O nosso bonde!



A semana n’A Toca fora muito boa, Alvo e Rosa passaram muito tempo estudando e conversando com Peter, que estava na casa ao lado.


No dia trinta de agosto, Alvo e os outros iriam comprar o material escolar, e como sempre, usariam o pó de flu.


-Alvo, você primeiro – disse Gina erguendo o pote de areia em seu peito.


Ele pegou um pouco da areia prateada, jogou na lareira e as chamas verde esmeralda o engoliram.


A sensação de estar sendo sugado por um enorme ralo sempre vinha nele quando usava o Pó de Flu. Ele saiu rodopiando pelo Caldeirão Furado.


Ele parou em frente a uma mesa, esperando o resto do pessoal chegar. Alguns minutos depois, Tiago apareceu rodopiando pelo bar. Depois, Gina e Lílian quase empurraram um freguês para cima do balcão. No final, Hermione, Rosa, Peter e Luna apareceram no bar.


-Certo – disse Gina se sentando na mesa onde Alvo estava – Alvo, você e Rosa vão levar Lílian e Hugo para comprar as varinhas e depois vão na Madame Malkin. Tiago, quero ficar de olho em você, vamos ao Gringotes. Depois nós nos encontramos na Madame Malkin.


Alvo e Rosa conduziram Hugo e Lílian pelo Beco, pois nunca prestaram atenção nas lojas de materiais necessários em Hogwarts.


-Ali, Olivaras, desde 383 a.C. – Alvo apontou para uma loja velha e empoeirada, onde saía um garoto com o traje de Hogwarts.


Eles entraram na loja, onde havia várias prateleiras cheias de caixas desarrumadas e um senhor de idade lia um exemplar do profeta diário, onde havia o título: Entrevista com Alvo Severo Potter. E a imagem de Alvo conversando com Rita Skeeter na sala de História da Magia.


Alvo tocou a campanhia e o homem se levantou do banquinho onde estava sentado.


-Ah, Sr.Potter, veio comprar a varinha desses dois, certo?


-Sim, senhor Olivaras, e se não se importa, posso dar uma olhada no profeta diário?


-Ah, mas é claro, pegue! – disse o homem e lhe entregou o exemplar.


Alvo correu os olhos pelas palavras escritas ali:


Como se sente em ter um pai como Harry Potter?


(Alvo) Bem, eu tenho orgulho do meu pai ser tão poderoso e forte!


E como você destruiu Frank?


(Alvo) Foi fácil, sou muito poderoso!


Como se sente sendo o aluno mais poderoso de Hogwarts?


(Alvo) Sou muito forte e sei disso pois derrotei o Frank Lestrange!


Alvo jogou o exemplar no balcão enquanto Hugo testava sua varinha.


-Algum problema, Sr.Potter?


-É essa entrevista, é falsa!


-Tem certeza?


-Absoluta, eu não disse nada disso!


-Bom, são sete galeões pela varinha – disse o Olivaras e Rosa lhe deu o dinheiro.


-Sua vez, querida – disse Olivaras lhe entregando uma varinha amarelada.


Lílian sacudiu a varinha e uma caixa de varinha voou na cabeça de Alvo.


-Não, testemos essa.


E entregou uma varinha bem marrom.


Lílian sacudiu a varinha e de repente, a caixa de varinha que estava no chão voltou ao local original.


-Muito bom, Srta.Potter, aqui está. Damasqueiro, 28 centímetros, meio flexível. Núcleo... Pêlo de Unicórnio... Sete galeões.


Alvo pagou a varinha e eles se retiraram para Madame Malkin, que estava sentada em uma cadeira olhando a ruela afora.


-Oh, como posso ajudar?


- Seis roupas de Hogwarts e seis da Grifinória.


As fitas voadoras mediram as crianças, fazendo cálculos e tudo mais, de repente, uma dúzia de vestes pretas veio voando caiu no saco que Madame Malkin tinha preparado.


Alguns minutos depois e eles foram para a Floreios e Borrões, juntamente com Gina, Tiago e Hermione.


-Lembrem-se, nunca se atrasem para o café da manhã, ou o Filch vai amarrar seus pés nas tochas! – dizia Tiago às gargalhadas ao ver o rosto de espanto de Lílian e Hugo – Mas não se preocupem, eu sou o herói do colégio.


-Sei – disse Lílian.


-E Lílian, eu te mando beijos quando for para a Sonserina.


-EU NÃO VOU PARA A SONSERINA!


Tiago caiu às gargalhada ao ver o nervosismo da irmã, que atraiu as atenções de Gina e Hermione.


-Tiago, pare de zombar de sua irmã – disse Gina envolvendo Lílian nos braços.


Alvo parou na vitrine, olhando os livros novos de Gilderoy Lockhart, que recuperou a memória depois de tanto tempo de tratamento.


Histórias sombrias com finais do Lockhart


Alvo logo se afastou, que livros ridículos. Ele parou para abrir um livro muito estranho com o título de:Dobby, o elfo livre!


Ele abriu nas primeiras páginas onde havia uma foto de um elfo doméstico ao lado de seu pai.


-Você é Alvo Severo Potter?! – perguntou um homem que descia as escadas da loja.


-Sou, e você é?


-É um prazer conhecê-lo, Sr.Potter! – e apertou a mão do garoto.


Alvo logo se afastou e se encontrou com Rosa, que lia um exemplar do profeta diário.


-Olhe isso, o Gringotes vai abrir em uma nova unidade, lá pra Romênia.


-Que ótimo, assim Carlinhos vai poder guardar dinheiro no trabalho com dragões.


Eles compraram os livros necessários e se reuniram no caldeirão furado, para comer alguma coisa.


Gina pediu três cervejas amanteigadas e uma porção de batatas mágicas. Lílian estava encarando Tiago pelo trocadilho que ele lhe contara.


-Alvo? – disse uma voz conhecida atrás de Alvo, e este viu sua amiga, Amanda Wood.


-Amanda!


Ele se levantou a abraçou a amiga.


Atrás dela estava um garoto de cabelos castanhos e olhos castanhos, com um terno trouxa. Provavelmente Olívio Wood, o cara que ensinou Harry a usar uma vassoura mágica.


-Olá, Alvo – disse Olívio, mas Alvo nunca o vira antes, somente nos jogos do Harpyas.


-Oi, Sr.Wood – disse Alvo.


-Já comprou o material? – perguntou Amanda se sentando numa cadeira.


-Já, e você?


-Também.


Passaram minutos conversando sobre o ano em Hogwarts, se divertindo bastante e contando histórias de comédia. Após eles conversarem bastante, Escórpio, o garoto mais legal da Sonserina aparecera na parede de tijolos, exibindo seus dentes brancos e seus cabelos louros que deslizavam em sua nuca.


-Alvo! – gritou ele, indo correndo ao encontro do amigo, que bebia um copo de suco de abóbora.


-Oi, Escórpio, como vai? – perguntou Gina.


-Muito bem, Sra. Potter, eu andei finalizando os deveres, entende?


Gina sorriu e mordeu um pedaço de batatas mágicas.


Eles passaram um bom tempo ali, olhando as pessoas passarem da parede de tijolos para a lareira e vice-versa. Alvo não parava de conversar com seus amigos e Rosa, sua prima.


-Mãe, vamos tomar um sorvete no beco, está bem? – perguntou Alvo à Gina.


-Claro, mas tem de estar aqui na hora do almoço...Só espero que a mãe tenha dado um jeito naqueles dois...


Alvo sabia que estava falando de Harry e Rony e riu, assim como todos ali sentados. Depois das risadas eles se dirigiram para a parede de tijolos, onde um homem passava e a barreira já estava aberta.


A ruela torta se erguia com vários bruxos se movimentando de um lado para o outro e se espremendo nas vitrines das lojas.


Alvo, Amanda, Peter, Escórpio e Rosa passavam com passos lentos pela ruela. Alvo e Peter conversavam com Escórpio e Rosa com Amanda.


-Ah, Alvo, eu me esqueci de comprar o livro de feitiços – disse Rosa – Eu vou na Floreios e Borrões e já volto, o.k?


-Certo.


-Nós vamos com ela, adoramos a Floreios e Borrões.


-Eu vou à frente, então.


E Alvo seguiu pela ruela torta, onde era empurrado de um lado para o outro. Ele andava distraído, olhando para vários bruxos passando de um lado para o outro na sua frente. Assistia várias crianças batendo em sua cintura dando passos largos e alegres.


Ele andou um pouco e esbarrou numa pessoa que lhe chamou atenção. Em sua frente estava Lysandra Lestrange, a garota que seria irmã de Frank Lestrange, o cara que queria o matar.


-Lysa?!


-Al!


Os dois amigos se abraçaram.


-Está fazendo o que aqui?


-Comprei meu material todinho!


-E veio sozinha? – Alvo não pode deixar de perguntar, queria saber logo quem cuidava da amiga e fingia ser sua mãe.


-Vim, minha mãe está em casa fazendo o almoço.


-Vamos à sorveteria?


-Claro.


Os dois amigos passearam pela ruela, entretidos em sua conversa sobre a família de Lysandra Lestrange.


 Eles pararam ao lado da sorveteria, esperando os amigos que estavam na Floreios e Borrões, provavelmente a caminho.


Eles observavam os bruxos que passavam atentamente, procurando alguém de Hogwarts ou seus amigos.


Alvo avistou um garoto de cabelos castanhos cacheados, os olhos castanhos e profundos, o rosto rosado e alegre.


-Clarrison!


Clarrison Diggory, o garoto da Lufa-Lufa. Alvo sempre gostava dele, pois sempre o mantinha para cima.


-Alvo, Lysandra.


-Como vai?


-Bem, já compraram o material?


-Já, vamos tomar um sorvete, quer um?


O garoto assentiu e se juntou a eles, esperando os amigos chegarem.


Alguns minutos se passaram até que Alvo avistou a família que mais detestava, e mais atrás vinha, bem discretamente, Alan, seu amigo da Grifinória.


-Alan! – gritou Alvo, o amigo percebeu e correu na direção dele.


-E, aí, cara?


-Olha lá, os Curse – disse Lysandra ao ver a família que Alvo notara passando pela ruela estreita. Um bando de pontos verdes e um ponto vermelho apenas.


-Carla! – gritou Alvo.


A garota não ouviu e passou por eles.


-Tome cuidado! – disse Alan – Os Curse te odeiam!


-Não ligo – respondeu o garoto e voltou a olhar a ruela.


Alguns minutos depois, Alberth Curse voltou e avistou Alvo conversando com Lysandra sobre as aulas de Hogwarts.


-Ora, ora, ora – disse Alberth se aproximando dos garotos.


Alberth era só o garoto mais irritante que Alvo conhecera em Hogwarts. Os olhos azuis e maléficos radiavam a chatice, os cabelos louros desciam pela sua bochecha pálida.


-Oi, Alberth.


-Vai me atacar, Potter?


-Não, obrigado.


Alberth abriu um sorriso e olhou aos que estavam ao redor de Alvo, ele olhava com um ar enojado para cada um, principalmente para Alan, o outro grifinório.


-Lysandra? O que faz com essa gente?


Os olhos negros e cruéis de Lysandra fuzilavam Alberth com prazer. Os cabelos negros que desciam irradiando escuridão por uns dois centímetros.


Clarrison olhava Alberth como se ele fosse um ladrão prestes a roubar seu dinheiro.


-Assustado, Clarrison? – zoou Alberth – Ah é, esqueci, seu tio era um covarde, não?


-Não mais do que o seu.


Alberth soltou um sorriso de desdém, depois se virou para Alan, mas Alvo sabia que não seria problema, Alan era muito bom com xingamentos.


-Sai daqui, Alan!


-Você não manda em mim, afinal... Nem em você mesmo, não é?


Os amigos riram.


-Pelo menos eu ainda durmo na minha casa.


-Ah, claro, aquela lata de lixo?


Ninguém riu, pois não entenderam o trocadilho de Alberth.


-Alan, o que quer dizer?


-Fugi pra casa da minha prima, estou por lá.


-Por que?


-Porque não agüento mais meu pai brigando com a minha mãe, os dois ficam toda a hora discutindo!


-Família ruinzinha, não é? – zoou Alberth.


-Deixa ele! – gritou Lysandra.


-A conversa não chegou no chiqueiro.


-Ainda nem saiu da lixeira, certo? – zoou Alvo, fazendo Alberth se calar.


O resto do grupo chegou, fuzilando Alberth com os olhos.


-Escórpio?! Não acredito que se rebaixou tanto!


-Não, não ando com você...


Risadas e mais risadas.


-Sai daqui, Curse, ninguém te quer! – gritou Peter e Alberth foi embora, de cara amarrada.


Todos riram por um bom tempo, depois foram deliciar os sorvetes de caramelo e chocolate na sorveteria.


Alvo olhava a janela a todo o momento, ainda pensando em Alberth, mas para sua solidão, ninguém ligava para isso, todos conversavam sobre como o sorvete estava delicioso.


-Como o Alberth é chato, não?


-Ah, não esquente, Alvo, ele nunca vai nos magoar!


-Como você sabe?


-Por que estamos sempre juntos, e esse é o nosso bonde!


-O nosso bonde! – gritaram todos e comeram um pedaço do delicioso sorvete.


 

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