Capítulo 9





 


Caminhava lentamente pelas masmorras. Olhando rapidamente no relógio antes de sair do Salão Comunal, ele constatou que já estava muito próximo do horário do toque de recolher. A maioria dos alunos – incluindo nessa lista seus amigos Sonserinos - estava aconchegada em suas confortáveis Comunais, muito afastados do frio que o resto do castelo emanava. Faltavam poucas semanas para o natal.

Severus apertava um pedaço pequeno de pergaminho com a mão esquerda. Na mão direita, carregava a varinha apontada – tinha aprendido a andar assim há anos, sempre se preocupando com a retaguarda. Seus olhos varriam atentos o corredor. Estava preocupado com Madame Norrrra (sempre patrulhando os corredores para o zelador emburrado) e também com o risco de esbarrar em um dos “Marotos”...

Marotos... Era por causa deles que ele precisava andar as escondidas no corredor para entregar essa carta. Como ele odiava esse grupinho de meninos mimados com suas ideias de mundo perfeito. Tudo o que eles sabiam causar a Severus era sofrimento e dores no corpo graças as Azarações... Nenhum pouco engraçadas. 

Pelo menos, não para ele. 

Chegou ao Corujal depois de um longo tempo (muito mais que o normal) e escolheu rapidamente uma Coruja das Torres qualquer. Amarrou com pressa a carta à perna da coruja negra, que deu uma bicada em seus dedos indignada com a forma rústica como o garoto a segurava.

- Não demore! Preciso que entregue essa carta AGORA. 

Dizendo isso, soltou a coruja no céu, que voou com um rasante e sumiu rapidamente por entre as nuvens da noite nublada. Severus suspirou e, mais uma vez atento, abandonou o Corujal. Rumou em direção a uma sala vaga, que tinha indicado na carta, e fechou a porta atrás de si. 

Alguns minutos depois, encontrava-se sentado em uma das mesas da sala, extremamente quieto. Estava preocupado, já que nem ao menos sabia se ela viria... Não! Ela tinha que vir!

- Snape. – Uma voz doce - que ele desejava escutar direcionada a ele há dois anos – surgiu, tentando forçar uma grosseria que nunca existiria vinda de sua dona. Fazia tanto tempo... Ele sempre a escutava longe e rindo de coisas que ele nunca saberia quais eram, porque não se falavam mais. Agora ela estava tão perto. 

Ele reconheceria aquela voz em qualquer lugar que fosse. Por isso, demorou um pouco para se virar em direção à porta.

- É bom que seja importante. – Lily Evans disse, abraçando seu próprio corpo com seus braços finos e muito pálidos. 

- Você está muito bonita. – Ele deixou escapar sem querer.

E estava mesmo. Aliás, esse era um pensamento que ele possuía há muitos anos, mas que nada podia falar porque Lily tinha cortado qualquer forma de conversa e contato com ele.

Lily apenas fechou o rosto. Severus a conhecia como ninguém. Essa expressão mostrava nitidamente uma tentativa de se manter séria o suficiente perto dele.

- Se me chamou apenas para dizer isso, saiba que eu nunca mais vou...

- Não, é importante... – Severus se aproximou dela, mas cada passo que ele dava para frente era um que ela dava para trás. – Eu sinto sua falta, Lily.

- Snape... – Ela suspirou e sentou em uma mesa bem afastada dele. – Eu já te disse que enquanto você não mudar seu comportamento e suas amiz...

- Mas meus amigos não são como você pensa.

Não, elas com certeza eram piores do que Lily pensava. Mas ele não diria aquilo em voz alta. 

- Eu já te expliquei que não são boa companhia. O que eles fazem com os mais fracos nos corredores e o que fizeram com Mary e outros alunos no Quinto ano...

- Ninguém sabe se foram Avery e Mulciber que machucaram sua amiguinha... – Severus a interrompeu. Lily mandou uma expressão incrédula em sua direção. - Pode ter sido qualquer pessoa!

- Tudo bem Severus, mas alguém que você conhece. – A ruiva suspirou. Seu rosto começava a ganhar uma coloração parecida com seus cabelos. - Eu não consigo pensar em ninguém que teria tanto sangue frio para isso. 

Ah, mas ele conhecia. James Potter e seu grupinho podiam ser tão cruéis quanto os amigos de Severus. Pelo menos seus amiguinhos tinham motivos para atacar os outros.

- Os Marotos são tão ruins quanto. – Severus cruzou os braços e se aproximou de Lily, que parecia tão irritada que nem ao menos percebeu a aproximação.

- Ah, não mesmo! Eles podem ser uns imbecis, mas eles não atacam as pessoas de forma séria. Você não vê alguém sendo mandado pra Ala Hospitalar por causa deles com algo mais sério que furúnculos brotando pelo corpo. 

O Sonserino começou a sentir que toda a raiva acumulada durante aqueles anos sofrendo nas mãos de Potter, Black e os outros dois amiguinhos idiotas dele, começara a se esvair por entre seus poros. Ah, eles podiam ser bem cruéis e ele era a prova viva – por pouco - disso. Se não fosse por um breve acaso do destino em que Potter percebeu que eles se dariam mal se continuassem fazendo a brincadeira de atrair Severus até o Salgueiro lutador, hoje Snape não passaria de ração digerida e, consequente, adubo para plantas produzido por um Lobisomem.

O Santo Potter... Como ele o odiava! Talvez seja por esse ódio e essa raiva amargurada toda que ele tenha se descontrolado e falado as palavras seguintes:

- Isso é tudo por causa do Potter, não é? – Quando ele percebeu, já era tarde demais.

Lily iria começar a se irritar e Severus sabia disso, mas era como se tivessem arrancado todos os neurônios que ligavam e controlavam a mensagem que partia de seu cérebro para a boca.

- Do que você está falando? – Seu rosto demonstrava duvida.

- Desde que ele começou a te chamar para sair que você decidiu que meus amigos não eram boa companhia. Você nunca reclamou deles antes do Potter aparecer.

- Na verdade, eu decidi que eles não eram boa companhia quando eles começaram a machucar as pessoas seriamente nos corredores. 

- Potter e Black também machucam as pessoas...

- Não, eles não machucam. – Lily suspirou. – Eles brincam, azaram, podem até machucar emocionalmente... Eles são uns idiotas e eu não concordo com o que fazem, mas não machucam ninguém fisicamente. Não como seus amigos. 

Severus se sentiu machucado com aquelas palavras. Três anos atrás, eles teriam marcado de se encontrar a noite para conversarem até o dia seguinte. Provavelmente nessa conversa, Lily e ele iriam discutir como Potter e Black eram previsíveis, desprezíveis e mesquinhos. Eles iriam perder a noite inteira rindo da cara daqueles panacas. Mas agora, Lily os defendia. 

Ele se sentia agora, como um animal ferido.

- Você os defende! Age como todo mundo, como se eles fossem os heróis da escola! – Severus jogou os braços para o alto. Uma ação incomum para ele, que sempre evitava chamar atenção com movimentos bruscos. Severus olhou para Lily, em cólera. - Eles conseguiram, não é? Eles te fizeram seguir para o lado deles.

- Seguir para o lado deles? – Lily disse, o rosto queimando em raiva. – Sev, - ela nem ao menos percebeu que o chamava pelo seu antigo apelido. - eles não são uma seita... Eles não obrigam ninguém a agir como eles pensam que é certo. - Ela levantou da mesa e começou a andar na direção de Severus, que apenas ficou parado, estático. Parecia que seus pés estavam pregados no chão. 

“Eles não ficam por ai obrigando seus supostos amigos a chamar as pessoas que eles gostam de “sangue-ruim”, só porque não se encaixam no padrão distorcido deles do que é ser um bruxo suficientemente bom ou não. Eles não obrigam ninguém a se rebaixar ou rebaixar os outros a sua volta só para poderem se sentir mais poderosos. Não, Severus... Isso é papel dos SEUS amigos.” 

Lily apontou para ele e depois para o braço esquerdo do rapaz, onde (era de conhecimento geral) ficava a marca dos Comensais da Morte, quando estes eram escolhidos por Voldemort. Severus apenas a encarou. Sentia que seu rosto devia estar em uma expressão cômica de mistura de pavor e desgosto. Ele nunca esperou uma atitude dessas vindo de Lily, que sempre fora tão quieta e evitava discutir com ele. Ela parecia outra garota agora. Completamente diferente da Lily que ele conheceu. 

Lily suspirou, tentando se acalmar. Seu rosto ainda estava vermelho, mas sua voz saiu baixa, em uma tentativa de controlar o tom.

- E se não concordar com essas atitudes é o que você chama de seguir para o lado deles, então eu sigo, Sev. Eu não vou ficar ao seu lado, vendo você se destruir e machucar os outros a sua volta. Eu cansei de te defender a anos atrás, quando todo mundo via que você estava seguindo para o... Lado... Errado e eu tentava argumentar que não. – Ela se virou de costas e andou na direção da porta da Sala. Parou com a mão na maçaneta e olhou para ele por cima do ombro. 

- Mas agora eu vejo que você está sim indo para esse lado e eu não vou com você. Boa sorte, Severus, espero que seja feliz.

Dizendo isso, ela virou, abriu a porta e deixou a sala. 

Deixando também Severus triste e sozinho, no escuro e silencio incomodo. Ele sentiu que seus joelhos tremeram e Severus caiu no chão. Encolheu-se em um canto e, abraçando as pernas, sentiu as lagrimas que ele segurava há tanto tempo, rolarem quentes por seu rosto frio.


 




Lily tinha saído do Dormitório pouco antes do toque de recolher. Dorcas sabia disso, porque estava na Comunal com Remus quando viu a amiga ruiva passar por eles sem dizer uma palavra. Ela virou o rosto na direção de Remus, que apenas deu de ombros.

- James não fez nada com ela hoje, ele esteve ocupado pensando no treino de Quadribol o dia todo. 

Dorcas concordou com a cabeça e voltou a pensar no trabalho que precisava entregar no dia seguinte. Os livros estavam jogados no chão a sua volta. Um rolo de pergaminho aberto em seu colo, sendo apoiado por outro livro. 

Alguns muitos minutos mais tarde, Lily voltou. Ela correu com passos irritados até a escada do Dormitório. Parecia MUITO irritada e seu rosto estava extremamente vermelho.

- Ãh... Lily...

- Depois, Dorcas! – A amiga gritou de volta. Alguns segundos depois, a porta do Dormitório foi batida com força.

- Merlin... O que será que aconteceu? – Dorcas disse, se sentindo irritada com a grosseria da amiga. 

- Não faço ideia... Eu só a vejo assim por causa de James. – O namorado disse, enquanto dava beijos no pescoço da namorada.

Os dois estavam sozinhos na Comunal desde antes de Lily sair do Salão. Agora que a amiga tinha voltado, Dorcas sabia que provavelmente ninguém passaria por ali tão cedo. Com um sorriso no rosto e se forçando a ignorar o incômodo pela grosseria de Lily, Dorcas levantou do chão onde estava sentada (apoiada nas pernas de Remus). 

O garoto estava sentado no sofá, lendo um livro e de vez em quando fazendo gracinhas com Dorcas. Olhou-a por cima do livro, interessado no que ela iria fazer em seguida. 

- Sabe, estamos sozinhos aqui já têm algumas horas...

- Sim, estamos. – Ele disse rindo. Colocou o livro em cima da mesinha ao lado do Sofá. 

Dorcas passou as pernas por cima dele e sentou no colo de Remus. 

- Estava pensando, se por acaso você não estaria interessado em... – Ela parou de falar e começou a dar beijinhos no pescoço dele também. Remus suspirou.

- Em...? – Seus olhos brilhavam bastante, Dorcas não pode deixar de reparar.

- Sabe... A gente não se beija direito desde que voltamos a namorar... – Dorcas sorriu e bagunçou o cabelo cor de areia do namorado. Ela adorava pensar na palavra namorado. – Eu lembro claramente da ultima vez que estivemos juntos antes de você terminar comigo e foi beeem quente. – Ela passou os dedos pelo peito dele, fazendo círculos. - Estava pensando se não podíamos dar uma volta pela escola, quem sabe encontrar um Armário de Vassouras limpo e nos divertir... 

Remus sorriu e passou a mão direita por trás da cabeça de Dorcas. Aproximou seus rostos puxando-a pela nuca. 

- É isso que você quer? Que a nossa primeira noite seja em um Armário de Vassouras?

- Hum... – Um sorriso brotou teimoso nos lábios dela. - Tem algo especial em mente? 

- Claro que sim! Que tipo de namorado eu seria se não tivesse alguma ideia romântica para isso? – Ele pareceu falsamente ultrajado. 

- Oh se é assim, eu espero! 

Remus sorriu outra vez – ele ficava tão mais bonito daquela forma, feliz – e passou as mãos pela cintura dela. Dorcas demorou um tempo para perceber as intenções dele. Uma enxurrada de cosquinhas fez com que ela pulasse, tentando escapar dele. 

- HAHA! Para! Isso... Não... É... JUSTO! – Dorcas pulou do colo de Remus e caiu, ao seu lado no sofá.

Remus ria abertamente dela. Ele se jogou no sofá, por cima do corpo da loira, fazendo mais cosquinhas ainda. 

- Para! Não... PARA! 

Remus parou depois do ultimo grito dela, rindo muito. Dorcas percebeu o quão próximos estavam agora. Ele pareceu perceber também, porque em questão de segundos, suas bocas se coloram.



_____________________________________________________________________________________

Dorcas acordou de muito bom humor logo pela manhã. Tinha passado boa parte da noite aos beijos com Remus e apesar do sono que sentia nada estragaria seu dia. Lily, no entanto, parecia extremamente mal humorada. O que quer que tenha causado aquela raiva toda nela assustava Dorcas. Os enormes olhos verdes estavam inchados, o que mostrava que ela tinha estado chorando e seu cabelo estava um desastre. Coisa que ela resolveu rapidamente com um feitiço. 

Já Marlene, encontrava-se em um estado horrível de desanimo disfarçado por detrás de uma falsa felicidade – que não enganava ninguém -, desde que tinha se desentendido com Sirius. 

As três agora tomavam café da manhã, sentadas lado a lado na mesa da Grifinória. Dorcas passava geleia em uma torrada quando alguém passou os braços ao redor de sua cintura. 

- Bom dia, minha linda. – A voz rouca e tão conhecida falou em tom de sussurro e de forma muito carinhosa em sua orelha.

Remus. 

Dorcas sentiu seu rosto se iluminando. 

- Bom dia! – Ela disse, pegando na mão dele. Marlene se afastou e Remus pode sentar do lado esquerdo de Dorcas. Lily já conversava com Fabian, do outro lado da loira. – Onde estão os Marotos? 

- Peter saiu cedo... Disse que ia resolver o problema com o exercício de feitiços... Ou alguma coisa assim. James e Sirius ainda estavam se arrumando quando eu saí do dormitório. 

- E porque você os deixou pra trás? – Dorcas deu uma mordida em sua torrada. 

- Ah... James está estranho desde que Lily começou a sair com Fabian, o que não é novidade alguma. E Sirius, bem, Sirius... – Remus pareceu se enrolar com as palavras.

- Voltou a ser o Sirius Black de sempre? – Dorcas perguntou, com ar de preocupada.

Ela ainda se lembrava de Sirius na manhã seguinte ao seu desentendimento com Marlene...


- Flashback – 

Marlene estava com os olhos muito vermelhos. Seu cabelo não se encontrava nos melhores dias. Na verdade, a amiga não se encontrava em um de seus melhores dias. Parecia cansada e estava com um humor horrível. O que era aceitável, visto que tinha terminado o que quer que ela tivesse começado um dia com Black. 

Algumas pessoas passavam no corredor e apontavam para ela, conversando aos cochichos. Todos sabiam que Marlene e Sirius tinham passado o dia anterior inteiro, juntos, e que algumas horas depois tinham discutido muito feio. 

Incrível como esse tipo de coisa espalha rápido, não?

Os três Marotos estavam sentados à mesa junto com Dorcas, Lily e Marlene – que estava se contentando em apenas brincar com o café da manhã. Todos menos Sirius. James cochichou para ela que Sirius tinha estado muito quieto desde a noite anterior e que talvez nem tivesse dormido. Ele dizia isso, porque tinha dormido com o amigo acordado e quando ele acordou – muito cedo, aliás -, Sirius estava de olhos abertos. Mesmo assim, tinha sido o ultimo a se arrumar e ainda não tinha decido para o café. 

- Estou começando a me preocupar com Padfoot. – Dorcas escutou Peter sussurrar para James. Padfoot, que tipo de apelido era esse? – Ele vai acabar perdendo o café.

- É... Ele não estava quase pronto quando saímos do Dormitório? – O Maroto de óculos perguntou para Remus.

- Estranho... – O namorado de Dorcas disse, olhando para os lados. Ele soltou uma exclamação e olhou na direção da porta do Salão Principal. 

Dorcas seguiu seu olhar e viu uma garota do Quinto ano entrar muito saltitante e bagunçada no Salão Comunal. Suas saias eram um pouco mais curtas do que deviam – ou será que estavam assim porque estavam amarrotadas? – e seu cabelo claro muito bagunçado. Sua maquiagem parecia um pouco borrada, mas mesmo assim ela sorria. Um sorriso muito aberto. Ela rumou para a mesa da Corvinal. Hestia lançou um olhar chocado e irritado para a garota, que apenas deu de ombros.

James e Remus se olharam.

- Sabe, eu podia jurar que conheço esse estado de bagunça que essa garota se encontra. – James sussurrou e olhou outra vez para a entrada do Salão. 

- É... Mas isso é impossível, só se Sirius... 

Remus parou sua frase na metade e olhou para as portas do Salão. Sirius caminhava calmamente até a mesa da Grifinória e se não fosse pela barba mal feita, olhos um tanto inchados e olheiras, Dorcas poderia jurar que ele se encontrava em seu melhor dia em Hogwarts. Suas mãos estavam dentro dos bolsos da calça do uniforme e ele tinha o mesmo ar displicente que fazia as garotas suspirarem. 

Ele se sentou à mesa, ao lado de Peter (perto demais de Marlene, Dorcas percebeu). Começou a se servir do café da manhã e olhava para as meninas das outras mesas de forma distraída. Quando alguma olhava para ele e suspirava, Sirius piscava um olho para ela. O que fazia com que a menina soltasse gritinhos de excitação. Depois da quarta garota, James suspirou e olhou irritado para Sirius.

- O que há com você? 

- Hum? Como assim? – Ele disse sorrindo e levando o copo com suco de abobora à boca. 

- Está estranhamente feliz hoje... 

- E dai? Não posso ser feliz?

- Hum... Não? – Remus disse. – Pelo menos, não depois do que aconteceu ontem...

- O que aconteceu ontem? – Sirius disse piscando varias vezes. Ele pousou o copo na mesa. Dorcas lançou um olhar para Marlene, que estava olhando diretamente para o seu prato, mas parecia atenta à conversa.

- Bom... Você... Hestia... E bem, Marlene... Vocês brigaram, não é? – Peter disse para Sirius, mas lançou um olhar curioso para Marlene, provavelmente se perguntando se eles já tinham voltado. 

- Ah, isso? – Ele disse distraidamente, piscando para outra garota. Mordeu um grande pedaço do pão e demorou a voltar a falar, já que estava mastigando. – Sim, brigamos.

- E você está ai? Piscando para outras garotas? – Lily disse, parando de conversar com Fabian. 

- Ué, não é isso que eu sempre faço? Sou um cachorro sem sentimentos, não? – Ele olhou para todos na mesa, mas evitou claramente olhar para Marlene, que agora tinha o rosto levantado. – Qual o problema com vocês? Não é como se alguém tivesse morrido. Aliás, podemos chamar isso de ressurreição. 

- Do que está falando? – Dorcas perguntou curiosa.

Marlene tinha um sorriso sem humor no rosto agora, provavelmente tinha adivinhado do que ele estava falando. Seus olhos azuis estavam elétricos e tinham um brilho perigoso. 

- Bom, vocês vão saber em um minuto. – Ele terminou de engolir seu café da manhã. 

Estalou os nós dos dedos e espalhou as coisas na mesa, de forma que criou uma clareira entre os pratos e copos. Com um movimento rápido, Sirius subiu na mesa. Marlene agora tinha uma expressão desejosa, quase como de desafio, no rosto e parecia prestes a sair da mesa agora mesmo. Dorcas e todos os outros começaram a se preocupar com a cena. 
James puxou a barra das calças de Sirius. 

- Cara, desce dai... O que você pensa que está....?

- Eu gostaria da atenção de todos vocês. – Sirius disse bem alto, batucando no copo com uma colher. Todos se calaram e olharam para ele. – Assim está melhor. Bom, como todos vocês sabem, eu sou o cara mais gostoso de todo o castelo... Não, talvez eu perca para o nosso lindo diretor, Dumbledore. Ninguém ganha daquela maravilhosa barba.

Alvo Dumbledore soltou um riso alto e muito confortável na mesa dos professores. Os professores, no entanto, pareciam ultrajados. Minerva lançou um olhar de ódio e frustação para o Maroto. Sirius levantou o polegar para o diretor e voltou a falar. Risadas ecoavam por todo o salão. Nenhum dos amigos de Sirius riu. 

- E eu não tenho feito meu papel de forma correta, eu admito. – Sirius sorriu para algumas garotas. – Eu tenho faltado com vocês todas e sinto muito por isso. Nunca mais isso irá acontecer. Sabem porque?

As meninas soltaram exclamações e tinham olhares desejosos na direção de Sirius. 

- Porque Sirius Black está de volta! 

Vários gritinhos foram ouvidos pelo salão, ao mesmo tempo em que Dorcas ouviu um som do banco sendo arrastado no chão. 

E com essas palavras, Marlene apenas levantou e saiu calmamente do Salão Principal, ainda com um sorriso assustador, sem humor algum, estampado no rosto.


- Fim do Flashback -



Desde aquela manhã, Sirius saia com uma garota diferente a cada dia. Dormia com outra – só Merlin sabe aonde, já que desde sua declaração espantosa o Senhor Filch rodeava os corredores com mais frequência - a cada três dias. Por mais que parecesse animado e o mesmo Sirius Black de sempre, as olheiras só aumentavam e sua barba estava sempre por fazer. Algumas meninas achavam isso sexy. Remus dizia que era motivo para preocupação porque agora o amigo mal dormia durante a noite e estava em um bom humor um tanto falso.

Marlene tinha andado estranhamente quieta para ela. Estava sempre sorrindo e fazendo piadas, mas de uma forma artificial. Ela, ao contrário de Sirius, não saia com cara algum. Nem mesmo Gideon conseguia sair com ela agora. Isso estava começando a preocupar Dorcas e Lily, que agora evitavam ao máximo passar muito tempo beijando seus respectivos namorados perto da amiga.

O que era bem difícil para Dorcas, já que estava completamente apaixonada por Remus e queria passar a maior parte do tempo o beijando.

- Não. Ãh, quer dizer... – Remus bebeu o conteúdo escuro do seu copo. – Ele esta tentando ser o mesmo “Sirius Black”, como diria ele, mas eu e James sabemos que é mentira. Ele nunca saiu com tantas garotas como agora. Para nós, isso é mais uma forma de reprimir seus sentimentos com sexo casual sem sentimento algum. 

- Só que eu acho que não esta dando certo. – James disse, sentando-se à mesa, distraidamente - ou não - ao lado de Lily. – Ele não vem, encontrou uma garota no caminho. Sirius está deplorável. Ele mal come e toda noite ele fica deitado, de barriga para cima e olhando o teto. 

- É... E teve uma noite que eu o ouvi chorar. – Remus disse, infeliz.

- Sirius, chorando? – Lily sussurrou, se metendo na conversa. Fabian não estava mais ao seu lado, provavelmente já tinha ido para a aula. – Faça-me o favor! Ele nun...

- O que vocês estão cochichando hein? – Marlene disse, sorrindo, completamente alheia a conversa. 

- Ah, nada não! – Dorcas respondeu forçando um sorriso.

Marlene deu de ombros e voltou a comer, passando os olhos pelo Profeta Diário distraidamente.

- E Marlene, como está? – James perguntou em sussurro, olhando para Lily.

- Nenhuma pouco parecida com a Marlene de antes. 

Dorcas suspirou e abraçou Remus. Parece que os cinco terão um problema com esses dois.






Quebrada. Era assim que ela se sentia. Não porque Sirius estava com várias garotas a cada semana, não porque ele tinha ficado com uma garota depois de passar o dia inteiro com ela. Não... Marlene estava quebrada porque ele tinha traído sua confiança. Traição entre amigo e amiga.

Isso era mil vezes pior do que trai-la como mulher, com qualquer uma. Já que nenhum dos dois tinha decido que o que eles tinham era sério, Sirius tinha todo o direito – ainda que fosse cachorragem – de sair com quem quisesse.]

Mas Sirius tinha feito a única coisa que podia magoa-la.

Aquele cachorro tinha prometido que não iria mais sair com Hestia, no entanto, na primeira oportunidade ele a tinha apunhalado pelas costas.

E isso era pior do que qualquer outra coisa que ele podia ter feito.

Além disso, nem tudo era por causa daquele cachorro... Há duas semanas Marlene tinha aberto o Profeta Diário e mais um membro da sua família estampava a capa, com uma foto de um cadáver. Mais um McKinnon tinha sido assassinado. Seu tio Turner. 

Era como se tudo estivesse desmoronando diante dela e tudo que Marlene fazia era fingir estar feliz. Não queria que os outros sentissem pena dela. Ela não precisava do sentimento de pena dos outros. 

Sabia se virar muito bem sozinha, obrigada.

Deixando de lado todo e qualquer sentimento doloroso em seu coração e os pensamentos vingativos em sua cabeça, Marlene focava sua atenção agora nos sentimentos alheios. Doía menos, se ela decidisse se preocupar com os outros. Por estar observando tudo é que ela percebeu o estado de Lily na noite anterior, quando já estava deitada.

Por isso, decidiu arrastar a amiga até o banheiro feminino durante o intervalo entre uma aula e outra da tarde. Murta gemia em boxe longe o suficiente para não escuta-las cochichando. Lily parecia curiosa pela amiga tê-la levado até um banheiro praticamente abandonado.

- Tudo bem... O que é?

- Lily, porque você voltou tão arrasada na noite passada? – Lily continuou calada. Marlene cruzou os braços. – Anda, me conta! Você sabe que pode confiar em mim! Sou sua melhor amiga ou não?

- É... Mas é que... Ah! Eu... – A ruiva suspirou. – Severus. – Marlene arregalou os olhos e se manteve calada. Um fantasma do passado? – Severus veio conversar comigo ontem, eu não sei dizer o que ele pretendia exatamente, mas acabamos discutindo.

- Por quê?

- Porque ele diz que eu o critico por andar com seus amiguinhos que são nitidamente futuros Comensais da Morte, mas que Potter é tão ruim quanto eles.

- Não! – Marlene enrugou a testa. – As brincadeiras dos Marotos não chegam perto da maldade desses... Sonserinos.

Ela podia estar irada com Sirius, mas nem mesmo ele faria algo tão ruim quanto jogar uma maldição em outras pessoas para tortura-las. Isso era uma das poucas coisas que Marlene ainda admirava nele. Sua integridade nesse quesito era tão grande que Sirius tinha fugido de casa para não ter que aguentar as merdas que saiam da boca dos membros da família Black.

- Foi exatamente o que eu disse a ele, mas acabamos discutindo e... Isso ainda me machuca. – Lily sentou no chão do banheiro e abraçou as pernas.

Um relance de uma lembrança passou na cabeça de Marlene. Ela e Sirius naquele banheiro e ele a consolando. Foi ali mesmo que ela tinha dito a Sirius para nunca mais sair com Hestia...

Cachorro infernal! Porque tinha que aparecer sempre em sua cabeça? 

Ela balançou a cabeça para os lados, a fim de evitar lembranças. Sentou-se ao lado de Lily e a observou.

- Achei que tinha deixado de ser amiga do Ranhoso. – Marlene disse, enrugando o nariz.

- Eu deixei... Mas ele foi meu amigo por tempo demais. Ainda machuca pensar... As coisas podiam ser diferentes, sabe? Ele mudou tanto desde a época em que nos conhecemos.

Marlene nunca tinha entendido a amizade de Lily e Severus. Eles eram completamente diferentes! Ele com aquela mania estupida de puro-sangue, atitudes duvidosas e sempre se esgueirando pelos cantos. Lily só para começar era nascida trouxa, pelo amor de Merlin! O que aquele ser oleoso queria com ela? Além do mais, ela era tão bonita e inteligente, chamava a atenção dos outros por onde ia... Porque ela foi procurar amizade com aquele nariz ambulante?

Porém, por mais que Marlene pensasse aquilo tudo ela não chegou a dizer uma palavra sobre o assunto para Lily. A amiga já sofria o suficiente sem Marlene questiona-la “o porque”. Era melhor apenas consola-la e fazer pensar em outra coisa a ter que piorar ainda mais a situação.

- Mas ele não disse o que ele pretendia com a conversa? – Marlene passou o braço por cima do ombro magro e pálido de Lily.

- Não... Acho que ele apenas queria me ver. – Lily suspirou. – De perto sabe? Nós não temos muitas aulas juntos. E nós éramos muito amigos! Eu era a única amiga de verdade dele... E agora nem conversamos quando passamos no corredor. 

- Claro que não! Depois do que ele te chamou, seria masoquismo...

- Eu sei! Severus é um idiota por se deixar levar pelos outros.

A morena apenas concordou com a cabeça. 

- Mas vamos parar de falar de mim... – Lily sussurrou, chamando a atenção de Marlene. – E você? Como tem se sentido?
Marlene suspirou e tentou fingir que não sabia do que Lily falava, mas a morena sabia que mais cedo ou mais tarde teriam que conversar sobre seus sentimentos em relação ao babaca do Sirius.

Oh God, why?

Ela chegou a abrir a boca quando três garotas entraram correndo no banheiro, fazendo um grande barulho e chamando a atenção de Lily, Marlene e Murta. As três tinham uniformes esverdeados. Eram bonitas, mas Marlene sabia que eram também odiosas e não se podia deixar levar pela aparência delas. Eram como cobras de verdade, lindas e venenosas. Alecto Carrow vinha na frente como sempre, puxando o grupo, depois vinham Violet Runcorn e Lissa Burke. 

“Quando a gente pensa que não pode piorar, Merlin vai lá com suas lindas cuecas estreladas e encardidas e muda a porra toda só pra te sacanear” foi o que Marlene pensou, enquanto as observava entrar. Alecto parou no meio do caminho e ficou olhando para Lily e Marlene sentadas no chão. Um sorriso perverso apareceu nas pontas dos lábios da irmã Carrow, que levou a mão até a bainha da capa, tirando a varinha.

As outras duas amigas dela fizeram o mesmo, mas Marlene e Lily já apontavam para Alecto antes mesmo de pensar no porque de fazer isso.

Merlin, estavam se comportando como os Marotos. Estavam atacando os outros sem motivos.

- Olá, traidora de sangue e Sangue-Ruim. – A voz de passarinho saiu por entre os lábios de Alecto.

- Olá, imbecil. – Marlene respondeu, mostrando um sorriso tão odioso quanto o da oponente. – O que te traz aqui neste humilde banheiro?

- É, era de se imaginar que você apenas frequentasse banheiros requintados e particulares. – Lily disse, revirando os olhos.

- Pelo menos o banheiro seria melhor frequentado. – Runcorn respondeu, virando sua varinha na direção da ruiva. 

- Claro, porque é muito importante as pessoas que estão ao seu redor enquanto você caga, Runcorn. – Foi a vez de Marlene responder e apontar a varinha para Violet.

- Ora sua... – Alecto disse, apontando a varinha com raiva para a morena.

- Eu sou Monitora Chefe, Carrow, e exijo respeito. Você está interessada em ganhar uma detenção? – Lily respondeu, com nariz em pé e sem resquício algum de que iria ceder a ameaça de Carrow.

- Não ligo para a detenção, desde que faça você de marionete por algumas horas.

- Marionete? – Marlene riu. – Pensando em usar uma Maldição Imperdoável dentro dos muros da escola? Não acho isso seguro... Se bem que, você e seus amigos não parecem pensar duas vezes antes de usar maldições, não é mesmo?

Alecto sorriu com uma expressão de puro deleite. As duas amigas dela se entreolharam, provavelmente assustadas por Marlene praticamente gritar aos quatro ventos que elas eram crias de Comensais da Morte. 

- A sangue ruim da McDonald mereceu. – Alecto deu de ombros. – Ela achou que podia bancar a engraçadinha pra cima de mim, mas eu provei que não. 

- Então você assume? Assume que torturou a Mary? – Lily disse, com os olhos vermelhos, e extremamente chocada.
- Não foi exatamente apenas eu e muito menos foi uma forma de tortura digna...

- Se tivesse sido nós três pode ter certeza que ela estaria em outro lugar agora. – Lissa sussurrou, evitando ser escutada por Murta que agora parecia prestar atenção na conversa. 

- Ou no St. Mungus... Ou pior. – Violet riu. Provavelmente as duas chegaram à conclusão de que se sua chefe iria admitir a culpa, porque não elas?

Marlene mal notou que um feixe de luz vermelha saia de sua varinha até que o feitiço acertou Alecto em cheio.


 




Morenas, loiras, ruivas, orientais, negras... Sirius saia com garotas de cores, estilos e personalidade diferentes a cada dia. A cada dia era uma boca diferente, um toque diferente... Um sexo diferente. Era boa essa sensação de liberdade outra vez. Era como se o bicho sedento por prazer que existia dentro dele tivesse voltado a ativa.

Mas porque ele se sentia tão vazio?

Desde que Marlene e os outros o tinham acusado INJUSTAMENTE, Sirius decidiu que estava cansado de ser taxado de uma coisa sem ter feito absolutamente nada. Por isso, ele decidiu que agora ele iria fazer tudo o que reclamavam dele. Pelo menos, ele levaria bronca merecendo. 

Mas porque ele ainda se sentia tão triste?

Marlene era mais do que um casinho, ela era sua amiga. Agora, ela nem ao menos o olhava nos olhos quando ele falava com ela. Nas aulas ela respondia educadamente quando ele puxava assunto. Quando estavam com os amigos, ela raramente permanecia perto dele. 

A indiferença dela doía mais do que se a morena gritasse na sua cara e o chamasse de galinha.

- Hum, Sirius... Está tudo bem? – Sirius foi despertado de seus pensamentos pela voz de Ana... Não, Anne... Ou seria Hannah? Talvez Mary... Sirius não sabia dizer o nome dela. 

Sirius nunca sabia dizer o nome de suas companhias, já que estava sempre mudando. Nas ultimas semanas, com mais frequência que o comum. 

Enfim, a garota loira cujo nome ele não iria lembrar e decidiu pensar nela como Ana, estava abraçada em Sirius. Suas pernas estavam em volta da cintura do moreno, que a pressionava na parede da escura Torre do Relógio. Ou era o que ele fazia antes de se distrair em pensamentos durante os beijos.

Agora ela parecia mais um bebe enorme nos braços dele. 

- Hum? Ah sim, estou ótimo. – Ele disse, voltando a beija-la.

A garota interrompeu o beijo e ficou o observando.

- Você está distraído... – Sirius bufou e tentou beija-la outra vez, mas a garota apenas desviou. – O que aconteceu? É a McKinnon não é? 

O Maroto colocou-a de volta no chão e cruzou os braços, indignado. Será que toda vez que quisesse transar com alguém ia ter que aguentar uma enxurrada de perguntas sobre Marlene?

Será que elas não entendiam que ele não queria ouvir falar naquele nome?

- Não aconteceu nada! O que a McKinnon tem haver com isso aqui?

- Bem... – A garota pareceu nervosa. – Vocês andavam sempre juntos pra lá e pra cá e agora... Todo mundo está dizendo que vocês discutiram feio há umas semanas...

- Ah, então você decidiu sair comigo só para poder escutar as fofocas de primeira mão? 

- Não! – Ana o abraçou, mas Sirius já não sentia mais tesão algum. Falar em Marlene perto dele era o mesmo que jogar um balde de água fria em suas costas. – Eu só não quero que você fique comigo pensando nela...

Sirius iria argumentar que não era nada disso, mas de repente ele percebeu – em um pensamento horrível e mesquinho – que ele não ligava para o que ela pensava dele ou para os sentimentos da garota diante dele. Sirius nem ao menos sabia o nome dela, porque devia se preocupar com o que ela pensava?

Além do mais, também já tinha perdido toda a vontade de se agarrar com ela. 

- Tudo bem... Deixa pra lá. – Ele suspirou. – O jantar é daqui a pouco, acho melhor nós irmos embora. 

A garota concordou muito triste – e com um ultimo beijo, porque com certeza ela não teria mais a sorte de conseguir uma chance de dormir com ele - e saiu da Torre do Relógio antes de Sirius.


________________________________________________________________________________

Sirius andava devagar, com as mãos enfiadas no bolso da calça. O corredor estava vazio, já que alguns alunos ainda estavam em aula. Daqui há uma hora seria o jantar e Sirius se perguntava onde estariam Remus e James. 

Bem, na verdade, parando para pensar... Devia ser meio obvio onde estava Remus. Provavelmente ele estava por ai babando pela namorada ou até mesmo conseguindo se divertir com ela... Enquanto ele estava ali, sozinho e sem nada para ocupar a cabeça. 

Sirius precisava encontrar alguma coisa para fazer. Nessas ultimas semanas, sempre que ele parava para pensar não resultava em coisa boa. Ele só conseguia se lembrar de coisas que ele queria esquecer.

Merda, onde está James quando precisa daquele veado?

- Ora, ora... Sirius. 

O Maroto virou o corpo na direção da voz que o chamava. Seus olhos se arregalaram por um breve segundo, mas rapidamente ele se recompôs e deu um sorriso de canto. Sua mão direita voou para dentro das vestes, tirando a varinha ao mesmo tempo em que o garoto diante dele.

Ele usava vestes verdes. Seu cabelo, Sirius bem sabia, era tão perfeitamente bagunçado e possuía as mesmas curvas nas pontas que o do Maroto. Porém, o Sonserino tentava ao máximo arruma-lo e corta-lo de forma mais apresentável, aparentando ser bem comportado. Ele tinha os olhos também azuis, como os de Sirius. E o sorriso que ele carregava agora era tão bonito quanto o do Grifano. 

Na verdade, os dois podiam ser facilmente confundidos, se não fosse talvez pela pequena diferença de altura e de idade.

Nha... Sirius ainda era mais bonito. 

- Regulus... Como vai irmãozinho? – Sirius escutou sua voz sair sem que ele antes pensasse no que dizer. 

- Muito bem... Até agora. – O irmão abaixou a varinha, mas não a guardou. Sirius fez o mesmo. – É incrível como, por mais que estudemos na mesma escola, raramente nós nos encontramos. Não que eu esteja infeliz com isso, é claro.
Sirius abriu ainda mais o sorriso.

- Eu sei bem como é... Às vezes é até fácil esquecer que você existe. – Sirius riu. – E Walburga e Órion, como estão? – Ele nunca se referia aos pais como “papai e mamãe”, a menos que quisesse sacaneá-los. Sirius não os considerava como pais. Ele preferia os pais de James aos dele. 

- Bem mais felizes agora que você foi embora. 

- Achei que estivessem...

- Hey, Sirius! – O Maroto se virou na direção de outra voz, mas dessa vez ele realmente ficou feliz em ver quem era.
James se aproximava dos dois, provavelmente não tinha visto com que o amigo conversava. Quando o Maroto de óculos chegou ao lado de Sirius é que o entendimento passou por seus olhos.

- Oh, oi Black. – Ele disse, acenando com a cabeça. – Ele está te causando problemas? – James sussurrou para Sirius.

- Não. – Sirius sorriu para Regulus. – Claro que não. É só uma simples reunião de família.

- Ainda não, você quis dizer... – Regulus sorriu, levantando a varinha.

Sirius e James se entreolharam. Quatro pessoas saíram de trás das gárgulas do corredor.

Sirius voltou a levantar a varinha, ao mesmo tempo em que James e os outros quatro tiravam as suas das vestes.

Mulciber e Avery estavam no grupo. Os dois eram corpulentos e tinham os rostos sempre emburrados. Avery era suficientemente ruim sozinho, mas quando se juntava com Mulciber (que era duas vezes mais violento que o amigo), eram horríveis. Eles faziam com que as crianças mais novas corressem por toda a escola de medo. Até mesmo alguns alunos mais velhos tinham medo deles.

Também pudera! Alguns anos atrás os dois tinham sido pegos pelos monitores fazendo uma espécie de tortura nos alunos do mesmo ano que eles. 

Também apareceram no grupo Amycus Carrow e – por detrás das cortinas de cabelo negro – Severus Snape. Amycus, que raramente estava desacompanhado da irmã, era odioso. Era alto e esguio, mas era tão ruim quanto os outros ao lado dele. E por ultimo, mas não menos importante... Ranhoso. 

Snape – ou Ranhoso, como era conhecido por todos os alunos de Hogwarts, graças a Sirius e James – tinha um sorriso vitorioso em seus lábios. Seu nariz enormemente grande aparecia por entre a franja que tampava seu rosto, deixando amostra seus olhos negros. Agora, eles pareciam determinados, olhando James fixamente. 

- Nossa, parece que vocês nos encurralaram... – Sirius disse, com um falso suspiro. 

- Hey, vão embora e nos deixem em paz. – James disse, tentando parecer serio como um Monitor.

- Uh, Potter agora que virou Monitor Chefe perdeu sua coragem? – Carrow sussurrou. 

- Eu não te devo explicações, Carrow. – James olhou para Regulus. – Vão embora, é o melhor que vocês podem fazer. 

- Ah, eu acho que não... Incarcerous! – Avery disse, apontando a varinha para James. 

O Maroto pulo para o lado.

Protego! – Ele gritou. – Ora seu... Oppugno! – James apontou para uma das gárgulas, que voou na direção de Avery. 

- Ah, parece que o “Santo Potter” cansou de brincar de bonzinho. – Regulus sorriu, olhando para Sirius.

- Não parece uma briga meio injusta para você? – Sirius apontou a varinha para o irmão. – Cinco contra dois? Que covardes... Precisam duelar em bando? 

- Não chamo de covardia. – Mulciber disse. – Chamo de estratégia. Serpensortia

Uma cobra saiu da ponta da varinha de Mulciber. Ela foi jogada na direção de Sirius que deu três passos para trás, para sair e perto da cobra. O animal chiou – ou seja lá o que as cobras fazem – e prendeu fixamente seus olhos em Sirius. Ao seu lado, James e Avery duelavam, destruindo metade das gárgulas e estatuas do corredor. 

- Tem medo de uma cobrinha, Black? – Severus disse, rindo. 

Sirius continuou calado, os olhos da cobra fixos neles. Apertou a mão em que segurava a varinha. Como era mesmo aquele feitiço? 

Vipera Evanesca! – Ele escutou alguém gritar atrás dele. A cobra desapareceu e Sirius pode se virar para ver quem era.
Mas ele não precisava disso, conhecia aquela voz. 

- Moony! – Ele disse, sorrindo. - Bom ver você.

- É, pareceu que sim. – O outro Maroto estava parado no inicio do corredor. Segurava a mão de Dorcas, que parecia muito confusa e assustada com a cobra que tinha acabado de desaparecer.

- Olha, o Mestiço chegou. – Regulus disse. 

Remus balançou a cabeça para os lados e suspirou. Depois se virou para Dorcas e disse alguma coisa. A menina pareceu relutar em fazer o que ele dizia, mas depois de um tempo se virou e saiu do corredor. Remus andou até onde Sirius estava. James vinha ao encontro dos dois, Avery estava caído no chão. 

- O sangue com o qual nasci não é menos vermelho que o seu. – Remus suspirou e tirou a varinha das vestes. – Por isso, por favor, seja educado e não me chame disso. 

Regulus sorria, olhando para o trio. Snape, Mulciber e Carrow pararam a seu lado. Os sete apontavam as varinhas para seus respectivos oponentes quando mais passos foram ouvidos.

Fabian e Gideon se juntavam ao grupo, apontando cada um a varinha para outra pessoa. 

- Vamos fazer uma brincadeira mais justa? – Fabian disse, sorrindo.

Sirius agradeceu com a cabeça e todos ficaram se encarando. Um jato de luz azul saiu da varinha de Carrow, fazendo o duelo recomeçar.





Lily já estava exausta, assim como todas as outras garotas no banheiro. Murta gritava alguma coisa que era inaudível, graças ao barulho dos feitiços sendo lançados e do resultado deles batendo nas paredes e objetos de pedra.

- Vocês ainda me pagam! – Ela ouviu a voz de Carrow gritar, perto da porta do banheiro.

Lily e Marlene estavam escondidas atrás das pias do banheiro, evitando serem vistas pelas Sonserinas. Marlene fez menção de levantar, mas Lily a segurou.

- Vamos, meninas... Essa hora o Black deve estar em pedacinhos mesmo... – Carrow disse, saindo do banheiro com as outras duas amigas.

Seu riso foi escutado por mais alguns minutos, enquanto elas se afastavam pelo corredor.

Lily se levantou e olhou a sua volta. Nada de Sonserinas, parece que elas tinham desistido mesmo. 

- É... Parece que estamos andando muito com Potter e Black. Agindo como eles e duelando em pleno banheiro. – Lily começou a andar, mexendo com a varinha para concertar o banheiro. – Onde já se viu... Você não acha que devíamos parar de andar um pouco com eles? São péssimas influencias, não são? Marlene?

Lily olhou para o lado, mas Marlene não tinha a seguido quando Lily levantou. A morena ainda estava agachada atrás da pia e seus olhos azuis estavam arregalados.

- Lenny? – Lily perguntou preocupada. Talvez algum feitiço tivesse a atingido...

- Você escutou o que elas disseram? – Lily caminhava na direção de Marlene, quando a amiga levantou em um pulo. – Elas disseram alguma coisa sobre o Sir-Black estar em pedacinhos!

- Lenny, existem dois Blacks nessa escola... – Lily disse, ainda que estivesse começando a se preocupar com as palavras de Carrow.

- Sim... Mas Regulus faz parte do mesmo grupo que a Alecto.

As duas se entreolharam e Lily ia abrir a boca para argumentar quando Dorcas entrou correndo no banheiro.

- LILY! MARLENE! Ah! Graças a Merlin! – A amiga estava branca e seu cabelo sempre organizado estava bagunçado. Sinal de que esteve correndo. – Os meninos precisam de ajuda!

- Que? – Marlene perguntou antes de Lily. – O que aconteceu, Dorcas?!

- Remus e eu estávamos andando pelo castelo... Encontramos com o Sirius e James no corredor. Decidimos nos aproximamos para puxar assunto, mas foi ai que vimos que eles estavam encrencados. Carrow, o irmão de Sirius, Avery, Mulciber e Ranhoso os encurralaram no corredor!

- Eles estão duelando?! – Lily perguntou, preocupada.

- Quando eu cheguei lá, Sirius estava quase sendo atacado por uma cobra. Remus me mandou buscar ajuda... Encontrei com os Prewett no caminho e agora eles devem estar ajudando. Mas eu não podia ir atrás de um professor.

- Porque não, Dorcas?! – Lily perguntou, começando a ficar muito vermelha. – Isso é sério! Esses garotos são violentos!

- Porque James é monitor, Lily! Eu não acho que destruição de propriedade e duelo no meio do corredor ajudem a situação dele.

- Droga! – Marlene gritou, voltando a tirar a varinha das vestes. – Vamos! Eles precisam de ajuda!

Dizendo isso, ela saiu correndo do banheiro, sendo seguida por Lily e Dorcas.

Lily tinha certeza que escutou Murta lamentando mais alto que o normal depois da conversa das três.


____________________________________________________________________________________________

Lily, Dorcas e Marlene se aproximaram lentamente do corredor. Olhando na curva do corredor que se encontravam para o corredor em que os garotos – de forma bem audível, ela ainda não sabia como ninguém tinha escutado – estavam duelando, ela viu que Sirius e James estavam com problemas com Severus. Ao mesmo tempo, Fabian acabava de derrubar Mulciber. Avery já estava caído, ao lado de Carrow. Remus e Gideon duelavam com Regulus. 

- Oh, Merlin! – Dorcas exclamou ao seu lado. Ela parecia muito nervosa por Remus e se encolheu no chão. – O que vamos fazer? 

- Eu vou lá e vou acabar com esse tal de Regulus. – Marlene disse, levantando a varinha. – Quem ele acha que é? 
Lily segurou a amiga pelo braço e apontou com a cabeça para a cena. 

Sirius e James estuporaram Severus, e Remus tinha enlaçado Regulus em uma corda conjurada. Dorcas soltou uma exclamação e saiu correndo na direção do namorado. Remus levou um susto inicialmente, mas logo a abraçou. Lily e Marlene se olharam e decidiram que o certo era caminhar até os garotos.

Marlene andou até os Sonserinos caídos e encarou Regulus com o nariz franzido. Lily caminhou para James, ainda que não soubesse por que fez isso já que seu.... Ãh... Namorado – por falta de palavra melhor – estava ali também. 

- O que em nome de Merlin aconteceu aqui? – Ela perguntou, encarando o Maroto.

Se não fosse pelos óculos tortos e um pequeno arranhão no rosto, Lily poderia jurar que ele não tinha acabado de enfrentar um grupo de Sonserinos malucos. Ele tinha um sorriso de satisfação no rosto e deu de ombros com a pergunta dela.

- Quando eu cheguei Sirius já estava conversando com Regulus. Logo depois eles nos atacaram. 

- É... Eu não sei o que eles queriam. – Sirius disse, também dando de ombros. – Seja o que for, não conseguiram.

- Eu disse pra você buscar ajuda e você vem com Lily e Marlene? – Remus disse, olhando para Dorcas. – Vocês podiam ter se machucado se não tivéssemos derrubado eles antes. 

- Hey, Lupin... Eu sou tão boa quanto você em duelo! – Marlene disse, cruzando os braços e andando para junto do resto do grupo. Ela estava tão irritada que nem percebeu que estava ao lado de Sirius.

- Eu sei Marlene. – Ele suspirou. – Mas quando pedi ajuda, me veio em mente um professor.

- Na verdade, Moony. – James disse, bagunçando ainda mais o cabelo. – Foi bom que Dorcas não tenha chamando um professor. Eu sou Monitor Chefe, ia acabar em problemas por causa desses ai.

Moony? Que tipo de apelido era esse?

- De qualquer maneira Potter, você ia merecer! Você é Monitor Chefe! Porque estava duelando? 

- Hey, Lil, pega leve com ele. – Fabian disse, sorrindo e parando perto dela. – Esses caras estavam atrás de confusão. Eu também teria duelado logo de cara se fosse comigo.

- Você não é bem um exemplo de responsabilidade, Fabian. – Ela disse, suspirando. 

- Eu sou responsável! – Ele disse, cruzando os braços. 

- Ah, sim. Tão responsável quanto o Potter. – Lily virou de costas para James. Virou seu rosto na direção de Fabian e cruzou os braços. – Ao em vez de se meter em encrenca, devia ter ido procurar por ajuda junto com Dorcas.

- Bem, eu ajudei como dava na hora. – Fabian cruzou os braços também. – E não me venha com sermões! Você também veio para ajudar. Fez exatamente o mesmo que eu. – Fabian deu um sorriso de satisfação.

- Bem... Eu... É diferente! Eu sou Monitora Chefe, eu iria resolver as coisas como Monitores resolvem. – Lily sentia seu rosto corando aos poucos.

Ela realmente não tinha direito algum de dar sermão, mas Lily não deixaria que ele ganhasse a discussão. 

- Potter também é Monitor Chefe e eles não ligaram... Você ia virar picadinho se...

- CUIDADO, LILY! 

Ela se assustou com a voz de James. Lily não teve tempo de se virar para olhar o que o Maroto dizia. Seu corpo foi jogado bruscamente no chão ao mesmo tempo uma voz gritou um feitiço que Lily não conhecia...

- Sectusempra!


 


 


__________________________________________________________________________________


N/A: Wow, esse capítulo acabou ficando maior do que eu esperava Oo


GENTEEE... Chegamos a mais de 110 visitantes e 23 pessoas estão lendo a fic... Que coisa linda *-*


Agora, vamos ao que interessa: Porque narração do Severus? Eu não sei, senti que para um capítulo com tanta presença Sonserina, devia ter a narração de um deles... E quem melhor do que o nosso (ainda não) professor mais amado e odiado de todos os tempos? 
Mas e agora, o que será que aconteceu exatamente no final desse capítulo? Hum? :3


P.S.: (exagero-mode-on) Não.me.abandonem!! (exagero-mode-off) Desculpem pela demora! Eu tive certos probleminhas para me organizar com a escola – como vocês bem sabem pelo meu capítulo de aviso - e para escrever o capítulo. Vou tentar fazer com que isso não volte a acontecer, né, porque é muito feio estipular uma data e não cumprir D: Não posso mais dar garantia de capítulo toda semana (pelo menos por um tempo), mas posso garantir que vou tentar o meu máximo para pelo menos postar uma vez a cada duas ou três semanas.


Respondendo os comentários:

Sah Espósito: Não são? Eu estou começando a me apaixonar por esse casal. Ahahhaha Acho que agora Lily para de ser esnobe sem motivo, não é? HUAHUAHUUHA PODE! Estou louca para que alguém a faça sofrer. Tadinha da Hestia, pior que no livro ela parece tão legal kkkk Porque a fiz desse jeito? Obrigada, espero que goste desse também.


Lala Riddle: Obrigada *-* Bom ver que está gostando! Oh, eu fico com muita pena do Remus e esse probleminha peludo dele D: AHUAHUAHUA Entendo, tem dia que simplesmente não sai comentário decente, né? Mas pelo menos você veio dizer o que achou, isso que importa. Ah sim... Euroupa *-* Que lindo! Onde você está? HUAUAUHUHA Ih, entra na fila que tem um povão querendo mata-la AUHHUAHUAUAUHA Mas pode sim, eu autorizo. Oooh, finlandês? Sério? Oo Onde você está morando agora? AHHUAHUAHUAUHA Mas não se preocupe, irei fazer meu máximo para não demorar tanto da próxima vez.


Duda Weasley Potter: Obrigada *-* Que bom que gostou HUAHUAHUAHU Pois é, Lily é tão inteligente mas tãããão lerda para certas coisas u_u James a ama e ponto... É tão difícil ver isso? Não, né? Kkkk Epa, mais uma com ódio da Hestia :B Pode sim, pode sim *-* Desculpa pela demora nesse capítulo, eu realmente me enrolei... Gzuis, achei que não ia conseguir postar NUNCA ‘-‘


Lana Sodré: Ah é... Sirius e Marlene é uma coisa linda e complicada ao mesmo tempo. Se eu fosse a Marlene também não esperaria para ouvir o que um galinha como Sirius tinha a dizer. Infelizmente, dessa vez, ele não tinha culpa. E deu no que deu, né? Agora Sirius voltou a ser o cachorro de sempre D: Acho que está meio na cara que Sirius sente algo por Marlene né? AHUUHAUHAHAHAHUA Está na hora só dos dois admitirem agora :B Que bom que gostou da vingança da Dorcas, eu achei super engraçada. Ah, entendo! Eu já tentei escrever uma short sobre antes e depois dela morrer também... É muito difícil. HUAUHAHUAHU Tente, poxa... Uma hora vai ficar tão perfeito que você não vai conseguir achar mais o que arrumar... Ai poste aqui pra eu poder ler *-* Ah, pois é né. Lily agora vai ver Sirius e James como a mesma pessoa, né? Vai dizer que periquito que anda com morcego dorme de cabeça pra baixo e tudo mais... Mas eu ACHO que depois do próximo capitulo ela talvez faça uma imagem melhor de James... Só acho. NEM ME FALE! Eu fiquei imaginando agora no que a Marlene vai fazer quando descobrir toda a armação da Hestia... Do jeito que ela é, a Hestia está MUUUUITO ferrada! HAHUUHAHAAHUHUA E concordo... Dorcas o ama por como ele é e não vai ser esse “probleminha peludo” que vai mudar o sentimento dela. Remus é um idiota por pensar isso. Agora, talvez a mentira já seja um problema né... UHAUHAHUAHU Beijos, até a próxima flor... Que bom que gostou do capitulo, espero que goste desse também.
P.S.: Terceiro ano é um saco, independente de prestar vestibular ou não AHUHUAUHAUH Mas ainda assim, feliz foi você que não prestou vestibular. Essas provas e a cobrança das pessoas em cima de você são um saco x_x


Nanda R. Black: Já li sua fic, achei ótima :3 Deixei meu comentário lá pra você saber minha opinião kkk Agora, obrigada por ter começado a ler minha fic. Que bom que está gostando. Espero que continue acompanhando. Beijinhos.



Mas então, meninas, o que acharam? *-* Espero que gostem desse capítulo, eu estava ansiosa por ele há muito tempo HUAUHAUHHUAHUAHUAHUA Penso nele desde o inicio da fanfic (apesar de ter mudado muuuuito da minha ideia original kkk)!


Obrigada pelos comentários e votos, claro kkkk Mas continuem comentando. Também votem e chamem pessoinhas para ler a fic... Deixem-me bem feliz porque estou precisando felicidade nessa minha vidinha confusa e conturbada AHHUAUHAUHA


Beijos, 
Vanity Black


P.S.: Declaro aberta a “Caça à Hestia” :*


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (7)

  • Thomas Cale

    Sua fanfic é genial... Marca ai, leitor novo. :D

    2012-11-05
  • luiza potter

    Leitora nova, e eu estou simplesmente A-M-A-N-D-O isso aqui!!! Sirius, seu cachorro (perigoso, safado, carinho e pronto pra de dar amor) porque é tão sacana? .-. Eu sei que você não teve culpa mas tambem não precisa virar um gigolô né má cherie.Ai, eu sinceramente não sei o que pensar do Snape, ele sempre vai ser um "?" na minha vida.OHMYFUCKINGGOD!ME DIZ QUE O JAMES ENTROU NA FRENTE DA LILY E RECEBEU O SECTUMSEMPRA NO LUGAR DELA! M-E-D-I-Z! IWYEWIURTEQWTFEYTREWURTTI SO MANY FEELS!Mudando de assunto e voltando para o começo do capitulo .-. Remus .-. Eu fico depressiva quando vejo posts do Remus feliz, eu imagino o quanto arrasado ele deve ter ficado depois dessa guerra, tudo que ele amava se foi, puff. Ai isso é sad .-. 

    2012-09-30
  • Aivlis Weasley

    Ai, meu Merlin! Aflição, a Lily é uma das minhas favoritas e um sectunsempra...é realmente preocupante. Fora isso, perfeito! Eu leio fics tem um bom tempo e são poucos os autores que conhecem os personagens tão bem para fazer-nos aceitar que eles tomariam tais atitudes e eu vi isso na sua fic. Viciei desde o primeiro capítulo. ^^

    2012-09-28
  • Lana Silva

    Nossaaaaaaaaaaaaaaa eu tô aqui muito passada com o capitulo. A guerra está começando pelos corredores de Hogwarts...Sirius e Marlene são totalmente loucos, é obvio que dá pra ver o que ele sente por ela, e o que ela se por ele também. Se não ela não estaria desse jeito totalmente anormal que é o jeito dela e ele não estaria querendo ficar com todas do colégio, menina, eu fiquei besta quando o Sirius subiu na mesa pra dizer que ele estava de volta - confesso que morri de rir do comentario dele sobre Dumbledore  - acho que Marlene deve ter ficado mais enraivada ainda, se bem, que em não mostra o que sente os dois estão achando que estão saindo bem, todo mundo sabe que é só um disfarce, e que os dois estão pessimos, até as meninas que estavam ficando com ele estão notando ou tentando entender o relacionamento dele com a Marlene kkk agora eu acho meio louco, uma garota ir ficar com ele e querer falar do relacionamento dele com a Marlene, é tipo , é algo que elas deveriam evitar só pela personalidade dele, afinal alguma delas acha que o Sirius vai sei lá, largar a vida de cachorro por causa delas ?? kkk, mas legal saber como eles estão se sentindo em relação ao outro. Sirius e Marlene são orgulhosos demais para admitirem de cara que gostam um do outro...Acho que vai demorar um pouco ainda...Ou muito kkkk Ahhhhhhh eu tava comentando com alguém sobre a vingança da Dorcas, é que as meninas estavam pedindo sugestão de fanfic J/L ai eu comecei a falar da fanfic kkkkkkkkkkk dizendo que no ultimo capitulo que eu tinha lido a Dorcas tinha botado pra quebrar...Vou tentar, eu já até escolhi uma musica, estava pensando em uma song falando sobre a morte dela e tal...É claro queu e já estou escrevendo a outra que talvez seja long, mas queria teru ma experiência dessa, de escrever sobre a morte dela, mesmo sabendo que vai ser dificil. Agora eu acho que a Lily vai ver ele de outra forma mesmo, se o final foi do jeito que eu entendi ele se jogou na frente dela para salvá-la ...Agora só resta saber o que a Lily vai achar desse gesto ...Tô torcendo para que Marlene descubra logo...Só que ai vai ter um outro problema, Sirius já não vai querer, ele vai dizer que ele falou e que ela não acreditou...Sei lá, esses dois amam essa coisa de estragar algo por orgulho e confiança. No caso ela acha que perdeu a confiança nele e ele sabe que não foi verdade então quando a bomba explodir, Hestia se prepare porque a Marlene não vai deixar barato não kkkkkkkkk  Remus não contar a Dorcas sobre o probleminha peludo dele vai dar o maior problema para ele, porque ela vai ficar bem chateada....Sobre esse capitulo eu fiquei aqui besta...Nem acredito que Snape teve a cara de pau de comparar os amigos dele com os Marotos - até mesmo o idiota do Peter que é bem nojento não chega aos pés das maldades dos amigos dele...Se bem que a partir do momento em que ele trai os amigos passa a ser pior...Mas ainda não era tanto, então ele não deveria fazer essa comparação mediocre  - mas tem outro lado.  Severus era novo, tinha outros tipos de pensamento, não tinha perdido a Lily ainda e acho que fica uma coisa triste na cabeça dele, poxa tipo, perder a Lily eu digo, a existência dela, porque perder ela ele já tinha perdido e como foi dessa maneira de amizade de não poder mais falar com ela, ele ficou mal então vem o lance da raiva e de querer se comparar ao James, porque ele acho que James está roubando a Lily dele -e a partir do momento em que ele a chama de sangue ruim e faz tudo errado James começa mesmo a "roubar" a Lily dele. Agora fico com pena dele, não nessa época porque a imaturidade dele faz com que eu sinta um pouco de raiva dele, mas no futuro fico com pena dele...É uma loucura quase impossivel de explicar kkk Bem o capitulo foi cheio de duelos, emoções e eu estou curiosissima para saber o que aconteceu no fim do capitulo. Eu amei, mas tô morrendo de curiosidade kkkkk Ps.  É isso é, nossa terceiro ano é o ano enlouquecedor, algumas pessoas dizem que o primeiro é pior, mas o terceiro é dificil...Ainda bem que não prestei vestibular, mas vou ter que fazer agora e já estou enlouqeucendo aqui kkkk Eu espero que se saia bem \O/beijoos flr e até o próximo capitulo *-* 

    2012-09-27
  • Sah Espósito

    Lily ja ama o JamesDorcas e Remus safadinhoss Sirius GalinhaaMarlene de mal humorRegulus e Severus dois idiotasé historia de marotos é assimrsrsAdoreiiiiiMas nao demora ta         

    2012-09-27
  • Lala Riddle

    Ohhhhh! Vou pegar minha varinha e meu mapa do maroto... A Héstia não vai conseguir se esconder por muito tempo :DD Amei o cap :D Sério, adoro duelos :) São tão "todos juntos venceremos" :)) Sei lá, o Sirius e o James deixaram de lado as diferenças pra aceitar a ajuda dos gemeos :P To morando na Finlandia :D Yeeey! Frio pra caralhooooo e inverno nem chegou.. mas okay...Enfim, quero muuuito saber se o Sev fez mesmo o que eu penso que ele fez... Eu sempre achei Sev/Lily tãaaao fofinho.. E você colocou a amizade deles lindamente :D Não se preocupe com o tempo que você demorar, se todos os capitulos forem assim eu nao me importo nada nada em esperar ;)Ah, uma última coisinha: há um tempinho eu comecei uma fic dos marotos também (deu pra perceber o quanto eu amo ele não?) e se vocÊ quiser dar uma passadinha: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=43527Beijos frios da Finlandia ;)! 

    2012-09-26
  • Lana Silva

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh tipo, na hora de ir pro curso eu noto um capitulo novo O.O , quando eu voltar eu leio - com muita dor no coração é claro. Nem acredito nisso... kkkkkkkkkkkk

    2012-09-26
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.