Hogsmeade.



Capítulo 13 – Hogsmeade.


 


Harry, Mione e Rony estavam andando em direção ao vilarejo, na primeira visita do ano.


- Pra onde vamos mesmo? – perguntou Harry.


- Para o Cabeça de Javali. – disse Mione. – E outro pub do povoado. Poucos vão lá. Mas é dentro dos limites dos alunos. Perguntei para o Professor Flitwick, e ele disse que não tem problemas, só que temos que levar nosso próprio copo.


- Por que isso? – perguntou Rony. – Podíamos muito bem ir pro Três Vassouras.


- Três Vassouras é muito cheio. Alguém pode ouvir. – disse Mione. – E depois alguém pode contar pra Umbridge.


- Quantas pessoas você espera? – perguntou Harry preocupado.


- A ideia pode ter se tornado popular e mais algumas pessoas veem. – disse ela. – Sabe, muita gente não anda gostando da Sapa.


Era um pub escuro, pouco convidativo. E na porta tinha uma placa balançando ao vento com o desenho de uma cabeça decepada de javali sobre uma toalha ensanguentada.


Dentro pode entender como Hagrid não achou estranho uma pessoa não mostrar o rosto ali. Parecia que era regra ter a cabeça coberta.


No balcão havia um homem com bandagens cinza na cabeça. No fundo do pub dois homens que pareciam dementadores, se não fosse o forte sotaque de York. E perto da porta uma mulher com um véu negro cobrindo todo o corpo e um grande nariz.


- Não poderia ser a Umbridge ali? – perguntou Rony olhando para mulher.


- Não seja bobo, Rony. – disse Mione. – Ela é muito mais baixa que aquilo e não tem aquele nariz.


Harry foi em direção ao homem atrás do balcão e pediu três cervejas amanteigadas. O homem olhou para ele por alguns segundos, ainda limpando um copo com um pano muito sujo.


- Poderia pedir um uísque de fogo. – disse Rony. – aposto que ele nem ia perguntar a nossa idade.


- Rony! – reclamou Mione. – Você é um monitor.


- Só queria experimentar. – disse o ruivo.


Harry estava pensando quando eles iam se declarar. Bem ele também tava demorando para tomar uma atitude. Quem sabe...


Logo a porta se abriu revelando Neville, com Dino e Lilá. Harry relaxou eram seus amigos. Mas essa sensação passou quando Parvati entrou com a irmã Padma, seguidos por Cho e uma amiga (que ele não sabia o nome).


Era a primeira vez que chegava perto da apanhadora da Corvinal desde que se encontraram no corujal. Certo que ela mandava olhares e acenos para ele, sempre que estavam no salão comunal, mas ele não entendia o interesse dela por ele.


Logo entrou Luna, o que fez Harry sorrir. Seguindo a corvinal entraram Katie, Alicia e Angelina. Os irmãos Creevey, alguns lufa-lufas do ano deles e uma desconhecida. E Alguns corvinais que ele não saberia dizer quem é quem. Seguido por um menino que reconheceu do time de quadribol da Lufa-lufa.


Fred e Jorge entraram com Lino Jordan, cheios de bolsas da Zonko’s.


Harry estava começando a se preocupar. Gina ainda não tinha aparecido. Já tava pedindo para Mione começar a falar quando a ruiva entrou com Tiago.


Ele iria reclamar, se junto deles não tivesse entrado duas pessoas que ele nunca esperaria em um reunião destas. Daphne e Astoria Greengrass. Duas sonserinas.


Murmúrios começaram. Somente Harry percebeu que o homem com faixas na cabeça caiu no sono.


- O que elas estão fazendo aqui? – perguntou o jogador dos texugos. – Elas vão contar logo pra todos os que fizermos.


- Se isso é para aprendermos a nos defender, Todos aqueles que realmente querem aprender Defesa devem estar aqui. – disse Tiago defendendo as duas meninas que veio com ele. – Sem contar que nem todo sonserino é um bruxo das trevas. Assim como nem todos os bruxos das trevas passaram pela Sonserina. E confio mais nelas que em você, Smith.


- Bom melhor começarmos. – disse Harry olhando feio para Mione. Ela que tinha os colocado naquela situação, já que ele concordava com Tiago.


- Bom, estamos aqui para tentar montar um grupo para estudar Defesa. – disse a morena ganhando confiança a cada palavra. – Porque o que a Umbridge está fazendo não pode ser chamado de aula. Precisamos de algo mais que aquela teoria, precisamos de algo prático.


- Você quer passar nos seus NOMs.  – disse uma dos corvinais.


- Sim. Seria um bom efeito colateral. – disse Mione. – Mas estamos fazendo por algo que o ministério quer evitar que saibamos por achar que é verdade. Voldemort está de volta.


- Que provas você tem disso. – disse Zacarias Smith.


- Dumbledore acredita nisso. – disse Mione.


- Você quer dizer que acredita nele. – disse o loiro apontando para Harry.


- Sim, Dumbledore acredita nele, por que é a verdade. – disse Mione e ia continuar, mas Harry a interrompeu.


- Se estão aqui para ouvir minhas historias, podem ir embora. – disse ele. – Os sinais estão ai, logo a guerra começa e é melhor estarmos preparados. Já fiz muita coisa na escola, e posso garantir, que só saber que o feitiço existe não adianta. Temos que poder executar tudo de forma eficiente.


- Como um patrono? – perguntou Suzana Bones.


- Sim, patrono é um bom exemplo.


- Você realmente pode fazer um corpóreo? – perguntou ela de novo.


- Sim.  – disse ele. – Você é parente da Amélia Bones?


- Minha tia.


- Como poderemos saber se isso tudo é realmente verdade, se nem mesmo contar você quer. – disse Smith.


- Ele está vivo. – disse Fred.


- E é melhor ficar quieto, ou usamos você para nossos experimentos. – disse Jorge, tirando um instrumento prateado de uma das bolsas, que parecia altamente perigoso.


- Temos que ver quando poderemos nos encontrar. – disse Mione.


- Acho que uma vez por semana, pode funcionar no começo. – disse Harry e antes que todos reclamassem. – Assim não atrapalhará nenhum dos times de quadribol. Nem os estudos de ninguém. Na necessidade alteramos para mais.


- Onde? – perguntou Angelina. – Biblioteca?


- Acho que não. – disse Harry. – Madame Price não ia ficar feliz de nos ver praticando feitiços perto de seus preciosos livros. Sem contar que não queremos Umbridge aparecendo para atrapalhar. Vamos encontrar um lugar pra isso. E depois avisamos.


- Er. Antes de ir. Acho que seria bom se assinarmos essa lista para sabermos quem estava aqui. – disse Mione.


- Não acho que seria bom. – disse Smith. – Pode causar problemas.


- Quer ficar quieto e ouvir - disse Tiago. – Isso é mais importante que alguns pontos de casa e uma detenção.


- Obrigada. – disse Mione. – Sou monitora, e não vou deixar essa lista para qualquer ver.


- Vamos logo com isso. – disse Harry assinando.


Fred e Jorge seguiram antes mesmo de Rony e Mione. Logo todos assinaram, alguns com certa relutância.


As irmãs Greengrass foram as últimas, e não reclamaram. Aliás, estavam satisfeitas de fazerem parte.


Tiago, no entanto, pegou uma faca na manga, cortou o dedo e deixou cair duas gotas de sangue no pergaminho de Mione.


- Acho que isso vai ser o suficiente. – disse ele.


Aos poucos todos foram saindo, como vieram.


Cho ficou para trás, fazendo cena para guardar sua bolsa e fazendo sua amiga, bater o pé.


- Você viu a cena que a Chang fez pra sair. – disse Gina revoltada, depois que saiu com Tiago e se despediu das sonserinas.


- Não fique assim, ruiva. Harry nem mesmo olhou para ela. A cena foi completamente inútil. – disse Tiago.


-Como você sabe? – perguntou ela.


- Ele só não pulou na minha garganta, porque entramos com Daphne e Astoria. – disse ele. – Como se ele precisasse ter ciúmes de mim. Eu já tenho namorada. 


-Disso eu sei, por isso aceitei vir com você aqui. – falou a menina. – Mas você viu como ele estava seguro e parecia saber o que todos iam falar antes.


- Aquele sim é um verdadeiro Potter. – disse Tiago com um brilho estranho nos olhos. – Sem contar que ele é um empata.


- Desde quando ele é um empata?


- Desde que nasceu. Poder de família. Se bem me lembro da mãe. – disse ele com um olhar pensativo.


- Deixa isso pra lá, aposto que ele nem sabe disso. Assim como o negócio de ofidioglota. Mas você me pediu um favor, mas não falou o que era.


- Presente para minha namorada. Sou horrível pra escolher essas coisas. E quem melhor que uma garota bonita e com bom gosto pra me ajudar.


 


Harry ficou e olho o tempo todo em Gina e Tiago, enquanto todos assinavam o pergaminho que Hermione tinha passado para eles. Tinha sentido que havia magia ali, mas estava concentrado demais em outra coisa.


Assim que todos saíram, ele, Rony e Mione saíram também.


- Você fez alguma coisa para ela agir daquele jeito? – perguntou Mione.


- Ela quem? – disse um Harry confuso. Ele não tinha feita nada para Gina. Estava passando muito tempo com ela, afinal.


- Com a Cho, ela não tirava o olho de você. E ficou pra trás, com a intenção de falar com você. – disse a morena.


- Como você sabe disso? – perguntou Rony. – Por mim ela só tava com problemas com a bolsa.


- Era o que ela queria que pensássemos. – disse Mione. – E você está evitando a minha pergunta Harry.


- Não converso nada com ela desde o corujal. – ele mexeu no cabelo. – E tenho absoluta certeza que não fiz nada para ela se comportar assim. Fora chamar ela para o baile ano passado. E tenho certeza que todos já repararam que tenho interesse em outra menina.


- Quem? – perguntou Rony, mas nenhum dos dois respondeu.


Eles entraram em uma loja para Mione comprar penas.


- Por que o Tiago levou duas sonserinas e depois assinou com sangue? – perguntou Rony.


- A primeira ele já respondeu. – Mione revirou os olhos para o preconceito do amigo. – Rabicho era da Grifinória e Snape é um Sonserino de corpo e alma. Quem é o mais malvado da história? Quanto ao sangue, se ele não quer que todos saibam seu nome não pode sair assinando ele em qualquer lugar. Isso mostra comprometimento maior que qualquer um. O sangue tem mais poder que o nome. Por isso contratos importantes são assinados com pena de sangue.


- Não é a mesma que a Umbridge queria usar em você? – perguntou Rony.


- Sim, essa mesma. – disse Mione. – Por isso ela ta sobre investigação. Uma vez não é problema, mas uma detenção inteira e tortura, já que deixaria a frase permanentemente na mão de quem escreve. Já que ela realmente abre a pele, mas fecha. Se for repetidas vezes não cura mais.


- Como você sabe disso?


- Tiago me disse. – falou Mione.


- Como assim. Não vejo você conversando com ele. – disse Rony chateado.


- Ele é minha dupla em Aritmancia e Runas Antigas. – disse Mione. – Ele é bem inteligente. Faz até mesmo um curso de curas mágicas com a Madame Promfrey. E bem agradável de conversar. Vocês deviam tentar já que ele dorme algumas vezes no mesmo quarto que você.


- Queria saber como ele faz isso. Cada dia dorme em um quarto e o seu malão está sempre no nosso. – disse o ruivo.


Harry não prestava atenção na conversa. Ele vigiava os passos de outra dupla.


- Ele me disse que tem um feitiço no malão dele. O original está em um lugar seguro. Os dos quartos são copias mágicas, que só ele pode abrir e retirar as coisas.


 


Harry estava ansioso, Gina ainda não tinha voltado para a torre. Ele estava sentado encarando a entrada, fingindo escutar a atual discussão de Mione e Rony. Algo sobre comer de mais, ou seria sobre carreiras no ministério. Ele não sabia mais.


Foi quando ela entrou acompanhada por Tiago, mais uma vez por ele.


- Harry não está feliz comigo. – disse Tiago despreocupadamente.


- O que você vai fazer a respeito? – perguntou a ruiva.


- Juntar vocês dois. – ele disse isso pegando a menina no colo.


- Se me deixar cair, sua namorada não vai receber presente, mas sua cabeça. – disse ela entre os dentes, se agarrando ao pescoço dele.


- Relaxa, Gina. – disse ele andando até Harry. – Achei essa gatinha perdida em Hogsmeade. Tome conta dela pra mim.


Antes que mais alguém pudesse reagir, Gina já estava no colo de Harry. E Tiago andando para o dormitório.


- Me adota? – perguntou Gina entrando na brincadeira.


- Tava pensando em fazer outras coisas. – disse Harry aproximando o rosto do dela.


- Vocês sabem que tem calouros por perto. – disse Rony, estragando o clima.


- Ronald.


- Qual é Mione, você estava agora pouco reclamando que eu não faço minhas funções de monitor e quando faço você reclama?


- Desisto. – disse a monitora subindo para o quarto pisando duro.


- Vai, lá. – disse Harry para Gina. – Podemos fazer isso outro momento.


 


Harry estava pensando sobre esse grupo de defesa durante a aula de História da Magia. Como sempre somente Mione prestava atenção. Rony estava dormindo na carteira, assim como outros. Lilá e Parvati estavam lendo uma revista de fofoca. Tiago estava com os pés sobre a mesa lendo o livro texto.  


Quando ele escutou algo batendo na janela. Era Edwiges.


Ele olhou para Binns e o professor parecia que não percebeu nada. Podia cair uma bomba na sala que ele continuaria a sua sonífera explanação.


Ele abriu a janela para permitir que a coruja entrasse. Edwiges parecia bem. Mas assustada.


- Tudo bem? – ele perguntou.


 A coruja acenou e depois olhou para Tiago.


- Acha mesmo que eu não ia proteger a sua coruja? – perguntou o rapaz. – coloquei um feitiço de proteção. E pelo que to vendo alguém tentou ataca-la, mas não conseguiu.


Harry sabia que o colega não estava mentindo.


Ele leu a carta que dizia apenas:


“Mesmo horário”


 


Harry, Mione, Rony e Gina ficaram esperando por Sirius aparecer na lareira. Por sorte todos os outros alunos resolveram ir dormir cedo.


- Oi Sirius. – disse Gina, que foi a primeira a perceber a presença do animago.


Harry reparou que o olho esquerdo dele estava escuro.


- O que aconteceu com seu olho? – perguntou ele.


- Um acidente. – disse ele, e quando nenhum deles parecia aceitar só essa explicação. – Posso ter entrado sem me anunciar no quarto de uma certa inominável que está morando aqui e ela estava, bem digamos, apenas de calcinha e com a toalha tampando os seios.


- Deixa eu ver se entendi. Ai você falou alguma bobagem e ela te deu um soco. – disse Harry, fazendo todos rir.


- Algo assim. – disse o Maroto. – Mas não foi pra vocês rirem de mim que estou aqui. Um grupo secreto de defesa. Queria poder estar na escola para isso.


- Como você sabe? – perguntou Mione.


- Mundungo estava disfarçado no Cabeça de Javali. – disse Sirius. – Era a mulher com véu.


- Por que ele não falou com a gente? – perguntou Rony.


- Ele foi expulso a alguns anos de lá. E Abe tem boa memória. – disse Sirius. – Mas to aqui para passar um recado para os ruivos. Sua mãe proíbe vocês de participarem de algo perigoso e que pode colocar o Arthur em algo uma situação difícil.


- E você o que acha?  -perguntou Mione.


- Eu. Acho perfeito. Queria poder ter feito algo assim na minha época. Desafiar o ministério debaixo do nariz de uma víbora como a Umbridge. – disse ele.


- Você fez isso. – disse Harry.


- Isso mesmo, se tornar um animago ainda no colégio pode ser inserido nessa categoria. – disse Gina. – E agora é um prisioneiro fugitivo que convive com dois aurores diariamente.


- Não é diariamente. – disse Sirius. – Tonks vem pra cá em busca de outra pessoa. Mas falando sério. Tomem cuidado. Sei que sou a pessoa menos indicada pra isso, mas todos querem que vocês se saiam bem. Vou sair, as lareiras do castelo podem estar sendo vigiadas, e não seria legal vocês serem pegos com um fugitivo,


Eles se despediram.


- Harry, estamos fazendo mesmo certo? – perguntou Mione.


- Claro. – disse ele. – Essa foi uma ideia sua.


- E que, com a aprovação do Sirius, achei que poderia não ser uma ideia tão boa assim. Sabe ele meu que está vivendo por você.


- Se for pra ele ter um pouco de diversão naquela prisão. Pode ter certeza que vou continuar.


Ele saiu chateado.


- Nós não estamos apenas lutando contra o ministério, Mione. – disse Gina. – Harry não quer perder ninguém para Voldemort, isso inclui qualquer um que ele pode proteger.


 


 

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Comentários (3)

  • Carolzynha LF

    Adorei esse cap, a Gina falando para o Harry adotar ela foi perfeito. Ta muito legal. Bjs

    2013-05-12
  • Harry Dumbledore

    Ficou muito bom, como sempre.Não demore a postar :D 

    2013-05-04
  • Natascha

    ficou ótimo! o rony como sempre estragando o clima.....

    2013-05-04
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