Carlinhos continua no exterior tentando arrumar aliados. Meu substituto também apesar de ficar lá por pouco tempo.


- Como se você não tivesse feliz de estar aqui agora. – disse Fred.


- Ainda mais com a sua nova estagiaria, que veio aperfeiçoar seu inglês. – disse Jorge.


- Não sei do que vocês estão falando. – disse Gui.


- Fleur Delacour. – disse Gina para Harry, meio cuspindo o nome.


- Sério? – perguntou ele espantado. – Ela me parece alguém que gosta de um quebrador de feitiços.


Gina olhou para Harry e não viu o sorriso bobo que Rony ficava quando a meia veela era mencionada.


- Pode ser. – disse a ruiva.


- E quanto a Voldemort. – disse Harry.


- Coisas estranhas não foram noticiadas, pois elas ainda não aconteceram, tirando os desaparecimentos que você já sabe. – disse Remo. – Ele está agindo pelas sombras, aproveitando que o ministério está ignorando sua volta.


- Claro que ele está mais cauteloso, por sua causa. – disse Sirius.


- Minha causa?


- Sim Harry. – disse o animago. – Você sobreviveu a ele novamente. E pior contou na primeira oportunidade para a pessoa que ele mais teme. Dumbledore.


- Claro que isso também não anda nos ajudando. O ministro anda em uma campanha de desmoralização dele e de você?


- Minha? Por que?


- Fudge acredita que isso tudo é uma manobra para tirar ele do poder e Dumbledore assumir. – disse o lobisomem. – Como se Dumbledore não tivesse recusado esse cargo varias vezes.


- E os comensais?


- Tudo o que podemos fazer é vigiar os conhecidos e espalhar a notícia para nossos aliados. – disse Remo.


- Mas principalmente que Voldemort está atrás de algo que não tinha da primeira vez. – disse Sirius. – Algo que poderia mudar tudo.


- Agora já chega. – disse Molly.


Ninguém ousou discordar. Já que eles perceberam que falaram algo que não deveria.


Os meninos subiram com Molly de olho neles.


Na porta do quarto de Harry, Gina parou de um beijo na bochecha dele.


- Obrigada. – disse ela corando e seguindo para seu quarto.


Harry não entendeu, mas acreditou que foi por ter ajudado a ela e os outros a escutarem.


Ele e Rony já estavam na cama quando o ruivo disse.


- Mamãe sabe a hora de interromper. – a voz era meio frustrada. – Na primeira vez que podemos escutar algo de forma legitima, ela acaba no melhor momento.


- Acho que os outros estão aliviados por ela ter feito. Aquilo escapou. – disse Harry.


- Pode ser. – disse o ruivo.


Neste instante, dois sons de aparatação foram ouvidos, e Harry sentiu alguém sentando aos pés de sua cama, e pelo barulho alguém fizera o mesmo na cama de seu amigo.


- Vocês já chegaram na parte boa? – perguntou um dos gêmeos.


- A que mamãe interrompeu? – perguntou o outro.


- Sim, na parte que escapou, vocês querem dizer. – falou Harry.


- O que pode ser?  -perguntou Rony. – Algo para matar.


- Eles não precisam de nada mais eficaz que Avada. – disse Harry.


- Mas... –disse Fred, mas escutou sons vindo do corredor. – Mamãe fazendo a ronda.


- Melhor vocês fingirem que estão dormindo.  – disse Jorge, e os dois aparataram de volta para o quarto deles.


- Ela anda fazendo isso toda noite. – disse Rony, quando os passos se afastaram da porta deles.


- Ela sempre fez isso, Rony. Mesmo na Toca.  – respondeu Harry.


A conversa terminou ali.


 


Harry acordou cedo, no dia seguinte. Ele não sabia ser foi por conta da sua rotina, ou dos sonhos estranhos, ou pelo fato de estranhar aquele quarto.


Ele desceu para a cozinha, não que estivesse com fome. Mas acreditou que teria alguém ali para pelo menos fazer companhia.


Só Molly estava ali.


- Acordou cedo, querido. – disse ela.


- Acordei, e não consegui permanecer na cama. – disse ele.


- Melhor comer, teremos trabalho para deixar essa casa aceitável para alguém morar. – disse a ruiva. – Nem sei o que aquele elfo andou fazendo nesta casa esse tempo todo.


- Elfo?


- Sim, Monstro. Era o elfo da casa quando Sirius morava aqui. – disse Molly um tanto chateada. – Não se preocupe com ele, está restrito ao porão enquanto vocês estiverem aqui.


- Onde está todo mundo?


- Os meninos ainda estão dormindo. Arthur, Gui e Tonks estão se preparando para irem trabalhar. Remo deve estar descendo também. Quanto a Sirius...


- Está dormindo feito um cachorro. – disse ele.


- Exatamente. – disse ela, antes de colocar um prato com torradas na frente dele.


Harry começou a comer, pensando no que tinha sido dito no dia anterior.


- Harry, não te esperava aqui. – disse Gui entrando na cozinha.


- Rony precisa de uma cama melhor, senão ele ronca demais. – disse ele em um tom maroto.


- Antes você do que eu.  – disse Gui. – Mas ainda bem que você está aqui, tenho algo pra você. Não é meu, nem mesmo sei o que tem dentro.


Era um envelope pardo, mas com a aparência de ser trouxa.


Ele abriu e viu algumas fotos, uma pasta de arquivo e uma carta.


Ele nem conseguiu ver a carta, as fotos eram algo que ele nunca esperou.


Eram do dia do ataque dos dementadores. Pelo ângulo eram de cima de uma das casas pela qual ele passou. Retratava bem o que aconteceu aquele dia. A chegada dos dementadores, seu patrono, e o encontro com a Sra Figg, as criaturas em gaiolas de fogo.


Harry não podia acreditar que alguém estava de olho nele e nem ajudou. Até que ele um dos quadros uma nevoa típica do patrono saindo de uma varinha perto da câmera. Provavelmente foi a mesma pessoa que prendeu os dementadores.


Ele pegou a carta.


“Harry


Acredito que essas fotos o ajudaram a sair da situação em que se encontra. Desculpe não poder te entregar pessoalmente, mas tive que viajar.


Tenho mais alguns fatos para você no arquivo anexo. Mas tenha em mente que nem todos os dementadores estão sobre o controle do ministério inglês. Isso pode ajudar a provar seu ponto.


Mais pessoas tem cópias de tudo isso, deixem saber.


Alguém que se preocupa”


Era a mesma pessoa que tinha enviado o coldre para sua varinha.


No arquivo havia uma cópia do relatório dos aurores que recolheram os dementadores, xerox de um livro contando a origem dos dementadores e uma cópia da ordem interna de Azkaban para liberar dois dementadores aquela noite.


- Você tem um amigo bem informado. – disse Molly ao ver o que ele tinha. – Não sei pra que isso tudo, mas é bom ter algo.


- Eu fui expulso uma vez. Não quero correr o risco de novo. – disse Harry. – Ainda acredito que o ministro pode interferir com algo. Como aqui está escrito, mais pessoas tem cópias disso, pode ser fácil para o público saber disso.


 

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Comentários (5)

  • Harry Dumbledore

    Posta rápido!! A história esta a ficar brutal. Estou ansioso por saber quem é essa pessoa misteriosa. Acha que pode passar na minha fic? HARRY POTTER E OS HORCRUXESObrigado e não demores!H.D. 

    2012-12-04
  • Hurricane

    posta logo! to muito xonada na historia, e quero saber mais! 3bjos

    2012-12-03
  • Carolzynha LF

    O amigo misterioso sempre ajudando. Ta muito boa essa história. Quero ver mais Harry e Gina ^-^ 

    2012-12-02
  • Neuzimar de Faria

    Gostei de sua história. Está bem interessante.

    2012-12-01
  • Natascha

    ficou ótimo! to ficando cada vez mais curiosa para saber quem é o amigo misterioso do harry.

    2012-12-01
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