Grifinória X Sonserina



 


Alvo não dormia bem naquela noite, ele tivera um sonho estranho. Ele caminhava por uma estarad enevoada, o Sol nascia lançando uma luz fraca e esbranquiçada no céu. Ele ouviu que atrás dele algo se arrastava, como uma sacola no chão, só que muito mais pesado, e mais duro.


A alguns muitos passos dali, uma pequena casebre se erguia, ela estava meio destruída, sem janela, apenas uma porta escancarada e um telhado de palha, com um enorme buraco no meio.


Alvo caminhou até lá, deixou o que carregava em um canto e fitou a casa. Era como um estábulo, só quem se animais. Havia vários pedaços de madeira caídos no chão, um punhado de palha e capim em um canto, poças de água por toda a parte, e a luz do Sol nascente invadindo a casa pelo buraco no teto.


Alvo olhou o que carregava, mas não controlava isso, ele simplesmente olhou. Era uma gaiola, com um bicho dentro, um bicho estranho, algo como um dragão humanoide do tamanho de um elfo doméstico. Tinha asas negras e uma cabeça monstruosa, os olhos vermelhos fitavam Alvo com desprazer.


Alvo percebeu que estava tendo um sonho na mente de Frank, o bruxo que queria matar ele sobre algo que aconteceira na profecia. Ele fazia isso às vezes, ocluia na mente de Frank.


Frank olhava a gaiola, ele parecia cansado, comprimiu os dedos longos e magros na testa, tampando quase toda sua visão, fazendo Alvo pouco ver o que acontecia. Ele se levantara rapidamente e espiara lá fora. A alguns metros dali, um homem passava calmamente, ele estava acompanhado de outra pessoa, essa estava encapuzada.


O homem vestia uma roupa caipira e comia um pedaço de capim, ele era bem gordo, mas parecia bem forte também.


Frank disse alguma coisa que Alvo não entendeu direito, e o homem caipira olhou para ele. Tinha olhos verdes, uma barba branca e um nariz enorme no meio do rosto. O homem encapuzado não mostrara o rosto ainda.


-Olá, senhor – disse Frank, provavelmente sorrindo – O senhor sabe para onde fica Cengols?


-A cidade perdida? Ah, seguindo essa estrarda você vai chegar em um rio, passe por ele e chegará na cidade, firme?


-Firme – respondeu Frank, agora fitando o homem encapuzado.


Ele não dissera nada desde que Frank aparecera.


O homem sorriu para Frank epassou caminhando, mas o homem encapuzado continuara parado.


-Vamos, garoto – disse o caipira.


O garoto encapuzado não se movera, ele continuara parado, encarando Frank.


Talvez fosse... pensara Alvo Não, não pode ser.


Frank também não se movera.


-Me entregue o Panker – disse o garoto encapuzado – Agora...


Frank recuou um passo, olhava fixamente o garoto.


-Não – respondeu friamente, a voz ecoava com raiva agora.


O garoto encapuzado sacou uma varinha negra, e apontou para Frank.


-Desculpe, Frank, mas só um de nós pode voltar a viver – disse o garoto encapuzado friamente, a névoa escondia-o cada vez mais.


O homem caipira escorregou na lama, ele olhava boquiaberto para o garoto encapuzado que ameçava Frank.


-Saia da frente – disse Frank, aina não havia sacado a varinha, por sorte do garoto encapuzado.


O garoto não se moveu, permaneceu parado em frente a Frank, que estava começando a ficar irritado. Ele fez um aceno com a varinha, mas Frank fez um gesto com a mão e nada aconteceu.


-Não posso deixar que chegue em Cengol, a cidade perdida, Frank, você não vai voltar, não comigo aqui – respondeu o garoto, ainda de varinha erguida.


Frank tateou o bolso de suas vestes negras, procurando sua varinha, que estava ali, a varinha feita de ossos de Frank. Ele ainda não havia a pego, apenas fitava o garoto.


-Então terei que mata-lo aqui também – disse Frank friamente, a névoa penetrando em sua pele – Ande, saia, ou eu mato você!


O garoto não se moveu, fez um aceno com a varinha e Frank se desequilibrou.


Frank sacou a varinha e apontou cruelmente para o rosto do garoto, os olhos dele não escondiam a raiva da pessoa que o havia enfrentado.


O caipira caído no chão mostrava pavor em seus olhos, estava prestes a sair correndo, mas permaneceu caído, apenas observando o confronto, ele provavelmente não morreria, se o garoto morresse, Frank iria embora, se Frank morresse, ele continuaria sua jornada até a fazenda.


-Avada Kedavra! – conjurou Frank a maldição da morte.


Um lampejo de luz verde emergiu da ponta da varinha de Frank, mas foi desviado pelo garoto encapuzado.


-Vai precisar mais do que isso para me derrotar – disse o garoto, ele parecia se divertir e morrer de medo ao mesmo tempo.


Um lampejo laranja emergiu do garoto mascarado e golpeou Frank na barriga, mas ele maç sentira dor, já lançava feitiços no garoto também.


Logo estavam travando uma grande batalha, com feitiços de proteção, maldições imperdoáveis e feitiços de ataque.


Frank girou e lançou rapidamente um feitiço no rosto do garoto, e seu capuz desceu ferozmente pela sua nuca.


Frank abriu um sorriso ao ver a figura, e Alvo quis mais do que nunca que ela fosse embora dali, embora tivesse feliz em vê-la.


Phelipe estava parado diante de Frank, com varinha erguida. Parecia um tanto mais magro, os cabelos louros despenteados, o rosto cortado na bochecha e um ferimento no lábio.


-Confringo! – chamas alaranjadas saíram da varinha de Phelipe e voaram até Frank, que as bloqueou rapidamente.


-Então, Phelipe, um de nós vai morrer aqui e agora... Foi bom te conhecer! – um lampejo de luz verde saiu da varinha de Frank e voou até Phelipe, mas este bloqueou calmamente.


-Me dê o Panker, ou você será morto mais dolorosamente! – ameaçou Pheliep, ainda de varinha erguida.


-Nunca! – gritou Frank.


Eles voltaram a duelar, até que Frank lançara um feitiço na mão de Phelipe e a varinha deste caíra longe.


-É o fim, Phelipe – disse Frank apontando a varinha para o rosto do garoto.


-Não! – gritou Phelipe e no momento seguinte ele havia sumido em um único ponto.


Frank olhou de um lado para o outro, mas apenas viu o caipira no chão cheio de lama.


-Aqui – disse uma voz e Frank se virou para dentro da casa. Phelipe estava agarrado à gaiola com o dragão elfo – Estou com Panker aqui!


Frank apontou a varinha para o caipira, que recuou um passo.


-E eu estou com o seu velhote! – berrou Frank.


Phelipe sumkiu novamente, dessa vez, com a gaiola. Ele fora parar bem na frente do caipira caído no chão, ainda boquiaberto.


-Você perdeu o Panker, Frank!


E de repente, Phelipe sumira com o Panker (o dragão na gaiola) e o caipira, deixando Frank sozinho na estrada enevoada.


Frank soltou um berro de fúria e Alvo acordou.


 


Ele suava na cama, o cobertor estava caído no chão, ele se levantara e notara que não era o único com problemas para dormir. Deitado na cama com o cobertor por todo o corpo, olhando para Alvo, Tiago tentava dormir.


-Tiago... – disse Alvo passando a mão pelo rosto suado.


Ele abriu um sorriso leve e forçado. Se desenrolara do cobertor e se sentara na  cama.


-Ocluiu de novo não foi? – perguntou ele, não parecia com sono.


Alvo assentiu, ainda meio atordoado, e suando, com muito calor, ele estava passando mal.


-E então, o que viu? – perguntou Tiago interessado.


Alvo contou tudo a ele, que ficava mais encolhido cada vez que Alvo comentava. Até estar debaixo das cobertas morrendo de frio de novo.


-Cara, está fazendo um frio danado – disse Tiago – Coloque um casaco pelo menos. E sobre essa história, tenho certeza que o pessoal do bonde vai gostar de saber disso, e o papai também... Escreva uma coruja, talvez Fawnix queira voar um pouco. Agora – ele bocejou, seu primeiro sinal de sono – Eu vou dormir, com licença.


E deitara na cama, já dormindo. Alvo deitara também, dormira e só acordara de manhã.


 


Quando acordou, Peter e Tiago conversavam com Hugo sobre alguma coisa, provavelmente sobre Fich e a madame Nora. Alvo colocou suas vestes negras da Grifinória e fitou a janela do dormitório. O lago Negro se estendia até o fim do vale, estaria congelado à essa época do ano, mas não estava, por algum motivo. A floresta negra ia de em torno do lago até as montanhas geladas a muitos quilômetros.


Alvo pensou em seu sonho, havia Frank, um homem vestido de caipira e um homem encapuzado. Esse homem era Phelipe, seu amigo que morrera para salvá-lo na Câmara Secreta ano passado. Eles estavam duelando por um tal de Panker, que provavelmente era o dragão que Frank carregava na gaiola. Frank queria ir até uma cidade perdida, fazer alguma coisa lá, mas Phelipe não deixou.


Alvo se virou para os amigos, e eles desceram as escadas até o salão comunal. Alvo desmoronou na poltrona perto da lareira, ainda aturdido com seu sonho.


Peter tentou dialogar com ele, mas tudo que Alvo fazia era assentir e discordar, então o amigo desistiu e resolveu esperar Rosa descer do dormitório.


Assim que Rosa desceu juntamente com Lílian, eles desceram a escadaria até o Salão Principal.


Alvo ficou meia hora tentando passar, pois era devagar e quando todos já haviam atravessado a escada, ele ainda estava lá, e a escada se movia.


Sentaram-se na mesa da Grifinória, onde todos os grifinórios já tomavam café.


Tiago olhara o irmão como se ele tivesse de fazer alguma coisa, Alvo sabia o que era, mas mal conseguia falar, como diria tudo aquilo?


Carla chegou no Salão Principal feliz, o rosto cheio de alegria e os cachos dourados balançando atrás da cabeça. Sentou-se ao lado de Alvo toda ansiosa, provavelmente recebera uma carta de alforria da família Curse.


-A professor deliberou os jogos de Quadribol... – disse ela feliz, tentando ao máximo se conter – E o primeiro é hoje!


-Quê? – perguntaram Tiago e Alvo ao mesmo tempo.


Alguns minutos depois, Osvald apareceu, parecia cansado, mas estava vestido como artilheiro e capitão da Grifinória.


-Já ficaram sabendo? – perguntou ele.


Tiago e Alvo assentiram.


-Vão se trocar, depois de tomar café, temos que treinar um pouco hoje, antes do jogo – disse ele, se sentando na mesa e comendo um pedaço inteiro de salsicha.


Alvo tornou a olhar os amigos, agora que se recuperara conseguiria contar a eles sobre o sonho.


Alvo contou tudo, fazendo Hugo e Lílian se apavorarem um pouco.


-Então quer dizer que Frank precisa de um dragão? – perguntou Peter.


Rosa suspirou, os olhos cravados no teto. Depois de seu momento desprezando os amigos ela disse:


-Não é um dragão, um Panker é uma criatura estranha, uma espécie de elfo doméstico com asas, só que esse elfo doméstico tem garars afiadas e uma cabeça de monstro. Um Panker é o preço para o Lorde Yantrus tornar uma pessoa morta, viva.


-Como? – perguntou Alvo.


-Eu não sei, ele descobriu uma forma, antes das pessoas serem encaminhadas para o devido lugar – disse Rosa desgostosa.


Alvo terminou de comer suas panquecas meladas e subiu as escadarias juntamente com Tiago, que levava uma salsicha na mão.


Eles se vestiram com os trajes de quadribol da Grifinória, o brasão vermelho e dourado resplandecendo em seus peitos largos.


Eles foram até o campo nevado, onde normalmente Osvald gostava de praticar quadribol. Osvald já voava em uma vassoura, arremessando a bola em um aro.


Alvo montou em sua FireStyle subiu até junto de Osvald.


-Capitão – disse Alvo.


-Certo, quero que sobrevoe a floresta, quando der a hora do jogo você para.


Alvo voou em direção à floresta, sobrevoando as árvores, os rios e os animais. Estava bem longe de Hogwarts, agora não se ouvia os alunos gritando e conversando nos diversos pátios, só ouvia o vento que ia em alta velocidade. Pela primeira vez Alvo gostou de estar longe de Hogwarts, apenas pensando em como ganhar a guerra. Ele poderia trazer Phelipe a vida, e sabia que Frank tinha muitas chances de voltar, ele teria de estar preparado, teria de reunir seguidores e não podia ficar sem organização, já que a Ordem da Fênix estava caindo.


E onde estaria Joker agora? Depois de ter tentando mata-lo na estação de trem, provavelmente estaria na Borgin & Burkes planejando em outro plano fracassado de matar Alvo.


Alvo conseguiu abrir um pequeno sorriso ali, embora se desfizesse quando o sinal tocou. Estaria na hora do jogo de Quadribol contra a Sonserina.


Alvo retornou e foi correndo até o vestiário com vassoura a mão.


Osvald estava em pé em um banquinho de madeira, a vassoura Nimbus 2035 voava ao seu lado.


-Time, eles são bons – admitiu Osvald com uma expressão séria – Mas somos melhores... Eles tem Nimbus 2036 e FireStyle Generation , o que nós não temos, mas temos algo que o dinheiro não pode comprar... Temos os melhores jogadores de Quadribol de Hogwarts, e vamos ganhar esse jogo e esse campeonato!


Os jogadores gritaram de felicidade e se precipitaram no portão, que estava fechado, do outro lado, o time da Sonserina ria deles, com vassouras muito mais rápidas e potentes. Entre esles estava Alberth Curse, com uma FireStyle Generation 3, praticamente a vassoura mais rápida de todo o mundo bruxo, e provavelmente a mais resistente.


Elees ficaram se encarando durante vários minutos, e só quando o portão se abriu que eles olharam para a plateia. O público, na maioria, era composto de alunos, Grifinórios, Corvinos, Helgas e Sonserinos. Havia alguns professores na arquibancadas dos professores, que fora reconcertada, agora estava mais alta, com fitas prateadas e um brasão de Hogwarts.


A diretora McGonagall estava bem no centro, com um enorme sorriso sem seu rosto. Os demais professores estavam ali, sorrindo e conversando. O professor Longbottom olhava para Alvo e o resto do time com uma expressão: Ganhem.


Osvald e o capitão d Sonserina, Olívio Mcmillan caminharam até o centro do campo, fazendo todos os seguirem em uma fila indiana de cada time.


Tiago e Alvo trocaram olhares rápidos, e Alvo procurou seus amigos na arquibancada. Peter e Rosa seguravam um enorme cartaz escrito:Vai Alvo! Alan e Amanda faziam um feitiço para o papel aumentar, e estava funcionando.


A professora de voo estava esperando no meio do campo, com um sorriso no rosto. Ela usava uma capa de quadribol prateada, e seus cabelos castanhos estavam presos num rabo de cavalo enorme.


Todos fizeram uma roda em volta da professor, que falou pra todos:


-Eu quero um jogo limpo, sem empurrões, puxões de cabelo e vassoura, chutes, socos e principalmente Feitiços! Se tiverem com uma varinha no bolso entreguem a mim agora! – Catia Bell dizia com força.


Alvo e Alberth se entreolharam. Alvo passou o olho no bolso das vestes verde e prateadas de Alberth, ele viu que havia algo ali dentro, mas não identificou o que. Ele abriu um fraco sorriso maroto e olhou a professora.


-Muito bem, então! Que comece o jogo! – ela abriu o baú e chutou o que prendia os balaços, e eles saíram voando em disparada para o céu, pegou o pomo de ouro e o jogou para cima, fazendo ele ganhar as minúsculas asas douradas e sumir no céu. Ela por fim, pegou a goles e arremessou pra cima, dando início ao jogo.


Todos voaram em direção a goles, menos Tiago, o goleiro da Sonserina, Marcus Flint, Alvo e Alberth, que voltaram aos gols respectivos.


Alvo voou por cima do aro, esperando o pomo de ouro aparecer em sua visão.


Alberth estava do outro lado do campo, ele olhava de um lado para o outro, procurando o pomo de ouro.


Alguns gols depois, Alvo viu o pomo de ouro rapidamente.


Alvo voou rapidamente até o pomo, mas algo o empurrara com força para a direção oposta. Alvo olhou e viu que era Alberth que o empurrara, e voava rapidamente atrás do pomo.


Alvo seguiu atrás dele, voando por todo o campo de Quadribol, e atravessando todas as arquibancadas. Alvo viu que Alberth quase pegara o pomo, mas este desviou com um giro e subiu pelas arquibancadas.


O jogo estava indo de mau pra pior, a Sonserina estava dando bomba na Grifinória, estava sessenta a vinte, e ainda por cima a Sonserina tinha quase total controle da bola, parece que as vassouras rápidas estavam dando conta do recado.


O pomo de ouro saíra do estádio, o que preocupava Alvo, ele voava em direção ao lago negro, onde Alberth dava piruetas no ar.


O pomo voou rapidamente até o castelo, e Alvo e Alberth voaram até lá lado a lado. Eles voaram por baixo da ponte suspensa e passaram por dentro da torre do relógio entrando dentro do castelo, eles voaram por todo o corredor da torre do relógio até o as escadas que levavam à biblioteca, onde alguns cinco a oito alunos estavam estudando em mesas empilhadas de livros. O pomo sumiu nas prateleiras da sessão reservada, e Alvo e Alberth etraram lá rapidamente, fazendo a bibliotecária Madame Prince enlouquecer correndo de um lado para o outro sacando a varinha esbranquiçada e apontando para as prateleiras.


-Mantenham a ordem! – berrou ela, os olhinhos negros fixos em Alvo e Alberth, que retornavam seguindo o pomo.


O pomo passou por uma passagem secreta no momento em que Filch passava por ela. Alvo e Alberth quase ficaram entalados na passagem que deu até a Grande Escadaria. O pomo sobrevoou a cabeça de alguns alunos setimanistas que estavam preocupados com as N.O.M.s, que provavelmente estariam no campo de Quadribol se não tivessem prova. Alvo quase atropelou um aluno, quase pegando o pomo.


Alberth empurrou Alvo e ele quase deu de rosto em um lustre que estava suspenso no ar por magia.


O pomo saiu pelo grande portão de carvalho e Alvo e Alberth foram atrás dele, que foi até o campo de Quadribol. Alvo estendeu a mão para pegá-lo, mas Alberth deu um chute no braço dele e Alvo deu uma pirueta ridícula no ar, ficando imóvel tempo suficiente para um balaço atingir ele, mas Alvo se desviou com facilidade e voltou a perseguir o pomo. Alberth olhou para Alvo com desgosto e deu um chute nele, mas Alvo desviou.


Alvo tomou fôlego e passou de Alberth, quando ia pegar o pomo, sentiu uma queimadura na mão, olhou para trás e viu Alberth com varinha erguida, rindo sem parar.


Um lampejo de luz laranja voou até Alvo, mas este se esquivou para baixo, o pomo também.


Quando Alvo estava perto do chão, ele quase pegou o pomo, mas ele deu uma guinada que fez Alvo quase cair da vassoura. Alvo retomou a posição e estava a um centímetro de pegar o pomo quando um segundo lampejo laranja o golpeou nas costas fazendo-o pular da vassoura e cair no chão.


Todos da arquibancada gritaram de surpresa, olahavam assustados para o garoto estirado no chão.


A diretora McGonagall fez um feitiço de teleporte e apareceu no chão juntamente com vários professores rapidamente.


Alberth tentou sair correndo mas Osvald e Tiago se puseram em sua frente.


A diretora olhou ferozmente para Alberth e em seguida examinou o corpo de Alvo, que estava totalmente estirado no chão.


-Alberth! Detenção por usar feitiços no Quadribol! – vociferou ela, com olhos negros de raiva.


Alvo ainda estava acordado, porém seu rosto estava cheio de terra, ele levantou o pescoço com esforço e olhou para a professora.


-Diretora... Eu... Peguei...


A diretora olhou Alvo com atenção, sem saber do que ele se refiria.


Alvo levantou o braço com esforço e mostrou a diretora o pomo de ouro, ela arregalou os olhos assim como todos os professores ao redor dela, principalmente o professor Longbottom, que abriu um enorme sorriso seguido de vários gritos de alegria para o time da Grifinória.


Alvo estava feliz, havia acabado o primeiro jogo da temporada.


                                                ***


 


Naquela noite, Alvo, Peter e Rosa foram comemorar a festa na cabana de Hagrid.


Alvo estava pensando em contar a Hagrid também sobre seu sonho e o plano que tinham em resgatar Phelipe, já que ele havia ajudado seu pai, seu tio Rony e sua tia Hermione em suas aventuras enquanto estudavam em Hogwarts.


Rosa gostara da ideia, embora pensasse que Hagrid negaria sobre o plano de Phelipe. Afinal, Hagrid não estava mais na “ativa” sobre essas aventuras há um bom tempo.


Peter achava a ideia genial, ele poderia nos dizer alguma coisa, alguma magia poderosa que os ajudasse a achar as perolas.


-Certo, então contamos – disse Alvo batendo na porta de Hagrid.


Ele abriu a porta com um sorriso no rosto e uma bandeja de biscoitos na mão direita. Ele vestia seu casaco de  pele e botas enormes de couro, que ocupavam três babás eletrônicas lado a lado.


-Olá, Alvo, Rosa, Peter! – disse Hagrid abrindo caminho para eles entrar.


Alvo se sentou em um banquinho e visualizou bem a cabana de Hagrid, a lareira estava acesa com uma enorme meia vermelha que tocava no chão.


Canino dormia em seu tapete podre e sem cor perto da lareira, e babava no chão. A mesa estava empoeirada e rachada.


Hagrid colocou a bandeja com biscoitos sobre a mesa e disse que eles podiam se servir.


Alvo pegou um biscoito e abocanhou, para sua surpresa, estava deliciosamente crocante e leve, não teve de fazer esforço para quebrar o biscoito, tampouco para engoli-lo.


-Nossa, Hagrid, o que colocou nesses biscoitos?! – perguntou Peter sorrindo para Rosa, que abria um sorriso também.


Hagrid riu, os olhinhos de besouro irradiando felicidade, ele não tivera muitos amigos antes de Tiago e Alvo entrarem na escola, e agora que estavam, ele estava feliz.


-Nada, só coloquei mais leite – disse Hagrid sorrindo.


Alvo se lembrou do que iria contar a Hagrid.


-Ahn... – Alvo olhou para Rosa e Peter.


Hagrid se levantou, os olhos arregalados como se tivesse levado um tiro.


-Eu conheço esse olhar! Estão tramando alguma! Não, não vou dizer nada! Mudemos de assunto!


-Mas é importante, Frank está voltando a vida e...


-Não o chame assim – interrompeu Hagrid – Estão dizendo que esse nome espalha má sorte, chamem de O-Morto.


Alvo, Rosa e Peter se entreolharam, aquilo não parecia muito maléfico.


-Enfim, ele está voltando a vida e queremos fazer Phelipe voltar a vida – exclamou Alvo.


Hagrid quase gritou. Seus olhinhos de besouro se enroscavam perto de seu nariz inchado.


-As pérolas de Onilda... – disse Hagrid pensativo – Vocês querem usar as pérolas só porque estão no castelo!


-Estão no castelo?! – perguntaram os garotos em um uníssono.


-Não devia ter dito isso, não devia ter dito isso.


Hagrid coçou a barba negra, seu corpo se movimentando na velocidade que respirava fortemente, seu coração tamborilando lentamente dentro das costelas, seus olhinhos de besouro cravados nos três amigos que o fitavam com curiosidade e ansiedade ao mesmo tempo. Ele se sentou numa cadeira e pegou um pergaminho antigo e empoeirado.


-Tudo bem – disse ele abrindo um fraco sorriso – Umas aventuras não fazem mal a ninguém... Bom! – disse ele fechando a cara e abrindo o pergaminho – Isso é...


-O mapa das pérolas! – disse Rosa com o rosto iluminado, seus cabelos ruivos desciam pelo seu corpo, seus lábios formando um enorme sorriso ao olhar o pedaço de papel – Como conseguiu ele?


-Ora, fui eu que fiz – disse ele olhando Rosa, depois se voltando para o mapa – Aqui, no sexto andar, perto do salão comunal da Corvinal, há uma combinação nas pedras da parede, há muito tempo já esqueci, pois o diretor, que na época era Dumbledore, me disse que eu não precisava lembrar da combinação. Pois bem Depois da senha, haverá um corredor com armadilhas, tomem cuidado, elas são enganosas. Depois haverá um salão com um buraco com água,  vocês devem entrar lá dentro, porém cuidado, pois há muitos grindyllows lá dentro – ele examinou o mapa com atenção – E... Certo, depois disso vocês encontrarão uma porta, onde deve se abrir com uma chave mágica, que eu perdi... Então, vocês não tem como entrar.


Alvo, Peter e Rosa se entreolharam, eles sabiam onde estava a chave da porta, estava com Kyara, que morava naquele labirinto de lixo, o problema era que os comensais da morte viriam atrás da chave também, e fariam de tudo para tê-la. Alvo tinha de bolar um plano pra recuperar.


Alvo sentiu um frio pelo seu corpo magro, ele teria de enfrentar Joker novamente, e pior, se lembrara que quase usara a maldição da morte, se não fosse por Merlin. Porém, se usasse, teria sua vingança completa, mas agora isso não fazia sentido, ele acharia as pérolas e traria Phelipe a vida novamente.


Mas ele enfrentava um problema, e se Frank já soubesse do plano e quisesse voltar a vida, no lugar de Phelipe, armando uma cilada, como fez com Lysandra.


-Ah... – disse Alvo, olhando o relógio de parede, com o ponteiro no onze – É melhor irmos, daqui a pouco terá o toque de recolher – ele se levantou, cansado.


Hagrid olhou o relógio, pareceu se assustar com a hora, tanto que quase saltou da cadeira.


-É, é melhor irem, e rápido – disse Hagrid levando os três até a saída.


Os quatro se despediram e foram até o salão comunal da Grifinória, tentaram conversar mas estavam realmente muito cansados e foram aos dormitórios dormir.


 

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