DETENÇÃO EM GRUPO





Harry, Hermione, Rony, Fred e Jorge estranharam muito quando Valentina apareceu na manhã seguinte com um bom humor anormal para uma segunda-feira escura e gelada. Viram a garota tomar café na mesa da sua casa com uma disposição pra lá de boa e até dar um meio sorriso para Malfoy quando este chegou para tomar café ao seu lado.


Se perguntando o que poderia ter acontecido para a amiga não ter escorraçado Malfoy, como era de seu costume, foram interrompidos por Cecília que chegava atrasada e fazendo um estardalhaço para tomar café às pressas.


—Dormi demais! – ela se explicou, com a boca cheia de pão.


Lembrando-se de algo mais importante do que reparar na mesa da Sonserina, Harry aproveitou a chegada de Lia para sussurrar para eles que estava planejando o próximo encontro da AD para o fim daquele dia. Hermione imediatamente tirou seu galeão da mochila e, com um suave toque da varinha, fez com ele aquecesse.


—Tudo bem, já estão todos avisados. – disse, eficiente.


A manhã de segunda-feira correu como de costume. Poções logo pela manhã fez que com os alunos desanimassem ainda mais, se é que aquilo era possível. Ao menos Snape havia conjurado algumas chamas de modo a aquecer a masmorra gelada. Teria sido perfeito se o ar aquecido não tivesse um cheiro de algo podre que lembrava ovos estragados.


Tina e Lia procuraram sentar-se perto uma da outra e enquanto Valentina tirava seu quite de poções da mochila, Cecília aproveitou para alfinetá-la.


—Como foi o seu Dia dos Namorados? Foi bom?


Valentina não soube exatamente o que responder, por isso continuou revirando a mochila. Lia aproveitou para continuar a provocá-la.


—Acredito que se você tivesse permanecido na escola talvez não tivesse se divertido tanto, hein?


—Não enche. – Tina respondeu de mau humor, porém corando até as orelhas.


Lia riu e calou-se. Snape acabara de entrar na sala, com suas vestes negras usuais, parecendo ainda mais com um grande morcego diante das chamas tremeluzentes.


Depois de terminar a aula favorecendo a Sonserina, como era de seu costume, Snape dispensou todos os alunos e eles saíram depressa para a aula de Defesa Contra Artes das Trevas. Já haviam tido a prova de que não era muito inteligente atrasar para a aula de Umbridge, que depois do baile de máscaras fracassado, ficara ainda mais intragável, provando que tudo o que é ruim, pode sempre piorar.


Sonserina e Grifinória sentaram-se separadas, como sempre, e esperaram Dolores Umbridge dar início ao que ela chamava de aula – mais uma sessão de leitura maçante sobre coisas que jamais ajudariam os alunos a se defenderem de bruxos das trevas.


Valentina escolheu um lugar o mais distante possível da mesa da professora e Malfoy sentou-se ao lado dela. Harry, Hermione, Rony e Lia olharam desconfiados para a dupla. Lia abafou uma risadinha.


—Bom dia, meus amados alunos! – Umbridge os cumprimentou com um irritante tom amável na voz. —Hoje vamos continuar nossa leitura do capítulo 5 do nosso livro. Lembrando que nenhuma conversa será necessária. – finalizou, com um sorriso que não se estendia ao seu olhar.


Todos pegaram os livros de má vontade e se puseram a ler em silêncio.


Cecília fez de tudo para prender a atenção na leitura, mas depois de cinco minutos lendo aquele texto ridículo, ela começou a ter problemas para segurar os bocejos. Olhou para o lado e viu que a amiga Valentina tinha os olhos estagnados em alguma frase que ela na verdade não lia, a mente voando não muito longe dali. Ela viu quando a garota pegou sua pena e escreveu alguma coisa no canto da página do livro, cutucar Malfoy, ele ler, rir e abanar a cabeça.


Cecília então também pegou uma pena e rabiscou qualquer coisa no canto do livro. Era extremamente contra escrever em livros, mas sabia que não voltaria a consultar aquela porcaria tão cedo depois de terminasse o quinto ano. Então ela simplesmente apoiou a cabeça numa das mãos e com a outra começou a rabiscar os cantos das páginas.


—Eu lembro de tê-los mandando ler com atenção, não desenhar em seus livros.


Harry deu uma cutucada em Cecília e ela pareceu acordar do transe. Olhou assustada para Umbridge, cujos olhos corriam dela para Valentina, maldosos.


A professora caminhou até as duas, parando primeiro ao lado de Cecília. Tomou o livro da garota e viu cada desenho, cada rabisco que a garota havia feito – desde corações com seu nome junto ao de Jorge Weasley, até carinhas tortas que lembravam demais a cara de sapa de Dolores. Ela estalou os lábios em reprovação e devolveu o livro à garota, seguindo para Valentina, com quem ela fez o mesmo.


A situação de Tina parecia ser ainda pior. Ela havia escrito mensagens para Malfoy em letra miudinha nos cantos das páginas, dizendo como não agüentava mais aquela leitura e que "no Collegium nós tínhamos aulas práticas". Umbridge deu um suave sorriso ao ler aquilo.


Dolores Umbridge voltou para frente da classe, pegando os livros de Cecília e Valentina no caminho, e começou a falar numa voz muito doce, mostrando-os para a turma:


—Vejam o que fazem os alunos que vêem de escolas liberais. Eles fazem isso.


A respiração da turma pareceu ficar suspensa, todos com os olhos presos em Umbridge. Ela continuou:


—Esse é um dos motivos pelo qual eu sou contra a transferência de alunos para Hogwarts, a não ser que eles sejam provenientes de escolas sérias e tradicionais, que prezem, acima de tudo, a disciplina e o respeito aos seus mestres.


Umbridge sorriu e continuou, olhando de Tina para Lia com malícia. Ambas estavam sentadas tão duras em suas cadeiras que mais pareciam petrificadas.


—Mas o que se poderia esperar de duas alunas que vieram de uma escola que, como eu já disse anteriormente, tem uma cultura liberal, assim como o país onde ela se encontra, o Brasil. – Dolores frizou bem o nome do país, se deliciando com a raiva que via tomar conta das duas —Vejam bem, um país onde o Carnaval fala mais alto do que a disciplina, onde as pessoas mal sabem escrever sua própria língua e só sabem beber e jogar Quadribol. Um colégio de magia deste país não poderia mesmo produzir mentes que fossem capazes de se enquadrar no perfil disciplinado de Hogwarts. Quero dizer, é isso o que se aprende no Collegium?


Cecília e Valentina não agüentaram e se levantaram tão juntas que pareciam ter combinado.


—Aprendemos muitas coisas no Collegium, coisas que certamente serão mais úteis do que esse livrinho medíocre que a senhora nos obriga a ler todas as aulas! – Cecília disse, com uma coragem de leão.


Valentina completou o que a amiga dissera:


—Tínhamos aulas práticas de Defesa Contra Artes das Trevas no Collegium. Pensei que ao chegar em Hogwarts seguiríamos o mesmo alto nível, mas pelo visto eu estava enganada. Isso aí é um monte de lixo! – terminou, apontando para o livro que a bruxa segurava.


Cecília desandou a falar, tremia da cabeça aos pés, assim como Valentina.


—O Brasil é tão rico de mentes brilhantes quanto qualquer outro país! Nós temos bruxos talentosíssimos lá!


—Muito mais talentosos do que a senhora imagina! Não venha nos humilhar na frente da turma por causa de nossa nacionalidade! Isso é puro preconceito! – Valentina exclamou, sua voz subindo um oitavo.


A turma inteira parecia estar petrificada. Olhavam de Umbridge para Tina e Lia como se esperassem que uma bomba de bosta fosse explodir a qualquer momento. Hermione abria e fechava a boca, alarmada demais para conseguir dizer qualquer coisa. Umbridge, por sua vez, apenas esboçou um sorriso claramente forçado.


—Detenção. – ela disse muito claramente e com um inconfundível prazer na voz. —Para as duas. Hoje à noite, na minha sala, às oito horas em ponto. Vou ensiná-las a respeitar a autoridade de um professor, algo que, pelo o que está provado, as senhoritas não aprenderam no Collegium.


Um burburinho indignado correu pela sala. Foi a vez de Harry se levantar. Inconformado com a injustiça da professora, ele foi em defesa das amigas, ardendo de raiva:


—Você não pode fazer isso!


Umbridge apenas olhou para Harry e lhe deu um espaço calculado para falar, o que ele aproveitou:


—Você não pode punir duas pessoas simplesmente porque elas defenderam seu país e sua escola! Ainda mais quando a ofensa veio justamente de quem deveria ensinar respeito!


Um burburinho de concordância se espalhou pela sala quando Dolores Umbridge esboçou o mesmo sorriso vitorioso para Harry.


—Detenção para o senhor também, Sr. Potter. Junto com suas amigas. Está mesmo na hora de alguém lhes ensinar alguma coisa na prática.


Harry fuzilou Dolores Umbridge com o olhar e Hermione o puxou pela manga para voltar a se sentar. Temia que mais um pouco de tensão a fizesse dar detenção para a turma inteira. Lia se sentou junto com Harry, mas Valentina ainda tremia de pé, e só voltou a sentar segundos depois porque Draco a puxou pela manga da blusa também.


Umbridge obrigou a turma a voltar à leitura como se nada houvesse acontecido, e depois de arrastados quarenta minutos, liberou os alunos para o almoço.


—Você é maluco, cara? Outra detenção com essa sapa velha! Desse jeito você vai terminar o ano sem mão! – Rony disse, fazendo Harry se lembrar de que como se davam as detenções com Umbridge.


—Ela me tira do sério! – Harry disparou e Lia concordou fervorosamente ao lado dele.


—Ela fez de propósito, vocês não perceberam? – Hermione entrou na conversa. —Desde o baile de máscaras que ela vem procurando um motivo para pegar a gente. Ela sabe que o fracasso do baile teve dedo nosso. Era óbvio que em algum momento ela ia provocar alguma coisa.


—E ela conseguiu! – Valentina disse, a raiva consumindo cada pedacinho dela, quando ela se juntou aos amigos da Grifinória. —Nunca pensei sentiria isso um dia, essa vontade de atacar alguém com as minhas próprias mãos, sem usar magia nem nada!


Cogitando todos os meios não mágicos de fazerem um estrago na cara de Dolores Umbridge, desde socos até unhadas e puxões de cabelo, o grupo seguiu para o Salão Principal, onde Harry e Lia olharam para o almoço sem muito apetite. Rony, ao contrário, se serviu com gosto.


Valentina também não sentia fome. Ela sentou-se à mesa, largou a mochila no chão e olhou para a comida sentindo um bolo no estômago. Geralmente reagia assim quando estava com raiva.


—Você poderia ter feito jus à casa que pertence, Alves. – ela ouviu Draco Malfoy falar ao se sentar ao lado dela. Havia voltado aquele tom prepotente que ela odiava. —Ela provocou vocês duas. Como você pôde ter sido tão tola em se deixar levar?


—Não me venha com sermões, Malfoy!


—Você tem que aprender a ter sangue frio, Alves!


Tina olhou para ele espumando de irritação.


—Eu queria ver você no meu lugar. Ah, como eu queria! Escutar aquela velha falando mal do seu país e da sua escola, da sua cultura, da sua criação! Eu queria ver o seu sangue frio, logo você que mal agüenta ouvir alguém falar mal da Sonserina!


—Se eu tivesse notado que era proposital, eu teria me controlado. – Draco falou, solene. —Umbridge estava louca para dar uma detenção a você e sua amiguinha há séculos. Eu não a culpo, não depois de vocês terem organizado aquela palhaçada no dia do baile.


Tina respirou fundo e esboçou um sorrisinho cínico.


—Você ainda não superou o baile, não é? Muito menos a minha companhia daquela noite.


—Eu não disse isso. – Draco respondeu com a voz falhando um pouco. Ele bebericou seu suco de abóbora.


—Então você está querendo dizer que eu merecia a detenção?


—Sim e não, Alves.


—Pare de me chamar de Alves! Que merda! – exclamou a última frase em português.


Valentina não falou mais com Draco até o fim do almoço e tampouco se dirigiu a ele nas duas aulas seguintes.


A reunião da AD daquela noite teve de ser cancelada. Faltavam dez minutos para as oito horas quando Harry, Lia e Tina se encontraram no hall de entrada para seguirem juntos para a detenção. A raiva havia passado e dado lugar a um temor profundo. Harry já havia passado por uma detenção com Umbridge antes e as meninas tinham visto qual era o estilo de castigo da mulher. Tina e Lia agora sustentavam uma expressão de enterro.


—Bem, vocês já sabem o que nos espera, não é? – Harry perguntou.


As duas confirmaram com acenos da cabeça.


—A gente bem que podia dar uma chave de pescoço na velha e espetar aquelas penas malditas nos olhos dela. O que acham? Somos três contra um! – Cecília disse, realmente acreditando na idéia. Valentina e Harry conseguiram sorrir ao imaginarem isso.


Eles chegaram às oito em ponto. Bateram na porta da sala de Umbridge e ela os recebeu imediatamente. Vestia rosa da cabeça aos pés.


—Entrem.


Os três entraram e viram que, a uma mesa, havia três penas e três folhas de pergaminho postas para cada um deles.


—Sentem-se.


Eles obedeceram.


—Os três deverão escrever repetidamente a seguinte frase: "Devo respeitar os professores". Podem começar. – falou, com uma doçura exagerada.


Umbridge sentou-se à sua mesa e observou com gosto Harry, Lia e Tina começarem o trabalho sádico.


Ao escrever a primeira frase, Tina e Lia já sentiram o efeito da pena torturadora. A tinta vermelha não era nada menos que o sangue delas mesmas, e uma ferida com os dizeres que elas escreviam no pergaminho abriu-se na pele de suas mãos como se fossem escritas à navalha. A cada vez que elas escreviam a frase, a ferida se aprofundava mais.


Tina tentou escrever tocando o pergaminho de leve com a ponta da pena, o que pareceu aliviar a dor. Lia e Harry imitaram-na, mas a tática durou pouco tempo. Desconfiada, Dolores se levantou, examinou o trabalho deles e disse, serenamente:


—Com um pouco mais de força, meus queridos. Quero que a mensagem penetre bem.


Foram os piores sessenta minutos das vidas de Valentina e Cecília. Harry, embora já estivesse familiarizado com aquela tortura, não teve um momento feliz, tampouco. A cicatriz da última detenção mal havia fechado e outra ferida já se abrira acima da antiga. Quando foram dispensados, eles saíram ligeiros da sala, segurando as mãos que pingavam sangue. A dor era tão grande que sequer tiveram força para xingar Dolores Umbridge no caminho.


Estavam descendo o último lance de escadas quando escutaram alguém chamando-os de um canto escuro e identificaram a voz de Hermione.


—Harry! Lia! Tina! Venham aqui!


Eles olharam na direção da voz e viram Rony levantar a capa da invisibilidade de Harry, e Hermione aparecer logo ao lado dele carregando três pequenas vasilhas de vidro com uma poção dentro.


—Fiz para vocês. – ela disse, entregando as vasilhas a Harry, Tina e Lia. —Mergulhem as mãos na poção, é essência de murtisco. Ajuda a aliviar a dor e a cicatrizar.


—Ah, Hermione! Obrigada! – Tina disse, verdadeiramente agradecida. Ela mergulhou a mão machucada na poção e sentiu um alívio instantâneo na dor.


—Melhor nos apressarmos. Vocês não deveriam estar andando por aí. – Harry disse a Rony e Hermione. —Mas de toda forma, obrigado, Mione. Você é definitivamente a melhor bruxa que existe nessa escola!


A menina sorriu envergonhada. Todos se despediram e rumaram para os devidos salões comunais de suas devidas casas. Valentina seguiu sozinha para a ala da Sonserina, mantendo sua mão carinhosamente mergulhada na poção medicinal de Hermione.


Desceu as escadas para as masmorras escutando apenas o som dos próprios passos. Os corredores estavam completamente vazios, iluminados apenas pelas chamas trêmulas dos archotes que levitavam perto do teto ao longo do caminho.


De repente Valentina parou no meio do corredor. Escutara claramente duas vozes muito perto dali. Ela ficou muito quieta, procurando ouvir mais. Esgueirou-se pela parede, atenta. As vozes conversavam em sussurros urgentes e ela pôde identificar que uma delas era feminina e a outra masculina.


Algo se moveu atrás dela e Tina se virou num movimento rápido. Ela voltou três passos, com a nítida impressão de ter visto uma estátua de mármore onde agora não havia nada.


Mas não havia estátuas de mármore naquele corredor. Nunca houve.


—Alves?


—AAAAAH!


Valentina quase deixara sua vasilha de vidro se espatifar no chão tamanho o susto que levara. Mas era apenas Draco.


—Meu Deus, você quer me matar do coração?


—Por que está tão assustada?


—Porque... – ela considerou se deveria dizer a verdade. —Porque sim, ué. Não imaginava que ninguém estaria rondando os corredores agora. E você, o que está fazendo aqui?


—Eu sou monitor, você esqueceu? – Draco respondeu revirando os olhos. —Estava fazendo a vistoria na ala e esperando que você voltasse quando escutei duas pessoas conversando nessa direção. Pensei que fossem alunos fora da cama. Você estava falando com alguém?


—Não. Mas também escutei as vozes. Acho que são aquelas vozes que eu e as meninas escutamos no banheiro.


Draco de ombros e então reparou na mão que ela mantinha mergulhada na poção.


—O que aconteceu com sua mão?


—Ah... bem...


Tina mostrou a mão para ele e Draco arregalou os olhos para a ferida aberta. Sem acreditar nas próprias deduções, ele perguntou com a voz fraquejando:


Isso é a detenção de Umbridge?


Tina concordou com um aceno da cabeça e voltou a mergulhar a mão na essência de murtisco.


—Mas isso é doentio!


—Eu sei... Te conto como foi no caminho. Agora vamos, eu estou cansada de verdade. – ela suspirou.


Uma vez no salão comunal da Sonserina, Draco pediu que Valentina esperasse um pouco enquanto ele ia pegar algo em sua mala. Voltou um minuto depois com um bonito lenço negro de seda.


—Me dê sua mão.


Tina lhe estendeu a mão e Draco amarrou o lenço ao redor da ferida. Ela reparou que o lenço tinha as letras "DM" bordadas numa grafia elegante.


—Ai! Não aperte.


—Desculpe.


Ele afrouxou o lenço e deu um nó nas pontas.


—Pronto. Assim você não se machuca dormindo.


—Obrigada. – Tina disse, num fiapo de voz e corando ferozmente.


Draco tocou o rosto da menina e sorriu sem jeito.


—Desculpe por ter insinuado que você merecia uma detenção. Eu jamais poderia imaginar que isso seria a detenção.


Valentina sorriu maliciosa.


—Então quer dizer que se não fosse isso, se fosse apenas uma sessão de cópias, eu mereceria?


Ele riu.


—Quem sabe! Por ser tão cabeça dura!


Draco segurou o rosto de Tina e lhe beijou os lábios com saudade. Ela correspondeu.


—Boa noite. – ela disse, serena, quando os lábios se separaram.


—Boa noite, Tina. Durma bem.

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