O Homem de Duas Caras




Lumus!


Juro solenemente não fazer nada de bom...


Olá leitores!


É com grande prazer que eu anuncio o capítulo final da primeira temporada de Gêmeos Potter!


Quando eu digitei o ponto final me deu uma sensação estranha... Geralmente eu fico feli e realizada quando termino uma fic, mas como essa fic não está exatamente terminando ainda eu fiquei meio confusa. É a primeira série que eu escrevo então deve ser por isso...


Gostaria de agradecer a todos que leram até aqui, muito obrigada, de coração!


Enfim, esse capítulo é o fim da primeira parte da nossa aventura que está apenas começando. Espero que gostem!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 17 - O homem de duas caras


Harry ficou estático. De todas as pessoas que ele esperava ver atrás daquela porta, Quirrell era sem dúvidas a última delas. Enquanto o garoto ficava lá parado absorvendo o choque, chamas irromperam atrás de si bloqueando a saída. Quirrell por fim se virou para Harry. O garoto engoliu em seco.


- Ah, Potter. É você.


- O... O senhor?


- Ah, claro. Eu. Quem é que iria desconfiar do c-coitadinho do g-g-gaguinho do p-p-professor Quirrell?


- Mas,... Mas eu não entendo! O professor Snape!


- Ah, ele faz bem o tipo com essa cara fechada e essa capa longa, além da arrogância. Lembra um morcego velho.


- Mas ele tentou me matar!


- O professor Snape? Ah Potter, tão tolinho... Eu estava tentando te matar. Eu deixei o trasgo entrar. Eu. Eu. Eu. – Quirrell se aproximava lentamente de Harry. – Eu teria conseguido matar você se Snape não fosse tão intrometido. A azaração na vassoura fui eu Potter, Snape murmurava uma contra maldição e só por isso você não caiu. Granger esbarrou em mim enquanto subia para incendiar as vestes de Snape, o que interrompeu meu contato visual com você. E depois, quando EU deixei o trasgo entrar, Snape me impediu de entrar aqui e acabou ganhando uma mordida do cachorro. Eu tenho um talento para lidar com trasgos, Potter, ia desacordar aquele lá atrás, mas meu mestre disse para deixá-lo acordado caso alguém viesse atrás. E olhe só, veio. Você.


- Foi você, o tempo todo. O trasgo. A azaração. Tudo.


- É, pois é Potter. Agora... – ele bateu palmas e cordas amarraram Harry da cabeça aos pés. – basta de conversa. Preciso analisar este espelho.


E pela primeira vez, Harry reparou que o Espelho de Ojesed estava na sala.


- Eu não entendo... A pedra está no espelho? Devo quebrá-lo?


Harry percebeu que precisava conseguir a pedra antes de Quirrell, no entanto, ele também não sabia como conseguí-la. Tudo o que podia fazer, por hora, era ganhar tempo.


- Eu vi Snape falando com você na floresta.


- Aquilo... Snape estava realmente me irritando. Querendo descobrir o que eu andava tramando. Eu só queria tirá-lo do meu pé. Quem sabe atrás do espelho?


Quirrell começou a dar a volta no espelho. Harry sentiu o coração acelerar.


- Mas eu pensei que Snape me odiasse.


- Ele odeia mesmo. Mas isso não quer dizer que queira vê-lo morto. - Quirrell respondeu, saindo de trás do espelho pela outra lateral.


- Então... Então se não era Snape, quem estava chantageando você na sala dos professores? Eu te ouvi chorar.


Pela primeira vez, Quirrell pareceu meio atingido pelas palavras de Harry.


- Meu mestre... Ele pode ser meio duro às vezes. Mas é necessário, para que consigamos nossa força.


Harry achou melhor nem perguntar nada a respeito, por hora. Quirrell ainda examinava o espelho.


- Eu me vejo pegando a pedra e entregando ao mestre, o que é o que eu mais desejo, mas... Como pegá-la?


De repente, a ficha caiu para Harry. Quirrell queria dar a pedra a seu mestre, e era isso que via. Mas e ele, Harry, que apenas queria pegar a pedra sem segundos propósitos, não veria exatamente isso? Ele pegando a pedra? Então ele precisava dar um jeito de se ver no espelho, e já!


Tentou se esquivar para a direita para olhar o espelho, mas as amarras estavam muito fortes e ele caiu no chão. Quirrell não deu atenção.


- Isso está ficando muito curioso... - Quirrell sussurrou. - Mestre, o que eu devo fazer?


E para a surpresa de Harry, uma voz aguda e fina, parecendo emanar do próprio Quirrell, respondeu.


- O menino! Use-o!


- É. - Quirrell bateu palmas mais uma vez e Harry se viu livre das cordas que o prendiam. Se pôs de pé meio avacalhado. - Potter, vem cá.


Quirrell segurou Harry pela gola da camiseta e o colocou de frente para o espelho.


Harry mirou o seu reflexo. O Harry do espelho sorriu para o real, que estava bem assustado. Ergueu a mão no ar e a fechou, como se pegasse o pomo, e em seguida a pôs no bolso. O Harry de verdade sentiu então um peso em seu bolso, e soube que conseguira. A pedra estava em seu poder. Mas nem tudo estava ganho: ainda havia Quirrell para lidar.


- E então Potter, o que está vendo?


Harry se viu meio aparvalhado. O que dizer? Pensou em dizer que vira Grifinória ganhar a taça das casas e que ele apertava a mão de Dumbledore, mas teve uma idéia melhor. Seria uma mentira mais bem contada se não fosse tão mentira assim.


- Estou vendo meu pai e minha mãe. Vejo minha família.


Pareceu o bastante para Quirrell, que empurrou Harry para longe. O menino ficou feliz. Teria conseguido? Enganara Quirrell? E quando Harry estava começando a refletir em como sair dali, a voz fina e aguda falou outra vez:


- Ele está mentindo! Quirrell deixe-me falar com ele.


- Mas, mestre, o senhor está fraco, ainda não tem força o bastante para...


- Não pedi sua opinião!


- Ok, ok, me desculpe mestre, tudo bem, vou deixar.


Quirrell se virou de costas para Harry. O menino sentiu o coração acelerar. Não sabia muito bem o que esperar, mas sabia que fosse o que fosse ele estava em problemas.


Quirrell, para a surpresa de Harry, começou a desenrolar seu turbante. Quando terminou, Harry engoliu o grito de pavor. A parte de trás da cabeça de Quirrell não continha cabelo. Continha uma pele muito branca, esticada, um par de olhos vermelhos, duas fendas fazendo às vezes de nariz e lábios finos.


E o homem na parte de trás da cabeça de Quirrell falou com sua voz fina:


- Harry! Será que se lembra de mim?


Harry não se lembrava, mas não precisou de muito esforço para descobrir:


- Voldemort! - o homem se surpreendeu ao ouvi-lo pronunciar seu nome.


- Corajoso você, não? Ou estúpido. Eu adoraria conversar mais com você, mas tenho assuntos a resolver. Então se você puder, por favor, me passar essa pedra no seu bolso...


- Não! Não vou deixar que volte! - Harry respondeu. Apertou a pedra em seu bolso por cima da calça e deu um passo receoso para trás.


- Vamos Potter, não seja idiota! Dê-me a pedra, junte-se a mim! Pense em quantas coisas podemos fazer juntos, coisas grandes! Apenas me dê à pedra!


- Nunca!


Voldemort suspirou derrotado.


- Neste caso, como eu não tenho o dia todo... Pegue Quirrell!


Quirrell se virou e avançou em direção a Harry. E quando o garoto começou a se desesperar, quando pensou que estava tudo perdido, ele viu uma luz no fim do túnel: Quirrell não conseguiu o pegar.


Assim que o homem tocou o pulso de Harry, uma reação violenta começou. A pele da mão dele começou a borbulhar como se estivesse em contato com água fervente, e a cicatriz de Harry começou a doer como nunca doera antes.


E levaram apenas cinco segundos para Harry perceber que Quirrell, por algum motivo, não podia tocá-lo sem sentir uma dor agonizante. Então, enquanto Voldemort ainda gritava "Pegue-o" a altos brados, Harry voou para cima de Quirrell, tocando cada centímetro do corpo dele que podia alcançar.


E com a cicatriz em chamas, a última coisa que Harry viu antes de apagar foi um rosto desfigurado com a pele fervente.


Assim que atravessou as chamas para voltar, Hermione viu Ash caída ao chão com vários machucados feios pelo corpo. Estava consciente.


A Potter se pôs mais ou menos de pé, na verdade, de gatinhas, e por muito pouco conseguiu fugir aos tropeços para o lado, enquanto o trasgo descia o bastão no chão a centímetros atrás dela. Ash caiu de novo. O trasgo se preparou para mais um golpe, que desta vez seria certeiro. Ash não conseguiria escapar.


Então Hermione acordou do choque e, se lembrando do que acontecera no banheiro no dia das bruxas, fez o que lhe pareceu mais sensato:


- Wingardium leviosa!


Assim como no banheiro, a mão do trasgo desceu e o bastão ficou no ar. Ash olhou para a situação. Decidiu aproveitar. Estava com raiva. Queria vingança. Havia apanhado e doera muito.


- Ash, não! Não! Teimosa! - Hermione tentou pará-la, mas tarde demais.


Ash subiu mais uma vez nas costas do trasgo e pegou o bastão no ar.


- Boa noite, monstrengo idiota.


E assim como no banheiro, o trasgo caiu, desacordado pelo próprio bastão. Ash acertou uma pancada com toda a força que lhe restava bem na cabeça do trasgo. O monstro tonteou, e em seguida começou a cair para trás.


- Ash! Cuidado!


Hermione viu que Ash não conseguiria sair debaixo do trasgo antes de ser esmagada por ele. Fez então a primeira coisa em que pensou: usou outro feitiço de levitação e fez Ash cair alguns metros para o lado, fora do alcance do trasgo.


Ash gemeu e tentou se por de pé. Hermione correu até ela.


- Ash, você é doida? Eu disse para não...


- Você não manda em mim.


- Ugh, teimosa!


- Cadê o Harry?


Hermione apoiou um dos braços dela em suas costas e, com Ash apoiada em seus ombros, começaram a caminhar até a porta que dava para a sala do xadrez, onde Rony estava.


- Mione, responde. Cadê o Harry?


- Ele... Ele passou sozinho. - Ash parou de andar.


- Como disse?


- Ele passou.


- O deixou com Snape sozinho? E se Voldemort estiver lá?


- Ash eu... Ah, eu sinto muito, mas só dava para um passar, e ele me mandou voltar e ajudar vocês e...


Ashley começou a se desvencilhar para voltar. Queria ajudar Harry! Não se importava mais se Snape ou Voldemort estava lá, ela queria ajudar seu irmão. Ele era a única família que ela tinha, pois não se podiam levar os Dursley em conta, e sua família era o que mais importava para ela.


Mas Hermione a segurou firme, e Ash estava com o corpo muito dolorido para se desvencilhar.


- Eu também quero ajudar o Harry, então vem comigo, precisamos despachar uma carta para o Dumbledore, é assim que podemos ajudar!


Ash olhou para Mione. Assentiu.


As duas entraram na sala do xadrez. Rony ainda estava desacordado no chão, com alguns hematomas e filetes de sangue pelo corpo.


- Não consigo carregar vocês dois. Espere aqui.


Mione foi até a sala da frente e voltou com duas vassouras.


- Consegue montar?


- Sim. - Ash respondeu, subindo na vassoura com certa dificuldade.


- Ótimo, vou levar o Rony. - Hermione subiu e colocou Rony montado em sua frente, segurando-o com um braço pela cintura. Como ia dirigir com uma mão ela não sabia, mas precisava.


Então as duas passaram pelas salas. Ash cantou uma música desajeitada para Fofo enquanto saíam.


- Vou deixar vocês dois na Ala Hospitalar, e depois mando uma carta para Dumbledore. Não discuta Ash. - Ela completou ao ver que a menina ia objetar quanto a ficar deitada em uma cama enquanto Harry estava em apuro. - Não se preocupe, Dumbledore vai salvá-lo.


Mesmo que Ash quisesse rebater, não havia muito que ela pudesse fazer. Hermione entrou na Ala Hospitalar berrando por Madame Pomfrey a plenos pulmões. A bruxa achou melhor nem perguntar, por hora. Colocou Rony em uma cama e Ash em outra, e começou a cuidar deles. Mione os deixou lá e foi correndo até o corujal, usando a capa de Harry que deixara aos pés de fofo. Escreveu uma carta relâmpago para Dumbledore e despachou uma coruja das torres. Ao voltar correndo para a Ala Hospitalar, Rony e Ash já estavam enrolados em bandagens da cabeça aos pés.


- E então? - Ash perguntou, tentando se assentar. Madame Pomfrey passara algum unguento mágico, e embora ainda doesse, os amchucados dela estavam fechados por completo.


- Eu despachei uma carta para Dumbledore. Vai dar tudo certo.


- Despachou uma carta para o Diretor? - Madame Pomfrey perguntou, achando aquela situação toda muito suspeita.


Dumbledore tinha acabado de chegar ao Ministério e perceber que era tudo um engano quando Hermione despachou à coruja. Assim, ele e a coruja dela cruzaram nos portões de Hogwarts. O diretor leu as breves linhas nas quais Hermione explicava o que acontecera desde a partida do mesmo.


Dumbledore adentrou o castelo tão rápido que mal pode ser visto pelos fantasmas. Correu imediatamente para o terceiro andar. Passou por todas as armadilhas como se nem existissem e chegou à sala do espelho bem a tempo de tirar Quirrell de cima de Harry e deixar o corpo semi-morto do homem no chão.


Hermione estava discutindo com Madame Pomfrey sobre ficar lá até Harry aparecer quando Dumbledore entrou na Ala Hospitalar carregando o menino. A enfermeira tentou perguntar, mas Dumbledore ficou apenas gritando instruções para que Pomfrey cuidasse do menino. Depois arrastou Hermione para fora e ordenou a ela que fosse para seu dormitório.


Rony e Harry estavam desacordados. Ash e Mione custaram a adormecer, mas quando o fizeram, entraram em um sono profundo como pedra.


Na manhã seguinte, a notícia dos acontecimentos com a Pedra Filosofal já havia, de alguma forma, alastrado igual fogo em rastro de palha. Aparentemente os quadros haviam comentado sobre o que viram no corredor do terceiro andar, e um aluno ouviu, então contou para outro, que contou para outro...


Quando Hermione acordou, já por volta das dez da manhã, pensou em ir à Ala Hospitalar para ver seus amigos, mas quase não chegou lá. Era parada de cinco em cinco minutos para dar detalhes sobre o que acontecera a ponto de se cansar da história. Por fim, ela gastou uma hora inteira para chegar à Ala Hospitalar, e quando o fez, agradeceu por não ter demorado nem um segundo a mais. Ash estava em pé de guerra com Madame Pomfrey:


- Eu vou tomar cuidado, prometo!


- Mas nem se eu ficar louca!


- Mas é o último jogo e já estamos sem apanhador, então, por favor!


- Você está doente! Não vai jogar!


- Ah, mas eu já estou de pé, e nem sinto dores, e nem estou cansada!


- Não!


- Por favor! Por favor, por favorzinho!


Quando Hermione ia interceder, Madame Pomfrey empurrou a garota de volta para a cama e foi para o depósito, murmurando coisas como "Onde já se viu" e "Nem que eu fosse louca".


- Não fique assim. - Hermione disse ao ver a cara de tristeza se Ash na cama. - Ela só está fazendo o que é melhor para você.


- Tanto faz. - Ash suspirou e olhou para o teto, pensativa. - A Grifinória vai ser massacrada. Sem Harry, sem mim. Como vão ganhar com dois jogadores a menos? Ainda mais sendo os melhores?


- Modesta você, não? - Hermione comentou irônica. Ash fechou a cara. - Bem, fico feliz em saber que você está bem, mas acho melhor voltar outra hora. Desfaça esse bico, Ash. - e Hermione deixou o lugar.


Ash continuou com o bico na cara. Pensou em qual era a chance que tinha de sair correndo pela porta sem ser vista. Nula. Já estava pensando em um plano B quando o barulho de alguém batendo na janela a despertou de seus devaneios. Ela olhou para fora e quase deu um grito de felicidade. Olívio Wood estava com suas vestes de Quadribol, montado em sua vassoura, do lado de fora da janela.


- Eu estava indo para o jogo, mas... Bem, pensei que nossa artilheira pudesse querer ir.


Ela olhou para o depósito. Nem sinal de Madame Pomfrey. Abriu a janela lentamente. Olívio estendeu a mão e a ajudou a subir no parapeito e passar para a vassoura. Ele fechou a janela com um aceno da varinha.


- Está segura aí? - ele perguntou. Ash segurou a cintura dele.


- Sim. Olívio, eu quero jogar!


- Imaginei. Vamos fazer uma parada no dormitório feminino então.


Ele partiu em direção à torre da Grifinória. Ash entrou em seu quarto pela janela. Segundos depois, ela saiu montada em sua Nimbus, usando as vestes de Quadribol. Olívio precisou acelerar para ficar no encalço dela.


- Ash, reduza! - ele riu. Ela desacelerou um pouco e Olívio parou ao lado dela. - Eu não tenho uma Nimbus, precisa ir mais devagar.


- Hm... Quer sentir a velocidade da Nimbus?


- O que?


Ela segurou a mão dele e acelerou.


A vassoura de Olivio foi forçada ao máximo, mas acompanhou a de Ash. Ela o puxou por todo o caminho, até a porta do vestiário, onde pousou.


Olívio riu. Afagou os cabelos dela, os bagunçando, e eles entraram no vestiário. Uma horda de "aahs" e "oohs" foi solta por Angelina, Alicia e Katie, que estavam esperando.


- Alicia vai substituir o Harry. Apanhadora não é a posição dela, mas vamos ver o que dá para ser feito. - Olívio explicou.


- Onde estão Fred e Jorge? - Ash perguntou, se assentando em um banco.


- Cuidando para que Madame Pomfrey demore um pouco mais para dar pela sua falta. Algo como bombas de bosta nos lugares certos do depósito dela.


Ash riu. Fred e Jorge eram os gêmeos mais legais do mundo. Depois dela e Harry, claro.


Enquanto esperavam o retorno deles, Alicia se assentou ao lado de Ash. Potter sentiu uma pontinha de culpa. Alicia queria ser jogadora profissional e, de um jeito ou de outro, Ash roubara o lugar da menina no time.


- Eu sei o que você está pensando. Não se preocupe com isso. Se eu perdi meu lugar no time e voltei para os reservas, é porque não sou boa o bastante para ficar. Sem ressentimentos.


Ash sorriu em agradecimento. Ainda esperaram mais uns dez minutos até os gêmeos aparecerem em cima da hora do jogo.


- Fizeram? - Olívio perguntou.


- Sim, mas não ficamos nem um pouco felizes com isso.


- Madame Pomfrey é uma boa pessoa.


- Mas foi por uma boa causa rapazes. Agora, eu queria explicar algumas de minhas estratégias para hoje...


- Ah não... - Katie resmungou.


-... mas não temos tempo, então vou direto ao ponto. Dificilmente Alicia vai conseguir pegar o pomo, então precisamos atrasar o apanhador deles o máximo possível e abrir uma vantagem de 160 pontos, para só então deixá-lo pegar o pomo. Eu sei que é difícil, mas precisamos tentar. Ash, Angelina e Katie, jogo rápido, muitos gols. Fred, Jorge, tentam mandar balaços no apanhador deles. Alicia feche o apanhador. Acho que é só. Vamos para o jogo.


O time avançou para o campo. Ash sentiu uma mão se fechar em seu pulso e viu que Olívio a detivera.


- Tem certeza de que pode jogar? Não quero que desmaie no ar, ou coisa parecida...


- Estou ótima Olívio, fiz mais estrago no trasgo que ele em mim. Vamos.


O time se posicionou, houveram comentários sobre Ash estar jogando.


- E aí vem o time da Grifinória! Depois do incidente no corredor do terceiro andar, esperava-se que nenhum dos Potter fosse aparecer, mas parece que Ashley fugiu da Ala Hospitalar. Com Alicia substituindo Harry, a formação é Wood, Jonhson, Potter, Bell, Weasley, Weasley e Spinnet!


As arquibancadas de Grifinória e Lufa-Lufa vibraram. Madame Hooch se aproximou.


- Madame Pomfrey sabe que está aqui?


- Ah, claro. - Hooch olhou meio desconfiada para Ash, mas seguiu.


- Capitães, apertem as mãos! - Wood apertou a mão do capitão da Corvinal. Hooch soltou o pomo, que logo sumiu de vista, e os balaços. Jogou a goles no ar e apitou.


Angelina pegou a goles imediatamente. O primeiro ataque da Grifinória foi tão rápido que o goleiro nem teve tempo de chegar aos aros: Angelina, para Ash, para Katie. Gol.


Grifinória tomou um ritmo assassino. Nunca se vira tanta força e entrosamento no trio da artilharia. Tanta agilidade no goleiro. Tanta precisão nos batedores. Até mesmo Spinnet avançara fingindo ver o pomo, para enganar o apanhador da Corvinal, e com sucesso.


30 a 0. 50 a 0. 70 a 0. 100 a 0. 140 a 0. Olívio se sentiu cheio de esperança. Estava sentindo que dessa vez...


- Eeeeeee ele pega o pomo! Corvinal vence por 150 a 140!


O time da Corvinal saiu em um vôo de comemoração. Aos poucos a Corvinal sumiu. Com esse resultado, a taça foi entregue à Sonserina, que logo sumiu também. E aos poucos, um a um, todos sumiram. Olívio, no entanto, permaneceu no campo, olhando para o nada, e pensando na taça que acabara de escorrer entre os dedos de suas mãos.


No dia seguinte, foi Harry quem acordou. Assim que abriu seus olhos, a primeira coisa que viu foi algo brilhante e dourado flutuante na sua frente. Seria o pomo? Estendeu a mão para pegá-lo, mas antes de alcançá-lo percebeu que não era o pomo. Eram óculos. E lentamente todo o rosto por trás dos óculos entrou em foco.


- Professor Dumbledore!


- Ah, que bom lhe ver acordado, Harry. Cheguei a pensar que não fosse chegar a tempo...


- O senhor conseguiu? Impediu Quirrell de pegar a pedra?


- Oh, sim, impedi, mas não era esse meu medo, Harry. Meu medo era não chegar a tempo de tirá-lo de cima de você. Se arriscou muito fazendo aquilo, podia ter morrido, o que, aliás, foi o destino que ele encontrou.


Harry reservou alguns segundos para si para entender que Quirrell estava morto.


- E a pedra?


- Eu a recuperei. Será destruída em breve.


Harry sentiu seu corpo tomar uma arfada de susto.


- Destruída? Mas... Mas então Flamel e sua esposa irão morrer?


- Eu sei que parece terrível para um garoto jovem como você, mas eles já viveram muito. Para a mente bem estruturada a morte é apenas a grande aventura seguinte.


Mais uma vez, Harry tomou alguns segundos para refletir.


- Hm... Professor... Essa não foi a única vez, foi? Quer dizer, Você-Sabe-Quem vai tentar voltar de novo, não vai?


- Chame-o de Voldemort, Harry. Chame sempre as coisas pelo nome que tem, pois o medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa. Quanto a voltar... Sim, ele vai tentar outras formas, Harry.


Mais alguns segundos em silêncio se passaram. Harry parecia estar tomando coragem para algo. Enfim, ele falou.


- Professor, se eu lhe fizer uma pergunta, jura me responder a verdade?


- Ah, a verdade... Algo tão perigoso e tentador... Mas pergunte, vamos ver o que eu posso fazer.


- Por que Voldemort queria me matar?


Dumbledore soltou um suspiro de decepção.


- Que pena Harry. Justamente essa pergunta que você me fez eu não posso responder... No entanto, se tiver mais algo que queira saber...


- Tem professor. Por que ele não pode me tocar?


A expressão dele mudou para um rosto pensativo.


- Eu tenho um palpite bom, Harry. Quando a sua mãe morreu para salvar você e sua irmã, ela deixou uma proteção muito mais forte do que qualquer feitiço existente: o amor. E como Voldemort é cheio de ódio e rancor, é extremamente doloroso para ele tocar algo tão bom e puro quanto esse amor.


Harry pareceu subitamente interessado em brincar com um furo em seu lençol. Dumbledore decidiu mudar de assunto para quebrar o gelo.


- A sua amiga Hermione me pediu para lhe dizer que está tudo bem com a Capa da Invisibilidade e que ela entregou para Ash guardar.


Ocorreu então a Harry de perguntar a Dumbledore de este sabia quem havia mandado a capa para ele.


- Decerto que sei, fui eu mesmo! Seu pai a deixou comigo e eu achei que já estava na hora de passá-la a vocês. Mais alguma coisa?


- Hm... Sim. Se Snape me odeia, então porque tentou me salvar o ano inteiro?


- Ah, isso. Foi para pagar uma dívida. Snape tem um motivo muito forte para odiar seu pai: ele salvou a vida de Snape. Então o professor se sentiu em débito com Tiago, e salvar você foi o jeito dele de pagar para que possa odiar a memória dele em paz. Não é muito diferente de você com Draco Malfoy, na verdade. Agora terminamos?


- Só mais uma coisa. Por que eu consegui tirar a pedra do espelho?


- Ah, fico feliz que tenha me perguntado isso, foi uma das minhas melhores idéias. Quem quisesse a pedra para usá-la, se veria a usando, mas quem a quisesse apenas para ter, então a teria, entende?


Harry fez que sim com a cabeça, vendo que seu raciocínio na sala do espelho fora corretíssimo.


- Então agora terminamos. - Dumbledore se levantou. Harry olhou para o lado e reparou pela primeira vez que o criado estava lotado de doces e presentes, a maioria ele reparou serem de Ash, Rony e Hermione. Viu até um cartão rabiscado em pergaminho em que havia um desenho de Dumbledore esganando Quirrell. Harry riu. - Ah, sim, presentes de seus admiradores. Os gêmeos Weasley acharam que por algum motivo seria engraçado lhe enviar um assento de vaso sanitário, mas Madame Pomfrey confiscou por achar anti-higiênico. - Harry conteve um acesso de risadas. Dumbledore pegou uma caixinha de feijões próxima e abriu, tirando um verde de dentro. - Sabe, eu já tive muitos problemas depois de comer um desse particularmente desgostoso, mas acho que não terei problemas com uma deliciosa hortelã. - E mordeu a pontinha do feijão. - Ah, que pena. Cera de ouvido. Bem, passe bem Harry.


Mais tarde, naquele mesmo dia.


- Ah, mas eu estou assentado, e tudo mais, olhe.


- Não Potter, você precisa descansar.


- Mas você deixou o professor Dumbledore entrar!


- Mas ele é o diretor! Francamente...


- Só cinco minutos, por favor, por favor!


- Ah, ok. Mas cinco minutos!


Nisso Ash, Rony e Hermione entraram na Ala Hospitalar. Mione deu um abraço em Harry. Ash deu outro em seguida e começou a chorar.


- Nunca, nunca mais me dê um susto desses Harry Tiago Potter, nunca mais, entendeu?


- Eu estou bem Ash, agora estou bem.


Hermione contou a Harry o que acontecera depois de se separarem, ele também. Ash relatou o jogo de quadribol a Harry.


- Tudo minha culpa. Se eu estivesse consciente...


- Ah, pare. Você não tem culpa de nada.


Alguns segundos foram preenchidos apenas pelo barulho de Rony mastigando alguns dos sapos de Harry. Então o ruivo rompeu o silêncio.


- Você precisa ir à cerimônia de encerramento amanhã Harry. Quer dizer, vai ser um saco ver a Sonserina ganhando, mas a comida é muito boa.


- Credo Rony, você só pensa em comida? - Hermione resmungou. - Coitada da alma viva que se casar com você, vai viver na cozinha.


Antes que uma discussão irrompesse, Madame Pomfrey veio interromper.


- Vocês já estão aí há 15 minutos, agora, fora!


Quando os três deixaram a Ala, Harry já estava pensando em quando teria uma visita de novo quando uma figura enorme se materializou na porta e foi entrando. Pomfrey pensou em impedir, mas pensou melhor e assentou-se resmungando baixinho.


- Ah, Harry...


- Hagrid!


- É minha culpa, é tudo minha culpa! Eu disse ao estranho como passar por Fofo... Eu devia ser expulso daqui.


- Não diga besteiras Hagrid, é Voldemort. Ele ia descobrir de qualquer forma.


- É... É claro... Bem - ele assoou o nariz em um lenço do tamanho de uma toalha de mesa. - de qualquer forma, não foi pra isso que eu vim. Tem uma coisa que eu queria dar a você e sua irmã, mas como você está aqui e Pomfrey não deixa ninguém entrar... Bem, vou deixar com você e... Hm... Mostre a ela depois e... É eu entrei em contato com alguns amigos de seus pais e consegui juntar isso aqui. - ele estendeu um livro para Harry. - Espero que goste.


Harry abriu o livro, curioso, mas não conseguiu dizer nada. Era um álbum de fotos. O garoto abriu e fechou a boca várias vezes tentando agradecer, mas não precisava. Hagrid entendera.


Na noite do dia seguinte, Madame Pomfrey deu alta a Harry, pois por algum motivo Dumbledore dissera que o garoto devia estar presente na cerimônia. Assim, Harry se juntou a Ash, Rony e Hermione na mesa da Grifinória, debaixo das bandeiras verdes e prata. No fundo o brasão da Sonserina enfeitava a parede atrás da mesa dos professores. Snape trazia um sorriso satisfeito no rosto, e a mesa da Sonserina estava cheia de burburinhos de excitação. Malfoy estava assentado entre Pansy e Dafne e se gabava claramente de algo para elas, que babavam descaradamente em cima do garoto. Ash fingiu uma ânsia de vômito ao ver a situação, arrancando risos dos outros três. Dado momento, ouviu-se o som de metal batendo em vidro e foi possível ver Dumbledore à frente de seu pedestal, pronto para fazer o discurso de encerramento. Aos poucos o silêncio reinou.


- E aqui estamos nós em mais um fim de ano, prestes a entregar a Taça das Casas. Como podemos ver o placar é: em quarto lugar, Grifinória, com 262 pontos. - alguns risos ecoaram na mesa da Sonserina. - Em terceiro, Lufa-Lufa, com 352 pontos. Em segundo Corvinal com 426 pontos, e em primeiro, Sonserina com 472 pontos. - uma horda de aplausos prorrompeu da mesa da Sonserina. - Sim, sim, Sonserina está de parabéns. No entanto, devido a acontecimentos recentes que já não são nenhum segredo, creio que tenhamos alguns pontos de última hora para creditar.


Houve um burburinho de curiosidade. Dumbledore logo prosseguiu.


- Primeiramente, a Ronald Weasley, pela partida de xadrez mais estratégica e bem jogada já vista, concedo à Grifinória 50 pontos.


A mesa da Grifinória aplaudiu. A pontuação subira para 312 pontos. Dumbledore esperou a mesa se acalmar e prosseguiu.


- A Hermione Granger, por admirável uso de lógica e raciocínio em uma situação onde muitos perderiam a cabeça, concedo 50 pontos.


Ainda mais aplausos. Agora eram 362 pontos, passando à frente da Lufa-Lufa.


- A Ashley Potter, por uso de força e perseverança em situação aparentemente perdida, concedo à Grifinória 50 pontos.


A soma agora era 412. Estavam incrivelmente perto da Corvinal. E Dumbledore ainda não havia terminado.


- A Harry Potter, por sua coragem e desejo de defender seus amigos acima de tudo, incluso a si mesmo, concedo 60 pontos.


A explosão dessa vez foi incontível. Estavam com 472 pontos! Passaram a Corvinal e estavam empatados com a Sonserina. O que seria feito então? Iriam dividir a taça? Se Dumbledore tivesse dado a Harry mais um pontinho...


O diretor explodiu a ponta da varinha algumas vezes para gerar silêncio. Então concluiu.


- Por fim, é necessária muita coragem para enfrentar seus inimigos, mas mais coragem ainda para enfrentar seus amigos. Por isso eu concedo 10 pontos a Neville Longbottom.


E dessa vez, não houve estalinho que contivesse a algazarra. Dumbledore bateu palmas e a decoração foi trocada para vermelho e dourado, e o brasão da Grifinória surgiu atrás da mesa dos professores. Snape apertou a mão de McGonagall com uma expressão amarga no rosto. Mas sem dúvidas nada compensou tanto quanto ver a cara de Draco na mesa da Sonserina.


No dia seguinte todos receberam suas notas. Hermione passou em tudo com notas máximas. Ash passara em feitiços por um triz, pegando notas máximas em poções e transfiguração (ela se divertiu em imaginar a cara amarga de Snape ao ver que não tinha aonde tirar pontos dela e Hermione). Harry conseguira notas medianas, assim como Rony, e até Neville passara com sua ótima nota em Herbologia compensando a péssima em poções.


Por fim, tudo acabou. Os malões foram fechados, animais engaiolados, salas trancadas. Os alunos desceram para um ótimo café da manhã e se esticaram nos jardins para aproveitar os últimos minutos antes de tomarem o Expresso de volta para suas casas. Harry, Rony e Hermione falavam alguma coisa qualquer uns com os outros, mas Ash não estava prestando muita atenção. Seu olhar estava perdido na direção do campo de Quadribol. Depois de Rony e Hermione, ela já sabia que o Quadribol era o que mais sentiria falta, assim como Harry. Ela sabia que não poderia voar na vizinhança trouxa onde morava, então decidiu aproveitar os últimos minutos que tinha.


- Gente, vejo vocês no Expresso.


- Aonde vai? - Hermione perguntou, mas Ash não estava mais ouvindo. Correu até seu dormitório, pegou a Nimbus e saiu voando pela janela mesmo. Deliciou-se com o vento moderadamente quente do início de verão enquanto voava velozmente até o campo de quadribol. No entanto, qual não foi sua surpresa ao ver que já havia alguém lá, praticando defender as investidas de uma goles enfeitiçada.


- Olívio! - ela foi até o quintanista. - Quer que eu te ajude com isso?


- Oi, Ash. Quero sim, pegue. - ele passou a goles para ela e eles começaram a praticar.


- Vou sentir falta de voar. - ela comentou. - Dois meses... Nossa, vão ser os dois meses mais longos da minha vida. Harry e eu tentamos conseguir permissão para passar as férias de verão aqui, mas não rolou.


- Os trouxas são tão ruins assim?


- Não todos eles. Só alguns, como os nossos tios. Eles abominam magia, então esconderam de Harry e eu a vida inteira que éramos bruxos. Pensando agora, parece meio estúpido que eles tenham achado que não viriam nos buscar.


Olívio riu.


- Que contraditório. Os famosos gêmeos Potter não sabiam que eram bruxos até os 11 anos de idade.


- É, eu sei. - ela respondeu, rindo também.


- Ei, se quiser eu posso buscar você e o Harry em casa para praticarmos um pouco.


- Seria ótimo! Me escreve para combinarmos.


E nisso se seguiu todo o tempo que eles ainda tinham antes de voltar. De repente Olívio checou seu relógio.


- Ash, precisamos ir.


Ela soltou um suspiro triste. Ambos pousaram na grama do campo. Olívio foi ao armário guardar a goles e quando voltou...


- Ah, Ash... - ele atravessou o campo até a garota. - Não chore...


- Não estou chorando! - mas nesse exato segundo seus olhos lhe traíram, deixando uma outra lágrima escorrer.


- Calma, são só dois meses. Eu sei que vai parecer mais que isso, que vai ser um saco... Mas eu já disse que vou buscar você e o Harry pra jogar, não disse, é só esperar minha coruja... - ele levantou o rosto dela para olhar nos olhos verdes. - Para, é sério.


Ela deu um sorriso chateado e enxugou as lágrimas.


- É só que... Esse foi o melhor ano da minha vida. Eu não queria que terminasse tão rápido... Eu não me importaria de passar esses dois meses com Hagrid, na cabana, entende, eu só... Só... - ela começou a chorar de novo. Olívio percebeu que por hora só podia esperar o choro dela passar, então abraçou a menina e ficou encarando as balizas à sua frente. Alguns minutos depois ela se afastou dele.


- Ok, tudo bem. Você está certo, Olívio, são só dois meses, eu consigo. - ele enxugou as lágrimas do rosto dela. Ela riu ao olhar pra ele. - Nossa, eu encharquei sua camiseta.


- Ah, imagina, é só água. Seca. - eles sorriram. - Vamos logo, não queremos perder o trem. As tortinhas de abóbora da moça do carrinho são as mais gostosas que eu já comi.


Ash se juntou a Harry, Rony e Hermione no trem. Quando perguntaram, ela apenas disse que estava voando um pouco. Por algum motivo preferiu omitir que Olívio estava com ela.


A volta foi regada a doces e conversas soltas. As viagens de volta têm aquela habilidade única de, mesmo tendo o mesmo tamanho das viagens de ida, parecerem menores. Assim, antes que percebessem, já estavam descendo do trem. Os quatro ainda conversaram durante os últimos segundos.


- E eu vou escrever a vocês! Poderiam passar uns dias lá em casa, que tal? - Rony perguntou enquanto empurravam seus malões.


- Seria ótimo! - Harry responder, ele e Ash sorrindo por terem algo pelo qual ansiar durante das férias.


- Vê se não se esquece dos amigos humildes nas férias ta? - Mione disse a Ash. - Não sou famosa, mas sou sincera.


- Ah, não se preocupe. Harry e eu somos totalmente anônimos no local para onde estamos indo.


Então viram a mãe de Rony ao longe. O garoto apresentou Hermione a ela. Gina ficou muito vermelha e se escondeu atrás da saia da mãe, a puxando: "Olha mamãe, é Harry, Harry Potter, é o Harry Potter!". Quando Rony perguntou à mãe se os três podiam passar uns dias lá e ela respondeu que "obviamente sim", Gina quase desmaiou.


- Obrigado Sra. Weasley, pelos suéteres, os doces, tudo. - Harry agradeceu em nome de si mesmo e sua irmã.


- Não há de que. - ela deu um sorriso em resposta.


Então, como se tivesse derramado um balde de água fria sobre os gêmeos, eles viram os Dursley acuados como ratos em ninho de cobra. Ash soltou um gemido insatisfeito, mas a Nimbus firmemente apertada na mão direita à fez se lembrar das palavras de Olívio.


- Eí, Harry, vai ficar tudo bem? - Rony perguntou, olhando meio preocupado para a cara de tristeza dos gêmeos. Harry, surpreendentemente sorriu.


- Ah, sim, não se preocupe com isso. Os Dursley não sabem que não podemos usar magia fora de Hogwarts. - Harry olhou para Ash e eles trocaram um sorriso cúmplice. - Vamos nos divertir à beça com Duda esse verão.




E é isso pessoal!


Termina aqui a primeira temporada de Os Gêmeos Potter!


Por favor, me deixem um comentário com o que vocês acharam, o que foi bom, o que pode melhorar, e claro, como temos tantas temporadas pela frente, deixem suas sugestões também!


Então, nos vemos em breve, em "Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta".


Até lá leitores!


Gaby Amorinha


Malfeito feito.


Nox!


NB/ Foi um imenso prazer estar acompanhando essa fic durante toda essa temporada, relendo de certa forma Harry Potter e a Pedra Filosofal novamente só que com as modificações e enredo da Gaby, que é uma grande autora de fic's sem dúvida (puxando um pouco o saco da minha chefe ) mas enfim eu não digo mentira nenhuma quando digo que a fic é muito boa e que eu estou realmente orgulhosa de ter ajudado como beta ... Um beijo a todos os leitores de Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal e nos "vemos" na próxima temporada se Merlin permitir... Nox desaparata pra a casa do Rupert Grint porque ele ta me esperando...


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.