A Morada das Garças



Capitulo XXIII


- Aqui estamos! A casa que eles estavam falando é aquela ali – Scorpius disse assim que o lugar se materializou de novo para Rose.


- Casa? Isso está mais para um castelo ou uma mansão! – Rose exclamou vendo a construção antiga que se erguia atrás de um alto muro de pedra.


- É, mas depois de Hogwarts nada me impressiona – Scorpius deu de ombros – Vamos?


- Para onde? Parece meio que impossível entrar ali – Rose levantou as sobrancelhas.


- Para a sua sorte, quando eu vim aqui eu resolvi brincar de esconde-esconde luminoso com algumas outras crianças e acabei descobrindo um tipo se saída de emergência – Rose levantou uma sobrancelha enquanto o seguia circulando o muro – Eu estava entediado então fiquei tacando pedras na parede, ok – ele disse simplesmente – e acontece que uma delas foi forte e empurrou uma pedra que era tipo um botão como esse – ele disse empurrando uma parte de um dos tijolos do muro e abrindo uma pequena parte do muro – E eu pude sair, mas minha mãe me chamou e eu tive que voltar.


- Hum, interessante – Rose disse se agachando para poder passar pela abertura, meio atrapalhada por segurar um filhote animado.


- Bem, tem quatro varinhas acesas perto da casa, pelo menos sabemos que existe algo acontecendo! – Scorpius disse depois de olhar por sobre o arbusto no qual estavam escondidos.


- Bem reconfortante – Rose ironizou.


- Ok, eu tenho um plano, e se nós usássemos as sombras perto do muro para achar um ponto de vigília fraco e...


- Você é um bruxo, esqueceu? – Rose disse puxando a varinha com a mão livre e apontou para ela mesma que desapareceu, estava invisível.


Scorpius bufou, mas fez o mesmo, e um farfalhar no arbusto o informou que ela já partira, ele logo seguiu atrás; se trombaram algumas vezes, nem respiraram quando se aproximaram dos vigias e depois se dirigiram juntos para o esconderijo em um arbusto alto com uma árvore no meio que era perto de uma janela onde uma pouca iluminação indicava que havia alguém ali.


- Ai – Rose exclamou se controlando para não soar alto – Você pisou no meu pé!


- Desculpe, eu não o vi! – Scorpius disse desdenhoso.


- Ah, esqueça, só fique quieto – ela disse abrindo uma fresta da janela e se abaixando ao notar vozes.


- E viveram felizes para sempre – uma mulher disse branda e calma, Scorpius e Rose decidiram olhar pela fresta, então.


O aposento era uma sala comum antiga, a mulher que falava estava sentada em uma poltrona no canto direito, havia um livro de capa verde aberto em seu colo e seus olhos estavam estranhamente brancos, de pé perto de uma porta para um corredor estavam dois homens que olhavam concentrados as palavras da mulher. Rose e Scorpius não podiam ver os rostos deles pois ali era usado apenas o mínimo de luz.


 - Confi Argamis – ela pronunciou em uma voz vigorosa e mais alta, segundos depois uma forte luz começou a irradiar do livro, e foi ficando mais forte ao ponto de o casal não poder mais olhar a cena, mas assim como veio, sumiu; entretanto quando os estudantes voltaram a olhar para a cena, uma nova pessoa havia aparecido, assim como um frasco bem simples, mas volumoso.


- Muito bem, muito bem! – um dos homens perto da porta se aproximou da mulher na poltrona que parecia exausta, até suava – Tome, se sentirá melhor! – ele disse entregando uma taça tirada de uma mesa ali perto com um liquido amarelado para a mesma.


- Onde estou? Quem sois voz? Como trouxestes me aqui? Saibam que sou a bruxa mais poderosa dos sete... – A mulher que havia aparecido e usavas roupas vitorianas se levantou com uma varinha a mão, alarmada.


- Mares, sim, sabemos e é exatamente por isso que está aqui! – o homem que ajudara a mulher a poltrona agora tinha sua atenção voltada para a bruxa vitoriana – Pois saiba que acaba de ingressar em um novo mundo e eu posso lhe garantir riquezas...


- Não estou interessada em nenhuma moeda de ouro que possa me oferecer – a mulher disse arrogante – Não preciso disso! Apenas...


- Mas não é só isso, se concordar em me ajudar, lhe ofereço poder – os olhos do homem brilharam – Sem contar num mundo novo e cheio de possibilidades.


- Não sei se posso confiar em ti, mago estranho – a mulher disse desconfiada, ainda parecia meio atordoada e não abaixara a varinha.


- Bom, por agora, só o que lhe peço é que fique em um quarto pela noite, concedo minha palavra que nada acontecerá a ti e amanhã podemos conversar melhor – o homem disse estendendo a mão.


- Se me concede tua palavra, fico agradecida – a moça colocou sua mão sobre a dele e ele a beijou cortês – que tenha por conhecimento que tua palavra segura sua vida – a mulher disse ameaçadoramente.


- Compreendo – o homem sorriu – Mas por agora pode seguir aquele homem, ele a levara para seus aposentos – ele apontou para o outro que estava a porta, esse, por sua vez, fez uma reverencia, logo os dois sumiram porta afora.


- Muito bom, muito bom mesmo! – o homem que sorriu na sala começou a andar em círculos – Não é incrível como tudo está ocorrendo como o esperado?


- Não, eu tinha toda certeza que você conseguiria fazer isso – a mulher sorriu sincera.


- Verdade, verdade, não deixamos espaço para erros – ele disse sorrindo – Agora só falta mais uma arma e pronto, tudo será nosso! – ele comemorou olhando afetuosamente para a mulher, Rose e Scorpius se procuraram um ao outro com os olhos, mas só acharam o vazio por tudo estar invisível – Ok, hora de conferir para ver se tudo está ok – ele a olhou sério – As pessoas certas já estão infiltradas e atentas?


- Sim, principalmente o agente no setor de Artigos Mágicos, ele está atuando particularmente bem – a mulher sorriu.


- O exercito já está criado? – ele perguntou.


- Sim, ontem mesmo ouvi Cloud falando sobre como os progressos com a linha de defesa estão surpreendendo!


- Os artigos, já estão em seus lugares?


- Falta apenas um, mas já está sendo providenciado, os outros estão em seus devidos lugares – e acrescentou – teremos o ultimo em três meses, com certeza!


- E os partidários?


- Estão sendo devidamente analisados e efetivados.


- Os aurores?


- Nem desconfiam, para falar a verdade, creio que podemos revelar nossos planos para um e ele não vai nem ligar – a mulher sorriu com escárnio – Isso agora, imagine quando as distrações começarem, seremos como fantasmas, só irão perceber de verdade quando começarem a se ajoelhar para nós.


- Perfeito, em pouco tempo vou conseguir o que meus antepassados não conseguiram sustentar ou conquistar, só prepararam seus filhos para... – e um latido baixo foi ouvido, Mal estava reclamando do frio, provavelmente – O que foi isso? Não temos cachorro! – o homem disse se dirigindo a porta, mas antes de sair Scorpius pode vislumbrar os olhos azuis estranhamente conhecidos que o homem possuía.


Os vigias passaram diretamente por eles correndo para a moita onde estavam antes, Scorpius puxava Rose pela manga da blusa e Mal começou a olhar curioso pelo movimento que estavam fazendo.


- Finite incantatem! – Scorpius pronunciou assim que já estavam a uma distância segura do castelo – Bela ideia levar um cachorro para lá! – Scorpius ironizou sem fôlego.


- Ele estava quietinho,ok, foi só esse frio que deve ter deixado ele irritado, mas pelo menos naquele jardim não tinha neve – e então Rose pensou mais – Estranho isso, não?


- Eles são bruxos, se eles não quiserem neve em seu jardim, é só usar um feitiço! – Scorpius explicou como se fosse obvio – Meus pais fazem isso às vezes.


- Bom, mas serviu para disfarçar nossas pegadas – o comentou – Enfim, quero ir pra casa.


- Finalmente! – ele disse estendendo a mão, ela a apertou e os dois desaparataram para a rua da casa de Rose.


- Bom, feliz aniversario, Weasley – Scorpius disse depois de eles ficarem em silencio por um instante.


- Obrigada, Malfoy – ela disse sem jeito.


- Até mais e, por favor, dê um nome de verdade a esse cachorro! – ele disse e sorriu de canto, desaparatando logo em seguida.


- Você tem um nome de verdade, não, Mal?  - Rose disse brincando com o cachorro e então suspirou e olhou para a casa a sua frente, com certeza levaria uma bronca por demorar tanto para comprar apenas leite e ovos, o sol já tinha até se posto;Rose soltou outro suspiro profundo e abriu a porta.


- SURPRESA! – Rose realmente se surpreendeu, parecia que toda a sua família e amigos estavam ali juntos com balões e confetes e chapeis pontudos que ela gostava de brincar quando criança, ela sorriu e soltou seu cachorro no chão.


A festa estava muito boa e já tinha cumprimentado todos e recebido felicitações também, estava feliz com aquilo, nunca faziam nada em seu aniversário pois estavam se preparando para as festas de final de ano.


- E mocinha, depois eu quero saber onde você passou a tarde inteira, e com quem, entendido? – Hermione sussurrou aparecendo por trás da menina, o sorriso da menina vacilou, mas ela logo se recompôs e começou a pensar em alguma explicação ara mais tarde – você tem sorte de eu ter conseguido segurar seu pai quieto, ele estava quase começando uma busca por você.


.....


- Então você vai fazer isso mesmo? – Harry Potter perguntou assim que ele e sua sobrinha aparataram na frente de uma majestosa mansão.


- Eu prometi padrinho, e ele também foi à Toca – Rose comentou sorrindo – E obrigada por me trazer, meus pais não estavam muito confortáveis com isso.


- Más lembranças, Rose, apenas isso – Harry sorriu amarelo.


- É uma parte daquela história que vocês não contam quase nada? Porque eu sei que vocês meio que passaram muitos apertos, mas saber a história completa seria legal, não só a parte que vocês saem do casamento do tio Gui, depois aparecem em um dragão saindo de Gringotes e logo depois você salva a escola sumindo pela floresta e ressuscitando – Rose comentou franzindo uma sobrancelha.


- Olha, seu namorado está chegando! – Harry apontou para o grande portão onde alguém se aproximava – E boa tentativa, mas você sabe que não quero colocar idéias na cabeças de vocês – ele disse mais baixo.


- Olá, Rose, Sr. Potter – Scorpius cumprimentou passando pelo portão como se ele fosse feito de fumaça.


- Boa tarde Scorpius, perto das sete venho buscá-la, cuide bem da minha sobrinha – o homem sorriu.


- Claro que sim, estaremos atentos – o loiro sorriu também.


- Bom, como diria sua mãe, se comporte e não quebre nada, até mais tarde Rose – Harry disse abraçando a sobrinha e logo depois desaparatando.


- Então aquele é o famoso Harry Potter? O confundiria facilmente com uma pessoa normal – Scorpius comentou.


- O que esperava? Que esse começasse a falar que nem super herói, saísse em socorro de alguém e aparecesse uma luz o iluminando? – Rose perguntou sarcástica.


- A luz é meio exagero, mas sim – Scorpius respondeu.


- Então se sua família teve alguns comensais, devo esperar lugares escuros, ficar presa em um porão medonho ou ser torturada? – Rose perguntou no mesmo tom.


- Creio que os três, mas não vai achar nada parecido, quer dizer, nunca fui no nosso porão –Scorpius disse e fez uma cara pensativa – E sobre a tortura, eu providencio se você quiser.


- Não, tudo bem, só sua presença já é o suficiente! – Rose levantou as sobrancelhas.


- Bom, vamos entrando que minha mãe está louca para te conhecer, a menina que se apaixonou por seu filhinho querido – ele sorriu a ignorando.


- Você ainda me paga por essa mentira – Rose ameaçou o seguindo para dentro dos portões – Aquilo é um pavão? – Rose perguntou assim que percebei uma ave de cores vivas andando por ali em uma área onde não havia neve.


- É sim, sempre existiram pavões aqui, e minha mãe gosta de suas penas – Scorpius deu de ombros.


- Elas são lindas mesmo – Rose comentou observando um com as penas em pé tentando cortejar uma pavoa.


- Aquele é o favorito do meu irmão, ele é o único branco que nós temos, minha mãe gosta mais dos coloridos – Scorpius explicou.


- Ele combina com a neve que não cai ali, por quê? – Rose perguntou.


- Encantamento, essa casa é cheia disso.


- Scorp, Scorp! – duas pessoas o chamavam, Rose olhou pro lado e viu duas criançinhas loiras com casacos bem quentes correndo para eles.


- O que foi agora? – ele perguntou paciente.


- Lana está dizendo que é mais alta que eu – o irmão de Scorpius parecia indignado.


- E o lobinho disse que estou mentindo! – a loira disse emburrada.


- Hum, fiquem um do lado do outro – eles o fizeram e Scopius fingiu analisar atentamente – Pra mim os dois são da mesma altura!


- Ah, mas eu sou mais velho, tenho que sê mais alto! – o menino disse indignado.


- Não quando só é alguns meses – Scorpius apontou – e mesmo assim, por que querem ser altos?


- Porque os mais altos podem tudo, conseguem até pegar o pote de biscoitos do alto da mesa – Árcade disse com os olhos brilhando.


- É, mas eles não conseguem se esconder tão fácil, não é verdade? – os dois confirmaram – Sem contar que sempre são os que mais brincam e se divertem, não é verdade? – os dois confirmaram novamente.


- Verdade, meus irmãos são chatos e nunca blincam comigo – Lana lembrou-se.


- O meu só lê livros! – o menininho acusou.


- Acho que sou mais baixa do que você mesmo! – Lana comentou.


- Não, eu sou mais baixo!


-Ok, quem chegar em casa primeiro é o mais baixo! – Árcade propôs.


- Combinado! – e os dois saíram correndo para a enorme mansão a sua frente.


- Puxa, eles sempre fazem isso? – Rose perguntou sorrindo.


- Bom, quando não me encontram ou eu estou lendo algo, eles procuram a minha mãe ou a minha tia – Scorpius deu de ombros.


- E você tem primos? Desde quando? – Rose perguntou surpresa.


- Desde sempre, tenho uma prima um mês mais velha, um primo de catorze e Lana, de quatro – Scorpius comentou – Eles estudam na Grécia, onde eles moram e estudam, mas parece que tem algum acordo e Lana irá pra Hogwarts.


- Hum, puxa, não sei nada de você, mesmo – Rose comentou sorrindo – Quer dizer, sei que você é chato, nerd e certinho de mais, mas só.


- Bom, não sou o que diríamos, um livro aberto – Scorpius comentou.


- No máximo possível eu também não, mas uma família grande nunca é sinônimo de discrição – Rose sorriu – Mas você ainda só sabe meu estereotipo.


- Bagunceira irritante que adora me encher o saco? É, estamos quites! – Scorpius constatou.


- Pode ser – disse Rose e eles ficaram em silencio até chegarem á casa.


- Esta pronta? – Scorpius perguntou sorrindo divertido.


 - Pelo menos dessa vez não tem ninguém olhando pela janela – Rose comentou nervosa.












.....

N/a: Oi!!! Desculpe pela demora, mas ele finalmente saiu, hehe

Obrigada pelo comentário, Lana :) e de um desconto pra Rose, o Scorpius também atormenta ela, hehe

Haha, eu sempre adorei cachorros, mas minha mãe só me deixa ter uma :(. É, eu demorei um pouquinho pra postar, mas o importante é que o cap. está ai :)

Bjs, 

Bibi.
 

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Ahhhhhhhhhhhh, amando!!!!!!!!!!!!!!!!

    2013-07-12
  • Lana Silva

    Ahhhh não precisa se desculpar flr *---* estava loucaaaaaaaaaaa pelo capitulo. kkkkkkkkkkk vou dar sim apesar de achar que a Rose apronta mais. Hum...Ahhh eles são tão fofos juntos, estão construindo um romance legal *--------* Ahhh necessito de maiiiiiiiiis. Já tô até vendo como Astoria vai tratar a Rose *-* Ahhh Lana e Árcade são lindos demaiiis *------------------* bjoos até o próximo capitulo 

    2012-02-06
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