Almofadinhas

Capítulo 11 – Almofadinhas

 

Edwiges chegou a Londres pela hora do almoço. Sabia que as cartas eram urgentes, então não se poupou, poderia descansar quando entregasse.

Ela encontrou Sirius almoçando na sua casa. Como ele estava Remo, Tonks e Vicky.

- Oi, menina. – disse o animago. – Harry mandou algo pra mim?

Ela posou na frente dele, esticou a perna e permitiu que ele retirasse a carta a ele endereçada. Mantendo a outra.

Começou a ler, e não pode deixar de rir do que o afilhado escreveu.

Ele procurou a coruja, e a viu empoleirada no armário.

- Vou responder pessoalmente. – disse ele. – Pode descansar e voltar quando quiser.

Edwiges colocou a cabeça debaixo de sua asa e dormiu.

- O que ele disse? – perguntou Vicky.

- Que está já começou a sentir a pressão dos NOMs. Que minha querida mãe tem uma forte concorrente no cargo de mais simpática com a Umbrigde. E pergunta de Hagrid. – disse ele.

- Parece que não mudou muito desde o tempo que saímos do colégio. – disse Tonks. – Mas só tinha o Snape lá.

- Aluado, o que é o Outro Lado da Força? – perguntou Sirius intrigado com essa expressão.

Remo pegou a carta de Sirius, e gargalhou ao ler essa parte.

- Parece que alguém está com ciúmes, mas não vai admitir como o pai.  – disse ele antes de explicar sobre os filmes.

- Tem horas que a magia estraga tudo. – disse Sirius.

- Posso ver se tem algo no ministério sobre magias que permitem aparelhos trouxas em ambientes mágicos. Alguns projetos começaram, mas...

- Foram barrados por puros-sangues ignorantes. – disse Tonks.

- Isso. – disse a inominável.

- Você faria isso por mim? – perguntou Sirius galanteador.

- Não. – disse Vicky. – Vou fazer por mim mesma. Sempre achei televisões muito interessantes.

Sirius murchou, enquanto Remo e Tonks riam. Ele podia jurar que ouviu também um pequeno pio vindo do alto do armário.

Quando todos terminaram de rir, Remo sério perguntou:

- Como você pretende enviar sua mensagem? – perguntou ele se lembrando do que ele havia falado para a mascote de Harry.

- Vou usar a lareira. – disse ele.  – Posso verificar de tempos em tempos. Já que não to fazendo nada mesmo.

- Isso é perigoso, Almofadinhas.

- Tão perigoso quanto fugir de uma cadeia cheia de dementadores? – perguntou ele.

- Sim, já que a alternativa ruim é você retornar pra lá. – disse o lobisomem.

- Então vamos ser positivos. – disse Tonks.

 

Harry olhou para a lareira como se esperasse ver a carta ainda queimando, mas viu algo que não esperava.

Sirius.

- Por que você está olhando para a lareira com tanto interesse? – perguntou Rony voltando do quarto.

- Eu vi Sirius na lareira. – disse o moreno.

- Ele não é louco de aparecer aqui. – disse Mione olhando para o fogo.

- Ele é. – disse Gina. – Oi Sirius.

- Hum, o trio se tornou quarteto. – disse o maroto do fogo.

- Você não apareceu aqui só pra falar isso, apareceu? – perguntou Harry.

- Na verdade essa foi uma boa observação. – disse ele. – Mas não, estou aqui para responder a sua carta.

- E Harry você não nos disse o que tinha naquela carta. – disse Rony.

- Bem, posso ter esquecido depois do que aconteceu no corujal. – Harry estava pensativo.

- Se encontrou com alguma menina por lá? – perguntou Sirius.

- Depois que despachei Edwiges, Chang entrou. – disse ele e Sirius abriu um sorriso malicioso. – Mas não foi ela quem me fez esquecer de contar. Foi a Umbrigde.

Ele contou o que aconteceu, a exigência da carta e a detenção. Assim como aconteceu com a pena.

- Uma Pena de Sangue? Isso é tortura. – disse a figura no fogo revoltada. – Precisamos dar um jeito nisso.

- Agora é minha palavra contra a dela. As penas explodiram.

- Efeito interessante. – disse Sirius. – Vou ter que conversar com Remo sobre isso. Aliás, ele tem ódio desta mulher. Por conta dela que está mais difícil para ele conseguir um emprego. Ela e suas leis preconceituosas.

- Ela é uma mulher terrível. – disse Mione. – Nem deixa que pratiquemos magia na sua aula.

- Queria o que? – disse Sirius. – O ministério acredita que vocês estão sendo treinados para tomar o ministério. O idiota acha que Dumbledore quer o posto dele. Vocês viram o que ele falou no fim do ano passado.

Os estudantes pararam para pensar no que Sirius tinha dito.

- E não se preocupem com Hagrid. Neste caso, falta de noticias é uma boa coisa. Se ele tivesse algum problema já teríamos sabido. Madame Maxime já retornou, mas disse que Hagrid estaria aqui em poucos dias. Estamos esperando.

- E quanto a... – começou Harry, mas Sirius interrompeu.

- Tem alguém chegando aqui. Vou ter que sair.

Rapidamente Sirius desapareceu do fogo.

- Nem pude perguntar sobre Tiago. – disse Harry irritado.

- Por que quer saber sobre ele? – perguntou Gina com uma sobrancelha levantada.

- Ele é misterioso de mais, queria informações de fora. – disse Harry. – Não sei de que lado ele está na guerra.

- Já pensou em perguntar? – perguntou a ruiva.

- Quer que ele pergunte pro cara se ele acredita no que Dumbledore diz ou prefere Você-Sabe-Quem? – perguntou Rony.

- E dai? Eu perguntei. – disse ela. – E ele está do nosso lado.

- Como você pode ter certeza? – perguntou Hermione.

- Ele me disse: “Voldemort é um cara idiota que não sabe nem onde está seu nariz.” – respondeu ela. – Qualquer um com coragem o suficiente pra dizer o nome dele e em seguida o ofender não pode estar mentindo.

Eles pararam um instante para refletir sobre o que foi dito.

- Harry. Eu e o Rony pensamos enquanto você estava na detenção. – disse Mione.

- Eu não pensei nada. – disse o ruivo, recebendo um olhar maligno da monitora.

- Bom, eu pensei, e que tal se a gente estudasse DCAT por conta própria. – disse a morena.

- Como um grupo de estudos? – perguntou Harry.

- Algo um pouco menos oficial. – disse ela. – Umbrigde não pode saber. Precisamos alguém nos ensinando. Alguém com experiência prática.

- Mas quem ensinaria? Remo? – perguntou Harry.

- Não, só poderíamos fazer isso em Hogsmeade, e não tem tantas visitas assim. – disse ela. – Eu estava pensando em Você.

- Eu? Pirou? Você tem notas mais altas que eu. – disse ele quase gritando.

- Não em DCAT, você sempre tira notas maiores ainda mais com o único professor decente.

- Sem contar as nossas atividades extraclasse. – disse Rony.

Harry sempre achou que teve sorte e ajuda, mas mesmo assim ele tinha feito tudo aquilo.

- Preciso pensar. – disse Harry saindo para seu quarto.

- Deixem ele. – disse Gina. – Não pressionem. Ele vira com a resposta.

 

Segunda, Mione pegou o jornal da coruja e quase jogou o jornal longe.

- Olhem isso. – disse ela para os amigos.

"MINISTÉRIO VISA REFORMA EDUCACIONAL

DOLORES UMBRIDGE APROVADA COMO GRANDE INVESTIGADORA"

- Umbridge, grande Investigadora? - disse Harry sombriamente, a torrada comida pela metade escorregando entre seus dedos. - O que isso significa?

Hermione continuou a ler:

"Num movimento surpreendente na noite passada o Ministério da Magia aprovou nova legislação dando a si um nível de controle sem precedentes sobre a Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts.

'O Ministério está ficando preocupado com o que vem acontecendo em Hogwarts', disse o Assistente Junior do Ministro, Percy Weasley. 'Ele está agora respondendo à inquietação proclamada por pais ansiosos, que sentem que a escola esteja indo em uma direção que eles não aprovam'.

Essa não é a primeira vez nas últimas semanas que o Ministro, Cornélio Fudge, tem usado novas leis para executar melhoras na escola de Magia. Em 30 de agosto o Decreto Educacional número 22 foi aprovado para assegurar que, caso o atual diretor não possa colocar um candidato para o posto de professor, o Ministério deve selecionar uma pessoa apropriada. 'Foi assim que Dolores Umbridge foi apontada para o corpo de professores de Hogwarts', disse Weasley na noite passada. 'Dumbledore não conseguiu encontrar alguém então o Ministério colocou Umbridge e, lógico, ela está sendo um sucesso imediato. '"

- Ela está sendo O QUÊ??? - disse Harry alto.

- Espere, há mais - disse Hermione.

"Revolucionou totalmente o ensino de Defesa contra Artes das Trevas e providencia ao Ministério um relatório completo sobre o que realmente acontece em Hogwarts.

'É a última função que o Ministro formalizou com a aprovação do Decreto Educacional número 23, que cria a nova posição de Grande Investigador de Hogwarts.'

'É uma excitante nova fase no plano do Ministro para identificar o que alguns chamam de decaimento moral em Hogwarts', disse Weasley. 'O Investigador terá poderes para investigar seus companheiros educadores e ter certeza ele correrá riscos. Foi oferecida essa posição a professora Umbridge em adição ao seu posto de educadora e estamos felizes de saber que ela aceitou.'

As últimas cartadas do Ministério receberam apoio entusiástico de pais de estudantes de Hogwarts.

'Eu estou mais tranquilo agora que eu sei que Dumbledore está sendo sujeito a uma avaliação justa e objetiva', disse Lúcio Malfoy, de sua mansão Wiltshire na noite passada. 'Muitos de nós, visando o melhor interesse de nossas crianças, estamos a par de algumas decisões excêntricas de Dumbledore nos últimos anos e estamos satisfeitos de saber que o Ministério está sendo mais vigilante.'

Junto a decisões excêntricas está sem dúvida alguma a indicação controversa de alguns professores previamente descritas nesse jornal, que inclui o emprego do lobisomem Remo Lupin, do meio-gigante Rúbeo Hagrid e do ex-Auror 'Olho-Tonto' Moody.

Rumores dizem, é claro, que Alvo Dumbledore, anteriormente Bruxo Chefe Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos, não é mais apto para dirigir a prestigiada escola de Hogwarts.

'Eu acho que a indicação do Investigador é o primeiro passo para assegurar que Hogwarts tenha um diretor em que possamos confiar 'disse o Ministro noite passada.'

Membros da Confederação Internacional de Bruxos, Griselda Marchbanks e Tibério Ogden renunciaram em protesto à introdução do posto de Investigador em Hogwarts.

'Hogwarts é uma escola, não um posto avançado do escritório de Cornélio Fudge', disse Madame Marchbanks. 'Isso é um absurdo, nojenta maneira de desacreditar Alvo Dumbledore.' (Para uma versão completa sobre a alegação de Madame Marchbanks sobre a subversão de grupos de duendes veja a página 17)"

- Ela está aqui por causa disso? – perguntou Gina.

- Parece que sim. – disse Mione. – E parece que a coisa vai piorar.

Harry olhou pelo salão para ver a reação das pessoas.

Malfoy estava feliz, e se vangloriando na mesa da Sonserina, como se fosse ele quem tivesse feito isso.

Nas outras mesas havia algumas pessoas discutindo sobre isso, mas não eram muitos. Poucos em Hogwarts assinavam o Profeta.

Mas uma pessoa chamou sua atenção.

- Por que será que Tiago está com o sorriso do gato que comeu o canário? – ele perguntou.

- Aquele é o mesmo sorriso que você da quando apronta algo. – disse Mione. – Quero saber o que é.

- Logo descobriremos. – disse Gina. – Ele anda olhando muito pra mesa dos professores. Em especial uma sapa velha.

Foi só ela terminar de falar, mais algumas corujas entraram pelo salão.

Uma se direcionou para Harry, e duas para a mesa dos professores.

Harry pegou a carta.

“Cara Sr Harry Potter

Informamos a abertura de investigação sobre a Tortura sofrida pelo senhor na noite do último sábado. Perante a Senhora Dolores Umbrigde, que utilizou um artigo uso controlado, que nunca poderia ser encontrado perto de menores.

Entraremos em contato para marcar a audiência. Uma vez que será necessária a presença de seu guardião. E ele será julgado em breve.

Atenciosamente,

Amélia Bones. - chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia”

- Achamos a pena que faltava. – disse Mione. – Alguém enviou para o Ministério, e para alguém que não temeria em abrir o processo.

- Sim, mas quem? – perguntou Rony.

 

Enquanto isso, na mesa dos professores.

Dumbledore leu a carta e franziu a testa. Virou para a professora de DCAT e agora Alta Inquisidora. A mulher, que desistiu de disfarçar a sua pele, estava pálida.

- Dolores, enquanto esse processo tiver aberto, você está confinada aos seus aposentos, enquanto não tiver em aula ou nas refeições. – disse ele. – Nenhum contato extra com os alunos será permitido. Detenções atribuídas durante as aulas serão repassadas para outros professores para eles determinarem a tarefa e quem vigiará.

- Você não pode fazer isso. – disse Umbrigde ficando em pé.

- Posso. – disse Dumbledore voltando a atenção para o seu café. – Afinal, sou o diretor, e tenho o apoio da câmara dos governadores de Hogwarts e do Departamento de Execução das Leis Mágicas. Acredito que sua carta explique isso.

- Mas eu sou a Alta Inquisidora de Hogwarts.

- Acho que é o único motivo pelo qual não foi demitida. – disse o diretor. – E isso requer o mínimo de contato com os alunos.

 

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